ONDE ISTO CHEGOU...
...existe em Portugal uma criminalidade muito importante, do mais nocivo para o Estado e para a sociedade, e que andam por aí impunemente alguns a exibir os benefícios e os lucros dessa criminalidade e não há mecanismos de lhes tocar. Alguns até ostensivamente ocupam cargos relevantes no Estado Português...
António Marinho Pinto
bastonário da Ordem dos Advogados
Em entrevista hoje à ANTENA 1
bastonário da Ordem dos Advogados
Em entrevista hoje à ANTENA 1
Etiquetas: Amigos do Partido Socialista, Corja de Ladrões, Corrupção, Justiça, Partido Socialista, Portugal o Grande Circo
9 Comments:
O Bastonário da Ordem dos Advogados revelou, em entrevista à Antena 1, que há pessoas com cargos de relevo no Estado português que cometem crimes impunemente, e que em breve poderá avançar com casos concretos.
Marinho e Pinto afirmou que "existe em Portugal uma criminalidade muito importante, do mais nocivo para o Estado e para a sociedade, e que andam por aí impunemente alguns a exibir os benefícios e os lucros dessa criminalidade e não há mecanismos de lhes tocar. Alguns até ostensivamente ocupam cargos relevantes no Estado Português", disse.
O Bastonário da Ordem dos Advogados diz que "o fenómeno da corrupção é um dos cenários que mais ameaça a saúde do Estado de direito em Portugal".
Nesta entrevista à Antena 1, Marinho e Pinto tece ainda críticas às Faculdades de Direito, que diz estarem a formar cada vez mais licenciados com o objectivo de aumentarem o financiamento recebido. O Bastonário da Ordem dos Advogados afirma que o corpo docente das universidades tem gente a mais.
pode ouvir a entrevista na seguinte página:
http://ww1.rtp.pt/noticias/
index.php?article=322311&visual=
26&tema=1
Segundo o novo bastonário da Ordem dos Advogados, «o fenómeno da corrupção é um dos cancros que mais ameaça a saúde do Estado de Direito em Portugal» porque «há aí uma criminalidade em Portugal muito importante, da mais nociva criminalidade para o Estado, para a sociedade» onde «alguns deles andam aí a exibir os benefícios e os lucros dessa criminalidade.» Mais. «Alguns, inclusive, ocupam cargos relevantes no Estado português», afirmou Marinho Pinto. De Espanha, Pinto Monteiro mandou abrir o habitual inquérito. E há partidos que reclamam a presença do homem para explicações no Parlamento. No seu tom peculiar, Marinho limitou-se a apontar o dedo à plutocracia em vigor - ao regime - mais conhecida pelo abastardado nome de democracia. Compete-lhe agora o ónus da prova e ao regime defender-se. Vai ser um fartote de rir.
António Marinho Pinto é o actual bastonário da Ordem dos Advogados e foi um experiente jornalista que investigou muitos processos de corrupção.
Na década de 80 conheceu gente que conduzia carros económicos, vivia em modestos T2 e que depois de ter acesso a cargos do Estado, onde oficialmente nunca ganhou grandes fortunas, passou a ostentar património de milhões. Há muitos notáveis que encaixam neste perfil de enriquecimento rápido e nebuloso. Ex-ministros, ex-secretários de Estado, autarcas e ex-autarcas, são hoje clientes privilegiados do private banking – os departamentos dos bancos que só tratam com a gestão de activos de quem tem vários milhões de euros.
O bastonário sabe do que fala quando diz que “existe em Portugal uma criminalidade muito importante, do mais nocivo pa-ra o Estado e para a sociedade, e que andam por aí impunemente alguns a exibir os benefícios e os lucros dessa criminalidade e não há mecanismos para lhes tocar. Alguns até ostensivamente ocupam cargos relevantes no Estado português”. O problema é que o bastonário representa uma entidade pública e não pode imitar o treinador de futebol Octávio Machado, famoso pelas enigmáticas acusações tipo “vocês sabem do que eu estou a falar”. Mas o coro de virgens ofendidas que se ouviu contra o bastonário também revela a hipocrisia que reina no País. Por isso, estas declarações são uma boa oportunidade para lembrar que falta uma lei que puna o enriquecimento ilícito. Um assunto incómodo, como prova a reacção às sugestões que João Cravinho apresentou sobre o tema e que foram arquivadas.
Pronto.
Enganei-me.
Previ, há umas semanas atrás que Marinho e Pinto , como bastonário da Ordem dos Advogados, iria conter os seus ditos, que alguns julgam desbocados, mas algo certeiros, acerca da sociedade portuguesa em geral e certas classes profissionais em particular.
Nesta semana que corre, é a segunda vez que as declarações fortes de Marinho e Pinto, atingem o coração da democracia, com alusões explícitas a várias disfunções.
Ao O Diabo, de terça-feira, Marinho e Pinto, acutilou em duas páginas várias instituições e grupos de pessoas em modo firme e determinado. Só um pequeno exemplo:
“ Não há uma semana que não vejamos magistrados a insurgir-se, a insubordinarem-se publicamente contra as leis da República. As leis são feitas no Parlamento e não por magistrados.”
Algumas frases atrás, o próprio Marinho e Pinto, dizia ao jornal:
“ Um credor não pode ir hoje a tribunal cobrar uma dívida.(…)e isto aconteceu porque o actual Governo retirou a cobrança de dívidas dos tribunais”.
Quer dizer: os magistrados não podem criticar leis. Marinho e Pinto, enquanto Bastonário, pode. E pode falar alto e com bom som, como se comprova agora pela entrevista à Antena 1.
E repete o que disse já várias vezes, como na referida entrevista ao jornal O Diabo: “ Eu sou contra os advogados que são ao mesmo tempo deputados. É incompatível.” “Há suspeitas de que algumas sociedades ou alguns escritórios de advogados são preferidos pelo Estado em detrimento de outros. Iremos por cobro a isso.” “Quem faz leis no Parlamento não pode ter clientes privados.”
Agora, pelos vistos, na entrevista à Antena1 avançou um pouco mais nas denúncias de corrupção concretas e definidas. Bem haja. Não lhe doa a vontade, nem fraqueje a língua.
Marinho e Pinto, é bom recordar, foi jornalista assinalado num jornal do centro. Precisamente o Diário do Centro. Num pequeno texto publicado no jornal Diário do Centro, de 15.3.2000, escreveu coisas admiráveis, como esta:
"Mário Soares manifestou um profundo desprezo pela independência da justiça portuguesa e tentou pressionar publica e indevidamente magistrados no exercício das suas funções, aparecendo publicamente a solidarizar-se com Leonor Beleza no caso dos hemófilicos e proferindo declarações gravíssimas para a idoneidade e independência de magistrados. Tudo para impedir um julgamento de uma figura política, apesar de haver fortíssimos indícios da prática dos delitos imputados. Soares, como advogado que foi sabia que, perante certos factos, só em julgamento é que se pode verdadeiramente apreciar a culpabilidade ou inocência das pessoas envolvidas, mas tudo fez, juntamente com outros políticos, para impedir esse julgamento."
Esta a informação "isenta" que temos.
A SIC desde que o governo anunciou a possibilidade de abertura de um novo canal está assim:
O Bastonário diz:
"... existe em Portugal uma criminalidade muito importante, do mais nocivo para o Estado e para a sociedade... Alguns até ostensivamente ocupam cargos relevantes no Estado Português..."
A SIC, mistificadora e (des)informadora, coloca em rodapé:
"O Bastonário diz que há pessoas ao mais alto nível no Governo...".
É a mesma coisa...
Esta é a informação limpa e isenta que temos...
P.C.
As virgens ofendidas que exigem casos concretos a Marinho Pinto sabem muito bem do que este fala. E uma das coisas que ele nos conta é como o combate à corrupção está historicamente refém de decisões e opções legislativas que o bloquearam.
As ditas virgens ofendidas devem saber que o crime de tráfico de influências só em 1995 entrou no Código Penal e que, mesmo assim, isso aconteceu com uma redacção que não permite praticamente um único resultado sério. E sabem também que, por essa altura, o enriquecimento sem causa visível era já um dos maiores cancros da política portuguesa. Ah, havia a Bolsa para o justificar... Sejamos sérios: o que Marinho Pinto disse é escandalosamente óbvio!
Ainda bem que vai havendo gente com "tomates" para falar nestes casos.
Parabéns ao Bastonário da Ordem dos Advogados.
"eles falam... falam... falam.... Falam.... Falam....."
Esta conversa de troca de acusações acontece todos os anos e a toda a hora, mas a começar pela justiça tudo vai ficando na mesma e nunca ninguem até hoje foi acusado.
Se fossem "tomates" aquilo que este senhor tem então que acuse os implicados e comece por limpar a casa porque o que ai há mais é advogados corruptos e à frente de coisas para as quais não têm a minima competência.
Consta que o Estado português, depois do discurso do senhor bastonário dos advogados, vai processar internacionalmente a ONU, por dar guarida a estudos de certas ONGs que confirmam a existência de corrupção em Portugal, em termos gerais e abstractos. Lendo os relatórios, diremos que obviamente há corrupção em Portugal. Tem-no proclamado a "Transparency International", confirmando que, entre os primitivos quinze da UE, éramos os terceiros mais corruptos, de acordo com os índices de percepção universalmente aceites.
Num dos últimos relatórios anuais da tal Transparency International regista-se, com efeito, que, no campeonato europeu do Índice de Percepção da Corrupção, continuamos apenas à frente da Grécia e da Itália.
Basta consultarmos uma qualquer cartilha de combate à corrupção noutras paragens do mundo, para verificarmos como para os nosso poderes instalados tal processo continua a ser música celestial.
Continuamos na cauda da Europa, apesar de abundarem os discursos ditos de "ética republicana" sobre matéria. E também são os países tradicionalmente liberais que estão nos lugares cimeiros dos bons princípios. Porque, na prática, a teoria não é posta na gaveta.
Apesar de estarmos na União Europeia, não andamos muito longe da média mundial, o que é péssimo. Também aqui os partidos vão na vanguarda, tal como as forças armadas e estruturas religiosas parecem também ter mais autenticidade (mas aqui, a tropa está à frente das igrejas). Parece que em matéria de impostos as coisas andam mal, enquanto os parlamentares e os polícias sempre são menos maus.
Segundo um estudo do Banco Mundial basta eliminarmos a corrupção para triplicarmos o rendimento "per capita" e colocar-nos ao nível da Finlândia. Porque desemprego, corrupção, imigração, saúde e consumo são factores apontados como obstáculos para a segurança humana em Portugal, de acordo com dados do relatório da Social Watch.
Cresce a impressão de que na democracia portuguesa reina uma cultura de irresponsabilidade e impunidade. Apesar de indicadores sócio-económicos, como educação, informação, ciência e tecnologia, colocarem Portugal entre os países em melhor situação ou acima da média, o Social Watch alerta para o problema da corrupção no país. Os casos de corrupção incluem subornos, grandes delitos económico-financeiros, tráfico de influências, fraudes em licitações e encobrimento de responsabilidades penais.
Enviar um comentário
<< Home