segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

É ECONOMIA QUE TEMOS, PURA E DURA!



Este vai ser o ano do crescimento económico e do regresso do investimento
José Sócrates
21 de Janeiro de 2008

Etiquetas: , , , , ,

11 Comments:

At 22 de janeiro de 2008 às 00:44, Anonymous Anónimo said...

Sócrates é o único primeiro-ministro da União Europeia optimista para 2008. O que é um espanto. Agora que nada parece estar favorável para este ano em termos conjunturais, o nosso primeiro começa a desenterrar o machado eleitoral.

Mas a verdade é que estes últimos dias têm sido dramáticos para o país. Há famílias revoltadas porque os filhos deficientes ficaram sem apoio do Estado de um dia para o outro, há populações abandonadas e indignadas com o fecho de hospitais, urgências, e de assistência médica feita em ambulâncias...a vergonha, a desorganização e sobretudo a crueldade que este governo tem lançado sobre a população só é possível de entender num país ordeiro. Demasiado ordeiro, demasiado carneiro. Noutro país europeu já tinha havido levantamento social, desobediência civil, greves e tumultos.

O que está a acontecer na saúde é um pesadelo. E se o povinho votou nestes socialistas para defenderem a sociedade civil, o bem estar social, as garantias de uma democracia...estava muito enganado.
Nunca se viu um governo tão afrontoso para a população. Tudo o que faz é para magoar, ferir, tirar conforto. Não se trata de magoar para sarar. Trata-se de aplicar de uma forma cega uma política monetária que só vê cifrões onde devia ver aconchego social, progresso e organização. O ministro Campos devia ser demitido já e Sócrates obrigado a mudar de política.

Cavaco que fez dois anos na Presidência veio dizer com aquela voz de tom cinzento que o povo devia ter calma com o encerramento dos centros e entrar no diálogo. Diálogo ? Falar com arrogantes e estúpidos governantes ?
Era bom que o Presidente percebesse que a calma tem limites e que a INDIGNAÇÃO SOCIAL é um direito dos cidadãos num Estado de direito.
Do outro lado Sócrates promete um 2008 dourado. Que vá a Anadia dizer isso aos desgraçados que esperam noite dentro por uma consulta. A lata tem limites.

 
At 22 de janeiro de 2008 às 00:47, Anonymous Anónimo said...

O primeiro-ministro, José Sócrates, revelou estar muito confiante em relação a 2008. Para Sócrates este "vai ser o ano do crescimento económico e do regresso do investimento".

a economia do rectângulo vai começar a usar saltos altos em cor-de-rosa e os outros, os parceiros da ilusão europeia, vão andar todos de chinelas...

Governo português é o único da zona euro optimista para 2008. Só Portugal é que prevê que a economia vai crescer mais do que em 2007. link

é quase inacreditável que ainda exista quem pense que o sócrates é um grande aldrabão não é engenheiro...

 
At 22 de janeiro de 2008 às 01:00, Anonymous Anónimo said...

O ministério das Finanças revelou hoje que o saldo negativo da Execução Orçamental do subsector Estado ascendeu no ano passado aos 5,23 mil milhões de euros, o que representa um recuo de 26,6% relativamente ao défice de 7,13 mil milhões de euros verificado em 2006.

Segundo os dados hoje divulgados pelo Ministério das Finanças, a melhoria do défice ficou a dever-se ao aumento da Receita Total, que cresceu 9,17% para os 32,21 mil milhões de euros em 2007, contra os 35,92 mil milhões de euros obtidos no ano anterior.

Este aumento mais do que compensou o aumento em 3,22% da Despesa Total, a qual passou dos 43,06 mil milhões de euros em 2006 para os 44,45 mil milhões de euros em 2007.

Realmente, é obra. O Governo de José Sócrates reduziu o investimento público e usou de artifícios como as EPE para encobrir a sua incapacidade de reduzir o despesismo e, mesmo assim, não evitou que a despesa derrapasse. Mais que derrapar, conseguiu que essa derrapagem de 3,22% superasse as duas inflações que temos: a prevista pelo Governo (2,1%) e a real (2,5%).
Ou seja, se uma política económica orientada para um objectivo orçamental já de si é errada, pela crise social profunda que provoca (que os números record do desemprego não escondem) e pelo decréscimo de qualidade e quantidade nos serviços públicos prestados às populações, um equilíbrio nas contas públicas efectuado à custa de uma redução nas parcelas da despesa que geram emprego e bem-estar social e de um aumento da receita cobrada, aumentando-se os vícios de desperdício que o Executivo Sócrates inicialmente se propunha erradicar, é um resultado que está longe de ser o sucesso triunfal que o Governo apresenta. Se existe sucesso – e existe – ele reside na melhoria da eficiência nas cobranças fiscais. Porém, este sucesso parcial, dado o aumento do despesismo – e houve aumento do despesismo porque a despesa cresceu mais que a inflação e o investimento público diminuiu – sugere que temos uma carga fiscal que poderia ser aliviada caso o Governo de José Sócrates conseguisse travar o aumento da despesa inútil. E a prossecução desse objectivo, pelas provas dadas ao longo do mandato, já ninguém se ilude que será um fracasso completo.

 
At 22 de janeiro de 2008 às 19:03, Anonymous Anónimo said...

Terça-feira, Janeiro 22, 2008
Discurso político: da depressão à ilusão


Os políticos portugueses ainda não perceberam que os seus discursos optimistas pouco influenciam a economia, poderão enganar os eleitores mais descuidados ou ignorantes ou distraídos, mas pouco influenciam as decisões dos investidores e agentes económicos e, em particular, dos investidores. Ninguém aguarda pela mensagem de Natal do primeiro-ministro para decidir um investimento nem deixa de o fazer porque Menezes descobre todos os dias que o país está à beira da falência.

Os políticos portugueses insistem no erro de tentarem confundir os ciclos políticos com os ciclos económicos, como pouco podem fazer com os parcos instrumentos de política económica que lhes resta têm a ilusão de que o discurso político pode influenciar a realidade. O resultado é desastroso, durante a primeira metade das legislaturas os governantes recorrem a um discurso deprimente para na fase final exagerarem no optimismo. Os líderes dos partidos da oposição têm a mesma atitude, só que preferem recorrer ao discurso deprimente durante toda a legislatura, numa lógica de quanto pior melhor.

No actual contexto económico mundial o governo pouco mais pode fazer do que evitar as asneiras e promover as reformas económicas que assegurem a competitividade externa da economia. O recurso a políticas expansionistas assentes na despesa pública não só poderão revelar-se desastrosas como têm menos resultados a longo prazo do que, por exemplo, boas políticas de educação e formação profissional.

Décadas de keynesianismo combinado com uma ditadura economicamente paternalista habituaram os portugueses a esperar do Estado a adopção das soluções para todos os seus males, os consumidores esperam que o Estado assegure preços baixos, os investidores esperam ajudas ao investimento, os desempregados contam com a criação de emprego. Uma boa parte do discurso político dos partidos do poder encaixa neste modelo e os partidos mais à direita ou à esquerda são mesmo os grandes defensores de que é no Estado que está a solução de todos os nossos males.

O momento actual evidencia bem a dicotomia entre a realidade económica e o discurso político. De um lado temos a alta dos preços dos produtos agrícolas e do petróleo, a crise nas bolsas e a perda de competitividade face às economias emergentes. Mas para os nossos políticos Portugal vive em autarcia, para o governo todos os sinais são positivos enquanto para a oposição da quebra do investimento ao aumento do preço do pão, tudo é resultado de más políticas.

Entre uma realidade que ninguém explica e um discurso político desfasado dessa realidade os portugueses vivem num mundo de sonhos e depressões, num dia dizem-lhes que são uns malandros pouco produtivo, no outro prometem-lhes o oásis.

 
At 22 de janeiro de 2008 às 19:07, Anonymous Anónimo said...

Ontem o Engº Sócrates andou a fazer aquilo que se chama a gestão das expectativas. A ideia é um bocado infantil, mas faz parte da cultura política portuguesa. Acredita-se que se o Primeiro-Ministro disser que a economia vai bem, então os agentes económicos investem e produzem e a economia ficará mesmo bem. A gestão das expectativas já em si mesmo uma ideia estúpida, mas é ainda mais estúpida quando praticada por um político que já mentiu várias vezes e cuja credibilidade é nula.

Imagine-se o capitão do Titanic a gerir expectativas:

-- Não, não era um iceberg, era apenas um pedaço de madeira.
-- As bombas vão tirar esta água toda.
-- Inclinar? Claro que não está a inclinar ...
-- Há botes para todos e ainda sobra.
-- A água está quentinha.

 
At 22 de janeiro de 2008 às 21:01, Anonymous Anónimo said...

Durante meses o Governo insistiu em dizer que a economia estava isolada do subprime. Como aquelas frigideiras revestidas a teflon, onde a comida não “pega”?!
O Banco de Portugal veio agora confirmar que não é assim (o “flirt” com o Governo acabou?): vamos mesmo levar com os salpicos da crise financeira.
Porque o arrefecimento nos mercados que nos compram a produção é grande; e porque os bancos travaram a fundo na concessão de crédito (experimente pedir uma simulação para um simples crédito à habitação).

Sócrates e Teixeira dos Santos tinham noção do seu excesso de optimismo?
A sua experiência (sobretudo a do ministro) nestas matérias faz acreditar que sim.
Mas se assim é, como explicar a sintonia entre Governo e Banco de Portugal?
Vitor Constâncio até chegou a dizer que o PIB, em 2008, deveria ficar no intervalo previsto pelo Governo?

Seja como for, o cenário mudou (nem as Bolsas ajudam).
E é neste ambiente menos favorável que Sócrates irá governar em 2008. Ao contrário do que aconteceu em 2005, 2006 e 2007, onde contou com a conjuntura externa (via exportações) para puxar pelo PIB. Ou seja pela primeira vez desde que chegou ao poder, a sorte não parece estar consigo.
Que chatice: tinha que ser logo na ponta final da legislatura.

 
At 23 de janeiro de 2008 às 00:08, Anonymous Anónimo said...

«O ministro das Finanças considerou hoje, em Bruxelas, que as quedas verificadas nos mercados financeiros já eram "de alguma forma esperadas" e significam uma "clarificação" que poderá traduzir-se num "novo arranque".Fernando Teixeira dos Santos não ficou surpreendido com a "reacção dos investidores" à divulgação, nas primeiras semanas de 2008, dos resultados negativos de alguns dos principais bancos envolvidos na crise no mercado de crédito imobiliário de alto risco nos Estados Unidos. »
No:Público


É uma pena que não o tenha dito a tempo de os investidores se livrarem do prejuízo.

 
At 24 de janeiro de 2008 às 19:40, Anonymous Anónimo said...

LUCROS DO MILLENIUM POLACO SERVEM PARA PAGAR REFORMAS DE ADMINISTRADORES

«De acordo com o ‘Jornal de Negócios’, 22 milhões de euros foram gastos com a passagem à reforma de Paulo Teixeira Pinto, enquanto mais 48 milhões de euros serão repartidos por Filipe Pinhal, Alípio Dias, Christopher de Beck e Bastos Gomes. O encargo de 70 milhões de euros com as reformas serão integralmente repercutidos nas contas de 2007.»
No:Correio da Manhã

Coitados dos accionistas do Millennium/BCP investiram num banco cujo principal objectivo é pagar bem aos administradores e pagar-lhes ainda mais quando são ocorridos.

Despache-se a carteira de acções do Millennium.

 
At 24 de janeiro de 2008 às 20:35, Anonymous Anónimo said...

boas notícias:
BCP perde mais de 12 por cento.... ainda tens lá conta???

 
At 28 de janeiro de 2008 às 18:51, Anonymous Anónimo said...

Há portugueses com a vista tão turva (será da água de rosas???) que conseguem ver oásis no deserto.

Realmente temos os governantes que merecemos.

Quando toda a Europa, Mundo revê as previsões económicas em BAIXA para 2008, eis que este bacoco do PM prevê crescimento.

Será que vai exportar para Marte????

 
At 28 de janeiro de 2008 às 19:33, Anonymous Anónimo said...

O Homem é um tótózinho...

 

Enviar um comentário

<< Home