DIÁRIO DE UM CLANDESTINO
Domingo, 6 de Janeiro - Chega ao fim a primeira semana após a entrada em vigor da Lei da Discriminação, também conhecida por Lei 37/07, ou Lei Antitabaco. Dois milhões de portugueses viram as suas vidas mudadas de um dia para o outro, sendo remetidos para a rua nos locais de trabalho, nos cafés e nos restaurantes, nos centros comerciais e nas lojas. Faz-me lembrar, irresistivelmente, os primeiros decretos antijudeus da Alemanha nazi. Será que aguentaremos o gueto sem nos revoltarmos?
Foi dito que a ASAE já está inundada de queixas de donos de restaurantes e bares. De que se queixam eles - de clientes que insistem em fumar? Não, queixam-se de concorrentes que, em sua opinião, optaram por terem espaço para fumadores, mas em condições contrárias à lei - cuja especificação ninguém entende, mas todos temem. Eis o que era de prever: uma lei fascista teria como consequência inevitável o despertar do espírito de bufaria, em que os portugueses se tornaram mestres durante cinquenta anos. Nas repartições públicas há contínuos a vigiar atentamente se os trabalhadores fumam ou não, instalam-se detectores de fumo, o país inunda-se de dísticos vermelhos, e um clima geral de vigilância, de delação, de guerra civil larvar cobre esta onda de modernidade e civismo.
E, subitamente, emergem dois heróis públicos, os polícias encarregues de fazer cumprir a lei: um é o director-geral de Saúde, aquele engraçado cavalheiro que, há tempos, nos ameaçava com a inevitabilidade da pandemia da gripe das aves e dezenas de milhares de mortos no Verão de 2007 e agora nos ameaça com dezenas de milhares de processos em nome da saúde pública dos não fumadores. É pena que não se preocupe antes com as urgências e os SAP que fecham, com as condições miseráveis de hospitais como o São José, o São João ou o de Faro, com os doentes que esperam dois anos por uma consulta urgente ou uma operação inadiável. O outro herói é o já célebre presidente da famigerada ASAE, o tal que declara que, se não quisermos viver nesta sociedade, podemos sempre emigrar.
Eu não faço tenções de emigrar, muito menos a mando dos ayatholahs que estão a tomar conta do país e das nossas sociedades. Até ver, a minha saúde é assunto meu, e a liberdade é assunto de todos e demasiado sério para ser confiado a dois directores-gerais que ninguém elegeu e cuja autoridade para decidir como é que devemos viver não reconheço.
Segunda-feira, 7 de Janeiro - A esplanada do café do bairro está cheia de gente, velhos incluídos, que tomam o pequeno-almoço e o café da manhã ao frio. É sabido que os velhos têm mais frio e vivem mais tempo pelos cafés. Agora, resta-lhes as esplanadas ou a rua.
Os jornais e os sindicatos fazem um grande alarido, porque parece que os casinos obtiveram, em negociação, um regime de semiexcepção para o fumo, invocando que 80% dos seus clientes são fumadores. A virtude pública indigna-se. Extraordinária indignação: nos casinos joga-se - muitas vezes não apenas a fortuna, mas a carreira profissional, o destino de famílias e a própria vida. Os jogadores são incentivados a beber, a jogar e a distrair-se de tudo o resto. O Estado agradece e cobra impostos. Chega mesmo ao ponto de aprovar uma lei de excepção para que o sr. Stanley Ho possa ter um megacasino em Lisboa - o primeiro em cem anos a ser autorizado dentro de uma cidade. Mas só fumar é que ofende...
Terça-feira, 8 de Janeiro - Do Minho chega mais uma extraordinária notícia, nesta cruzada cívica em que a nação está lançada: um grupo de escolas resolveu ministrar compulsivamente um curso aos seus alunos para que eles convençam os pais a não fumar em casa. O objectivo final do curso é que os alunos sejam capazes de trazer, devidamente assinado pelos pais, um certificado fornecido pelas escolas, onde eles se comprometem solenemente a não fumar em suas casas. Leiam bem: as escolas ensinam os filhos a darem ordens aos pais em casa. Para já, é a de não fumar. Que outras se seguirão?
Enfim, uma notícia reconfortante, para desanuviar. A quem se dispuser a fazer uma generosa contribuição para as obras de um convento de carmelitas, algures no interior, as freiras comprometem-se a dedicar-lhe em exclusivo as suas orações e preces, por tempo indeterminado. A facilidade com que os católicos resolvem alguns problemas complicados de consciência e de culpa nunca cessa de me espantar. Será que vão voltar a vender indulgências plenárias?
Quarta-feira, 9 de Janeiro - Em nome do PSD, Zita Seabra comunicou solenemente ao país que "a liberdade e a democracia estão em perigo". Às vezes também acho que sim, mas as razões dela são outras: O PS quer tomar o poder financeiro. No mesmo dia, o PSD, na pessoa de Faria de Oliveira, tomou posse da Caixa Geral de Depósitos - que reivindicou e obteve.
Dois quarteirões abaixo, Santos Ferreira, pelo PS, e Miguel Cadilhe, pelo PSD, foram fazer campanha eleitoral perante o descorçoado conselho superior do moribundo BCP. A eleição dos corpos gerentes dos Alunos de Apolo tem mais grandeza do que isto.
Quinta-feira, 10 de Janeiro - Diz o Tribunal de Contas que, em 2006, o Governo Regional da Madeira gastou 17 milhões de euros em estudos, consultadoria, pareceres e procuradoria. 28 mil euros, por ajuste directo, foram para o advogado da classe operária e eterno candidato a tudo o que mexa, Garcia Pereira. E 150 mil euros para o deputado e então líder da bancada parlamentar do PSD, Guilherme Silva. Não sei que mais admirar: se a liberdade funcional de que goza este deputado, se a indignação dos que se sentem ofendidos por o novo bastonário dos advogados, Marinho Pinto (que hoje tomou posse), ter dito que advogado e deputado não são coisas compatíveis.
Alcochete - Eis a escolha final do Governo. Satisfez a CIP, não satisfez nem os contribuintes nem o interesse nacional. Todos os que estão de boa-fé perceberam de há muito que a única opção de interesse público era a Portela+1 - a mais rápida, a mais eficaz, a mais barata. Mas há que satisfazer a clientela das obras públicas, porque é esse o paradigma de desenvolvimento em que vivemos. Visto à luz desta fatalidade, Alcochete é o mal menor.
Li há dias no Sol que o arq. Saraiva atribui a ele e ao seu jornal a glória de terem travado, sozinhos, o desfecho Ota. Não impede que também me sinta contente: em Julho de 2006, ainda o Sol não tinha nascido, eu publiquei aqui um artigo intitulado Foi você que pediu um aeroporto?, onde procurei explicar o embuste da Ota. Muitos outros fizeram o mesmo, contrariando interesses superiores e arrostando, por vezes, com as respectivas consequências. Às vezes vale a pena lutar, mesmo que depois não haja uma freira a rezar por nós.
Miguel Sousa Tavares
Foi dito que a ASAE já está inundada de queixas de donos de restaurantes e bares. De que se queixam eles - de clientes que insistem em fumar? Não, queixam-se de concorrentes que, em sua opinião, optaram por terem espaço para fumadores, mas em condições contrárias à lei - cuja especificação ninguém entende, mas todos temem. Eis o que era de prever: uma lei fascista teria como consequência inevitável o despertar do espírito de bufaria, em que os portugueses se tornaram mestres durante cinquenta anos. Nas repartições públicas há contínuos a vigiar atentamente se os trabalhadores fumam ou não, instalam-se detectores de fumo, o país inunda-se de dísticos vermelhos, e um clima geral de vigilância, de delação, de guerra civil larvar cobre esta onda de modernidade e civismo.
E, subitamente, emergem dois heróis públicos, os polícias encarregues de fazer cumprir a lei: um é o director-geral de Saúde, aquele engraçado cavalheiro que, há tempos, nos ameaçava com a inevitabilidade da pandemia da gripe das aves e dezenas de milhares de mortos no Verão de 2007 e agora nos ameaça com dezenas de milhares de processos em nome da saúde pública dos não fumadores. É pena que não se preocupe antes com as urgências e os SAP que fecham, com as condições miseráveis de hospitais como o São José, o São João ou o de Faro, com os doentes que esperam dois anos por uma consulta urgente ou uma operação inadiável. O outro herói é o já célebre presidente da famigerada ASAE, o tal que declara que, se não quisermos viver nesta sociedade, podemos sempre emigrar.
Eu não faço tenções de emigrar, muito menos a mando dos ayatholahs que estão a tomar conta do país e das nossas sociedades. Até ver, a minha saúde é assunto meu, e a liberdade é assunto de todos e demasiado sério para ser confiado a dois directores-gerais que ninguém elegeu e cuja autoridade para decidir como é que devemos viver não reconheço.
Segunda-feira, 7 de Janeiro - A esplanada do café do bairro está cheia de gente, velhos incluídos, que tomam o pequeno-almoço e o café da manhã ao frio. É sabido que os velhos têm mais frio e vivem mais tempo pelos cafés. Agora, resta-lhes as esplanadas ou a rua.
Os jornais e os sindicatos fazem um grande alarido, porque parece que os casinos obtiveram, em negociação, um regime de semiexcepção para o fumo, invocando que 80% dos seus clientes são fumadores. A virtude pública indigna-se. Extraordinária indignação: nos casinos joga-se - muitas vezes não apenas a fortuna, mas a carreira profissional, o destino de famílias e a própria vida. Os jogadores são incentivados a beber, a jogar e a distrair-se de tudo o resto. O Estado agradece e cobra impostos. Chega mesmo ao ponto de aprovar uma lei de excepção para que o sr. Stanley Ho possa ter um megacasino em Lisboa - o primeiro em cem anos a ser autorizado dentro de uma cidade. Mas só fumar é que ofende...
Terça-feira, 8 de Janeiro - Do Minho chega mais uma extraordinária notícia, nesta cruzada cívica em que a nação está lançada: um grupo de escolas resolveu ministrar compulsivamente um curso aos seus alunos para que eles convençam os pais a não fumar em casa. O objectivo final do curso é que os alunos sejam capazes de trazer, devidamente assinado pelos pais, um certificado fornecido pelas escolas, onde eles se comprometem solenemente a não fumar em suas casas. Leiam bem: as escolas ensinam os filhos a darem ordens aos pais em casa. Para já, é a de não fumar. Que outras se seguirão?
Enfim, uma notícia reconfortante, para desanuviar. A quem se dispuser a fazer uma generosa contribuição para as obras de um convento de carmelitas, algures no interior, as freiras comprometem-se a dedicar-lhe em exclusivo as suas orações e preces, por tempo indeterminado. A facilidade com que os católicos resolvem alguns problemas complicados de consciência e de culpa nunca cessa de me espantar. Será que vão voltar a vender indulgências plenárias?
Quarta-feira, 9 de Janeiro - Em nome do PSD, Zita Seabra comunicou solenemente ao país que "a liberdade e a democracia estão em perigo". Às vezes também acho que sim, mas as razões dela são outras: O PS quer tomar o poder financeiro. No mesmo dia, o PSD, na pessoa de Faria de Oliveira, tomou posse da Caixa Geral de Depósitos - que reivindicou e obteve.
Dois quarteirões abaixo, Santos Ferreira, pelo PS, e Miguel Cadilhe, pelo PSD, foram fazer campanha eleitoral perante o descorçoado conselho superior do moribundo BCP. A eleição dos corpos gerentes dos Alunos de Apolo tem mais grandeza do que isto.
Quinta-feira, 10 de Janeiro - Diz o Tribunal de Contas que, em 2006, o Governo Regional da Madeira gastou 17 milhões de euros em estudos, consultadoria, pareceres e procuradoria. 28 mil euros, por ajuste directo, foram para o advogado da classe operária e eterno candidato a tudo o que mexa, Garcia Pereira. E 150 mil euros para o deputado e então líder da bancada parlamentar do PSD, Guilherme Silva. Não sei que mais admirar: se a liberdade funcional de que goza este deputado, se a indignação dos que se sentem ofendidos por o novo bastonário dos advogados, Marinho Pinto (que hoje tomou posse), ter dito que advogado e deputado não são coisas compatíveis.
Alcochete - Eis a escolha final do Governo. Satisfez a CIP, não satisfez nem os contribuintes nem o interesse nacional. Todos os que estão de boa-fé perceberam de há muito que a única opção de interesse público era a Portela+1 - a mais rápida, a mais eficaz, a mais barata. Mas há que satisfazer a clientela das obras públicas, porque é esse o paradigma de desenvolvimento em que vivemos. Visto à luz desta fatalidade, Alcochete é o mal menor.
Li há dias no Sol que o arq. Saraiva atribui a ele e ao seu jornal a glória de terem travado, sozinhos, o desfecho Ota. Não impede que também me sinta contente: em Julho de 2006, ainda o Sol não tinha nascido, eu publiquei aqui um artigo intitulado Foi você que pediu um aeroporto?, onde procurei explicar o embuste da Ota. Muitos outros fizeram o mesmo, contrariando interesses superiores e arrostando, por vezes, com as respectivas consequências. Às vezes vale a pena lutar, mesmo que depois não haja uma freira a rezar por nós.
Miguel Sousa Tavares
Etiquetas: Alcochete, ASAE, BCP, Nova Administração Socialista do BCP, OTA, PS, PSD, Tabaco
3 Comments:
Esse senhor que vá fumar pó monte dele. Aí pode fumar à vontade sem prejudicar terceiros, mate-se para aí que me estou marimbando. Agora poluir o ar que outros respiram? fosga-se
Ser um fumador é igual a ser um toxicodependente em nicotina. Assim, posso concluir que um fumador é um doente, uma vez que EM PORTUGAL SE CONSIDERA A TOXICODEPENDÊNCIA UMA DOENÇA.
Nesta conformidade considero imoral o valor do imposto sobre o tabaco, recentemente aumentado em mais 10%.
Os doentes (toxicodependentes) são obrigados a pagar elevadíssimas taxas, muitas vezes com prejuízo das necessidades básicas do fumador.
Os viciados (incluindo os tabágicos) optam em geral por comprar um ou dois maços de tabaco e comer simplesmente uma "sandes" em vez de tomar um almoço ou jantar em condições.
Seria mais coerente com as políticas agora adoptadas que se fechassem as tabaqueiras e se combatesse a venda do tabaco, como se faz com as outras drogas.
É imoral que se continue a viver às custas dos impostos dos fumadores e depois que os tratem como "cães raivosos", escorraçando-os de todo o lado. Poderiam ao menos ter previsto a existência de discotecas, bares, cafés e restaurantes destinados a fumadores....
Terça-feira, Janeiro 15, 2008
A Igreja Católica na mira dos rangers da ASAE
"Perdoai-lhe Senhor, porque eles não sabem o que fazem..."
Depois dos restaurantes (excepto os dos casinos) e das cantinas dos hospitais o novo alvo da ASAE vai ser a Igreja Católica, onde há sinais evidentes de falta de higiene, bem como muitas dúvidas quanto ao respeito pela proibição de fumar nos espaços fechados.
Ao contrário do que sucede com os casinos, onde a lei dos jogos que permitiu ao inspector-geral da ASAE fumar a sua cigarrilha mal cheirosa, a Concordata não estabelece regras quanto à possibilidade de fumar nos locais de culto, designadamente, nas sacristias e outras zonas reservadas, pelo que se Sua Eminência Reverendíssima Dom José Cardeal da Cruz Policarpo quiser dar a sua "ganza" não terá o mesmo privilégio do António Nunes e terá que o fazer ao relento, à porta da Sé.
O inspector-geral considera que a lei se aplica às igrejas porque estas são um “local de trabalho” do clero, nelas há “atendimento directo de público”, no seu interior pratica-se a catequese pelo deverão ser consideradas “locais destinados a menores de 18 anos” e “estabelecimentos” de ensino. Mas, tanto quanto, se sabe nenhuma igreja afixou o dístico de proibição de entrada de fumadores um gesto que só pode ser entendido com uma afronta ao poder pessoal do inspector-geral da ASAE conduzida por D. José Policarpo. Ao contrário do que sucede com os outros estabelecimentos onde as beatas são viusíveis à porta, nas igrejas é no interior que se podem ver as beatas, uma manifestação de desrespeito pela lei.
Toda a gente sabe que o cardeal patriarca de Lisboa é um fumador incorrigível, até houve quem comentasse que só não se mudou para a residência da Praça de São Pedro porque o fumo do tabaco prejudicava as pratas, teve pior sorte que o António Nunes que é santo na ASAE e pecador no Casino Estoril, beneficiando da tolerância de Sócrates para com os pecadores do seu rebanho. O facto de o cardeal ser o suspeito número um justifica que a mega operação policial que vai fechar muitas das nossas igrejas comece precisamente pela Sé de Lisboa, onde os rangers da ASAE, treinados em Idanha-a-Nova pela CIA e pelo SIS, vão ter a oportunidade de mostrar pela primeira vez as suas aptidões pois assaltarão de surpresa aquele templo, numa tentativa de apanhar de surpresa o D. Policarpo agarrado ao cigarro em plena sacristia.
Mas o tabaco não é a única razão para esta intervenção da ASAE, esta polícia está muito preocupada com a falta de higiene nos estabelecimentos religiosos, cujos sinais são públicos e notórios. É frequente ver o cardeal patriarca dar o seu anel a beijar aos crentes sem cuidar da sua higienização entre cada lambedela, o que justifica a intenção do inspector-geral da ASAE de confiscar o anel cardinalício para que sejam feitas análises microbiológicas no Instituto Ricardo Jorge, a fim de identificar todos os germes que vivem neste pequeno jardim zoológico anelar.
Para além do cachucho de Sua Eminência Reverendíssima Dom José Cardeal da Cruz Policarpo o inspector-geral da ASAE está também preocupado com o facto dos estabelecimentos religiosos não estarem equipados com WC, obrigando os crentes a virem fazer as necessidades biológicas à rua, o que é motivo para determinar os seu encerramento até que uma nova inspecção da ASAE autorize a sua reabertura, como sucedeu com a Ginginha do Rossio ou o Galeto.
Uma segunda linha de preocupações com as condições de higiene praticadas nas igrejas portuguesas refere-se às condições em que são usados produtos alimentares nas celebrações da missa, designadamente, do vinho e das hóstias. Quanto ao vinho a ASAE tenciona verificar se as igrejas têm condições adequadas à lavagem dos cálices estando a estudar a possibilidade proibir a utilização de cálices de metal pois os óxidos produzidos no seu interior podem prejudicar a saúde. Em sua substituição a ASAE pretende sugerir a utilização de cálices ou mesmo de copos de quarto em vidro, de preferência pirex.
Mais grave do que usar cálices em condições de higiene duvidosas e sem que as sacristias tenham o mínimo de condições de assegurar que a sua higienização seja feita respeitando as regras de Bruxelas, é a forma como as hóstias são distribuídas pelos crentes. Os padres entregam-nas sem ter o cuidado de usar luvas (sabe Deus onde andaram, com as mãos...), quando deveriam usar luvas de látex e as hóstias deveriam estar embrulhadas individualmente em papel, onde deveria estar impressa a sua composição, local e data de fabrico, data de validade e a indicação de que foram utilizados cereais transgénicos.
Com esta mega operação, a maior alguma vez realizada em Portugal, movimentando mais meios do que os necessários para fazer o 25 de Abril, António Nunes, o inspector-geral da ASAE, que já é mais conhecido e temido do que José Sócrates, espera fazer sombra ao Marquês de Pombal, se o primeiro-ministro de D. José correu com os Jesuítas, o senhor da ASAE vai constituir a "Ordem da ASAE" e lá meter o que resta do clero.
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