É O QUE TEMOS
Quando gostam de se insinuar como políticos de uma profunda reflexão e de ideias para além da espuma dos dias, os políticos de agora dizem que a sua fonte de inspiração é Churchill.
A sugestão implícita é a de que são políticos de causas, batendo-se por ideais contra a ditadura mediática e sempre apressada da luta política dos tempos de hoje.
A sugestão é, obviamente, ridícula e deve ser desprezada como tal.
Nenhum político de hoje tem a estatura de um Churchill, e por várias e irremediáveis razões. Primeiro, porque não nascem ricos nem aristocráticos, não se podendo permitir o luxo de olhar para a carreira política com o tom diletante com que o fazia Churchill: quando precisou de ganhar dinheiro a sério para manter o elevadíssimo nível de vida que não queria largar, Churchill ganhou-o como escritor, como colunista de jornais ou como jornalista e repórter de guerra e não sentado no Governo ou nos Comuns.
Segundo, porque o grande luxo de não precisar da política para ser conhecido ou para ganhar dinheiro dava a Churchill a faculdade de poder fazer política por duas únicas razões: por gozo ou por sentido de dever patriótico.
Terceiro, porque, tendo-lhe sempre sido indiferente a imagem que transmitia, permitia-se fazer e dizer qualquer coisa que lhe apetecesse, onde e quando lhe apetecia.
Conta-se que, largos anos depois do final da guerra, o marechal Montgomery,o herói do deserto e vencedor de El Alamein, contava a Churchill qual era o segredo da sua longevidade e boa forma física: Nunca fumei, fiz sempre exercício físico e durmo bem todas as noites.
Ao que Churchill, mais velho que o marechal, respondeu: Pois eu cá, o meu segredo é que sempre fumei, nunca fiz exercício físico e só durmo bem à tarde.
A sua actividade noctívaga era célebre.
Durante o blitz de Londres, era frequente vê-lo a seguir as operações anti-aéreas, noite fora, no centro de comando, e, quer em guerra, quer em paz, mantinha sempre um staff de três secretárias, que rodavam por turnos, de modo a cobrir as 24 horas do dia e a estarem sempre disponíveis para quando lhe desse a espertina.
A secretária que fazia o turno da manhã começava o despacho sentada ao lado da banheira onde o poderoso Winston Churchill se banhava nu durante horas, ao mesmo tempo que tomava um pequeno-almoço de ovos estrelados, bacon e costeletas de carneiro, acendia o primeiro charuto do dia e ditava ordens, discursos ou artigos para os jornais.
Está bom de ver que um homem com tais hábitos jamais faria carreira política nos tempos de hoje.
Mas, ao contrário do que apressadamente se supõe, Churchill esteve longe de ter uma carreira política de triunfo em triunfo.
Nos seus longos anos no poder, na oposição ou à margem da política, o que lhe sucedeu foram sobretudo derrotas.
Como primeiro lord do Almirantado, no começo da I Guerra Mundial, teve de se demitir, assumindo a responsabilidade política por erros de estratégia militar da Marinha de Guerra. Muitos outros erros cometeu como supremo responsável pela estratégia militar durante a II Guerra Mundial, e alguns deles com elevadíssimos custos humanos.
Entre guerras, encaixou uma série de desaires eleitorais e passou vinte anos a pregar sozinho no deserto contra o Tratado de Versalhes e a avisar que a Alemanha hitleriana se estava a rearmar. Mesmo reconhecido unanimemente como o principal responsável pela vitória dos Aliados, foi despedido sumariamente pelos ingleses na primeira eleição pós-guerra, dando razão a uma sentença célebre: A ingratidão para com os grandes homens é o sinal das grandes nações.
Em Ialta, ao lado de Roosevelt (a quem os historiadores depois desculparam, dizendo que estava muito doente), ele deixou-se literalmente enganar por Estaline, só tarde de mais acabando a vociferar contra a Cortina de Ferro.
E quando a Índia se batia por uma independência que a Inglaterra já não conseguia mais evitar, ele profetizou que, sem a Índia, a Inglaterra desapareceria do mapa e sozinho levantou-se nos Comuns para protestar contra a visita negocial de Gandhi, a quem chamava esse faquir seminu.
O que sobretudo interessa reter da biografia de Churchill é o retrato de um homem de uma imensa coragem física e moral, de uma personalidade à prova de quaisquer comentários ou julgamentos alheios e de um absoluto sentido de dever e de amor à Inglaterra - ou melhor, à ideia do Império Britânico, pelo qual combateu, como soldado, na Flandres, na África do Sul, na Índia, no Afeganistão e no Sudão.
De todas as célebres histórias acerca do seu famigerado sentido de humor, a que acho que melhor retrata a sua filosofia de corredor de fundo é talvez a última em data. Já muito velho, mas ainda deputado nos Comuns, sentado no seu obscuro lugar de backbencher e aparentemente adormecido durante um debate, Churchill ouviu uma conversa sobre si de dois jovens deputados sentados próximo: O velho está mesmo xexé.
Rodando sobre o cotovelo em que se apoiava, parecendo dormir, o velho Winston encarou-os e disse: E surdo!
Devo confessar que estas reflexões sobre o leão me ocorreram olhando para a ainda incipiente carreira de Luís Filipe Menezes à frente do PSD.
Como é que um bom autarca e um homem que parecia ter chegado à maturidade política - ou, pelo menos, ao lugar para que se vinha preparando há tempo suficiente - se transforma no espaço de dois meses num catavento político, que não conhece bússola, nem pontos cardeais, nem direcções do vento?
Parece-me óbvio: afinal, não estava preparado.
Ou cobiçou o lugar sem saber muito bem porquê ou para quê.
Acabado de eleger pelos militantes do PSD, ei-lo que se foi entregar nas mãos de um spin doctor
Escolheram Menezes, saiu-lhes Cunha Vaz: foi uma má maneira de começar as coisas. Convencido que a política moderna é apenas a imagem mais as frases certeiras no momento certo, Luís Filipe Menezes transformou-se numa marioneta triste, sem tom nem som, uma espécie de caricatura de si próprio.
Começou por seguir a moda das gravatas de cor lisas e de discursar com uma mão estendida, segurando o polegar e o indicador - deve ser o Cunha Vaz que acha que impressiona na televisão.
Depois, sem assento no Parlamento, inventou uma fórmula assaz patética de fingir que está presente nos debates principais, convocando a imprensa para discursar a seguir sobre as intervenções do primeiro-ministro, sozinho e sem contraditório.
Enfim, mal preparado, sem ideias sobre os assuntos que interessam nem tempo para as ter, reduziu toda a postura de líder da oposição a uma regra simples: o que Sócrates fizer, ele é contra; e, se fizer o que ele quer, é porque se rendeu às ideias de Menezes.
Com excepção das extraordinárias propostas que fez para dividir com o PS as grandes obras públicas, a banca e os comentadores televisivos, Menezes oscila conforme acha que sopra o vento, se necessário desdizendo hoje o que dissera ontem.
Se no passado, tal como Sócrates, defendia a Ota, acabou a reclamar vitória em Alcochete; se Sócrates desistiu de convocar o referendo ao Tratado de Lisboa (que Menezes tanto queria evitar) foi o primeiro-ministro que se rendeu às ideias do PSD e por não as ter próprias; se o Governo emenda a mão no dia seguinte e desiste de pagar os aumentos das pensões em duodécimos, tal como reclamado pela oposição, tal representa simultaneamente uma grande vitória do PSD e um sinal de desnorte do Governo.
Se Sócrates se gaba de ter posto o défice público abaixo dos 3%, Menezes chama o infausto dr. Bagão Félix para explicar ao estupefacto país que foi ele próprio e no Governo Santana Lopes quem conseguiu transformar a água em vinho e outros milagres que tais.
E a quem, lá dentro do partido, lhe pergunta para onde vai com tantos ziguezagues, ele responde que são uns cobardes e que, se quiserem, já está pronto para eleições: não contra Sócrates, mas contra os inimigos internos.
Pobres políticos de agora!
Que raio de profissão!
Miguel Sousa Tavares
A sugestão implícita é a de que são políticos de causas, batendo-se por ideais contra a ditadura mediática e sempre apressada da luta política dos tempos de hoje.
A sugestão é, obviamente, ridícula e deve ser desprezada como tal.
Nenhum político de hoje tem a estatura de um Churchill, e por várias e irremediáveis razões. Primeiro, porque não nascem ricos nem aristocráticos, não se podendo permitir o luxo de olhar para a carreira política com o tom diletante com que o fazia Churchill: quando precisou de ganhar dinheiro a sério para manter o elevadíssimo nível de vida que não queria largar, Churchill ganhou-o como escritor, como colunista de jornais ou como jornalista e repórter de guerra e não sentado no Governo ou nos Comuns.
Segundo, porque o grande luxo de não precisar da política para ser conhecido ou para ganhar dinheiro dava a Churchill a faculdade de poder fazer política por duas únicas razões: por gozo ou por sentido de dever patriótico.
Terceiro, porque, tendo-lhe sempre sido indiferente a imagem que transmitia, permitia-se fazer e dizer qualquer coisa que lhe apetecesse, onde e quando lhe apetecia.
Conta-se que, largos anos depois do final da guerra, o marechal Montgomery,o herói do deserto e vencedor de El Alamein, contava a Churchill qual era o segredo da sua longevidade e boa forma física: Nunca fumei, fiz sempre exercício físico e durmo bem todas as noites.
Ao que Churchill, mais velho que o marechal, respondeu: Pois eu cá, o meu segredo é que sempre fumei, nunca fiz exercício físico e só durmo bem à tarde.
A sua actividade noctívaga era célebre.
Durante o blitz de Londres, era frequente vê-lo a seguir as operações anti-aéreas, noite fora, no centro de comando, e, quer em guerra, quer em paz, mantinha sempre um staff de três secretárias, que rodavam por turnos, de modo a cobrir as 24 horas do dia e a estarem sempre disponíveis para quando lhe desse a espertina.
A secretária que fazia o turno da manhã começava o despacho sentada ao lado da banheira onde o poderoso Winston Churchill se banhava nu durante horas, ao mesmo tempo que tomava um pequeno-almoço de ovos estrelados, bacon e costeletas de carneiro, acendia o primeiro charuto do dia e ditava ordens, discursos ou artigos para os jornais.
Está bom de ver que um homem com tais hábitos jamais faria carreira política nos tempos de hoje.
Mas, ao contrário do que apressadamente se supõe, Churchill esteve longe de ter uma carreira política de triunfo em triunfo.
Nos seus longos anos no poder, na oposição ou à margem da política, o que lhe sucedeu foram sobretudo derrotas.
Como primeiro lord do Almirantado, no começo da I Guerra Mundial, teve de se demitir, assumindo a responsabilidade política por erros de estratégia militar da Marinha de Guerra. Muitos outros erros cometeu como supremo responsável pela estratégia militar durante a II Guerra Mundial, e alguns deles com elevadíssimos custos humanos.
Entre guerras, encaixou uma série de desaires eleitorais e passou vinte anos a pregar sozinho no deserto contra o Tratado de Versalhes e a avisar que a Alemanha hitleriana se estava a rearmar. Mesmo reconhecido unanimemente como o principal responsável pela vitória dos Aliados, foi despedido sumariamente pelos ingleses na primeira eleição pós-guerra, dando razão a uma sentença célebre: A ingratidão para com os grandes homens é o sinal das grandes nações.
Em Ialta, ao lado de Roosevelt (a quem os historiadores depois desculparam, dizendo que estava muito doente), ele deixou-se literalmente enganar por Estaline, só tarde de mais acabando a vociferar contra a Cortina de Ferro.
E quando a Índia se batia por uma independência que a Inglaterra já não conseguia mais evitar, ele profetizou que, sem a Índia, a Inglaterra desapareceria do mapa e sozinho levantou-se nos Comuns para protestar contra a visita negocial de Gandhi, a quem chamava esse faquir seminu.
O que sobretudo interessa reter da biografia de Churchill é o retrato de um homem de uma imensa coragem física e moral, de uma personalidade à prova de quaisquer comentários ou julgamentos alheios e de um absoluto sentido de dever e de amor à Inglaterra - ou melhor, à ideia do Império Britânico, pelo qual combateu, como soldado, na Flandres, na África do Sul, na Índia, no Afeganistão e no Sudão.
De todas as célebres histórias acerca do seu famigerado sentido de humor, a que acho que melhor retrata a sua filosofia de corredor de fundo é talvez a última em data. Já muito velho, mas ainda deputado nos Comuns, sentado no seu obscuro lugar de backbencher e aparentemente adormecido durante um debate, Churchill ouviu uma conversa sobre si de dois jovens deputados sentados próximo: O velho está mesmo xexé.
Rodando sobre o cotovelo em que se apoiava, parecendo dormir, o velho Winston encarou-os e disse: E surdo!
Devo confessar que estas reflexões sobre o leão me ocorreram olhando para a ainda incipiente carreira de Luís Filipe Menezes à frente do PSD.
Como é que um bom autarca e um homem que parecia ter chegado à maturidade política - ou, pelo menos, ao lugar para que se vinha preparando há tempo suficiente - se transforma no espaço de dois meses num catavento político, que não conhece bússola, nem pontos cardeais, nem direcções do vento?
Parece-me óbvio: afinal, não estava preparado.
Ou cobiçou o lugar sem saber muito bem porquê ou para quê.
Acabado de eleger pelos militantes do PSD, ei-lo que se foi entregar nas mãos de um spin doctor
Escolheram Menezes, saiu-lhes Cunha Vaz: foi uma má maneira de começar as coisas. Convencido que a política moderna é apenas a imagem mais as frases certeiras no momento certo, Luís Filipe Menezes transformou-se numa marioneta triste, sem tom nem som, uma espécie de caricatura de si próprio.
Começou por seguir a moda das gravatas de cor lisas e de discursar com uma mão estendida, segurando o polegar e o indicador - deve ser o Cunha Vaz que acha que impressiona na televisão.
Depois, sem assento no Parlamento, inventou uma fórmula assaz patética de fingir que está presente nos debates principais, convocando a imprensa para discursar a seguir sobre as intervenções do primeiro-ministro, sozinho e sem contraditório.
Enfim, mal preparado, sem ideias sobre os assuntos que interessam nem tempo para as ter, reduziu toda a postura de líder da oposição a uma regra simples: o que Sócrates fizer, ele é contra; e, se fizer o que ele quer, é porque se rendeu às ideias de Menezes.
Com excepção das extraordinárias propostas que fez para dividir com o PS as grandes obras públicas, a banca e os comentadores televisivos, Menezes oscila conforme acha que sopra o vento, se necessário desdizendo hoje o que dissera ontem.
Se no passado, tal como Sócrates, defendia a Ota, acabou a reclamar vitória em Alcochete; se Sócrates desistiu de convocar o referendo ao Tratado de Lisboa (que Menezes tanto queria evitar) foi o primeiro-ministro que se rendeu às ideias do PSD e por não as ter próprias; se o Governo emenda a mão no dia seguinte e desiste de pagar os aumentos das pensões em duodécimos, tal como reclamado pela oposição, tal representa simultaneamente uma grande vitória do PSD e um sinal de desnorte do Governo.
Se Sócrates se gaba de ter posto o défice público abaixo dos 3%, Menezes chama o infausto dr. Bagão Félix para explicar ao estupefacto país que foi ele próprio e no Governo Santana Lopes quem conseguiu transformar a água em vinho e outros milagres que tais.
E a quem, lá dentro do partido, lhe pergunta para onde vai com tantos ziguezagues, ele responde que são uns cobardes e que, se quiserem, já está pronto para eleições: não contra Sócrates, mas contra os inimigos internos.
Pobres políticos de agora!
Que raio de profissão!
Miguel Sousa Tavares
Etiquetas: Luís Filipe Meneses, Partido Social Democrata, W.Churchill
7 Comments:
As canseiras desta vida
Tanta mãe envelhecida
A escovar
A escovar
A jaqueta carcomida
Fica um farrapo a brilhar
Cozinheira que se esmera
Faz a sopa de miséria
A contar
A contar
Os tostões da minha féria
E a panela a protestar
Dás as voltas ao suor
Fim do mês é dia 30
E a sexta é depois da quinta
Sempre de mal a pior
E cada um se lamenta
Que isto assim não pode ser
Que esta vida não se aguenta-o que é que se há-de fazer?
Corta a carne, corta o peixe
Não há pão que o preço deixe
A poupar
A poupar
A notinha que se queixa
Tão difícil de ganhar
Anda a mãe do passarinho
A acartar o pão pró ninho
A cansar
A cansar
Com a lama do caminho
Só se sabe lamentar
É mentira, é verdade
Vai o tempo, vem a idade
A esticar
A esticar
A ilusão de liberdade
Pra morrer sem acordar
É na morte ou é na vida
Que está a chave escondida
Do portão
Do portão
Deste beco sem saída
-qual será a solução?
http://templodogiraldo.blogspot.com/
Passem por aqui, analisem e comentem. Saudações
O PRINCÍPIO DE PETER MENEZES
«Em Setembro, Luís Filipe Menezes ganhou a presidência do PSD. Já é hoje mais do que evidente que subiu muito acima do seu lugar na vida e que o PSD, se ainda lhe resta algum vestígio de realismo e sensatez, precisa urgentemente de o devolver a Gaia. O tubarão, a Quadratura do Círculo e o jogging nacionalista em Lisboa e no Porto não são lapsos sem consequência. São o produto espontâneo de um cérebro desorganizado e pueril: amanhã Menezes dirá pior e fará pior. Exactamente, como a política errática do partido (da reviravolta da Ota e do referendo à proposta de partilha da banca e obras públicas com o PS) não é um acidente. É um sintoma de vacuidade, desorientação e oportunismo - que não abrandam, nem se curam. Parece que Menezes controla o aparelho. Controle ou não, com ele o PSD não pode pedir ao país que vote nele. Qualquer militante, que pense um minuto seriamente, percebe que sim.»
Vasco Pulido Valente,
in Público
Esta liderança do PSD que em má hora os seus associados escolheram é uma combinação de um morto-vivo com um nado-morto.
Santana Lopes é um morto-vivo da política portuguesa, depois do triste desempenho como primeiro-ministro, das tentativas de afastar Cavaco Silva da campanha presidencial e da campanha indigna que promoveu nas legislativas o agora líder da bancada parlamentar do PSD tem muitas poucas hipóteses de ajudar Menezes. Queimado junto dos interesses económicos depois dos excessos populistas e considerado má moeda pelo Presidente da República Santana Lopes passou de vencedor inato a derrotado antecipado. A sua presença na equipa de Menezes apenas serviu para que Cavaco se aproximasse de Sócrates e para que a banca esquecesse a existência do PSD.
Desde que apareceu na política que Menezes é um nado-morto, apenas tendo sobrevivido graças ao refúgio da autarquia de Gaia onde a obra exibida tem correspondência directa no passivo da câmara. É um líder sem pensamento estratégico cuja actuação política é uma combinação dos ensinamentos de guerrilha do livrinho vermelho de Mao, dos dotes de Nostradamus com os conselhos da Vaz & Associados. Desde que chegou à liderança do PSD já propôs vários programas de governo, várias revoluções na comunicação social e pactos avulso escolhidos em função das necessidades de financiamento do PSD.
Até às legislativas de 2009 os militantes do PSD ainda estão a tempo de encontrar um líder credível, a não ser que prefiram fazer como as elites do partido e considerar que Menezes é uma excelente opção para uma derrota em 2009.
Ao optarem pela derrota nas próximas legislativas os militantes e dirigentes do PSD estão a transformar este partido num partido autárquico, um partido dos Ribaus.
desculpem....não tem nada a ver!!!alguem me pode informar qual o horário de funcionamento do bar "ST"? parece que este bar é especial....e não tem horarios para cumprir!!!! para quando alguem que defenda o povo.... onde pára a ASAE? obrigado
desculpem....não tem nada a ver!!!alguem me pode informar qual o horário de funcionamento do bar "ST"? parece que este bar é especial....e não tem horarios para cumprir!!!! para quando alguem que defenda o povo.... onde pára a ASAE? obrigado
OPOSIÇÃO PRECISA-SE
O PSD é um saco de gatos.
Todos se arranham!
A alternância democrática é o sangue do regime democrático.
Para usar linguagem e uma imagem militar: Tem sempre de haver tropas de reserva.
Luis Filipe Menezes , Presidente do PSD , ou está mal assessorado ou não encontrou ainda o caminho para ser alternância política.
O PSD é assim como um saco com muitos gatos: todos se arranham a ver qual sai primeiro do saco.
O PSD tem de mudar de estratégia. Hoje a política é algo muito sério. Muito complexo. Tem de haver sacrifícios pessoais , tem de haver planeamento, gabinetes de estudos, gente disponível para assumir o combate político sem olhar a benefícios económicos.
Luis Filipe Menezes tem de ser profissional como Presidente do PSD.
A primeira ruptura deveria ser deixar a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e dedicar-se a tempo inteiro ao combate político.
O chefe da oposição não pode fazer uma perninha na Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e depois liderar a oposição. Fica sem credibilidade e sem tempo, sem espaço.
Luis Filipe Menezes está fragilizado com esta situação, não tem tropas prontas para o ataque, para o cerco ao castelo do Poder. Não as consegue treinar nem comandar.
Rui Rio ou avançava ou se cala e apoia Luis Filipe Menezes.
A estratégia de bate e foge, a estratégia de sim mas não , é própria de uma certa mentalidade portuguesa, mas hoje o PSD ou acerta o passo, se constitui como alternativa ou é derrotado por "burrice" e por lhe faltar a disponibilidade para o debate, para a estratégia, para construir uma alternativa credível.
O PSD tem de perceber que o tempo dos messias - tipo Cavaco Silva que chegou à Figueira da Foz , reuniu tropas e ganhou - acabou.
É necessário:
1 - Um gabinete de estudos alargado;
2 - Criar um movimento de reflexão e debate nacional aberto a personalidades independentes para alargar a base de apoio;
3 - Apresentar propostas alternativas, num combate homem a homem, numa defesa à linha com grande profundidade do meio campo;
4 - Apresentar um "Governo Sombra", dando a cara sector a sector ,com propostas bem estruturadas e arrojadas.
Rui Rio é apenas um dos militantes que pode aspirar a ser Presidente do Partido. Não pode é minar por dentro o Partido. Rui Rio tem de perceber de uma vez por todas que ser Presidente da Câmara Municipal do Porto é só isso, nada mais. É um militante do PSD.
Os portugueses exigem que haja Oposição, credível, com propostas alternativas, e que o PSD deixe de ser esse saco de gatos e se trasnforme num Partido afinado, responsável, com militantes dispostos a fazer sacrifícios pessoais em termos económicos.
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