OS INIMIGOS DA ESCOLA
Os sindicatos de professores são hoje os principais responsáveis pela degradação pública da imagem dos professores e os maiores empecilhos à dignificação da profissão. Em primeiro lugar, a multiplicação dos sindicatos, por cor política, só por si, já é suficiente para descredibilizar por completo a classe docente. Em segundo lugar, os sindicatos de professores transformaram-se num autêntico albergue espanhol onde cabe toda a gente e onde ninguém se revê: educadores de infância, professores primários, professores do ensino secundário, professores com habilitações, professores sem habilitações, professores licenciados, professores com cursos por correspondência, etc. etc.
Como pode um sindicato representar e defender toda esta gente, quando, é certo, os interesses deste grupo heterogéneo de pessoas são, regra geral, conflituosos?
É óbvio que os sindicatos de professores ao quererem representar toda a gente acabam por não representar ninguém. E não me venham com a velha máxima socialista: «somos todos professores, logo somos todos iguais». O problema é que não somos.
E como toda a gente já se apercebeu (inclusive, os professores), o albergue espanhol em que se transformaram os sindicatos impede-os de serem um parceiro credível em qualquer reforma educativa. Aliás, os sindicatos de professores e as associações de pais foram os principais responsáveis pelo fracasso das últimas reformas educativas (designadamente a de Fraústo da Silva), na medida em que as alterações que impuseram e vieram a ser aceites subverteram e destruíram completamente o espírito da reforma.
Há mais de 15 anos que toda a gente que conhece, por dentro, a realidade da Educação em Portugal sabe que uma das principais causas da degradação do nosso sistema de ensino reside na irracional sobrecarga lectiva dos horários dos alunos. Isso não só contribui decisivamente para o insucesso escolar (na medida em que impede a assimilação das matérias, por falta de tempo, por parte dos alunos com menos capacidades intelectuais ou com pais com menos capacidade económica) como também impossibilita qualquer estratégia de remediação, por não haver espaço disponível para o efeito no horário do aluno.
E já que se gosta tanto de falar da Finlândia, comparem-se os horários dos alunos finlandeses com os horários dos alunos portugueses e o número de disciplinas que cada um tem. Só que, quando se chega aqui, sindicatos, associações de pais e comentadores (também pais), assobiam para o lado e fingem que não percebem.
É muito fácil encher a boca com a qualidade de ensino, mas, na hora da verdade, nem sindicatos, nem associações de pais, nem comentadores, nem partidos políticos, são capazes de defender as medidas adequadas para se alcançar esse objectivo. E a razão é muito simples de entender: porque nem os sindicatos querem ouvir falar em menos disciplinas (logo, menos professores), nem as associações de pais querem ouvir falar em redução da carga horária dos seus filhos. Ou seja, os sindicatos olham a escola como um centro de emprego para os seus filiados e as associações de pais como um depósito para os seus filhos. Mas, quem os ouvir falar, todos se batem pela qualidade de ensino… (Hipócritas!)
REXISTIR
Como pode um sindicato representar e defender toda esta gente, quando, é certo, os interesses deste grupo heterogéneo de pessoas são, regra geral, conflituosos?
É óbvio que os sindicatos de professores ao quererem representar toda a gente acabam por não representar ninguém. E não me venham com a velha máxima socialista: «somos todos professores, logo somos todos iguais». O problema é que não somos.
E como toda a gente já se apercebeu (inclusive, os professores), o albergue espanhol em que se transformaram os sindicatos impede-os de serem um parceiro credível em qualquer reforma educativa. Aliás, os sindicatos de professores e as associações de pais foram os principais responsáveis pelo fracasso das últimas reformas educativas (designadamente a de Fraústo da Silva), na medida em que as alterações que impuseram e vieram a ser aceites subverteram e destruíram completamente o espírito da reforma.
Há mais de 15 anos que toda a gente que conhece, por dentro, a realidade da Educação em Portugal sabe que uma das principais causas da degradação do nosso sistema de ensino reside na irracional sobrecarga lectiva dos horários dos alunos. Isso não só contribui decisivamente para o insucesso escolar (na medida em que impede a assimilação das matérias, por falta de tempo, por parte dos alunos com menos capacidades intelectuais ou com pais com menos capacidade económica) como também impossibilita qualquer estratégia de remediação, por não haver espaço disponível para o efeito no horário do aluno.
E já que se gosta tanto de falar da Finlândia, comparem-se os horários dos alunos finlandeses com os horários dos alunos portugueses e o número de disciplinas que cada um tem. Só que, quando se chega aqui, sindicatos, associações de pais e comentadores (também pais), assobiam para o lado e fingem que não percebem.
REXISTIR
Etiquetas: Educação
13 Comments:
O sindicato vendeu os professores por 30 dinheiros?
Retirado da Ordem Trabalhos hoje ME / Plataforma: Ponto 8.
Acesso à categoria de Professor Titular para os Professores em exercício de funções ou actividades de interesse público, designadamente, enquanto Deputados à Assembleia da República e ao Parlamento Europeu, Autarcas, Dirigentes da Administração Pública, Dirigentes de Associações Sindicais e Profissionais.
Eu não quero acreditar!
A ser verdade, esta é a maior vergonha nacional.
Eu muito estranho que a plataforma sindical tenha concordado em aplicar a avaliação tal como a ministra o propunha a partir do ano que vem!
Tim tim por tim tim!
Então para que foi a manifestação dos 100 mil?
Exijo uma resposta urgente!
Espero que o Mário Nogueira venha já negar e provar que o que está aqui escrito é mentira.
Caso contrário, vamos tê-las...
Ai isso, vamos!
Eu já sei que sou enganado pela ministra e pelo governo.
Não admito é ser enganado por quem me deve defender!!!!
Olha Que Bela Luta, Tentar Fazer Respeitar A LBSE
Artigo 48º
Administração e gestão dos estabelecimentos de educação e ensino
1 - O funcionamento dos estabelecimentos de educação e ensino, nos diferentes níveis, orienta-se por uma perspectiva de integração comunitária, sendo, nesse sentido, favorecida a fixação local dos respectivos docentes.
2 - Em cada estabelecimento ou grupo de estabelecimentos de educação e ensino a administração e gestão orientam-se por princípios de democraticidade e de participação de todos os implicados no processo educativo, tendo em atenção as características específicas de cada nível de educação e ensino.
3 - Na administração e gestão dos estabelecimentos de educação e ensino devem prevalecer critérios de natureza pedagógica e científica sobre critérios de natureza administrativa.
4 - A direcção de cada estabelecimento ou grupo de estabelecimentos dos ensinos básico e secundário é assegurada por órgãos próprios, para os quais são democraticamente eleitos os representantes de professores, alunos e pessoal não docente, e apoiada por órgãos consultivos e por serviços especializados, num e noutro caso segundo modalidades a regulamentar para cada nível de ensino.
A menos que queiram os senhores vereadores, eventualmente professores titulares sem dar aulas e tudo, mais a alvenaria subsidiada a mandar nas Escolas.
Para que nenhuma Ministra, Secretário de Estado ou Primeiro Ministro escapem sempre ilesos quando afirmam que a progressão era automática e sem critérios. Porque é mentira. Não é uma inverdade. É mesmo uma mentira. Política ou outra, não sei distinguir. E repetida com a aparência de convicção (ou da pura ignorância) pode enganar os transeuntes e os ingénuos.
Aqui fica o que constava do anexo 1 do decreto regulamentar 11/98 de 15 de Maio. Estes elementos deveriam ser confirmados pelos dados existentes nos serviços administrativos e validados e avaliados pela Comissão de Avaliação do Conselho Pedagógico.
QUADRO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO DE REFLEXÃO CRÍTICA
Actividade do docente:
1. Conteúdo:
1.1. Serviço distribuído (componente lectiva e componente não lectiva);
1.2. Cargos desempenhados, considerando:
1.2.1. Administração e gestão;
1.2.2. Orientação educativa;
1.2.3. Supervisão pedagógica;
1.2.4. Outros.
2. Desenvolvimento do processo ensino / aprendizagem:
2.1. Planificação do processo ensino / aprendizagem, considerando:
2.1.1. Selecção de modelos e métodos pedagógicos;
2.1.2. Cumprimento dos núcleos essenciais dos conteúdos programáticos;
2.1.3. Cooperação com os professores da escola / turma / grupo disciplinar;
2.1.4. Outros aspectos relevantes.
2.2. Concepção, selecção e utilização de instrumentos pedagógicos auxiliares do processo ensino / aprendizagem, considerando:
2.2.1. Manuais escolares;
2.2.2. Outros.
2.3. Processo de avaliação dos alunos, considerando:
2.3.1. Critérios de avaliação e definição de conteúdos nucleares da aprendizagem para a progressão dos alunos;
2.3.2. Aferição dos critérios para uma coerência pedagógica da aprendizagem;
2.3.3. Práticas inovadoras no processo de avaliação dos alunos;
2.3.4. Outros aspectos relevantes.
2.4. Participação em actividades de apoio pedagógico e de diversificação curricular.
2.5. Participação na organização de actividades de complemento curricular.
3. Análise crítica do processo de acompanhamento dos alunos, considerando:
3.1. Informação e orientação dos alunos (vocacional e profissional);
3.2. Detecção de dificuldades na aprendizagem e desenvolvimento de estratégias para a sua superação;
3.3. Gestão de conflitos comportamentais e de índole disciplinar na sala de aula e na escola e desenvolvimento de estratégias para a sua superação;
3.4. Relacionamento com os encarregados de educação;
3.5. Outros.
4. Participação em actividades desenvolvidas na Escola, considerando:
4.1. Projecto educativo;
4.2. Área-Escola;
4.3. Formação.
4.4. Projectos culturais, artísticos e desportivos, considerando:
4.4.1. Participação em projectos culturais locais e de defesa do património;
4.4.2. Organização e participação em visitas de estudo.
4.5. Outros aspectos relevantes.
5. Participação na articulação da intervenção da comunidade educativa na vida da escola.
6. Promoção e participação em actividades inter-geracionais.
7. Participação em actividades no domínio do combate à exclusão.
8. Participação em actividades no domínio da promoção da interculturalidade.
9. Participação em actividades de solidariedade social.
10. Formação
10.1. Plano Individual de Formação, considerando:
10.1.1. Identificação das necessidades de formação, designadamente nos planos científico-pedagógico e profissional;
10.1.2. Articulação do Plano individual de Formação com o Plano de formação da Escola / Associação de Escolas;
10.1.3. Participação em equipas de formação para a inovação e a qualidade.
10.2. Formação contínua, considerando:
10.2.1. A articulação das acções de formação realizadas com o Plano Individual de Formação;
10.2.2. Actividades de aperfeiçoamento profissional e académico, nomeadamente participação em seminários, conferências, colóquios e jornadas pedagógicas;
10.2.3. Outras actividades relevantes.
10.3. Formações acrescidas, considerando:
10.3.1. Graus académicos;
10.3.2. Outros diplomas.
11. Assiduidade do docente.
12. Actividades de substituição.
13. Outras actividades relevantes no currículo do docente.
14. Estudos e trabalhos realizados e publicados.
15. Louvores.
16. Sanções disciplinares.
O ME e a Avaliação do Desempenho Docente: Má-Fé, Brejeirice e Mentira Pública!
.
O ME e o Governo que o tutela insistem em veicular para a opinião pública a falsa ideia de que em Portugal, antes da “geração Sócrates”, os professores não estavam sujeitos legalmente à avaliação do seu desempenho profissional.
Com efeito, muitas têm sido as (in)oportunas ocasiões em que, publicamente, a ministra da educação e até mesmo o primeiro ministro, têm ardilosa e falsamente invocado, em seu benefício, aquele argumento.
Perguntemo-nos: É ou não verdade que os docentes portugueses não eram (não são) avaliados?
Resposta possível número 1: SIM, os professores em Portugal são avaliados!
Na óptica oficial da União Europeia e dos governos que em Portugal antecederam o do amnésico Governo do Engº Sócrates, no sistema educativo nacional vigorava um sistema de avaliação do desempenho docente , fazendo-se Portugal integrar no restrito grupo dos países europeus em cujo sistema educativo se reconhecia oficialmente a existência e funcionamento de um efectivo sistema de avaliação dos seus professores.
Perguntar-se-á como é que isto se prova(?). É fácil, basta consultar a base de dados oficial daEU (Eurydice) e verificar-se-á que nela se reconhece o óbvio: em Portugal, ao contrário de muitos outros países europeus, os professores eram efectivamente avaliados! (crf: aqui).
Eu sei que a Ministra MLR sabe disto e também sei que ela simula não o saber. Logo, das duas uma, ou ela assume publicamente a sua indecorosa mentira ou…
…ou então a ministra não é nem portuguesa nem europeia mas, quiçá, chilena.
É claro que este facto não a desculpabiliza de tanta insensatez e malfeitoria, mas num País “democrático e moderno” como o nosso(?) esta reiterada brejeirice e mentira políticas deveria conduzir natural e necessariamente à sua demissão. (Obs.: A este propósito recordo-me do episódio triste do ex-ministro do ambiente António Borrego, o qual, por publicamente, algures no interior do norte de Portugal, ter contado uma anedota de mau gosto, foi de imediato demitido por Cavaco Silva… Imaginem o que não teria já acontecido a Maria de Lurdes Rodrigues se o decoro democrático e a decência política fossem outros no Governo do Engº Sócrates);
Resposta Possível nº2: Para a União Europeia, o governo nacional diz que “sim, está instituído em Portugal um sistema de avaliação do desempenho dos docentes”; para os portugueses, o mesmo governo, diz que “não”. Conclusão: “NIM!”
Resposta e conclusão finais:
Os sindicatos dos professores devem exigir ao governo da nação que este preste institucionalmente contas da sua pública, declarada e repetida MENTIRA, porquanto, tal como a UE está oficialmente informada, existe em Portugal um real e oficial modelo de avaliação do desempenho dos docentes. (Obs: Eu sei que é politicamente correcto e vulgar mentir aos órgãos institucionais da União Europeia, coisa que o ME faz reiterada e abusivamente com as estatísticas do abandono e do insucesso escolares, mas, convenhamos, que fazê-lo tão descarada e displicentemente aos portugueses e aos professores já ultrapassa a garantia ética minimamente exigida para que possamos continuar a ser cidadãos, não tanto da Europa, mas, ainda assim, do tal Portugal “democrático e moderno”);
Face ao exposto (comprovada que está a descarada mentira do governo da nação), entendo que os sindicatos dos professores estão legitimados para exigir:
a) Que o ME proceda à avaliação do modelo de avaliação do desempenho docente que vigorava em Portugal antes do seu desvario legislativo e, reposta a verdade, disso informe as instâncias supra-nacionais da UE;
b) Que, com base na avaliação do modelo antes em vigor, se proceda à sua reformulação tendo por referência quer os resultados da avaliação referidos anteriormente quer os modelos de avaliação do desempenho docente em vigor na União Europeia, o que, a ocorrer, talvez conduza o ME à brilhante conclusão de que nos países mais evoluídos, “democráticos e modernos” da União Europeia, ou não existe qualquer modelo de avaliação do desempenho docente ou, como maioritariamente acontece, este faz-se depender dos resultados da avaliação externa das escolas;
c) Que encarecidamente façam requerer ao Engº Sócrates e à sua ministra da educação um pouco mais de decoro político e de respeito cívico e institucional para com os professores e para com os portugueses.
Abram os olhos Professores
[Parte I]
Os deputados do PS estão contra nós, mas querem ser titulares sem porem os pés na escola.
Que VERGONHA !
Retirado da Ordem Trabalhos hoje ME /Plataforma:
Ponto 8.
Acesso à categoria de Professor Titular para os Professores em exercício de funções ou actividades de interesse público, designadamente, enquanto Deputados à Assembleia da República e ao Parlamento Europeu, Autarcas, Dirigentes da Administração Pública, Dirigentes de Associações Sindicais e Profissionais.
Agora é que não percebo nada!Mas agora já se pode "atingir o topo"… mesmo estando "fora" da escola?
Todas as mudanças que o ME quis fazer não foi para acabar com "isso"?
Não ia ser titular apenas quem provasse, "no terreno", a sua excelência?
Dizem uma coisa, fazem outra… a toda a hora!
Depois de se terem "esquecido"dos que antes estiveram nessas funções, no primeiro concurso….: mais um concurso extraordinário? ou só conta daqui para a frente, e os «tristes» que ficaram para trás?
Tem que ser o tribunal a dar-lhes razão?
O novo 4º escalão será, provavelmente, para os "Professores-titulares-avaliadores". Deste modo, cria um "estatuto" diferente para quem é avaliador e foge às incompatibilidades de avaliador e avaliado concorrerem às mesmas cotas.
Quantos chegaram a titular por haver uma vaga na escola e não ter mais ninguém a concorrer, no entanto escolas houve em que colegas com quase o dobro dos pontos não acederam a PT porque não havia vaga, e com isto só quero dizer e afirmar da injustiça desta peça, monstruosamente montada e maquiavelicamente posta em prática que é a dos professores titulares.
Esta proposta do PM é inaceitável.
Espero que professores e sindicatos estejam bem conscientes desta proposta que é verdadeiramente ofensiva, para não dizer outra coisa!
Tenhamos dignidade e não nos deixemos vender.
Esta é das respostas mais repugnantes jamais feitas por um governo.
Oferecem tachos a sindicalistas, boys e girls das direcções gerais dos vários ministérios, há uma tentativa de oferecer aos professores avaliadores um "acesso" ao 4º escalão de titular.
Chegamos ao limite da indecência e a resposta só pode ser uma: revisão do ECD, anulação da divisão da carreira e combate total a esta avaliação.
DEVEMOS OBRIGAR OS SINDICATOS A REJEITAR LIMINARMENTE ESTAS PROPOSTAS!
Abram os olhos Professores
[Parte II]
A DERROTA DAS MAIORIAS
O governo governa com a maioria e não com as manifestações da Rua, diz o Sr. Primeiro Ministro. É verdade, se o PS não tivesse a maioria, o Governo nunca teria tido a coragem de insultar os professores, nem de aprovar o novo estatuto da carreira docente, que é um insulto a quem presta tão nobre serviço à Nação. Já foi votada no Parlamente por três vezes a suspensão do novo estatuto da carreira docente e das três o PS votou contra suspensão.
As maiorias só favorecem os poderosos, as classes trabalhadoras que produzem riqueza saiem sempre a perder. Assustaram o Zé Povinho com o deficit, para que fossem os mais desfavorecidos a pagá-lo. Vimos os vencimentos dos funcionários públicos congelados vários anos, o que fez com que perdessem 10% do poder de compra, mas nunca vimos apelar para que deixassem, durante algum tempo, de fazer férias nas Caraíbas, no Brasil... É fácil para quem tem vencimentos chorudos vir à Televisão pedir para que apertemos o cinto.
Colegas, chegou o momento de ajustar contas com o PS. Se este partido tivesse menos de 1% do votos expressos nas últimas eleições, não teria a maioria e nunca teria tido a coragem de promover esta enorme afronta aos professores. Somos 150.000 o equivalente a 3% dos votos nacionais expressos. Se nas próximas eleições, que são dentro de um ano, todos os professores votarem em massa em todos os partidos excepto no PS, este partido nunca mais volta a ter a maioria e será a oportunidade soberana de devolver ao Sr. Sócrates as amêndoas amargas que ofereceu aos professores.
Colegas, quem foi capaz de ir do Minho, Trás-os-Montes, Algarve, Madeira e Açores a Lisboa, também consegue nas próximas legislativas dirigir-se à sua assembleia de voto, e votar a derrota do PS.
Em Portugal há partidos para todos os gostos quer à direita quer à esquerda do PS, é só escolher, maiorias nunca mais.
Os professores para além de terem a capacidade de retirarem a maioria ao PS têm a capacidade de o derrotar, basta para isso que os professores convençam metade dos maridos ou mulheres, metade dos seus filhos maiores, metade dos seus pais e um vizinho a não votar PS, e já são mais de 500.000, foram os votos que o PS teve a mais que a oposição.
Os professores estão pela primeira vez unidos, esta união é para continuar, e têm uma ferramenta poderosa ao seu alcance, a Internet, que nos põe em contacto permanente uns com os outros.
Senão vejamos, esta mensagem vai ser enviada a cinco colegas. Se cada um dos colegas enviar a mais cinco dá 25. Se estes enviarem a mais cinco dá 125. Se estes enviarem a mais cinco dá 625. Se estes enviarem a mais cinco dá 3.125. Se estes enviarem a mais cinco dá 15.625. Se estes enviarem a mais cinco dá 78.125. se este enviarem a mais cinco dá 390.625, isto é, o dobro dos professores que há em Portugal. À sétima vez que esta mensagem for reenviada todos os colegas ficarão a saber a informação que ela contém.
Começou oficialmente a campanha eleitoral dos professores contra o PS, com o slogan:
'VOTA À DIREITA OU À ESQUERDA!
NÃO VOTES PS!'
Os sindicados não querem perder a oportunidade que mais é oportunismo para se promoverem numa acção que não foi sua e que com ou sem a sua intervenção, teria o mesmo desfecho. O governo neste momento já não tinha como segurar a bola e nesse momento deixou-a rolar.
associações de pais, sindicatos e cães de caça... é tudo da mesma raça.
Numa amostra que valerá o que vale percebem-se algumas coisas de forma evidente, que vou tentar sintetizar, enquanto não dou um passeio pela blogosfera:
* São poucos os professores que aceitam este entendimento como mais do que um primeiro passo de um processo. O entusiasmo é fraco na sua defesa.
* Muitos dos que o defendem, fazem-no de forma táctica. Este foi um passo necessário em termos de trégua e de demonstração que a intolerância negocial não está deste lado. É o meu caso.
* Quase todos os que acabaram por votar afirmativamente a moção - talvez a esmagadora maioria - querem mais, pelo menos a partir de agora.
* Uma proporção importante de docentes está efectivamente desagrada com o entendimento, apoiando a radicalização das formas de resistência, quer à implementação da avaliação, quer à segmentação horizontal da carreira. Existem, contudo, dúvidas quanto á forma dessa radicalização e aos seus efeitos práticos.
Perante isto, e não sabendo o resultado final desta consulta alargada da classe docente, quer-me parecer que a Plataforma Sindical deve entender que, mesmo assinando o entendimento e incluindo lá as suas posições de princípio, o pessoal não está minimamente satisfeito e, mesmo entre os que votaram sim, quer que se faça mais.
Agora é necessário discutir o quê, quando e como.
E não atirar sobre as próprias fileiras.
Ex-secretária de Estado da Educação do PS
Ana Benavente acusa sindicatos de cederem a chantagem sobre a avaliação dos professores
15.04.2008 - 11h42 PÚBLICO
A antiga secretária de Estado da Educação socialista, Ana Benavente, diz que os sindicatos cederam a uma chantagem do Governo sobre a avaliação dos professores.
Em declarações ao Rádio Clube Português, Ana Benavente afirmou que “quando escolas afirmam que não têm condições para fazer a avaliação este ano”, dizer aos professores contratados que “no próximo ano não serão colocados”, é “ameaçar com o desemprego”. “Isto é uma forma de chantagem”, sublinhou.
Ana Benavente, diz também que lhe dói mais por esta chantagem ter sido feita por um Governo do PS e que aparentemente ela surtiu efeito. “Acho que os sindicatos se assustaram”, afirma.
Considera que os sindicatos não ganharam o braço-de-ferro com o Governo e que não honraram os cem mil professores de todo o país que se manifestaram em Lisboa, porque “a avaliação a que chegaram é a que existe”.
“Moeda de troca”
A ex-governante lembrou que o Ministério da Educação disse há tempos que ia abrir um novo concurso para os não titulares no topo da carreira, para corrigir algumas injustiças flagrantes. E disse, evocando o seu conhecimento de como as coisas funcionam, que não sabe se terá havido alguma negociação e que daqui a algum tempo se veja alguma moeda de troca.
Ana Benavente esteve no Governo quando António Guterres era primeiro-ministro e tem sido crítica da governação de Sócrates e do que diz ser a actual reverência actual do PS.
Hoje é um dia de avaliação pelos professores, do acordo alcançado entre sindicatos e governo, no último fim-de-semana. São muitas as vozes que não aceitam o acordo, e a Fenprof já admite não assinar o entendimento com o governo, se não for essa a vontade da maioria.
No:PÚBLICO
Sócrates ou os Sindicatos? Quem Acabará Traindo os Professores...?
"Coragem", "Medo" ou "Cobardia"?
A ex-Secretária de Estado da Educação do PS, Ana Benavente, diz que os sindicatos cederam a uma chantagem do Ministério da Educação, nas negociações sobre a avaliação dos professores.
Em declarações à Renascença, Ana Benavente sustenta que é chantagem dizer aos professores contratados que no próximo ano não serão colocados, caso não sejam avaliados.
A antiga Secretária de Estado da Educação socialista admite que os sindicatos se assustaram porque “a senhora ministra, quando as escolas diziam que não tinham condições para fazer a avaliação este ano, dizia que os professores contratados não teriam emprego este ano. (...) Estar a ameaçar jovens professores com o desemprego para o ano é chantagem. E isso aconteceu nos dias anteriores a estas reuniões que depois vieram a dar no tal acordo”.
Ana Benavente conclui que “o modo de fazer do governo foi desastrado”.
Ao longo do dia, e por todo o país, os professores analisam o acordo a que chegaram o Ministério da Educação e a plataforma de sindicatos, sobre a avaliação de professores.
Da concordância dos docentes depende a assinatura do acordo já na próxima quinta-feira no Ministério da Educação.
A antiga secretária de Estado da Educação socialista, Ana Benavente, diz que os sindicatos cederam a uma chantagem do Governo sobre a avaliação dos professores.
Em declarações ao Rádio Clube Português, Ana Benavente afirmou que “quando escolas afirmam que não têm condições para fazer a avaliação este ano”, dizer aos professores contratados que “no próximo ano não serão colocados”, é “ameaçar com o desemprego”. “Isto é uma forma de chantagem”, sublinhou.
Ana Benavente, diz também que lhe dói mais por esta chantagem ter sido feita por um Governo do PS e que aparentemente ela surtiu efeito. “Acho que os sindicatos se assustaram”, afirma.
Considera que os sindicatos não ganharam o braço-de-ferro com o Governo e que não honraram os cem mil professores de todo o país que se manifestaram em Lisboa, porque “a avaliação a que chegaram é a que existe”.
“Moeda de troca”
A ex-governante lembrou que o Ministério da Educação disse há tempos que ia abrir um novo concurso para os não titulares no topo da carreira, para corrigir algumas injustiças flagrantes. E disse, evocando o seu conhecimento de como as coisas funcionam, que não sabe se terá havido alguma negociação e que daqui a algum tempo se veja alguma moeda de troca.
Ana Benavente esteve no Governo quando António Guterres era primeiro-ministro e tem sido crítica da governação de Sócrates e do que diz ser a actual reverência actual do PS.
Hoje é um dia de avaliação pelos professores, do acordo alcançado entre sindicatos e governo, no último fim-de-semana. São muitas as vozes que não aceitam o acordo, e a Fenprof já admite não assinar o entendimento com o governo, se não for essa a vontade da maioria.
Ana Benavente é Socialista! Ela sabe do que fala...
E se afirma “a avaliação a que chegaram é a que existe”, temos que estar atentos ao que nos pode esperar no futuro, quando Sócrates for reeleito em 2009 como Primeiro-Ministro!... Que se preparem os Professores... Têm muito que amargurar pela frente... Sócrates e a MInistra já trememe pelos 100.000 professores. não o demosntram mas já tremem... E pensam mesmo que pode ser o fim do seu reinado. Se os queremos reeleitos... seiga. Assinemos qualquer coisa. CAso contrários, dividir para reinar é a máxima de oprdem desta Ministra. Ela quer dividir os professores, que um SIndicato assine e ... Zás. A machadada está dada. Ponto final.
Daremos razão a Sócrates qeu os quer avalair a torto e a direito, não importa com que métodops, técnicas e instrumentos: desde que tal permita baixar o défice... vale tudo! E depois, isso sim, não passaremos de uns incompetentes, de mais uns "lorpas" que os Socialistas entalaram contra a parede...
Pois se agora os professores estão unidos, cabe aos Sindicatos dar voz à indignação dos professores e exigir de volta a DIGNIDADE da função docente que este Governo tem destruido com o ECD mais absurdo que jamais um cidadão europeu poderia imaginar.
Assinar qualquer coisa sob pressão será entendido como o quê pelos professores:
"Coragem", "Medo" ou "Cobardia"?
Quando uma ex-governante Socialista (Ana Benavente) diz o que se acaba de ler e um Ex-Ministro Socialista (António Barreto) ... faz um retrato de Sócrates Ditador... que é retratado por outros cidadãos preocupados nesta blogosfera
Depois de tanta "pata na poça", de tantos "insultos" à competência e dedicação dos professores, será que os Sindicatos podem confiar nesta Ministra?
O que poderíamos mudar na educação?
Pessoalmente, penso que isto faria sentido:
* Mudar os actuais programas, diminuindo o número de disciplinas. No básico os alunos chegam a ter 16 disciplinas diferentes. E no entanto não sabem fazer contas nem expressar-se pela escrita.
* Os pais têm que ser responsabilizados pela indisciplina dos seus filhos, como se faz no Reino Unido. Basta um ou dois alunos por turma - e certamente que todas os têm - para destabilizar toda a turma, desviando a atenção do professor do ensino para a disciplina na sala de aula.
* Os professores têm que ser avaliados regularmente, talvez com algo simples como isto: comparar as notas dos alunos em exames nacionais (que contem para a nota dos alunos!!!), enquadrando-as no contexto da escola. Desvios padrões acentuados certamente serviriam para identificar professores *potencialmente* baldas.
* O ensino único e igualitário não faz sentido. Nivela por baixo para que possa ser igualitário. As pessoas são diferentes e nem todos quererão ser doutores ou engenheiros.
* Tem que se acabar com esta praga de mudar o rumo da educação de cada vez que muda o governo. Além disso, as mudanças a acontecerem não podem ser feitas de rompante como até agora. Onde já se viu iniciar um processo de avaliação a meio do ano lectivo sem sequer estar ainda completamente definido? Esta situação de um ou dois iluminados no ME decidirem mudar por acham que eles é que estão certos tem que acabar. Não estamos a falar de aumentar ou baixar o IVA. É a preparação duma geração inteira!
* Devem-se criar nas escolas espaços de trabalho (gabinetes?) para os professores, por forma a que possam lá fazer o seu horário de trabalho e com os recursos da escola. Penso que isto fará sentido para aproximar os alunos e os professores fora do contexto da sala de aula.
* E o ME precisa sem dúvida de deixar de encarar os professores como o alvo a abater. Não pode haver mudança bem sucedida sem a intervenção de todos. Neste aspecto gostaria de ver criada uma ordem profissional que representasse todos os professores e que seria o interlocutor dos profs com o ME nas questões educativas. Aos sindicatos as questões laborais, à ordem as questões educativas. No actual contexto, com que representatividade vão os sindicatos dizerem que estão a falar em nome dos profs? Acaso colocaram as suas moções a escrutínio?
Bom, saliento que não sendo professor nem "especialista" em educação poderá muito bem acontecer que esteja a dizer (escrever!) uma série de parvoíces.
«A Plataforma Sindical dos Professores promove nesta quarta-feira, dia 16 de Abril, em Lisboa, no Hotel Marquês de Sá (Av. Miguel Bombarda, 130) pelas 11.00 horas, uma conferência de imprensa em que será feito o balanço do Dia D. No encontro com os profissionais da comunicação social será ainda abordada a "declaração sindical para integrar na declaração conjunta" e uma "reacção a acusações lançadas, desonestamente, sobre dirigentes sindicais".
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Depois de aprovado, o entendimento será ratificado na próxima quinta-feira, o que, segundo Mário Nogueira, afasta "o recurso à greve e a outras acções de protesto que colidam com o normal desenvolvimento das actividades lectivas até ao final do terceiro período de aulas". Ainda assim, a plataforma sindical promete continuar a contestação às políticas educativas do Governo, nomeadamente durante o próximo 1º de Maio. Por decidir está ainda se vão avançar os protestos previstos para vários pontos do país a cada segunda-feira do terceiro período lectivo.
Lusa, 15/04/2008
Afinal ainda vou ter de falar dos professores uma vez mais, mas porque simplesmente considero desonesto que considerem que a opinião de quem não gostou de ver a sua luta ser travada por este acordo com a Senhora que lhes chamou de “professorzecos” (há memórias muito curtas), como "reacção a acusações lançadas, desonestamente, sobre dirigentes sindicais".
Quero deixar claro que aqui deixei a minha opinião e pedi aos professores que tentassem impedir que o acordo fosse assinado por me parecer ser um erro e um recuo. Em nenhum momento coloquei em causa a posição dos sindicatos nem os acusei de desonestidade, de terem traído a classe ou de se terem vendido à Sinistra Ministra. Não sei se alguém o fez, mas compreendo que muitos se possam ter sentido espoliados na sua luta e com muito mais motivos para se sentirem revoltados com a situação que os sindicatos com as reacções que sofreram. Que escolham o caminho que pensam ser o melhor para atingir os seus objectivos, são opções legitimadas pelos cargos que ocupam, que se armem em Virgens ofendidas, por haver quem conteste e não concorde com esse caminho, já me parece que não.
Quanto ao futuro, infelizmente não acredito que alguma vez mais consigam juntar 100 mil professores num protesto. Infelizmente perderam a oportunidade de travar as Politicas Educativas deste e dos próximos governos que para aí vêm.
Quando olho para trás e me lembro do inicio desta fase final da luta dos professores, vem-me á memória a concentração, convocada por SMS e por E-mail, realizada no Porto e onde alguns professores foram identificados por se tratar de uma manifestação ilegal. Depois foi ver os sindicatos assumirem a cabeça dessa luta, conseguirem unir os professores para agora desbaratarem tudo o que tinha sido ganho. (Onde é que eu já vi isto acontecer mais vezes? Lembro-me de outros tempos mais revolucionários em que muitas vezes alguns assumiam a liderança das “massas”, não para as catapultar para a frente, mas para as controlar e refrear). A minha amiga Kaotica bem diz que muito daquilo que se faz é mais para tirar a pressão à panela que para atingir resultados e vitórias. Somos todos muito educadinhos e cumpridores das leis feitas exactamente para nos manter abaixo do nível de indignação e revolta. Assim se perdeu mais uma boa oportunidade.
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