quinta-feira, 10 de abril de 2008

ÚLTIMAS: PONTE DO SOR DELPHI ENCERRA: 500 TRABALHADORES PARA O DESEMPREGO [ XI ]

Delphi/Ponte de Sor: Operários baixam proposta de indemnização para 2,8 salários


Ponte de Sor, 10 Abril (Lusa) - Os trabalhadores da Delphi em Ponte de Sor rejeitaram hoje o valor das indemnizações apresentado pela administração, mas baixaram a sua proposta de 3 para 2,8 salários por cada ano de trabalho, disse à agência Lusa fonte sindical.

José Simões, secretário-geral do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), adiantou que as negociações se vão manter nos próximos dias entre os representantes dos trabalhadores e a administração da Delphi, na sequência do fecho da fábrica no início de 2009.

A administração da multinacional norte-americana tinha subido o montante das indemnizações a atribuir aos trabalhadores de 1,8 para dois salários por cada ano de trabalho, o que foi rejeitado pelos sindicatos.

A multinacional norte-americana, segundo os sindicatos, tinha iniciado as negociações com uma proposta de indemnização de 1,8 salários por cada ano de trabalho, mas os trabalhadores decidiram terça-feira, em plenário, reivindicar três salários por cada ano de antiguidade.

Na reunião de quarta-feira, a administração subiu um pouco a proposta, mas não satisfaz, disse à Lusa o secretário-geral do SIMA.

De acordo com o mesmo dirigente sindical, corroborado por Francisco Godinho, do Sindicato dos Trabalhadores da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás (Sinquifa), a administração inseriu algumas cláusulas adscritas à proposta de indemnização.

Segundo os sindicalistas, as principais são que os trabalhadores não podem faltar, nem tão pouco fazer greve, e têm que manter os níveis de produtividade.

Esta proposta da administração foi hoje rejeitada pelo plenário de trabalhadores, que decidiu, contudo, baixar de 3 para 2,8 a sua proposta de indemnização por cada ano de trabalho.

Os operários reiteraram ainda propor à Delphi outros apoios de carácter social, como o prolongamento da segurança social e do seguro de saúde, suportados pela empresa, por tempo ainda a negociar.

Os trabalhadores exigem ainda que os impostos resultantes da atribuição das indemnizações sejam suportados pela empresa, além de apoios específicos para os jovens e casais que trabalham na fábrica.

A fábrica de Ponte de Sor emprega 439 pessoas [efectivos, além de cerca de 80 a contrato] e produz apoios, mecanismos para portas de correr automatizadas e sistemas de protecção de ocupantes para vários modelos de veículos automóveis.

A unidade, segundo assegurou na última sexta-feira à Lusa um dirigente do Sinquifa, Francisco Godinho, deverá encerrar no primeiro trimestre de 2009.

No último trimestre deste ano, começam já a sair os primeiros trabalhadores do quadro, acrescentou, frisando que os primeiros a sair, já no próximo Verão, serão os cerca de 80 operários contratados.

O presidente da AICEP, Basílio Horta, já indicou, sem revelar nomes, que há duas empresas portuguesas interessadas na compra das instalações da Delphi em Ponte de Sor.

O secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação, António Castro Guerra, também já adiantou que o governo iniciou o processo negocial com a Delphi (que tem seis unidades industriais em Portugal) e com dois potenciais compradores, que a querem substituir na produção de alguns dos produtos daquela empresa.


MLM/HYT/RRL.

Lusa

Etiquetas: , ,

2 Comments:

At 11 de abril de 2008 às 13:50, Blogger miguel said...

ao ler-se este pequeno texto, fica-se com um ponto de vista curioso.
Os empregados ficam a saber que a indeminização máxima até agora é dois salários, um valor mais realista que os trés meses milionários por eles pretendidos. Mas ficam com proíbidos de fazer greve, entre outras coisas..
Também não percebo porque motivo iram fazer greve, a tão poucos meses do desemprego. Só nos tempos de hoje os dirigentes sindicais do século XIX continuam a falar em greves. Ninguém vê esses senhores falar no tipo de greves que são efectuadas nos paises desenvolvidos e democráticos no oriente (Japão e Coreia do Sul), onde os trabalhadores vão trabalhar como se de um dia normal se trata-se, mas levam uma braçadeira a dizer greve e desenvolvem o seu trabalho muito lentamente em relação a um dia normal...

 
At 11 de abril de 2008 às 14:05, Anonymous Anónimo said...

Este Ze da Ponte está como os sindicatos a esconderem clausulas. Todos os comentarios que nao abonam a favor dos trabalhadores sao removidos.

 

Enviar um comentário

<< Home