terça-feira, 8 de abril de 2008

ÚLTIMAS: PONTE DO SOR DELPHI ENCERRA: 500 TRABALHADORES PARA O DESEMPREGO [ VII ]

Ministérios da Economia e do Trabalho

Governo acompanha desempregados da Delphi e Yazaki


O Ministério da Economia e da Inovação e o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social informaram que, em contexto de grande proximidade local, respectivamente através do IEFP e do IAPMEI, irão fazer o acompanhamento dos trabalhadores afectados pelo desemprego na Delphi e na Yazaki.

A acção será orientada em dois sentidos complementares: formação profissional e ajuda à criação de empresas, ao abrigo dos instrumentos de apoio ao empreendedorismo.

Para o efeito, serão instaladas duas unidade de acolhimento – uma em Gaia e outra em Ponte de Sor -, com técnicos do IEFP e do IAPMEI, e disponibilizados recursos regionalmente orientados para a criação de empresas, refere o comunicado conjunto dos dois Ministérios.

Em paralelo, está a ser estudada a viabilidade de apresentação de uma candidatura ao Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização, sob gestão da Comissão Europeia, acrescenta o comunicado.

O encerramento da unidade industrial da Delphi em Ponte de Sor tem efeitos programados até ao final do primeiro trimestre de 2009, e a descontinuidade da produção de cablagens na unidade industrial da Yazaki, em Vila Nova de Gaia, tem efeitos até 30 de Abril.

Jornal de Negócios

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3 Comments:

At 8 de abril de 2008 às 09:17, Anonymous Anónimo said...

«EDITORIAL

O que resta contra os maus ventos do exterior

Quase um milhar de operários portugueses soube, nos dias que correm, do fim anunciado das unidades fabris onde trabalham. São filiais de empresas de cablagem para automóveis, americana, uma, japonesa, a outra, espalhadas pelo mundo. O que torna, porventura, mais ameaçador este caso, para aqueles directamente afectados, mas também para muitos mais, que dele tomam conhecimento, é o facto de nada de errado ter acontecido especificamente nas fábricas situadas em Portugal. Não é por terem deixado de ser produtivas que fecham.

O mal está nas casas-mãe, ligadas aos grandes produtores em crise da indústria automóvel à escala planetária. Quando há excesso de capacidade instalada e a procura se revela fraca, há que cortar do lado dos custos. E isso hoje em dia significa "correr para o precipício", isto é, ir deslocalizando mais e mais, para os países (hoje localizados na Ásia) de mais baixos salários .

A resposta de países de nível intermédio de desenvolvimento, como o nosso, que não podem (e não deviam querer) competir com aqueles outros, cortando os próprios níveis de vencimentos, só pode ser uma: atrair outros investimentos, para produzir bens mais sofisticados, que exijam níveis mais altos de qualificação da mão-de-obra e se revelem competitivos à escala global. É claro que o Governo e o poder local se vêem forçados a procurar alternativas expeditas para minimizar o impacto social em cadeia do fecho do maior empregador local como em Ponte de Sor. Mas, em termos mais gerais, aquilo que permitirá à AICEP candidatar com êxito Portugal a investimentos mais exigentes e rentáveis é a garantia da superior qualidade e da produtividade do trabalho português. Uma base sólida de rendimentos e progresso que, entre nós, precisa ainda de ser muito reforçada.»

No:DIÁRIO DE NOTÍCIAS
8 DE ABRIL 2008

 
At 8 de abril de 2008 às 09:34, Anonymous Anónimo said...

Funcionários da Delphi sem situação definida

O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) exigiu ontem à multinacional Delphi que apresente "propostas em concreto e por escrito" sobre o encerramento da fábrica de Ponte de Sor (Portalegre). "Enquanto não apresentarem documentos, não pode haver início de negociações sobre as indemnizações", afirmou o dirigente do SIMA.
Ontem foi realizada uma reunião entre representantes dos trabalhadores e da administração do grupo em que terá sido avançada verbalmente uma proposta sobre o montante das indemnizações. Recorde-se que a Delphi confirmou na passada sexta-feira que vai encerrar a fábrica de Ponte de Sor, justificando a decisão com as "várias tentativas sem sucesso" para vender "linhas de produto-não-chave" produzidas na unidade.
Também ontem, fonte sindical adiantou à Lusa que os despedimentos dos primeiros 100 trabalhadores da Delphi da Guarda, previstos para Maio, poderão ser adiados. "Os despedimentos de Maio poderão não se concretizar pelo facto de haver 24 trabalhadores da Delphi que se deslocaram à empresa espanhola para trazerem projectos de cablagens para reposição", referiu Júlio Balreira, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e Metalomecânicas dos Distritos de Aveiro, Viseu e Guarda. O mesmo responsável adiantou que o ponto de situação da Delphi da Guarda deverá será feito na próxima segunda-feira, para quando o sindicato pediu uma reunião com a administração da empresa. A Lusa tentou obter esclarecimentos junto da administração da empresa, mas os contactos efectuados foram infrutíferos. A Delphi anunciou a 18 de Maio de 2007 que até ao final do ano iria despedir 524 dos actuais 1000 trabalhadores, mas com o aparecimento de uma encomenda da Roménia os mesmos foram adiados para este ano.

No:PÚBLICO
8 de Abril de 2008

 
At 8 de abril de 2008 às 11:30, Anonymous Anónimo said...

Antão o Sindicato dos Metalurgicos da ineter-sindical não diz nada?
Deve andar a preparar uma manif, do PCP ,contra o Dr Taveira Pinto.

 

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