terça-feira, 1 de julho de 2008

PARA QUANDO A CERTIDÃO DE ÓBITO? MORREU EM 12/06/2008...


Antero

Depois do não dos irlandeses ao Tratado de Lisboa, e da recusa do parlamento checo em ratificá-lo, agora é a vez do presidente polaco dizer que não assina o documento, entendendo que ele está agora sem substância depois da recusa dos eleitores irlandeses em ratificá-lo.
E agora?
Também vão chantagear polacos e checos com a ameaça do ostracismo político, ou será que os líderes europeus já se aperceberam que a legitimidade do Tratado está decididamente comprometida e apenas espera que alguém o declare morto?


P.S.

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4 Comments:

At 1 de julho de 2008 às 21:42, Anonymous Anónimo said...

Presidente polaco recusa assinar Tratado de Lisboa
É óptimo acordar com notícias destas!
E esta decisão - apesar de vinda de quem vem - é mais uma lição para a corja que julgava ter urdido muito bem a tramóia da imposição da constituição europeia vestida com peruca, saltos altos e com o nome artístico de tratado de perto de Lisboa...

 
At 2 de julho de 2008 às 02:39, Anonymous Anónimo said...

O Tratado de Lisboa sempre vai dar para o Sócrates limpar o cu... Como tem muitas folhas, é um boa forma de economizar em papel higiénico.

 
At 2 de julho de 2008 às 19:35, Anonymous Anónimo said...

«A Polónia estragou a festa de Nicolas Sarkozy. Não ratificará um tratado "sem fundamento" depois da recusa dos irlandeses. E a União Europeia, cujas rédeas a França assumiu, mergulhou mais fundo na crise de onde tentava sair desde o "não" irlandês. A declaração de Lech Kaczynski provocou um duro golpe no primeiro dia da Presidência francesa da UE, já de si marcada pelo fantasma do referendo na Irlanda. Sobram, também, as críticas recentes do presidente da República Checa, exigindo respeito pelas decisões democráticas dos países. Vaclav Klaus, de resto, veio ontem a público apoiar a posição do seu homólogo polaco. A Alemanha vai adiar a ratificação do Tratado de Lisboa. O Presidente alemão vai esperar que o Tribunal Constitucional se pronuncie sobre vários processos pendentes, nomeadamente sobre se o tratado está conforme a constituição do país.
O presidente francês reagiu às declarações com um misto de irritação e diplomacia. Não quer imaginar, disse, que Kaczynski - que assinou o documento em Bruxelas e em Lisboa - "possa pôr em causa a sua própria assinatura". »

Sarkozy devia, não ficar irritado com o Presidente Polaco, nem o acusar de estar a faltar à sua palavra, deveria era felicitá-lo exactamente por isso. Se o que estava combinado era que a ratificação tinha de ser feita por todos os 27 países para validar o Tratado e se há um que já se recusou a fazê-lo o assunto está arrumado. Ele só está a cumprir com o que assinou.

 
At 2 de julho de 2008 às 19:44, Anonymous Anónimo said...

Não deixa de ser irónico que esteja a ser um louco, que, conjuntamente com o irmão gémeo, ficou conhecido pelos seus instintos persecutórios e posições homofóbicas, a estragar aquilo que estava planeado para ser uma festa de reabilitação da popularidade interna de outro louco com instintos semelhantes. Será unânime que a declaração do presidente polaco Lech Kaczynski ao diário "Dziennik" estragou o primeiro dia da Presidência francesa da UE, já de si marcada pelo fantasma do não irlandês, que Nicolas Sarkozy queria apagar apostando os seis meses de mandato numa estratégia de isolamento da Irlanda e na promoção de políticas de imigração vergonhosas e de desmantelamento da matriz de direitos sociais e laborais dos cidadãos europeus, pincelados aqui e ali com obsessões militaristas conducentes a uma política de defesa comum e preocupações ambientais cuja ambição pouco ultrapassa o objectivo de servir de adorno a discursos de circunstância.
Porém, mais do que as consequências que terá sobre a festa da presidência francesa, a posição assumida pelo presidente polaco põe a nu a fragilidade e a democraticidade com que uma UE que despreza a opinião dos seus cidadãos se propunha fazer avançar o Tratado de Lisboa: caso Lech Kaczynski assinasse o Tratado, seria um Presidente eleito da Polónia com legitimidade para representar o povo que o elegeu; caso não assine, será um louco irresponsável merecedor de toda a adjectivação que a imaginação permita. E, Mesmo louco, mesmo homofóbico, mesmo de extrema-direita, mesmo alérgico a um ideal de sociedade democrática e solidária, mesmo com o seu espírito raquítico, e qualquer que tenha sido a sua motivação, foi Kaczynski quem fez notar que não faz sentido que a UE avance com um Tratado que os europeus não querem. Ironia do destino.
Já não há heróis.

 

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