sexta-feira, 1 de agosto de 2008

QUE MAIS IRÁ ACONTECER AO POBRE POVO?

Os sindicatos não o sabiam, eu também não e, dada a forma sumária como foi discutido o Código do Trabalho, suspeito que o Governo se lembrou de promover este regresso à pré-história já depois do desfecho da encenação a que assistimos na concertação social.


Confesso que até fiquei banzado quando li que a proposta de lei de alteração da legislação laboral prevê que o trabalhador já não tem de dar o seu acordo para que parte da retribuição a que tem direito seja paga em espécie.
Caso se confirme este regresso aos dias de ouro das trocas directas, o conceito de modernidade de José Sócrates vai permitir, por exemplo, que alguém que trabalhe numa fábrica de ferragens coma pregos no prato todos os dias.
À rico.
Isto é que vai ser qualidade de vida.
Os chineses, que recebem em malgas de arroz, hão-de roer-se de inveja quando souberem.

Filipe T.

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5 Comments:

At 1 de agosto de 2008 às 20:54, Anonymous Anónimo said...

De facto apos o 25 Abril nunca tantas nulidades tomaram contam deste Pais, tb que s eesperava com a formaçao superior que tiveram

 
At 3 de agosto de 2008 às 21:12, Anonymous Anónimo said...

Houve um tempo em que os trabalhadores eram obrigados a viver em barracas fornecidas pelos patrões e forçados a gastar o miserável salário que o patrão lhes pagava na mercearia e na taberna do patrão.
Uma forma legal de preservar a escravatura, já que o trabalhador acabava a dever dinheiro ao patrão que assim ficava com o direito de o explorar cada vez mais.
Avançou o século XX e muitos direitos foram conquistados pelos trabalhadores, mas também a sociedade evoluiu no sentido de uma maior humanismo, de um maior respeito pelo ser humano e pelos seus direitos.
Este avanço civilizacional foi das maiores conquistas do homem.
Hoje, vemos os trabalhadores a viverem em casas compradas à empresa de construção do patrão, com dinheiro emprestado pelo banco do patrão, que lhes paga baixos salários, que gastam nos hipermercados do patrão.
Como se não bastasse, a nova lei laboral que os Socretinos nos querem impor ainda vai permitir aos patrões pagarem-nos parte do salário em bens e não em dinheiro. Poderemos por isso vir a ser obrigados a receber o suor do nosso trabalho em seguros de saúde da seguradora do patrão ou em parafusos da empresa do patrão ou em leite da vaca do patrão.
Isto é, podemos ver o nosso salário pago em bens que não queremos, em serviços que não desejamos.
Será que o Banco do patrão também vai aceitar que eu pague a prestação da casa em batatas com que me pagou o patrão?
Poderei pagar a comida no hipermercado do patrão com os cigarros com que me pagou o patrão?
Será que não falta só acrescentarem o chicote para voltarmos aos tempos da escravatura?

 
At 5 de agosto de 2008 às 22:08, Anonymous Anónimo said...

Se trabalhassem mais também ajudava, produz-se pouco e fala-se muito e muito mal, assim não vamos longe.

 
At 8 de agosto de 2008 às 19:17, Anonymous Anónimo said...

Olha lá k até tens razão em muitas coisas mas a forma c/ o fazes não te dá muito abono és pouco fixe pareces um velhadas amargo pk não falas do ke tá bem? do ke tá fixe? não encontras nada? Qual é a tua meu?

 
At 11 de agosto de 2008 às 23:23, Anonymous Anónimo said...

O povo é pobre porque não trabalha o que quere é mama.

 

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