terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

ROBIN DOS BOSQUES?

Em tempos de crise quase todos os políticos gostam de trocar de indumentária.
Uns transformam-se em Super-homem.
Alguns em Super-pateta. E há outros, mais comedidos e inteligentes, que querem ser os novos Robin dos Bosques.
Compreende-se: todos os políticos, em algum momento, querem ser quem não são.
Em tempos de penúria é sempre dignificante estar do lado dos pobres contra os ricos.
A ideia, claro, tem desde logo uma vantagem: os políticos tornam-se heróis populares.
Não surpreende, atento como é, que José Sócrates tenha escutado o som dos pássaros no jardim de S. Bento, à falta de Nottingham.
Sócrates anunciou num encontro do PS que quer limitar as deduções fiscais dos mais ricos para assim aliviar a carga fiscal para a classe média.

A frase fica bem nos títulos: Robin, perdão, José, tira aos ricos para dar aos pobres.
Mas, nesta história popular, há um equívoco.
O alvo de Robin era o tenebroso Príncipe João, que governava e impunha impostos selvagens aos pobres.
Robin, por seu lado, tirava ao Governo o que ele, indevidamente, tirava aos pobres.
Se olharmos para Portugal, quem tem sido mais espremido por este Governo é a classe média, que trabalha por conta de outrem.
Por isso, a colagem de Sócrates a Robin dos Bosques não cola.
Sócrates tem sido o Príncipe João dos últimos anos, aspirando receitas à classe média para alimentar o Estado.
Ao vestir-se de Robin dos Bosques, Sócrates quer ser um ilusionista.
Mas não é todos os dias que uma pessoa pode ser Governo e Oposição ao mesmo tempo.


F.S.

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8 Comments:

At 10 de fevereiro de 2009 às 22:56, Anonymous Anónimo said...

Os políticos portugueses são, de facto, uma nódoa na Unuião Europeia.
Muitos não passam de meros oportunistas e criminosos. Burlões, traficantes de influências, corruptos.
Portugal foi assaltado por um conjunto de individuos, na maioria ligados à Maçonaria, que encheram a barriga até mais não,de forma ilícita, criminosa, enquanto o pobre Povo arrotava à miséria ,à fome que sentia,.
Mesmo os políticos que conseguiram - nem se discute se mal ou bem - ascender a lugares de grande relevância política internacional , foram criticados pela gentalha da "sopa dos pobres ",do Estado, ou seja das negociatas com dinheiros públicos, subsídios desviados para Jeeps,
Mercedes, Vivendas, palácios.
Tal é o caso de Durão Barroso , que pode ter todos os defeitos que lhe quiserem imputar, mas é um orgulho para Portugal , que na Europa só está habituado a ter empregadas domésticas, empregados de cavalariças.
Porque os políticos portugueses estão habituados a invejar quem se distingue, e, o facto de Durão Barroso ser Presidente da Comissão Europeia provocou ,na miserável política portuguesa invejas, dores de cotovelo, de despeito imensuráveis.
Agora temos políticos que dizem que há "campanhas negras", manobras políticas, quando estão em causa, quando sabem que estão a ser investigados num País estrangeiro e que afinal a corrupção, as vigarices serão investigadas.
Esta realidade provocou um alarido na capoeira do tamanho do Mundo.
Os corruptos movimentam-se.
Campanha negras não conheço. Ou melhor, conheço as campanhas dos povos de Angola e de Cabo Verde, para promoverem a beleza das mulheres negras e mulatas, a riqueza cultural desses povos, a música maravilhosa de Cabo Verde, com o Funaná, as Coladeras.
As cabalas de que fala um certo partido político não passam de mísera manobra de propaganda, tendente a evitar que os corruptos e vigaristas do seu partido sejam investigados.
Quanto às campanhas , associadas ao processo Casa Pia, e a decapitações, o que me ocorre dizer é que campanhas não há. Há é vigaros, bastardos, corruptos, traficantes, burlões.
Quanto a campanhas negras, parece que de verdade só se pode falar dos quartos escuros, onde homossexuaias , que muitas vezes são também pedófilos , se deliciam, ficando o ânus de uns num dos quartos e o penis de outros introduzidos em buracos para a penetração anal, sem se saber quem é quem.
Tudo escuro!
Ignomínia, paneleirice, depravação.
Seria bom que determinadas pessoas tivessem vergonha no focinho, porque nem cara têm, já que cara é um conceito humano, civilizacional.
O Partido Socialista deve fazer uma depuração interna. O PS, infelizmente está numa encruzilhada tremenda, corroído pelos transfugas do PCP, abafado pelos negócios mafiosos, enredado n«pelas políticas de direita e bafientas , que nem lembrariam ao Diabo, com um País na miséria, sem poder, sem força, sem credibilidade, nas mãos de Espanha e dos espanhóis.
Nunca Portugal foi tão fraco, tão miserável, tão desacreditado.
Este PS está sem norte, dominado pela Maçonaria Ateia, vígara, burlona, mafiosa.
E pensava o PS que os juízes eram manobráveis e os cidadãos não podiam reagir.
Engaram-se! O Povo vai vencer.
O Povo português vai ver-se livre destes sociólogos que tomaram o poder, via PS mais ISCTE.
Um ministro como o Santos Silva, um individuo que veio da extrema esquerda e que está mal no Governo, que já deveria ter sido demitido, não dá porrada em ninguém. É patético ouvir determinadas posições.
José Sócrates deveria mandar calar esse extremista que não abona a democracia portuguesa.
Tem de viver a trabalhar para o Estado.

Portugueses, levamtem-se e lutem contra esta gente.
Os partidos não são a Igreja.

Por Portugal , lutemos.

 
At 10 de fevereiro de 2009 às 22:57, Anonymous Anónimo said...

Parece que sim, Sócrates está a ser vítima de uma, imagine-se ... "campanha negra". Uma "campanha negra" que não é de agora:


- No dia 13 de Fevereiro de 1992 aparece na Assembleia da República um Registo Biográfico FALSIFICADO com a sua própria letra. Até hoje, NINGUÉM foi capaz ainda de explicar como foi possível aparecerem 2 cópias escritas por ele próprio, cada uma delas com informações diferentes sobre as suas habilitações literárias e profissão.


- No dia 08 de Setembro de 1996, a um DOMINGO, enquanto grande parte dos portugueses ia à missa, José Sócrates "licenciou-se" em "engenharia civil". Já nem vale a pena falar na "campanha negra" que foi a equivalência de 26 disciplinas, no exame por FAX ou no amigo-professor-António-Morais que lhe fez os "exames". Mais tarde, no âmbito da mesma "campanha negra", José Sócrates encerra a Universidade que lhe deu o curso, face ao conjunto de vergonhas que se foi sabendo, e antes que se viesse a saber mais alguma coisa.


- Em 13 de Maio de 2008, há uma "campanha negra" que apanha José Sócrates a fumar num avião desobedecendo, em absoluto, àquilo que ele próprio tinha legislado e que antes mesmo já não era permitido em aviões. Queixinhas, informou os jornalistas que não tinha sido só ele, também o Ministro Manuel Pinho o tinha feito. E para completar a "campanha negra" ... NÃO PAGOU A MULTA!


- Em 31de Janeiro de 2008, a "campanha negra" continua. O jornal Público denunciava que Sócrates assinava projectos de casas na Guarda das quais não era o autor mas sim Manuel Caldeira, funcionário da câmara municipal da Guarda e um colega de "curso" da Universidade Independente (dos 22 projectos localizados por amostragem, 16 foram aprovados em menos de um mês; desses houve nove aprovados em menos de dez dias e, destes, três em menos de três dias).


Desta "campanha negra" voltou-se recentemente a falar quando o Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Joaquim Valente, também este colega de "curso" de Sócrates na Universidade Independente (irrra ... sempre a Independente) e autor de um dos projectos que Sócrates assinou, arquivou um inquérito feito a este caso por uma comissão "independente" feita por empregados ... da própria autarquia.


- Agora, é o caso Freeport. Parece que tudo está claro, estão-lhe a montar uma "campanha negra", basta dizer que o tio que lhe diz que "alguém" quer 4 milhões de luvas e ele não chama a Judiciária nem o Ministério Público.
Não denunciou o caso?
PORQUÊ??

 
At 10 de fevereiro de 2009 às 23:01, Anonymous Anónimo said...

O presidente Eanes esteve no Instituto de Defesa Nacional onde, à semelhança do que tinha acontecido já com Soares e Sampaio, proferiu uma conferência sobre "o tempo que passa".
Cada vez que os dois ex-presidentes socialistas aparecem (sobretudo o "astro" eterno da RTP) os microfones correm imediatamente atrás deles. Eanes, por natureza, é mais discreto e não tem lobbies nem papagaios babados nas redacções para o incensar.
Para Eanes, «só conhecendo a verdade se pode fortalecer a opinião pública e acabar com um clima de medo», um «medo do presente, do futuro, pelos filhos, pela sorte dos pais, pelo emprego e medo dos poderes políticos.» Defendeu que, durante a campanha eleitoral de 2009, «se evite o folclore partidário habitual e se aproveite para consciencializar os portugueses da situação de impossível manutenção em que nos encontramos e que não se entre num jogo de atribuição de culpas.» E preconizou (e bem) o reforço dos poderes presidenciais, sem prejuízo da "coordenação" institucional com os diversos governos.
Também fará parte da "campanha negra"?

 
At 10 de fevereiro de 2009 às 23:44, Anonymous Anónimo said...

ISTO TAMBÉM É CAMPANHA NEGRA!

Armando António Martins Vara
Dados pessoais:
Data de nascimento: 27 de Março de 1954
Naturalidade: Vinhais - Bragança
Nacionalidade: Portuguesa
Cargo: Vice-Presidente do Conselho de Administração Executivo
Início de Funções: 16 de Janeiro de 2008
Mandato em Curso: 2008/2010
Formação e experiência Académica:
2005 - Licenciatura em Relações Internacionais (UNI)
Com 56 anos só é licenciado há 4!!!

E entretanto já foi isto tudo - apenas com o 7º ano do liceu (ou se calhar com o 5º, ou com o 2º do ciclo! Sabe-se lá...):

2001/2005 - Director e Director Coordenador na Caixa Geral de Depósitos, SA

Setembro 2000/Dezembro 2000 - Ministro da Juventude e do Desporto do XIV Governo Constitucional

Outubro 1999/Setembro 2000 - Ministro-Adjunto do Primeiro Ministro do XIV Governo Constitucional

1997/1999 - Secretário de Estado Adjunto da Administração Interna XIII Governo Constitucional

1995/1997 - Secretário de Estado da Administração Interna XIII Governo Constitucional

Deputado à Assembleia da República nas IV, V, VI e VII Legislaturas

Vice-Presidente das Comissões Parlamentares de Equipamento Social e de Juventude

1987/1991 - Membro da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa


Agora melhor:
2004 - Pós-Graduação em Gestão Empresarial (ISCTE)
http://www.millenniumbcp.pt/pubs/pt/grupobcp/quemsomos/orgaossociais//article.jhtml?articleID=217516

Extraordinário...

CV de fazer inveja a qualquer gestor de topo, que nunca tenha perdido tempo em tachos e no PS!
Conseguiu tirar uma Pós-graduação ANTES da licenciatura...


Ou a pós-graduação não era pós-graduação ou foi tirada com o mesmo professor da licenciatura, dele e do amigo, José Sócrates...

 
At 11 de fevereiro de 2009 às 12:26, Anonymous Anónimo said...

Por isso este Pais esta como esta, entreguem isto aos espanhois sao masi inteligentes

 
At 11 de fevereiro de 2009 às 14:16, Anonymous Anónimo said...

Sócrates tira a 'ricos' mas não ajuda classe média
Fisco.
«A proposta de Sócrates de limitar deduções fiscais aos mais ricos para aliviar classe média não terá efeitos práticos. Tendo em conta o grupo que mais paga IRS, pelo menos 31 mil agregados familiares serão penalizados; mas os mais carenciados receberão apenas mais uns cêntimos diários
Todas as famílias com um rendimento anual superior a 62 546 euros anuais podem ser prejudicadas com a nova proposta "Robin dos Bosques" de José Sócrates. O empresário Américo Amorim, o médico Eduardo Barroso, um simples casal da classe média alta, ou o próprio José Sócrates são apenas alguns exemplos entre os cerca de 31 mil agregados familiares a quem o primeiro-ministro quer retirar benefícios fiscais.

José Sócrates ainda não definiu quem considera serem os "ricos", mas tendo em conta a taxa que o próprio definiu, o grupo dos que ganham mais de 62 546 euros e pagam 42 % de IRS, será o atingido. No entanto, estes 31 mil são apenas 1% do total dos agregados, o que fará com que o "bolo" das deduções dividido pela classe média dê "valores tão pequenos que se tornam ridículos", como explica ao DN o economista António Nogueira Leite. Ou seja, feitas as contas, sobrará pouco mais de alguns cêntimos diários para as famílias da classe média.

Também Saldanha Sanches discorda da medida proposta por Sócrates. "Estamos a falar em quantias reduzidas que vão ter uma influência escassa", garante o fiscalista. Porém, Saldanha Sanches não acha descabido aumentar os impostos e até propõe uma outra abordagem: "Era muito mais fácil se se aumentassem já as taxas."

Mas surge de novo o problema: como definir os ricos? Para o fiscalista "basta seguir o exemplo de Obama que definiu o patamar dos 150 mil dólares, nós devíamos impor os 150 mil euros-"

Já Nogueira Leite acredita que "esta é uma medida de desespero de José Sócrates que quer fazer marcação cerrada a Francisco Louçã e a acabar com a oposição à esquerda no PS em ano de eleições".

Além disso, o economista defende que Sócrates "errou o alvo", uma vez que "não devia estar preocupado com a classe média e sim com os mais pobres".

Por outro lado, Nogueira Leite alerta que este sistema "não vai prejudicar os mais ricos, mas sim os que declaram mais rendimentos".

O economista lança, assim, a questão: "Quem é mais rico: um casal com o rendimento anual de 62 mil euros e oito filhos ou quem declara 50 mil euros e tem património imobiliário de milhões?"

Nogueira Leite acusa ainda "os ministérios de fazerem festarolas de meio milhão de euros." "Nesses gastos é que se devia cortar e não nas deduções a quem declara rendimentos mais elevados", defende o economista.

Menos crítico, Saldanha Sanches resume a questão desta forma: "Aumentar os impostos não é uma ' catástrofe' como diz Paulo Portas, não é uma 'fantasia' como diz Manuela Ferreira Leite e também não vai pôr a classe média com charutos no bolso como pretende José Socrates. É apenas uma pequena mudança no sistema."»

RUI PEDRO ANTUNES
Diário de Notícias
11 de Fevereiro de 2009

 
At 11 de fevereiro de 2009 às 14:33, Anonymous Anónimo said...

O Sócrates esqueceu-se das reformas milionárias que por aí andam e continuam a sair, não há dinheiro que chegue para pagar esta gente. Somos o país da U.E. onde a desigualdade social impera impunemente.Não podemos deixar que estas e outras situaçãoes continuem. Temos que dizer NÃO e participar nas eleições, usar o poder que nos resta.

 
At 11 de fevereiro de 2009 às 21:14, Anonymous Anónimo said...

Nada como uma questão “fracturante” para desviar as atenções do essencial. José Sócrates anda numa campanha entretida pela legalização daquilo que a sua bancada parlamentar se recusou a legalizar durante a actual legislatura. A legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, uma medida prematura até 2009, torna-se um aspecto fundamental do programa de governação que o líder socialista tem apresentado, tanto internamente, dentro do seu partido, como externamente, através de declarações públicas quase diárias, como se dela dependesse a chancela de “esquerda” com que quer apresentar-se a votos.
E verifica-se assinalável êxito na determinação da agenda mediática. Hoje tivemos dois contributos importantes. O da igreja católica, que ameaça assumir uma posição pública de apelo aos católicos para que não votem nos partidos que defendem o casamento entre homossexuais, e o de alguém do INE que se prestou a fazer saber que as uniões de casais homossexuais vão ser equiparadas a núcleos familiares para efeitos de estatística nos próximos Censos de 2011, dando a alteração da legislação como um facto consumado. A salvo de qualquer destaque nos média ficam os fracassos múltiplos em todas as áreas governativas, a manifesta incapacidade do Governo em lidar com a actual crise, a enxurrada de despedimentos e falências (fraudulentas ou não), e até os ecos da palavra corrupção suscitada pelos casos amplamente mediatizados ultimamente parecem soar lá bem ao longe. O tema veio mesmo a calhar

 

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