sexta-feira, 17 de abril de 2009

POIS É!

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4 Comments:

At 21 de abril de 2009 às 18:50, Anonymous Anónimo said...

Decorreram seis meses desde que anunciámos a nossa candidatura à Câmara Municipal de Abrantes. Tal como dissemos na altura e reafirmamos hoje, as pessoas, na sua individualidade e enquanto titulares de direitos mas também de deveres, são a razão de ser da nossa candidatura. Não queremos construir o futuro para as pessoas, mas construir o futuro com elas. O nosso combate “pela independência de cada um dos abrantinos face ao poder político” é, por isso, fundamental. Um poder político que menospreza diariamente as pessoas, que tenta por todos os meios condicionar a sua vontade, que não as ouve e que só finge preocupar-se com elas quando acha que isso lhe traz algum retorno eleitoral, iludindo-as, nestas alturas, com falsas expectativas e com promessas sem sentido, que sabem não poder cumprir.

Questões Sociais: Nestes seis meses, tivemos a oportunidade de visitar a maioria das instituições de solidariedade social do concelho, assim como os agrupamentos de escolas e algumas associações de cariz cultural e desportivo, tendo testemunhado duas realidades: o empenho extraordinário das pessoas que dedicam o seu tempo a formar e a ajudar os outros, sobretudo, os que mais precisam; e a pouco atenção que merecem da autarquia. Não aceitamos que se governe um concelho só com o objectivo de fazer obra, sem se olhar por quem nele vive. Como não nos cansamos de repetir, não há melhor investimento, nem investimento mais reprodutivo, do que nas infraestruturas humanas.

Mas o simples facto de termos iniciado a volta ao concelho precisamente pelas instituições de solidariedade social, pondo sempre a tónica nas pessoas e não nas obras, já teve um efeito muito benéfico. Em primeiro lugar, obrigou a Câmara Municipal a lembrar-se de que o concelho não são apenas construções, mas que também existem pessoas de carne e osso a viver com muitas dificuldades. Em segundo lugar, obrigou todas as candidaturas a preocuparem-se e a começarem a falar nas pessoas, fazendo com que os diferentes candidatos fizessem também o seu périplo pelas instituições de solidariedade social, ajudando-os dessa forma a constatarem com os seus próprios olhos as dificuldades porque passam estas instituições e os seus utentes. É certo que maior parte das medidas com que o executivo camarário procurou corresponder às nossas preocupações são absolutamente inócuas e desprovidas de um verdadeiro fio condutor. Mas também não se pode exigir mais de um executivo que, durante dezasseis anos, se esqueceu completamente de que as pessoas têm de ser sempre o princípio e o fim de toda a actividade política.

Abrantes é hoje um concelho envelhecido, sem que existam perspectivas de rejuvenescimento, a não ser que seja feita uma inflexão na orientação das políticas sociais levadas a cabo pela autarquia. E é, precisamente com esse objectivo de dar um novo rumo à nossa autarquia, que a nossa candidatura se está a preparar com afinco, para que, em Outubro, possamos corresponder à ambição e às legítimas expectativas dos abrantinos de ter um concelho mais pujante, mais dinâmico, mais justo e mais solidário.

Questões relativas ao desenvolvimento económico: neste período, inteirámo-nos e constatámos o falhanço total do modelo de desenvolvimento da autarquia. Abrantes contínua sem conseguir atrair pessoas de outros concelhos e, pior ainda, não cativa nem oferece condições para os seus próprios “filhos” se fixarem no concelho. As empresas, nomeadamente, as pequenas e médias, a par do turismo, são absolutamente essenciais à criação de emprego e ao consequente aumento da riqueza local pelo que têm de merecer necessariamente uma atenção especial.

As pequenas e médias empresas sofrem o resultado de quinze anos de políticas viradas para o umbigo socialista, em que se esqueceu, por falta de visão e alguma incompetência à mistura, a lógica regional e nacional em que estamos inseridos, o que tem impossibilitado a nossa afirmação regional. O PROT é incisivo no potencial que o concelho oferece como porta de entrada dos fluxos vindos de Espanha, via este, e do sul do país.

O centro histórico é o espelho da falta de visão da autarquia, onde não existe um comércio tradicional pujante, nem espaços de diversão e ocupação dos tempos livres dignos do nome. Abrantes é hoje uma cidade sem sentido, desorganizada, cuja centralidade vem a rebolar pela encosta abaixo, sem se fixar em lado algum, e à qual pretendemos devolver toda a dignidade do passado como factor para afirmar o concelho no futuro.

As freguesias “rurais” foram espoliadas de toda uma história de sucesso e encontram-se num autêntico processo de esvaziamento. Algumas das nossas freguesias rurais já mal respiram e outras sobrevivem com dificuldade e sem alma. Esta é uma situação que pretendemos alterar radicalmente. Dotar as freguesias de equipamentos lúdico-culturais, que permitam criar centralidades e qualidade vida a quem ali vive, é um objectivo estratégico de todo o concelho.

Há que criar incentivos financeiros para que os jovens se fixem nas suas terras, assim como promover, com toda a urgência, a alteração deste PDM do século passado que ainda vigora e “empurra” literalmente os jovens paras centros urbanos da região, sendo poucos os que optam por se fixar na sede do concelho.

O potencial turístico do concelho é enorme e só é pena que a autarquia demonstre tanta incapacidade para o aproveitar. Urge criar pólos turísticos um pouco por todo o concelho, atendendo à diversidade da oferta: albufeira do Castelo de Bode; castelo e todo o património histórico da cidade; o Tejo em toda a sua extensão concelhia, desde Alvega a Rio de Moinhos; a planície do sul do concelho, etc. O potencial é enorme e o que se fez nestes anos é muito pouco, tendo sobretudo em conta os enormes recursos financeiros que a autarquia teve ao seu dispor, o que só demonstra a sua falta de visão.

Conclusão: Os socialistas, que governam Abrantes há dezasseis anos, esqueceram-se completamente da dimensão social que qualquer exercício dos cargos públicos deve obrigatoriamente ter. As pessoas devem ser o princípio e o fim de toda a actividade política. E até as obras só fazem sentido enquanto encaradas nesta dimensão ética, caso contrário, apenas servem para afagar o ego de quem lá coloca a placa com o seu nome, tornando-se para os munícipes actuais e vindouros uma fonte de encargos que lhes reduz a qualidade de vida e lhes dificulta o emprego.

Próximas iniciativas: Os problemas relativos ao desemprego, à exclusão social e à insegurança estão, obviamente, no centro das nossas preocupações, sobretudo por se estarem a tornar num autêntico flagelo que se abateu sobre o nosso concelho. Por essa razão, já na próxima semana, iniciaremos um ciclo de visitas aos locais onde estes flagelos mais se fazem sentir.

(conferência de imprensa realizada no passado dia 18 de Abril no café Mateus em Mouriscas)

 
At 21 de abril de 2009 às 18:53, Anonymous Anónimo said...

Vomessezes aí na Ponti di Sori, na qzeram o Leoparvo, e a maralha cá do cabeço é que teem que aturar esta aventesma. Se eli hé acim tão bom, tivessim ficadu cum ele para vomessês.

 
At 21 de abril de 2009 às 22:01, Anonymous Anónimo said...

Força companheiro.
As tuas propostas são extremamente válidas para a cidade de Abrantes.
A Cidade precisa de uma pessoa com a tua competencia e visão futura.
Não ligues aos bota-abaixo do costume. Vai em frente, Ponte Sor não te mereceu, e provávelmente não merece o actual teu substituto, mas é a vida. Quer queiramos ou não, o sistema politico denominado Democracia no entender de muitos, e não só meu, não é o mais correcto e é extramamente injusto para os mais válidos e capazes, premiando muitas vezes, como acontece em Ponte Sor, os mais Incompetentes!
Ou alguem acha que a maioria tem sempre razão ?... Esperamos por Outubro. Acordem Pontessorenses.

 
At 1 de maio de 2009 às 17:33, Anonymous Anónimo said...

Santos da casa não fazem milagres,mas nem por isso deixam de ser Santos.
Gostei do teu discurso, tem alma e futuro e daquilo que conheço da gestão Camarária e da cidade de Abrantes parace-me que tocas no cerne da questão. O novo riquismo do betão empolgou a gestão das autarquias na construção, sem atender a que esta deveria ser feita para as pessoas e com elas. A dinamização dos espaços públicos, fora alguma honrosas excepções de que é aí exemplo a Biblioteca Municipal, é uma mera gestão digna de um chefe de pessoal auxiliar e não de quem ama os seus concidadãos, ricos ou filhos da rua, e como tal perdeu a alma e a imaginação para encontrar soluções imaginativas e em parceria com a sociedade civil. A politica de contar só com os acólitos esvazia o poder, que teme que o outro com o seu trabalho brilhe. Mas as presidências autárquicas, se querem perdurar e sobreviver aos dias difíceis que se avizinham, tem que perceber que têm que contar com os outros, numa perspectiva solidária e integradora de todos, mas responsabilizante e não pensar que com a caridadezinha e actividades de fachada e atitudes de passa culpas consegue responder às ansiedades sociais.

 

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