terça-feira, 1 de junho de 2010

MAIS, DOS MESMOS...

Segundo o Eurostat, o desemprego continuou a subir em Portugal durante o mês de Abril, tendo atingido um novo máximo de 10,8 por cento, depois de ter sido de 10,4 por cento em Janeiro e Fevereiro e de 10,6 por cento em Março.


Não contente com os máximos históricos que o descalabro por si criado vai batendo sucessivamente, e não obstante o ritmo de crescimento do desemprego em Portugal ser muito superior ao da restante União Europeia, após ter escolhido o momento actual como o mais apropriado para cortar na protecção social ao desemprego e arrefecer a economia com o aumento da carga fiscal, o Governo decidiu completar a sua obra com um empurrão ainda mais vigoroso aos números hoje conhecidos celebrando o Dia Mundial da Criança com o anúncio do encerramento de 500 escolas do primeiro ciclo.

Ao largo, o inatacado imaculado Passos Coelho exulta em silêncio patriótico pelo trabalho que lhe é poupado.

O Estado está a encolher sem manchar o seu nome com um pingo sequer das litradas de sangue derramado.


Filipe

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13 Comments:

At 1 de junho de 2010 às 22:28, Anonymous Anónimo said...

É uma golpada com muita classe, e os golpistas somos nós....



Era uma vez um senhor chamado Jorge Viegas Vasconcelos, que era presidente de uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem, poucos devem saber para o que serve.

Mas o que sabemos é que o senhor Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores.

Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco, não lhe sendo devidos, pela entidade empregador, quaisquer reparos, subsídios ou outros quaisquer benefícios.

Porém, com o senhor Vasconcelos não foi assim.

Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês - ou seja, 2.400 contos - durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego.

Aqui, quem me ouve ou lê pergunta, ligeiramente confuso ou perplexo:

«Mas você não disse que o senhor Vasconcelos se despediu?».

E eu respondo: «Pois disse. Ele demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!».

E você volta a questionar-me: «Então, porque fica o homem a receber os tais 2.400contos por mês, durante dois anos?

Qual é, neste país, o trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?».

Se fizermos esta pergunta ao ministério da Economia, ele responderá, como já respondeu, que «o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE».

E que, «de acordo com artigo 28 dos Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao estatuto do gestor público em tudo o que não resultar desses estatutos».

Ou seja: sempre que os estatutos da ERSE foram mais vantajosos para os seus gestores, o estatuto de gestor público não se aplica.

Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos. Com a bênção avalizadora, é claro, dos nossos excelsos governantes.

Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade sem limites, de uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com ordenados baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis. Trata-se, em suma, de um desenfreado, e abusivo desavergonhado abocanhar do erário público. Mas, voltemos à nossa história.

O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros mensais, mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo. 18 mil euros seriam mais de 3.600 contos, ou seja, mais de 120 contos por dia, sem incluir os subsídios de férias e Natal e ajudas de custo.

Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve - a ERSE? A missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o sector energético.

E pergunta você, que não é burro: «Mas para fazer cumprir a lei não bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?». Parece que não.

A coisa funciona assim: após receber uma reclamação, a ERSE intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de serviço.

Ou seja, a ERSE não serve para nada.

Ou serve apenas para gastar somas astronómicas com os seus administradores.

Aliás, antes da questão dos aumentos da electricidade, quem é que sabia que existia uma coisa chamada ERSE? Até quando o povo português, cumprindo o seu papel de pachorrento bovino, aguentará tão pesada canga? E tão descarado gozo?

Politicas à parte estou em crer que perante esta e outras, só falta mesmo manifestarmos a nossa total indignação.

Aqui esta um departamente que deve ser "ABOLIDO"

para ajudar no corte do custo das despesas do GOVERNO....sera muito dificil perceber isto !!!???...

 
At 2 de junho de 2010 às 00:18, Anonymous Anónimo said...

Isto do desemprego estar sempre a subir não é bem assim. Para se perceber como o assunto é complexo, temos de ouvir com atenção o senhor Valter Lemos, o eterno secretário de estado. Esse é que tem a escola toda.

 
At 2 de junho de 2010 às 00:25, Anonymous Anónimo said...

«Aqui esta um departamente que deve ser "ABOLIDO" para ajudar no corte do custo das despesas do GOVERNO....sera muito dificil perceber isto !!!???...»

Sim, é fácil de perceber. Mais difícil e que escapa a muita gente é o facto de estas pessoas e estes Institutos e tanta coisa mais que não cabe aqui existirem justamente para destruir o Estado. Para ficarmos todos, ricos, pobres e remediados, na mão do dinheiro. E sem hipótese de escolha.

 
At 3 de junho de 2010 às 11:24, Anonymous C.L. said...

Há semanas que responsáveis do Governo, com destaque para o secretário de Estado Valter Lemos, insistem na tese de que o desemprego vai começar a cair dentro de meses. Ontem, depois de o Eurostat avançar que o desemprego atingiu 10,8% da população activa em Abril, o Secretário de Estado veio dizer que o valor não está correcto e que o Eurostat deverá corrigi-lo em breve.

Chama-se a isto tapar o sol com a peneira. Primeiro porque uma eventual correcção dos números de Abril (0,1 pontos percentuais?) não resolve nada. Segundo porque Valter Lemos não é rigoroso no que diz. O secretário de Estado refere-se a uma redução sazonal, relacionada com o aumento do turismo? Ou a uma redução estrutural? Valia a pena que Valter Lemos, que parece saber tanto de Emprego como sabia de Educação (Ah! Os políticos profissionais...), clarificasse este ponto. Até para percebermos se estamos perante uma manipulação de expectativas, tão ao jeito do discurso (permanentemente optimista) do "chefe", ou de mero "wishful thinking".

Como a tentação de manipular expectativas deve ser grande, convém lembrar ao secretário de Estado que o desemprego cai, ciclicamente, na época alta do Turismo. E que qualquer redução estrutural do desemprego só acontece quando o crescimento económico roça os 2% (se não for mais). Coisa que Portugal nem por qualquer milagre da Senhora de Fátima deverá registar nos próximos anos. Ah! Há outra hipótese: o recurso à emigração... Mas com a Europa no estado em que está, ninguém sabe bem para onde ir.

 
At 3 de junho de 2010 às 20:16, Anonymous Anónimo said...

Corrupção a quanto obrigas !...

A INTOCÁVEL

Há uns tempos atrás, apareceu, lá nos Serviços, uma nova Jurista!

A "senhora" não fazia rigorosamente nada! Não fazia, não aparecia, enfim...uma vergonha!

Perante a situação, o "Arquitecto da CML" decidiu, com boa disposição, confrontar o Director:

- ''Sr. Director, não estou a perceber! Esta Jurista não está a fazer nada!

Temos que resolver esta situação! O serviço, desta forma, vai ser posto em causa.

Temos que resolver esta situação e substituir esta senhora por outra!"
O Director respondeu:
- "Tenha calma, eu vou ver o que se passa e vamos tentar resolver a situação!"
A conversa ficou por ali.
Passados uns dias, o Arquitecto da CML cruzou-se, no corredor, com o Director e este disse-lhe:
- "Arquitecto! Esqueça a jurista, ela é intocável!"
O "Arquitecto da CML" esqueceu o assunto!

Ele, ao longo de muitos anos, já tinha conhecido muitos intocáveis e sabia o que isso significava!
Agora, ao ler a Visão, "o Arquitecto" percebeu porque é que a Senhora era "intocável":
Chama-se Diana Barroso Soares, é mulher de Rui Pedro Soares (sobrinho do Mário Soares)
e este era um dos protegidos de António Costa.

A senhora foi para a Gestão Urbanística em Outubro de 2007 e"o Arquitecto da CML" já lá estava há mais vinte anos....
Esta é mais outra igual àquele caso da psicóloga da Lourinhã que foi arrumada, para a filha da ministra da saúde entrar.

Vejam o que anda por aí !

É triste, mas é verdade.

 
At 3 de junho de 2010 às 23:59, Anonymous Anónimo said...

Depois pedem sacrificios aos mesmos, enfim vamos de mal a pior, mas a corja está sempre em grande.

À Capitães do 25 de Abril, onde anda a vossa Revolução!!!!!!

 
At 4 de junho de 2010 às 01:22, Anonymous Anónimo said...

Foram esses capitães os verdadeiros culpados da situação.
Agora queixam-se??
Tenham dó!

 
At 4 de junho de 2010 às 02:31, Anonymous Anónimo said...

«Foram esses capitães os verdadeiros culpados da situação.
Agora queixam-se??
Tenham dó!»


Também acho que foram eles os culpados. Não fuzilaram ninguém.

 
At 4 de junho de 2010 às 13:47, Anonymous Anónimo said...

Para avivar a memória a quem, por norma, não anota!!!

Um dos Motivos porque o Governo se tornou fiador de 20 mil milhões de euros de transacções intra-bancárias...???

Os de hoje, vão estar como gestores de Banca amanhã, pois os de ontem, já estão por lá hoje.

Correcto???

Se pensa que não, vejamos:

PARA QUE A PLEBE SAIBA:

Fernando Nogueira:

Antes - Ministro da Presidência, Justiça e Defesa

Agora - Presidente do BCP Angola

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José de Oliveira e Costa:

Antes - Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

Agora - Presidente do Banco Português de Negócios (BPN)

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Rui Machete:

Antes - Ministro dos Assuntos Sociais

Agora - Presidente do Conselho Superior do BPN e Presidente do Conselho Executivo da FLAD

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Armando Vara:

Antes - Ministro adjunto do Primeiro Ministro

Agora - Vice-Presidente do BCP

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Paulo Teixeira Pinto:

Antes - Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros

Agora - ex-Presidente do BCP - epois de 3 anos de 'trabalho', saiu com 10 milhões de indemnização!!!

e mais 35.000EUR x 15 meses por ano até morrer...

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António Vitorino:

Antes - Ministro da Presidência e da Defesa

Agora -Vice-Presidente da PT Internacional e Presidente da Assembleia Geral do Santander Totta,

e ainda... umas 'patacas' como comentador RTP

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Celeste Cardona:

Antes - Ministra da Justiça

Agora - Vogal do CA da CGD

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José Silveira Godinho:

Antes - Secretário de Estado das Finanças

Agora - Administrador do BES

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João de Deus Pinheiro:

Antes - Ministro da Educação e Negócios Estrangeiros

Agora - Vogal do CA do Banco Privado Português

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Elias da Costa:

Antes - Secretário de Estado da Construção e Habitação

Agora - Vogal do CA do BES

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Ferreira do Amaral:

Antes - Ministro das Obras Públicas (que entregou todas as pontes a jusante de Vila Franca de Xira à Lusoponte)

Agora - Presidente da Lusoponte, com quem se tem de renegociar o contrato.

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etc, etc, etc...

O que é isto?

Cunha?

Gamanço?

- Não, não é a América Latina, nem Angola.

É Portugal no seu esplendor...

... e depois até querem que se declarem as prendas de casamento e o seu valor.

Já é tempo de parar!

Não te cales,

DENUNCIA!

 
At 11 de junho de 2010 às 14:58, Anonymous Anónimo said...

Dizem que o Charcas, está já nas mãos do Banco financiador.

Alguém sabe de alguma coisa?

Onde é que estão aqueles que falavam num projecto de qualidade para a região?? Que iria criar dezena de postos de trabalho altamente qualificados??

Dizer coisas é fácil, mas saber o que se diz...............

AS

 
At 12 de junho de 2010 às 11:36, Anonymous Anónimo said...

O preço da água em Ponte de Sôr subiu para mais do dobro.

Viva o PS

 
At 15 de junho de 2010 às 12:40, Anonymous Anónimo said...

Os portugueses comuns (os que têm trabalho) ganham cerca de metade (55%) do que se ganha na zona euro

Os nossos gestores recebem, em média:
- mais 32% do que os americanos;
- mais 22,5% do que os franceses;
- mais 55 % do que os finlandeses;
- mais 56,5% do que os suecos"

(dados de Manuel António Pina, Jornal de Notícias)

 
At 15 de junho de 2010 às 19:37, Anonymous Anónimo said...

Realmente só nós (o povo português) para permitir uma situação destas!!!

1. Vais ter relações sexuais?

O governo dá-te preservativos!

2. Já tiveste?

O governo dá-te a pílula do dia seguinte!

3. Engravidaste?

O governo dá-te o aborto!

4. Tiveste filho?

O governo dá-te o Abono Família!

5. Estás desempregado?

O governo dá-te o Subsídio de Desemprego!

6. És drogado?

O governo dá-te seringas!

7. Não gostas de trabalhar?

O governo dá-te o Rendimento Mínimo

8. Foste preso e agora puseram-te cá fora?

O governo dá-te o subsídio de Reinserção Social agora experimenta...



ESTUDAR; TRABALHAR; PRODUZIR e ANDAR NA LINHA, e verás o que é que te acontece! !!

VAIS GANHAR UMA "BOLSA" DE IMPOSTOS NUNCA VISTA EM QUALQUER OUTRO LUGAR DO MUNDO!!!

 

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