Não é preciso ser bruxo nem astróloga de serviço do PSD para saber que o Álvaro regressará a Vancouver de onde, aliás, nunca deveria ter saído. A única dúvida reside em saber se sai com um chuto ou se vai aproveitar um programa de apoio à emigração de professores dirigida pelo pequeno Rangel.
Também não é preciso ser bruxo para saber que em 2012 se registará mais um desvio colossal nas contas públicas que justificará mais um conjunto de medidas de reengenharia social que o Gaspar defende desde quando nem sequer imaginava que alguém perderia o juízo ao ponto de o convidar para ministro das Finanças. O Mesmo incompetente que elaborou um OE 2012 sem cenários macroeconómicos vai aparecer como o salvador da pátria a propor o despedimento em massa de funcionários públicos.
Outra grande evidência deste ano é que Cavaco Silva continuará sossegadinho em Belém , não exigirá consensos alargados no parlamento, não enviará as normas inconstitucionais para o Tribunal Constitucional, continuará a viajar com o mordomo mais as muitas mordomias que alguém maldoso mandou publicar e comparar com as despesas do austero homem de Massamá. Enfim, Cavaco Silva continuará a beneficiar do descanso merecido alguém que tanto labutou para ter este governo e um lugar ao sol em Belém.
António José Seguro continuará a ser o braço esquerdo do seu Amigo Passos Coelho e percebendo que não tem grande futuro à frente do seu partido vai tentar safar-se à custa do país, em 2012 o líder do PSD continuará a esquecer-se de fazer oposição na esperança de chegar a ministro de um governo de salvação nacional irá para ministro sem pasta enquanto que o seu líder parlamentar talvez ainda vá a tempo de andar no luxuoso Audi que mandou comprar.
Paulo Portas continuará em parte incerta e invisível, principalmente nos momentos difíceis, será caso para que os seus colegas de governo digam que “quando a luta aquece o Paulo Portas desaparece”. Enquanto o Lambretas continuará a distribuir caridade e a sentar duas criancinhas em cada cadeira nas creches dos pobres e a sua Assunção sugere que a bem da produção nacional se substituam os preparados alimentares para crianças tributados a 23% de Iva por sopas de cavalo cansado, o ministro dos negócios estrangeiros continuará a beber garrafinhas de champanhe nos palacetes da diplomacia. Só é pena que nenhum ministro de Sócrates tenha mandado comprar um Jaguar, de preferência verde.
Se alguém pedisse à abelhinha astróloga uma adivinhação sobre Passos Coelho é mais do que certo de que a senhora diria de cima do seu proeminente nariz e fartas mamas sintéticas que o homem continuará primeiro-ministro. Não tem valor científico da mesma forma que se alguém disser que o homem já não está em idade de ficar mais inteligente não andará longe da verdade. Ainda assim o país poderá ser surpreendido com o regresso de Passos Coelho à gestão do dinheiro com cheiro a merda do tio Ângelo cedendo o lugar àquele rapaz com ar e sem abrigo que é ministro das Finanças e ambiciona imitar o Salazar endireitando o país em dois anos. Gaspar tem uma única coisa em comum com Passos Coelho, ninguém dava nada por eles.
Por fim há uma imensidão de certezas, o João Duque continuará a dirigir grupos de trabalho inúteis, o Carrilho a falar mal do Sócrates, este a estudar filosofia, o CM a dedicar-lhe as primeiras páginas, O professor catedrático a tempo parcial 0% continuará a leccionar a turmas com 0 alunos e a duração de 0 minutos, o Marques Mendes continuará com a mesma altura do Rangel, o homem de Gaia continuará idiota como de costume, a Ferreira Leite a envelhecer a bom ritmo e o país a afundar-se alegremente mas sem grandes preocupações porque há um culpado e a cachorrada do PSD que se dá pelo nome de JSD continuará a exigir o julgamento do grande culpado.
Só para chamar a atenção que 2012 vai ser o ano em que, se não formos para a rua defender os poucos direitos que ainda vão sobrevivendo à violência liberal, capitalista e mercantil deste governo e desta Europa, rapidamente nos veremos sem condições de vivermos uma vida em Liberdade num regime de quase escravatura em que o homem e a sua dignidade são desprezados. Esta é a escolha que temos de fazer.
Vamos acabar com mamões na nossa terra como Pintainhos ,Catalões , Sãos Figueiras ....Nabiças , Jordões e outros que tais !!! Basta !! Não á chulice !! Já me esquecia do gordo pseudo slave do presidente....... Querem viajar paguem !!! Querem mamar do nosso dinheiro ....jamais !!!
Entrei numa espécie de alucinação, enquanto ouvia agora Cavaco só me vinha à memória a cara de Américo Tomás. Não sei bem o que disse, pareceu-me que nada trouxe de novo e de relevante (defeito meu, certamente…), mas os comentadores já estão a explicar tudo.
Com a alucinação, veio a recordação dos hilariantes discursos que o velho almirante fazia sempre a 1 de Janeiro - «profundos», com um pendor filosófico inquestionável. Fica este excerto do que disse, há 46 anos:
«Decorreu célere, como os que o precederam, o ano que acabou de sumir-se na voragem do tempo. Outro o substituiu, para uma vida igualmente efémera. Nesta mutação constante, afigura-se haver agora um fenómeno de visível incongruência, pois, quando tudo se processa a ritmo que se acelera constantemente, pareceria lógico que de tal circunstância resultasse um aparente alongamento no tempo e não precisamente o inverso. Se sempre o presente, mal o é, se torna logo em passado, nunca, como nos nossos dias, tão evidente verdade pareceu mais evidente.»
Nas últimas semanas de 2011, aproveitei o tempo para visitar feiras ou mercados de província; como se queira. Percorri cidades e vilas do Alto Alentejo e da Beira Baixa.
Falei com feirantes. A D. Ofélia, no Fundão, disse-me que a coisa está má: “Vende-se muito pouco, as pessoas já cortam na comida”, acentuou. Em Alpedrinha, a tia Odete, com a banca cheia de brócolos, couves, nabos, cenouras, cebolas, batatas e não sei que mais, também se lamentou da quebra de vendas. Mas, zangado, azedo, estava em Ponte de Sor o Sr. Ismael, homem de 70 anos, de semblante fechado e duro. Quando lhe perguntei pelo negócio, de mau humor e olhar furioso, gritou: “Estou farto de ser enganado, volte cá o Sr. Paulinho das Feiras que eu e os outros aqui do mercado, tratamos-lhe da saúde. Ele ou qualquer outro político, levam uma corrida em osso!”
À distância dos grandes centros, menos publicitadas é certo, também há manifestações de desagrado e contestação da gente do povo. São reacções individuais e ditas inorgânicas. Ainda assim, encontrei quem, em feiras e mercados, me tivesse lembrado da demagogia e dos “beijos de vampiro” das campanhas do Paulinho das Feiras. Um político hábil – reconheça-se – na fuga a mediatismos em momentos adversos das medidas de austeridade que, sob a prescrição da ‘troika’ e para além dela, Coelho é publica e quase solitariamente responsabilizado. Para mais, com excessivo protagonismo de um Relvas que já se tornou a figura nuclear de textos e programas de comédia.
De facto, e a despeito de ser ministro, é oportuno perguntar: “O que é feito do Paulinho das Feiras?”. Na altura de prestar contas e pedir novos votos, Paulo Portas, agora vedeta dos engalanados e sofisticados salões de ‘Negócios Estrangeiros’, saberá certamente trocar os diplomáticos uniformes por jeans, blusão ou casaco desportivo, camisa esgargalada e o indispensável boné de lavrador. Para o Coelho, ficarão as cenouras mais duras. Mas nunca tão árduas de mastigar como as medidas que, com o seu “Gasparzinho”, lançou sobre os que trabalham, os que já trabalharam anos a fio ou os que querem trabalhar e não encontram onde..(salvo em Angola, no Brasil ou algures longe de Portugal).
Eça dizia que Portugal era “um sítio”, ligeiramente diferente da Lapónia que nem sítio era. O rei D. Carlos achava Portugal “uma piolheira”, “um país de bananas governado por sacanas”. Alexandre O’Neill referia-se-lhe como “três sílabas de plástico, que era mais barato”, “um país engravatado todo o ano / e a assoar-se na gravata por engano.” Um sítio, uma piolheira, três sílabas de plástico – a síntese perfeita do esplendor da pátria. “No sumapau seboso da terceira / contigo viajei, ó país por lavar / aturei-te o arroto, o pivete, a coceira / a conversa pancrácia e o jeito alvar” (O’Neill). Arroto, pivete, coceira, conversa pancrácia, jeito alvar.
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Não é preciso ser bruxo nem astróloga de serviço do PSD para saber que o Álvaro regressará a Vancouver de onde, aliás, nunca deveria ter saído.
A única dúvida reside em saber se sai com um chuto ou se vai aproveitar um programa de apoio à emigração de professores dirigida pelo pequeno Rangel.
Também não é preciso ser bruxo para saber que em 2012 se registará mais um desvio colossal nas contas públicas que justificará mais um conjunto de medidas de reengenharia social que o Gaspar defende desde quando nem sequer imaginava que alguém perderia o juízo ao ponto de o convidar para ministro das Finanças.
O Mesmo incompetente que elaborou um OE 2012 sem cenários macroeconómicos vai aparecer como o salvador da pátria a propor o despedimento em massa de funcionários públicos.
Outra grande evidência deste ano é que Cavaco Silva continuará sossegadinho em Belém , não exigirá consensos alargados no parlamento, não enviará as normas inconstitucionais para o Tribunal Constitucional, continuará a viajar com o mordomo mais as muitas mordomias que alguém maldoso mandou publicar e comparar com as despesas do austero homem de Massamá.
Enfim, Cavaco Silva continuará a beneficiar do descanso merecido alguém que tanto labutou para ter este governo e um lugar ao sol em Belém.
António José Seguro continuará a ser o braço esquerdo do seu Amigo Passos Coelho e percebendo que não tem grande futuro à frente do seu partido vai tentar safar-se à custa do país, em 2012 o líder do PSD continuará a esquecer-se de fazer oposição na esperança de chegar a ministro de um governo de salvação nacional irá para ministro sem pasta enquanto que o seu líder parlamentar talvez ainda vá a tempo de andar no luxuoso Audi que mandou comprar.
Paulo Portas continuará em parte incerta e invisível, principalmente nos momentos difíceis, será caso para que os seus colegas de governo digam que “quando a luta aquece o Paulo Portas desaparece”.
Enquanto o Lambretas continuará a distribuir caridade e a sentar duas criancinhas em cada cadeira nas creches dos pobres e a sua Assunção sugere que a bem da produção nacional se substituam os preparados alimentares para crianças tributados a 23% de Iva por sopas de cavalo cansado, o ministro dos negócios estrangeiros continuará a beber garrafinhas de champanhe nos palacetes da diplomacia.
Só é pena que nenhum ministro de Sócrates tenha mandado comprar um Jaguar, de preferência verde.
Se alguém pedisse à abelhinha astróloga uma adivinhação sobre Passos Coelho é mais do que certo de que a senhora diria de cima do seu proeminente nariz e fartas mamas sintéticas que o homem continuará primeiro-ministro.
Não tem valor científico da mesma forma que se alguém disser que o homem já não está em idade de ficar mais inteligente não andará longe da verdade.
Ainda assim o país poderá ser surpreendido com o regresso de Passos Coelho à gestão do dinheiro com cheiro a merda do tio Ângelo cedendo o lugar àquele rapaz com ar e sem abrigo que é ministro das Finanças e ambiciona imitar o Salazar endireitando o país em dois anos.
Gaspar tem uma única coisa em comum com Passos Coelho, ninguém dava nada por eles.
Por fim há uma imensidão de certezas, o João Duque continuará a dirigir grupos de trabalho inúteis, o Carrilho a falar mal do Sócrates, este a estudar filosofia, o CM a dedicar-lhe as primeiras páginas, O professor catedrático a tempo parcial 0% continuará a leccionar a turmas com 0 alunos e a duração de 0 minutos, o Marques Mendes continuará com a mesma altura do Rangel, o homem de Gaia continuará idiota como de costume, a Ferreira Leite a envelhecer a bom ritmo e o país a afundar-se alegremente mas sem grandes preocupações porque há um culpado e a cachorrada do PSD que se dá pelo nome de JSD continuará a exigir o julgamento do grande culpado.
Só para chamar a atenção que 2012 vai ser o ano em que, se não formos para a rua defender os poucos direitos que ainda vão sobrevivendo à violência liberal, capitalista e mercantil deste governo e desta Europa, rapidamente nos veremos sem condições de vivermos uma vida em Liberdade num regime de quase escravatura em que o homem e a sua dignidade são desprezados.
Esta é a escolha que temos de fazer.
Vamos acabar com mamões na nossa terra como Pintainhos ,Catalões , Sãos Figueiras ....Nabiças , Jordões e outros que tais !!! Basta !! Não á chulice !! Já me esquecia do gordo pseudo slave do presidente....... Querem viajar paguem !!! Querem mamar do nosso dinheiro ....jamais !!!
Entrei numa espécie de alucinação, enquanto ouvia agora Cavaco só me vinha à memória a cara de Américo Tomás.
Não sei bem o que disse, pareceu-me que nada trouxe de novo e de relevante (defeito meu, certamente…), mas os comentadores já estão a explicar tudo.
Com a alucinação, veio a recordação dos hilariantes discursos que o velho almirante fazia sempre a 1 de Janeiro - «profundos», com um pendor filosófico inquestionável.
Fica este excerto do que disse, há 46 anos:
«Decorreu célere, como os que o precederam, o ano que acabou de sumir-se na voragem do tempo. Outro o substituiu, para uma vida igualmente efémera. Nesta mutação constante, afigura-se haver agora um fenómeno de visível incongruência, pois, quando tudo se processa a ritmo que se acelera constantemente, pareceria lógico que de tal circunstância resultasse um aparente alongamento no tempo e não precisamente o inverso. Se sempre o presente, mal o é, se torna logo em passado, nunca, como nos nossos dias, tão evidente verdade pareceu mais evidente.»
Nas últimas semanas de 2011, aproveitei o tempo para visitar feiras ou mercados de província; como se queira. Percorri cidades e vilas do Alto Alentejo e da Beira Baixa.
Falei com feirantes. A D. Ofélia, no Fundão, disse-me que a coisa está má: “Vende-se muito pouco, as pessoas já cortam na comida”, acentuou. Em Alpedrinha, a tia Odete, com a banca cheia de brócolos, couves, nabos, cenouras, cebolas, batatas e não sei que mais, também se lamentou da quebra de vendas. Mas, zangado, azedo, estava em Ponte de Sor o Sr. Ismael, homem de 70 anos, de semblante fechado e duro. Quando lhe perguntei pelo negócio, de mau humor e olhar furioso, gritou: “Estou farto de ser enganado, volte cá o Sr. Paulinho das Feiras que eu e os outros aqui do mercado, tratamos-lhe da saúde. Ele ou qualquer outro político, levam uma corrida em osso!”
À distância dos grandes centros, menos publicitadas é certo, também há manifestações de desagrado e contestação da gente do povo. São reacções individuais e ditas inorgânicas. Ainda assim, encontrei quem, em feiras e mercados, me tivesse lembrado da demagogia e dos “beijos de vampiro” das campanhas do Paulinho das Feiras. Um político hábil – reconheça-se – na fuga a mediatismos em momentos adversos das medidas de austeridade que, sob a prescrição da ‘troika’ e para além dela, Coelho é publica e quase solitariamente responsabilizado. Para mais, com excessivo protagonismo de um Relvas que já se tornou a figura nuclear de textos e programas de comédia.
De facto, e a despeito de ser ministro, é oportuno perguntar: “O que é feito do Paulinho das Feiras?”. Na altura de prestar contas e pedir novos votos, Paulo Portas, agora vedeta dos engalanados e sofisticados salões de ‘Negócios Estrangeiros’, saberá certamente trocar os diplomáticos uniformes por jeans, blusão ou casaco desportivo, camisa esgargalada e o indispensável boné de lavrador. Para o Coelho, ficarão as cenouras mais duras. Mas nunca tão árduas de mastigar como as medidas que, com o seu “Gasparzinho”, lançou sobre os que trabalham, os que já trabalharam anos a fio ou os que querem trabalhar e não encontram onde..(salvo em Angola, no Brasil ou algures longe de Portugal).
Eça dizia que Portugal era “um sítio”, ligeiramente diferente da Lapónia que nem sítio era.
O rei D. Carlos achava Portugal “uma piolheira”, “um país de bananas governado por sacanas”. Alexandre O’Neill referia-se-lhe como “três sílabas de plástico, que era mais barato”, “um país engravatado todo o ano / e a assoar-se na gravata por engano.” Um sítio, uma piolheira, três sílabas de plástico – a síntese perfeita do esplendor da pátria. “No sumapau seboso da terceira / contigo viajei, ó país por lavar / aturei-te o arroto, o pivete, a coceira / a conversa pancrácia e o jeito alvar” (O’Neill).
Arroto, pivete, coceira, conversa pancrácia, jeito alvar.
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