domingo, 1 de janeiro de 2012

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At 1 de janeiro de 2012 às 16:20, Anonymous JUM said...

Não é preciso ser bruxo nem astróloga de serviço do PSD para saber que o Álvaro regressará a Vancouver de onde, aliás, nunca deveria ter saído.
A única dúvida reside em saber se sai com um chuto ou se vai aproveitar um programa de apoio à emigração de professores dirigida pelo pequeno Rangel.

Também não é preciso ser bruxo para saber que em 2012 se registará mais um desvio colossal nas contas públicas que justificará mais um conjunto de medidas de reengenharia social que o Gaspar defende desde quando nem sequer imaginava que alguém perderia o juízo ao ponto de o convidar para ministro das Finanças.
O Mesmo incompetente que elaborou um OE 2012 sem cenários macroeconómicos vai aparecer como o salvador da pátria a propor o despedimento em massa de funcionários públicos.

Outra grande evidência deste ano é que Cavaco Silva continuará sossegadinho em Belém , não exigirá consensos alargados no parlamento, não enviará as normas inconstitucionais para o Tribunal Constitucional, continuará a viajar com o mordomo mais as muitas mordomias que alguém maldoso mandou publicar e comparar com as despesas do austero homem de Massamá.
Enfim, Cavaco Silva continuará a beneficiar do descanso merecido alguém que tanto labutou para ter este governo e um lugar ao sol em Belém.

António José Seguro continuará a ser o braço esquerdo do seu Amigo Passos Coelho e percebendo que não tem grande futuro à frente do seu partido vai tentar safar-se à custa do país, em 2012 o líder do PSD continuará a esquecer-se de fazer oposição na esperança de chegar a ministro de um governo de salvação nacional irá para ministro sem pasta enquanto que o seu líder parlamentar talvez ainda vá a tempo de andar no luxuoso Audi que mandou comprar.

 
At 1 de janeiro de 2012 às 16:22, Anonymous JUM said...

Paulo Portas continuará em parte incerta e invisível, principalmente nos momentos difíceis, será caso para que os seus colegas de governo digam que “quando a luta aquece o Paulo Portas desaparece”.
Enquanto o Lambretas continuará a distribuir caridade e a sentar duas criancinhas em cada cadeira nas creches dos pobres e a sua Assunção sugere que a bem da produção nacional se substituam os preparados alimentares para crianças tributados a 23% de Iva por sopas de cavalo cansado, o ministro dos negócios estrangeiros continuará a beber garrafinhas de champanhe nos palacetes da diplomacia.
Só é pena que nenhum ministro de Sócrates tenha mandado comprar um Jaguar, de preferência verde.

Se alguém pedisse à abelhinha astróloga uma adivinhação sobre Passos Coelho é mais do que certo de que a senhora diria de cima do seu proeminente nariz e fartas mamas sintéticas que o homem continuará primeiro-ministro.
Não tem valor científico da mesma forma que se alguém disser que o homem já não está em idade de ficar mais inteligente não andará longe da verdade.
Ainda assim o país poderá ser surpreendido com o regresso de Passos Coelho à gestão do dinheiro com cheiro a merda do tio Ângelo cedendo o lugar àquele rapaz com ar e sem abrigo que é ministro das Finanças e ambiciona imitar o Salazar endireitando o país em dois anos.
Gaspar tem uma única coisa em comum com Passos Coelho, ninguém dava nada por eles.

Por fim há uma imensidão de certezas, o João Duque continuará a dirigir grupos de trabalho inúteis, o Carrilho a falar mal do Sócrates, este a estudar filosofia, o CM a dedicar-lhe as primeiras páginas, O professor catedrático a tempo parcial 0% continuará a leccionar a turmas com 0 alunos e a duração de 0 minutos, o Marques Mendes continuará com a mesma altura do Rangel, o homem de Gaia continuará idiota como de costume, a Ferreira Leite a envelhecer a bom ritmo e o país a afundar-se alegremente mas sem grandes preocupações porque há um culpado e a cachorrada do PSD que se dá pelo nome de JSD continuará a exigir o julgamento do grande culpado.

 
At 1 de janeiro de 2012 às 16:24, Anonymous Anónimo said...

Só para chamar a atenção que 2012 vai ser o ano em que, se não formos para a rua defender os poucos direitos que ainda vão sobrevivendo à violência liberal, capitalista e mercantil deste governo e desta Europa, rapidamente nos veremos sem condições de vivermos uma vida em Liberdade num regime de quase escravatura em que o homem e a sua dignidade são desprezados.
Esta é a escolha que temos de fazer.

 
At 1 de janeiro de 2012 às 20:50, Anonymous Anónimo said...

Vamos acabar com mamões na nossa terra como Pintainhos ,Catalões , Sãos Figueiras ....Nabiças , Jordões e outros que tais !!! Basta !! Não á chulice !! Já me esquecia do gordo pseudo slave do presidente....... Querem viajar paguem !!! Querem mamar do nosso dinheiro ....jamais !!!

 
At 1 de janeiro de 2012 às 23:10, Anonymous Anónimo said...

Entrei numa espécie de alucinação, enquanto ouvia agora Cavaco só me vinha à memória a cara de Américo Tomás.
Não sei bem o que disse, pareceu-me que nada trouxe de novo e de relevante (defeito meu, certamente…), mas os comentadores já estão a explicar tudo.

Com a alucinação, veio a recordação dos hilariantes discursos que o velho almirante fazia sempre a 1 de Janeiro - «profundos», com um pendor filosófico inquestionável.
Fica este excerto do que disse, há 46 anos:

«Decorreu célere, como os que o precederam, o ano que acabou de sumir-se na voragem do tempo. Outro o substituiu, para uma vida igualmente efémera. Nesta mutação constante, afigura-se haver agora um fenómeno de visível incongruência, pois, quando tudo se processa a ritmo que se acelera constantemente, pareceria lógico que de tal circunstância resultasse um aparente alongamento no tempo e não precisamente o inverso. Se sempre o presente, mal o é, se torna logo em passado, nunca, como nos nossos dias, tão evidente verdade pareceu mais evidente.»

 
At 1 de janeiro de 2012 às 23:18, Anonymous Carlos Fonseca said...

Nas últimas semanas de 2011, aproveitei o tempo para visitar feiras ou mercados de província; como se queira. Percorri cidades e vilas do Alto Alentejo e da Beira Baixa.

Falei com feirantes. A D. Ofélia, no Fundão, disse-me que a coisa está má: “Vende-se muito pouco, as pessoas já cortam na comida”, acentuou. Em Alpedrinha, a tia Odete, com a banca cheia de brócolos, couves, nabos, cenouras, cebolas, batatas e não sei que mais, também se lamentou da quebra de vendas. Mas, zangado, azedo, estava em Ponte de Sor o Sr. Ismael, homem de 70 anos, de semblante fechado e duro. Quando lhe perguntei pelo negócio, de mau humor e olhar furioso, gritou: “Estou farto de ser enganado, volte cá o Sr. Paulinho das Feiras que eu e os outros aqui do mercado, tratamos-lhe da saúde. Ele ou qualquer outro político, levam uma corrida em osso!”

À distância dos grandes centros, menos publicitadas é certo, também há manifestações de desagrado e contestação da gente do povo. São reacções individuais e ditas inorgânicas. Ainda assim, encontrei quem, em feiras e mercados, me tivesse lembrado da demagogia e dos “beijos de vampiro” das campanhas do Paulinho das Feiras. Um político hábil – reconheça-se – na fuga a mediatismos em momentos adversos das medidas de austeridade que, sob a prescrição da ‘troika’ e para além dela, Coelho é publica e quase solitariamente responsabilizado. Para mais, com excessivo protagonismo de um Relvas que já se tornou a figura nuclear de textos e programas de comédia.

De facto, e a despeito de ser ministro, é oportuno perguntar: “O que é feito do Paulinho das Feiras?”. Na altura de prestar contas e pedir novos votos, Paulo Portas, agora vedeta dos engalanados e sofisticados salões de ‘Negócios Estrangeiros’, saberá certamente trocar os diplomáticos uniformes por jeans, blusão ou casaco desportivo, camisa esgargalada e o indispensável boné de lavrador. Para o Coelho, ficarão as cenouras mais duras. Mas nunca tão árduas de mastigar como as medidas que, com o seu “Gasparzinho”, lançou sobre os que trabalham, os que já trabalharam anos a fio ou os que querem trabalhar e não encontram onde..(salvo em Angola, no Brasil ou algures longe de Portugal).

 
At 3 de janeiro de 2012 às 15:26, Anonymous Anónimo said...

Eça dizia que Portugal era “um sítio”, ligeiramente diferente da Lapónia que nem sítio era.
O rei D. Carlos achava Portugal “uma piolheira”, “um país de bananas governado por sacanas”. Alexandre O’Neill referia-se-lhe como “três sílabas de plástico, que era mais barato”, “um país engravatado todo o ano / e a assoar-se na gravata por engano.” Um sítio, uma piolheira, três sílabas de plástico – a síntese perfeita do esplendor da pátria. “No sumapau seboso da terceira / contigo viajei, ó país por lavar / aturei-te o arroto, o pivete, a coceira / a conversa pancrácia e o jeito alvar” (O’Neill).
Arroto, pivete, coceira, conversa pancrácia, jeito alvar.

 

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