sábado, 14 de janeiro de 2012

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8 Comments:

At 15 de janeiro de 2012 às 12:51, Anonymous Anónimo said...

Carta aberta ao Senhor Primeiro Ministro

in dolargo25deabril

(…)
Senhor primeiro-ministro, vou poupá-lo a mais pormenores sobre a minha vida. Tenho a dizer-lhe o seguinte: faço hoje 42 anos. Sou doutoranda e investigadora da Universidade do Minho. Os meus pais, que deviam estar a reformar-se, depois de uma vida dedicada à investigação, ao ensino, ao crescimento deste país e das suas filhas e netos, os meus pais, que deviam estar a comprar uma casinha na praia para conhecerem algum descanso descontracção, continuam a trabalhar e estão a assegurar aos meus filhos aquilo que eu não posso. Material escolar. Roupa. Sapatos. Dinheiro de bolso. Lazeres. Actividades extra-escolares. Quanto a mim, tenho actualmente como ordenado fixo 405 euros X 7 meses por ano. Sim, leu bem, senhor primeiro-ministro. A universidade na qual lecciono há 16 anos conseguiu mais uma vez reduzir-me o ordenado. Todo o trabalho que arranjo é extra e a recibos verdes. Não sou independente, senhor primeiro ministro. Sempre que tenho extras tenho de contar com apoios familiares para que os meus filhos não fiquem sozinhos em casa. Tenho uma dívida de mais de cinco anos à Segurança Social que, por sua vez, deveria ter fornecido um dossier ao Tribunal de Família e Menores há mais de três a fim que os meus filhos possam receber a pensão de alimentos a que têm direito pois sou mãe solteira. Até hoje, não o fez.

Tenho a dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: nunca fui administradora de coisa nenhuma e o salário mais elevado que auferi até hoje não chegava aos mil euros. Isto foi ainda no tempo dos escudos, na altura em que eu enchia o depósito do meu renault clio com cinco contos e ia jantar fora e acampar todos os fins-de-semana. Talvez isso fosse viver acima das minhas possibilidades. Talvez as duas viagens que fiz a Cabo-Verde e ao Brasil e que paguei com o dinheiro que ganhei com o meu trabalho tivessem sido luxos. Talvez o carro de 12 anos que conduzo e que me custou 2 mil euros a pronto pagamento seja um excesso, mas sabe, senhor primeiro-ministro, por mais que faça e refaça as contas, e por mais que a gasolina teime em aumentar, continua a sair-me mais em conta andar neste carro do que de transportes públicos. Talvez a casa que comprei e que devo ao banco tenha sido uma inconsciência mas na altura saía mais barato do que arrendar uma, sabe, senhor primeiro-ministro. Mesmo assim nunca me passou pela cabeça emigrar…

(…)

Bom, esta carta que, estou praticamente certa, o senhor não irá ler já vai longa. Quero apenas dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: aos 42 anos já dei muito mais a este país do que o senhor. Já trabalhei mais, esforcei-me mais, lutei mais e não tenho qualquer dúvida de que sofri muito mais. Ganhei, claro, infinitamente menos. Para ser mais exacta o meu IRS do ano passado foi de 4 mil euros. Sim, leu bem, senhor primeiro-ministro. No ano passado ganhei 4 mil euros. Deve ser das minhas baixas qualificações. Da minha preguiça. Da minha incapacidade. Do meu excedentarismo. Portanto, é o seguinte, senhor primeiro-ministro: emigre você, senhor primeiro-ministro. E leve consigo os seus ministros. O da mota. O da fala lenta. O que veio do estrangeiro. E o resto da maralha. Leve-os, senhor primeiro-ministro, para longe. Olhe, leve-os para o Deserto do Sahara. Pode ser que os outros dois aprendam alguma coisa sobre acordos de pesca.

Com o mais elevado desprezo e desconsideração, desejo-lhe, ainda assim, feliz natal OU feliz ano novo à sua escolha, senhor primeiro-ministro.

(…)

Myriam Zaluar, 19/12/2011

 
At 15 de janeiro de 2012 às 23:32, Anonymous Carlos said...

Sabem se o Pinto também está em alguma destas lojas?

 
At 16 de janeiro de 2012 às 12:20, Anonymous Anónimo said...

O Pinto está na Loja, mais propriamente na Farmácia, para vender preservativos (camisas de vénus)ao pessoal para quando enrabarem o autor do comentário anterior, o gajo não empranhar.

 
At 16 de janeiro de 2012 às 13:11, Anonymous Anónimo said...

Está na Farmácia mas é a experimentar os preservativos na sua pu..zinha de estmação.

 
At 16 de janeiro de 2012 às 13:48, Anonymous Anónimo said...

O povo não foi em doces e insiste em perceber porque razão o professor catedrático a tempo parcial 0% passou de pentelhos para 50 mil dele.
Quem também andou entretido com pentelhos foi o senhor Costa do Banco de Portugal, inventou uns cortes de mordomias no BdP para evitar retirar aos seus funcionários o estatutos de diplomatas suíços residentes em Portugal.
A manobra não surtiu efeito, multiplicaram-se as vozes a exigir que o banco de Portugal não seja a ilha gaulesa num país a apertar o cinto, mas o homem já tinha mandado processar o subsídio de férias.
Agora espera que o assunto seja esquecido e está a estudar um corte nas pensões.
É mais do que evidente que quando as vozes indignadas se calarem o homem conclui que não deve cortar nos subsídios.
Quem deverá estar contente com o Senhor Silva é um outro Silva, o Cavaco, mandou cortar os subsídios mas como optou pela pensão do Banco de Portugal está livre de apertos.
O Gaspar também deverá estar grato, quando regressar ao banco livra-se das suas próprias decisões.
A verdadeira loucura Manuela Ferreira Leite decidiu dizer “presente”, foi falar de e defendeu que as pessoas com mais de 70 anos devem pagar as despesas com a hemodiálise.
Enfim, é caso para dizer que as senhoras com setenta ou mais anos deviam ter consultas e internamentos gratuitos em psiquiatria. No caso de Manuela Ferreira Leite além de gratuitos deveriam ser obrigatórios, pelo menos como condição para poder falar em estações de televisão em directo.

 
At 16 de janeiro de 2012 às 22:28, Anonymous Anónimo said...

A loja do pinto é outra. É uma loja de favorecimentos à alta roda do PS. Agora que a cor mudou para laranja é que vão ser elas. Vai tudo desabar nos tribunais.

 
At 17 de janeiro de 2012 às 20:07, Anonymous Anónimo said...

Ele vai safar-se quem se vai lixa saõ os patetas dos vereadores e dos funcionarios, enquanto ele se diverte com as meninas

 
At 17 de janeiro de 2012 às 21:04, Anonymous Anónimo said...

Cerca eléctrica
A nomeação de alguns elementos do núcleo duro do primeiro--ministro para o conselho geral da EDP não foi certamente uma opção de Passos Coelho. Pelo contrário, estas escolhas são a forma que os grupos económicos dominantes encontraram de o tentar condicionar. Ou cercar.

Só três razões poderiam explicar estas nomeações. A primeira seria a de que o primeiro-ministro pretendia influenciar a gestão da EDP através de pessoas de sua confiança. Não sendo hoje a EDP uma entidade pública, esta constituiria uma forma de dar continuidade à tradição de José Sócrates de intromissão no sector privado, a ponto de indicar nomes tão pouco recomendáveis como Rui Pedro Soares para a PT ou Armando Vara para o BCP. Não quero crer neste cenário.

A segunda hipótese seria a de que Passos Coelho queria proteger os seus amigos e teria metido umas "cunhas" aos accionistas da EDP, e em particular aos chineses. Hipótese também a descartar. Seria mau demais!

Resta então admitir que foram os accionistas que, de moto-próprio, decidiram convidar alguns dos principais apoiantes de Passos Coelho e de Portas para obterem influência num sector completamente regulamentado e dependente do estado. É aliás na capacidade de obtenção de favores do estado que se tem baseado a actividade dos accionistas portugueses de referência na EDP, como a família Mello ou o grupo Espírito Santo. Que contam agora com a cumplicidade dos membros do partido comunista chinês, também eles especialistas em promiscuidade entre estado e negócios.

Influenciar o poder será pois a missão que os chineses destinaram aos amigos de Passos Coelho e Paulo Portas, a troco de uns milhares. A Eduardo Catroga, coordenador do programa económico do PSD, a Paulo Teixeira Pinto, que liderou o projecto de revisão constitucional, passando por Celeste Cardona ou Rui Pena, com enorme ascendente junto de Portas.

Aceitando os convites, esta gente descredibiliza-se ao permitir que os coloquem na posição de traficantes da influência que têm sobre Passos Coelho e Portas. E – pior! – colocam estes na situação de políticos permeáveis à vontade dos accionistas da EDP.

Paulo Morais
in Correio da Manhã, 17 Janeiro 2012

 

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