A FARSA DO PARTIDO SOCIALISTA
O PS de Seguro assegura quê?, ao abster-se em tudo o que
exige posição clara e consentânea com o que o nome "socialista"
comporta e define.
Mas o PS de Seguro continua a ambiguidade moral (já nem
sequer se lhe impõe mais) a que habituou os portugueses.
Não há "neutra-
lidade" em nenhuma actividade humana - e muito menos em política.
Durante
a II Guerra Mundial, Salazar colocou em trânsito a aberração da
"neutralidade activa", mas a sua ideologia pendia para o lado nazi.
Um comportamento que não é carne, nem peixe, nem arenque vermelho e dissimula
as mais sórdidas patifarias.
A invocação da frase: "Somos um partido
responsável", de que Seguro é useiro e vezeiro, converteu-se numa farsa. E
surpreende a indiferença resignada manifestada pelos militantes do PS.
Desde a
sua ascensão ao poder, Seguro, devido a uma astúcia tão infantil como amolgada,
nada mais tem feito do que exercícios de "neutralidade."
O que diz,
as pequenas batalhas verbais em que se envolve são irrelevantes e representam,
afinal, compromissos presumidamente temporários, porém, na prática,
sustentáculos efectivos do Governo.
Não há "neutralidade" em nenhuma actividade
humana, escrevi.
Este absurdo teve uma tradução imoral na
"distanciação" jornalística. Os malefícios desta falácia afastaram leitores
e levaram ao nojo e à rejeição veemente os que sabem das regras da arte. O
jornalista, segundo esta tese, não devia "tomar partido": sem
indignação, sem protesto, massa inerte com olhos desprovidos de emoção. Um ser
"neutral", infenso ao que ocorria em seu redor; um gravador com o
maniqueísmo da tábua rasa. Os "ideólogos" desta proposta ignoravam a
história do nosso jornalismo, e tinham lido mal alguns teóricos
anglo-saxónicos.
Haja Deus e haja Freud!
O PS "distanciou-se" tanto da realidade portuguesa,
através da "neutralidade" inscrita numa estratégia ditada pelas
circunstâncias, que abriu a porta a todas as indignidades.
A menor relação, o
mais vago discurso alimentam as maiores suspeições.
Ser "neutral" em
assuntos tão importantes como (por exemplo) o Código do Trabalho, ou o apoio ao
"acordo" de concertação social, é uma aquiescência vil.
Mas a lista
de ignomínias é imensa, e contribui para o descrédito não apenas daquele
partido como da própria ideia de socialismo.
O projecto de Seguro é de tal forma pífio e inconsistente
que foi preciso Pedro Silva Pereira, braço direito de José Sócrates, defender,
na Assembleia da República, a honra do convento.
O seu discurso estabeleceu o
facto político do dia, como assinalou, na SIC Notícias, o jornalista Filipe
Santos Costa, cuja perspicácia nada tem a ver com a baça rotina dos habituais
comentadores do óbvio.
Ele é um dos dois ou três que não agridem a inteligência
de quem os ouve e restituem-nos o gosto da palavra dita.
B.B.
Etiquetas: Onde Isto Chegou, Partido Socialista
3 Comments:
És gay.
És um vendido ao PCP,tem vergonha
Os cromos dos xuxalistas ficaram muito incomodados com estas verdades?
Pobres jumentos que são liderados por vigaristas e ladrões.
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