POBRE PÁTRIA A NOSSA... ENTREGUE A TAL GENTE [ parte II ]
Por indiscrição (obviamente deliberada) do presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, durante a cerimónia de inauguração do museu da maçonaria, ficámos a saber publicamente que todos os anteriores presidentes socialistas da AR até agora eram da maçonaria.
Sabe-se, aliás, que o mesmo sucedia com alguns dos presidentes oriundos do PSD.
O mais importante, porém, foi a declaração (obviamente tão intencional como a anterior) de que deveria haver «revelação de vinculações» (incluindo, subentende-se, a pertença à maçonaria) por parte dos titulares de «cargos de responsabilidade».
Eis uma questão digna de toda a atenção.
Parece evidente que, tão importantes como as "declarações de interesses" a que os titulares de cargos públicos estão sujeitos, são as vinculações associativas que implicam um alto grau de compromisso pessoal e de solidariedade "fraternitária", como é o caso da maçonaria (mas não só, como bem se sabe).
Há países onde é obrigatória a revelação dessas vinculações no exerício de certos cargos públicos, como dever jurídico, ou pelo menos como dever deontológico.
Não será isso preferível à suspeição que por vezes se cria sobre certas cumplicidades insinuadas, quer no campo da política quer na área da justiça, por exemplo?
Quem ousará colocar esta questão na agenda da discussão política? Ou permanecerá ela um tabu, mesmo depois da inédita declaração do presidente da Assembleia da República?
Vital Moreira
12 Comments:
Maçonaria ou Opus Dei é tudo a mesma merda, as moscas é que mudam.
"deveria haver «revelação de vinculações» (incluindo, subentende-se, a pertença à maçonaria) por parte dos titulares de «cargos de responsabilidade»."
Isto é que está em causa.
Sras e Srs Maçons "saiam do armário" de uma vez por todas.
eureka!
Sobre os tentáculos discretos, ou nem tanto, da maçonaria Vital Moreira descobriu finalmente a pólvora.
Já não era sem tempo.
A Igreja e a Maçonaria
Ao longo do dia de hoje tenho lido muito disparate sobre a maçonaria, sobretudo algumas comparações menos felizes com algumas facetas de algumas religiões. Importa rever o historial da maçonaria. A maçonaria é uma sociedade mais ou menos secreta que mergulha as raízes nas corporações medievais dos canteiros (em ingl., masons; em fr., maçons, de onde o nome). Nos sécs. XVI-XVII, com o ocaso das grandes construções góticas de pedra, estas corporações passaram a admitir membros honorários (nas chamadas “lojas”), mantendo os antigos ritos iniciáticos e a guarda dos segredos profissionais. Nos sécs. XVIII-XIX, por iniciativa do pastor protestante J. Anderson, as 4 lojas de Londres, influenciadas pelo gosto dos clubes académicos e recreativos, imprimiram-lhes um novo rumo, de instituição altruísta e ideológica, visando a construção dum mundo em honra do “Grande Arquitecto do Universo”. O movimento alastrou rapidamente à Europa continental e às Américas, e foi aproveitado pelos cultores dos novos ideais que eclodiram na Revolução Francesa, para as impor à sociedade contemporânea, ideais contrários aos regimes político e religioso vigentes (Monarquia, Catolicismo). Da tradicional “Maçonaria regular” (em geral respeitadora das religiões e até recusando ateus), passou a destacar-se esta “Maçonaria irregular”, laicista, ateísta e anticlerical. Em Portugal há notícias de lojas maçónicas desde 1733, por importação da Inglaterra, sobretudo nos meios militares. As invasões francesas trouxeram ao País a Maçonaria irregular, de grande violência contra a Igreja e com intervenções nefastas na vida pública. A ela pertenceram figuras gradas (Duque de Saldanha, Duque de Loulé, Elias Garcia, Bernardino Machado, António José de Almeida...). O Estado Novo pô-la fora da lei (21.5.1935) mas encontra-se de novo autorizada desde 1974. E qual tem sido a atitude da Igreja relativamente à maçonaria? Clemente XII (1738) condenou repetidamente a Maçonaria irregular e Leão XIII incluiu-a (1884) entre os mais activos agentes das heresias condenadas por seu antecessor Pio IX, no Syllabus (1864). Assim se explicam as graves penas canónicas com que a cominava o Código de Direito Canónico de 1917 (684, 2335-2336). Hoje, porém, com a quebra da virulência e da influência desta Maçonaria, perseguida pelos regimes totalitários do séc. XX (entre os quais regimes fascistas e comunistas), a Igreja atenuou a sua condenação, e o novo CDC (1974) não se refere a ela, apenas estabelecendo que seja punido com penas justas quem der o nome a uma associação que maquina contra a Igreja, e com interdição quem a promover e dirigir.
um erro deliberado fez-vos saltar...
sejam perspicazes: GPRL::: não viu os telejornais? não conhece pessoalmente o Presidente da Assembleia?
Tirem conclusões inteligentes!
Foi fácil entender a orientação do blog...mais uma vez...
Sim, também conheço o «Zé da Ponte». Aliás já foi meu íntimo, fora do país. Ajudei-o e é bom tipo, mas está a ser levado pela arraia política e por uma antiga mágoa que o cega.
LIBERDADE. IGUALDADE.FRATERNIDADE.
VALETE FRATES!
Coitados destes aprendizes de "pedreiros livres"!!!
O título diz tudo "Pobre Pátria a Nossa... Entregue a Tal Gente"
Os tentáculos da maçonaria em Portugal são bem reais...
Porque será que ficaram assim?
acorda em consciência para a face do mundo.
O anónimo pede para os maçons sairem do armário... Mas por que é que não sai ele primeiro. Vá, dê o exemplo e mostre a cara.
O VERDADEIRO PODER ESTÁ OCULTO.
VALETE FRATES!
O «Correio da Manhã», de ontem, informa que o padre João Parente, da freguesia de Parada de Cunhos, terá agredido dois jovens da aldeia de Granja, que frequentavam a catequese para a Profissão de Fé, uma cerimónia que facilita o percurso dos difíceis caminhos do Paraíso.
As agressões ocorreram dentro do estabelecimento - a Igreja Matriz de Parada de Cunhos, na diocese de Vila Real.
O pontapé e as piedosas chapadas que sua reverência distribuiu pelos miúdos não foram do agrado dos pais que preferem arriscar a salvação da alma a verem agredidos os seus filhos.
Assim, o ministro de Deus abandonou a paróquia deixando-a sem missa, sem profissão de fé e sem outras cerimónias litúrgicas que exijam um padre encartado.
Por enquanto, Deus está sem agente na aldeia da Granja.
«O Estado nada tem com o que cada um pensa acerca da religião. O Estado não pode ofender a liberdade de cada qual, violentando-o a pensar desta ou daquela maneira em matéria religiosa.»
Afonso Costa
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