Bastou que uma eventual candidatura presidencial de Soares se tornasse numa realidade provável para que muita gente desse largas ao disparate; ou não estavam à espera, o que abona a favor da sua inteligência, ou estavam a contar com o “ovo no cu da galinha” e não conseguem esconder o nervosismo.
Marcelo Rebelo de Sousa deu o monte no seu programa na televisão pública ao dizer com o ar mais sério deste mundo que o próximo PR devia ser versado em política económica, pouco faltando dizer que o titular do cargo deveria abandonar o Palácio de Belém e ocupar um das alas do tal hotel de charme que Santana Lopes prometeu para o Terreiro do Paço. Marcelo esqueceu que foram governos de Soares que salvaram o país e da bancarrota e que da última vez que Portugal foi de alpargatas pedir para a porta do FMI a responsabilidade foi de um tala Aníbal que era ministro das Finanças e decidiu proceder a uma estuporada revalorização do escudo, apelando aos tiques salazaristas de algum eleitorado que tanto o aprecia.
Pacheco Pereira nunca escondeu o seu apoio a uma candidatura de Manuel Alegre, seriam umas eleições mais disputadas ideologicamente mas garantia ao PSD a recuperação do eleitorado do centro; agora está enraivecido.
Manuela Ferreira Leite que se especializou em aldrabar as contas públicas e ganhou balanço para aldrabar a história, e diz-nos que Soares está desactualizado do país lembrando que os problemas não são os mesmos de há 10 ou 20 anos; Ferreira Leite esquece que cavaco abandonou a vida política activa ainda antes de Soares deixar Belém e que enquanto cavaco dedicou o seu tempo à intriga política Soares ainda teve tempo para cumprir um mandato como deputado no Parlamento Europeu. E como Ferreira Leite acha que somos parvos de um todo ainda tem lata suficiente para dizer que Cavaco é um candidato independente enquanto Soares é um candidato do PS.
Mas como os disparates eram poucos para um único dia vem o Pacheco Pereira dizer-nos que «Soares será o candidato da instabilidade e Cavaco da estabilidade»; Pacheco esquece que foi Cavaco que pôs Santana Lopes a dançar com aquela saída da “má moeda”, e todos sabemos que mais do que com o país Cavaco Silva estava preocupado com os prejuízos que Santana poderia trazer à sua caminhada triunfante para o Palácio de Belém.
Tenham calma, bebam uma alka-seltzer e pensem antes de dizerem mais disparates.
Chama o Alberto às candidaturas de Cavaco e Soares:
«Alberto João Jardim chorou. Emocionado, dirigiu, qual maestro, "O Coro dos Escravos" da Ópera "Nabuco" (em que os escravos hebreus lamentam o seu cativeiro) e pediu aos milhares de pessoas que subiram ao Chão da Lagoa para "darem as mãos" e acompanharem-no num "Viva à liberdade ao povo madeirense" e "à liberdade da Madeira". O discurso foi o da praxe. O mesmo de sempre e sem grandes polémicas. Nem Marques Mendes foi visado. Jardim pesou e repetiu-se nas palavras, centrando-as no tema presidenciais e nas relações com a Assembleia da República (AR).»
«Entre as 10.45 e as 13.00 horas, antes das intervenções políticas, Alberto João Jardim bebeu ontem 31 copos, um por cada ano de existência do PSD na Madeira. Exclusivamente de bebidas alcoólicas. Esteve, como viria a acontecer no discurso, muito mais moderado do que nos anos anteriores, ao passar abstémio em duas dezenas das 60 tasquinhas, com poucas farpas pelo meio.»
Com a brincadeira das presidenciais, o PS vai ser o responsável político por, pela primeira vez na História do Portugal Democrático, "oferecer" ao povo um Presidente de direita. Soares e Sampaio agiram com atitudes de direita, mas são oriundos de uma formação de esquerda. E agora: Cavaco? Freitas? Soares outra vez? Manuel Alegre só será eleito se a vontade democrática se aliar a um contexto revolucionário na política e na sopciedade. O que não me parece... A ver vamos.
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Bastou que uma eventual candidatura presidencial de Soares se tornasse numa realidade provável para que muita gente desse largas ao disparate; ou não estavam à espera, o que abona a favor da sua inteligência, ou estavam a contar com o “ovo no cu da galinha” e não conseguem esconder o nervosismo.
Marcelo Rebelo de Sousa deu o monte no seu programa na televisão pública ao dizer com o ar mais sério deste mundo que o próximo PR devia ser versado em política económica, pouco faltando dizer que o titular do cargo deveria abandonar o Palácio de Belém e ocupar um das alas do tal hotel de charme que Santana Lopes prometeu para o Terreiro do Paço. Marcelo esqueceu que foram governos de Soares que salvaram o país e da bancarrota e que da última vez que Portugal foi de alpargatas pedir para a porta do FMI a responsabilidade foi de um tala Aníbal que era ministro das Finanças e decidiu proceder a uma estuporada revalorização do escudo, apelando aos tiques salazaristas de algum eleitorado que tanto o aprecia.
Pacheco Pereira nunca escondeu o seu apoio a uma candidatura de Manuel Alegre, seriam umas eleições mais disputadas ideologicamente mas garantia ao PSD a recuperação do eleitorado do centro; agora está enraivecido.
Manuela Ferreira Leite que se especializou em aldrabar as contas públicas e ganhou balanço para aldrabar a história, e diz-nos que Soares está desactualizado do país lembrando que os problemas não são os mesmos de há 10 ou 20 anos; Ferreira Leite esquece que cavaco abandonou a vida política activa ainda antes de Soares deixar Belém e que enquanto cavaco dedicou o seu tempo à intriga política Soares ainda teve tempo para cumprir um mandato como deputado no Parlamento Europeu. E como Ferreira Leite acha que somos parvos de um todo ainda tem lata suficiente para dizer que Cavaco é um candidato independente enquanto Soares é um candidato do PS.
Mas como os disparates eram poucos para um único dia vem o Pacheco Pereira dizer-nos que «Soares será o candidato da instabilidade e Cavaco da estabilidade»; Pacheco esquece que foi Cavaco que pôs Santana Lopes a dançar com aquela saída da “má moeda”, e todos sabemos que mais do que com o país Cavaco Silva estava preocupado com os prejuízos que Santana poderia trazer à sua caminhada triunfante para o Palácio de Belém.
Tenham calma, bebam uma alka-seltzer e pensem antes de dizerem mais disparates.
EMBUSTE
Chama o Alberto às candidaturas de Cavaco e Soares:
«Alberto João Jardim chorou. Emocionado, dirigiu, qual maestro, "O Coro dos Escravos" da Ópera "Nabuco" (em que os escravos hebreus lamentam o seu cativeiro) e pediu aos milhares de pessoas que subiram ao Chão da Lagoa para "darem as mãos" e acompanharem-no num "Viva à liberdade ao povo madeirense" e "à liberdade da Madeira". O discurso foi o da praxe. O mesmo de sempre e sem grandes polémicas. Nem Marques Mendes foi visado. Jardim pesou e repetiu-se nas palavras, centrando-as no tema presidenciais e nas relações com a Assembleia da República (AR).»
DN
BEBEDEIRA
31, foram os copos que Alberto bebeu:
«Entre as 10.45 e as 13.00 horas, antes das intervenções políticas, Alberto João Jardim bebeu ontem 31 copos, um por cada ano de existência do PSD na Madeira. Exclusivamente de bebidas alcoólicas. Esteve, como viria a acontecer no discurso, muito mais moderado do que nos anos anteriores, ao passar abstémio em duas dezenas das 60 tasquinhas, com poucas farpas pelo meio.»
Público
Com a brincadeira das presidenciais, o PS vai ser o responsável político por, pela primeira vez na História do Portugal Democrático, "oferecer" ao povo um Presidente de direita. Soares e Sampaio agiram com atitudes de direita, mas são oriundos de uma formação de esquerda. E agora: Cavaco? Freitas?
Soares outra vez?
Manuel Alegre só será eleito se a vontade democrática se aliar a um contexto revolucionário na política e na sopciedade. O que não me parece... A ver vamos.
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