Apertem o cinto que é para o nosso presidente da câmara e outros como ele continuarem a viajar todos os meses à nossa conta. A vida está mal mas é só para alguns...
... tudo muito linear. Por estes dias uma série de gente respeitável queima pestanas a explicar - com a maior das boas vontades - a inevitabilidade da saída de Campos e Cunha do Governo quando não a sua inicial inadequabilidade ao cargo (não é político, dizem agora). É pois, à posteriori, tudo óbvio, tudo cristalino, tudo evidente.
Recuemos agora até segunda-feira. Imaginemos - por instantes - que a manchete do DN desse dia não era sobre a putativa falta de solidariedade de Freitas manifestada na sua onanista entrevista, mas sim sobre as declarações deste sobre a comparabilidade da corrupção em Portugal e Angola.
Se tivesse sido ainda acham que quem tinha saído era Campos e Cunha ? Acham mesmo ?
Uma boa parte dos problemas deste país também deriva de muito boa gente - nomeadamente na Imprensa - não saber - ou não querer - distinguir o essencial do acessório, o folclórico do importante. Dá-se primazia à intriga barata, à novela de salão, ao momentâneo e efémero, em detrimento do tema sério e duro, num estilo introduzido em tempos pelo Prof. Marcelo e aperfeiçoado por Manuela Moura Guedes, e depois as coisas dão nisto.
Campos e Cunha não caiu nem foi deixado cair por causa da escolha da manchete do DN da passada segunda feira mas, tivesse sido ela outra, ainda seria ministro. Deveria dar que pensar
O antigo comissário europeu da Justiça e Assuntos Internos, António Vitorino, valoriza o concurso das energias eólicas, em detrimento dos projectos do aeroporto da Ota e do TGV, considerando-o mais interessantes para o crescimento do país.
«Não é manifestamente a Ota e o TGV que vão criar no prazo de três anos a dinâmica de crescimento necessária», disse Vitorino, que falava esta quinta-feira num almoço conferência organizado pela Câmara de Comércio Luso-Alemã. Escusando-se a tecer maios comentários sobre esta matéria, Vitorino frisou ainda a necessidade de, no plano económico, se transmitir confiança aos investidores privados.
in Diário Digital
a luta no seio do PS está longe de estar resolvida. Ou Sócrates cede ao aparelho e a Coelho, ou perde o Poder e o Governo pode cair já em Novembro.
No PS já se fala em substituir Sócrates por Vitorino por altura do próximo Orçamento do Estado, numa espécie de limpeza dos moderados. Mas, do lado de José Sócrates é a disponibilidade de enfrentar os opositores. Freitas do Amaral é, com Sócrates, o "ticket" que o Governo quer vencedor contra o Aparelho, que aposta em Mário Soares ou em Manuel Alegre e ameaça com o boicote ao primeiro-ministro, depois da derrota socialista nas autárquicas. No primeiro "round" quem perdeu foi mesmo o primeiro-ministro que já teve que sacrificar o seu ministro das Finanças.
Teixeira dos Santos, um honesto e prudente economista, substituiu, ontem, Campos e Cunha, levando consigo para o Governo um excelente técnico, como secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, Carlos Pina. Os homens de Sousa Franco voltam às Finanças.
6 Comments:
E depois não venha dizer que não foram avisados.
Prendam essa gente, antes que acabem de vez com o nosso país.
Isto são todos afilhados do Guterres.
Apertem o cinto que é para o nosso presidente da câmara e outros como ele continuarem a viajar todos os meses à nossa conta. A vida está mal mas é só para alguns...
... tudo muito linear. Por estes dias uma série de gente respeitável queima pestanas a explicar - com a maior das boas vontades - a inevitabilidade da saída de Campos e Cunha do Governo quando não a sua inicial inadequabilidade ao cargo (não é político, dizem agora). É pois, à posteriori, tudo óbvio, tudo cristalino, tudo evidente.
Recuemos agora até segunda-feira. Imaginemos - por instantes - que a manchete do DN desse dia não era sobre a putativa falta de solidariedade de Freitas manifestada na sua onanista entrevista, mas sim sobre as declarações deste sobre a comparabilidade da corrupção em Portugal e Angola.
Se tivesse sido ainda acham que quem tinha saído era Campos e Cunha ? Acham mesmo ?
Uma boa parte dos problemas deste país também deriva de muito boa gente - nomeadamente na Imprensa - não saber - ou não querer - distinguir o essencial do acessório, o folclórico do importante. Dá-se primazia à intriga barata, à novela de salão, ao momentâneo e efémero, em detrimento do tema sério e duro, num estilo introduzido em tempos pelo Prof. Marcelo e aperfeiçoado por Manuela Moura Guedes, e depois as coisas dão nisto.
Campos e Cunha não caiu nem foi deixado cair por causa da escolha da manchete do DN da passada segunda feira mas, tivesse sido ela outra, ainda seria ministro. Deveria dar que pensar
Vitorino desvaloriza Ota e TGV
O antigo comissário europeu da Justiça e Assuntos Internos, António Vitorino, valoriza o concurso das energias eólicas, em detrimento dos projectos do aeroporto da Ota e do TGV, considerando-o mais interessantes para o crescimento do país.
«Não é manifestamente a Ota e o TGV que vão criar no prazo de três anos a dinâmica de crescimento necessária», disse Vitorino, que falava esta quinta-feira num almoço conferência organizado pela Câmara de Comércio Luso-Alemã. Escusando-se a tecer maios comentários sobre esta matéria, Vitorino frisou ainda a necessidade de, no plano económico, se transmitir confiança aos investidores privados.
in Diário Digital
a luta no seio do PS está longe de estar resolvida. Ou Sócrates cede ao aparelho e a Coelho, ou perde o Poder e o Governo pode cair já em Novembro.
No PS já se fala em substituir Sócrates por Vitorino por altura do próximo Orçamento do Estado, numa espécie de limpeza dos moderados. Mas, do lado de José Sócrates é a disponibilidade de enfrentar os opositores. Freitas do Amaral é, com Sócrates, o "ticket" que o Governo quer vencedor contra o Aparelho, que aposta em Mário Soares ou em Manuel Alegre e ameaça com o boicote ao primeiro-ministro, depois da derrota socialista nas autárquicas. No primeiro "round" quem perdeu foi mesmo o primeiro-ministro que já teve que sacrificar o seu ministro das Finanças.
Teixeira dos Santos, um honesto e prudente economista, substituiu, ontem, Campos e Cunha, levando consigo para o Governo um excelente técnico, como secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, Carlos Pina. Os homens de Sousa Franco voltam às Finanças.
in Semanário
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