FESTIVAL DE TEATRO CLÁSSICO DE MÉRIDA [ parte II ]
A soprano portuguesa Elisabete Matos subirá ao palco do Teatro Romano de Mérida nos próximos dias 7 e 9 de Julho, às 23 horas, para interpretar a figura de Norma, na estreia absoluta da versão de Gustavo Tambascio da ópera homónima de Vincenzo Bellini, no âmbito do 51º Festival de Teatro Clássico de Mérida [FTCM].
O espectáculo, co-produzido pelo FTCM e Veranos de la Villa, de Madrid, contará ainda com as interpretações de Rubens Pellizari, no papel de Pollione, Maria Rodriguez, na figura de Adalgisa, e Carlos Esquivel, como Oroveso, entre outros, acompanhados pela Orquestra e Coro da Ópera de Dniepopetrovsk, da Ucrânia.
Apresentada originalmente no Scala de Milão, em 1831, esta ópera em dois actos com libreto de Felice Romani, foi um enorme êxito para Bellini, então com 30 anos, e antecedeu em quatro anos a morte do seu autor. Em Espanha, estreou pela primeira vez no Teatro do Príncipe, de Madrid, em 1833.
A obra situa-se no ambiente dos druidas no tempo da conquista da Gália pelo Império Romano e retrata o conflito entre o sagrado e o profano, simbolizados, respectivamente, pelas figuras da sacerdotisa gaulesa Norma e pelo oficial romano Pollione. Os dois envolvem-se sentimentalmente, contra a vontade do pai de Norma, que encara os romanos como inimigos. Norma, contudo, defende a sua posição, alegando que os romanos cairão devido aos seus vícios e não sob o peso das espadas gaulesas.
Elisabete Matos, soprano, é a mais internacional cantora lírica portuguesa.
Bolseira da Gulbenkian, estreou-se em Hamburgo, na Alemanha, e desde então tem actuado nos mais importantes palcos mundiais.
Foi dirigida por alguns dos mais célebres maestros, como Zubin Metha e Daniel Barenboim, e cantou ao lado de Plácido Domingo e José Carreras.
Gravou um disco premiado com um Grammy, em 2000.
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