ROUBOU, MAS FEZ OBRA!
O estado calamitoso a que chegou a classe politica portuguesa tornou-a, aos olhos do comum cidadão, numa das mais desprestigiantes classes existentes no país. Actualmente palavras como “bandido” e “mentiroso” ou frases do estilo “querem todos o mesmo” ou “só nos sabem ir ao bolso” são léxico obrigatório na resposta à pergunta: “O que pensa dos políticos portugueses?”. Isto apesar de o eleitor também saber reconhecer que existe uma minoria de políticos que é competente, honesta e trabalhadora.
Alguma da maioria dos políticos apresenta obra que, boa ou má, lá está, para se poder criticar positiva ou negativamente. Quando assim é e, se na companhia da obra feita surgem descaradas justificações referentes à origem nebulosa de contas bancárias, a frase utilizada por muitos cidadãos também é recorrente: “Roubou, mas fez obra!”.
Essa expressão, utilizada de forma insistente por muito boa gente, revela o estado moral a que o país chegou, onde já se aceita por banalidade os políticos roubarem. Representa a ideia preconcebida de que todos roubam mas, se pelo menos fizerem qualquer coisinha pelo povo, já não é mau! Sempre são melhores que a restante maioria.
Mas fazer obra não é mais do que a simples obrigação de um político eleito. É para isso que lhes pagamos, através dos nossos impostos fruto do nosso trabalho, essa sim, sem dúvida uma obra difícil e nem sempre elogiada quando bem feita.
Ninguém é obrigado a ser político. Quem escolhe esse caminho escolhe servir a causa pública, não a sua causa pessoal, dos seus amigos, ou da sua família. O político eleito recebe um ordenado do povo para fazer o que prometeu de livre vontade. Não faz mais do que o seu dever.
Por culpa dos mais variados factores mas, também por culpa de políticos que fogem do país à justiça, por culpa de políticos que sobre os quais recaem fortes suspeitas e mesmo acusações de corrupção e ou branqueamento de capitais, mas por culpa também de todos aqueles que utilizam a expressão “roubou, mas fez obra!” e, que com ela desculpam e reabilitam esses mesmos políticos, é que existe uma crónica incapacidade de resolver os problemas estruturais do pais. No fim essa falha acaba por ser paga, sempre pelos mesmos, numa factura mal disfarçada, passada na forma de mais impostos, que aumentam na proporção directa da incompetência e laxismo de quem governa.
Francisco Oliveira
Alguma da maioria dos políticos apresenta obra que, boa ou má, lá está, para se poder criticar positiva ou negativamente. Quando assim é e, se na companhia da obra feita surgem descaradas justificações referentes à origem nebulosa de contas bancárias, a frase utilizada por muitos cidadãos também é recorrente: “Roubou, mas fez obra!”.
Essa expressão, utilizada de forma insistente por muito boa gente, revela o estado moral a que o país chegou, onde já se aceita por banalidade os políticos roubarem. Representa a ideia preconcebida de que todos roubam mas, se pelo menos fizerem qualquer coisinha pelo povo, já não é mau! Sempre são melhores que a restante maioria.
Mas fazer obra não é mais do que a simples obrigação de um político eleito. É para isso que lhes pagamos, através dos nossos impostos fruto do nosso trabalho, essa sim, sem dúvida uma obra difícil e nem sempre elogiada quando bem feita.
Ninguém é obrigado a ser político. Quem escolhe esse caminho escolhe servir a causa pública, não a sua causa pessoal, dos seus amigos, ou da sua família. O político eleito recebe um ordenado do povo para fazer o que prometeu de livre vontade. Não faz mais do que o seu dever.
Por culpa dos mais variados factores mas, também por culpa de políticos que fogem do país à justiça, por culpa de políticos que sobre os quais recaem fortes suspeitas e mesmo acusações de corrupção e ou branqueamento de capitais, mas por culpa também de todos aqueles que utilizam a expressão “roubou, mas fez obra!” e, que com ela desculpam e reabilitam esses mesmos políticos, é que existe uma crónica incapacidade de resolver os problemas estruturais do pais. No fim essa falha acaba por ser paga, sempre pelos mesmos, numa factura mal disfarçada, passada na forma de mais impostos, que aumentam na proporção directa da incompetência e laxismo de quem governa.
Francisco Oliveira
3 Comments:
Ser honesto também é uma das "premisas" (ou deveria ser) de quem é eleito.
Mas chegou-se ao cúmulo de votar nos autarcas que nos parecem "menos desonestos".
Já não se vota em ideias?
Por mim, já pensei e já decidi: voto em Isidro Rosa que apresenta ideias concretas pelo concelho.
Caro Sr. Francisco Oliveira:
Uma excelente reflexão para ser lida por um largo sector do eleitorado municipal e nacional.
Sabe senhor Francisco, esta sua observação está de facto muito bem apanhada.
É do conhecimento público a história de um político Brasileiro, numas eleições bem recentes, onde afirmava a frase magnífica: "Eu Roubo! Mas faço!"
Ora, de certo modo esta malta cá da nossa terra (já sem falar nos milhares em Portugal inteiro!) que assim pensa, escondendo-se na ignorancia com frases como essa de que Taveira Pinto "Roubou, mas fez Obra"... simplesmente demonstram uma falta de conhecimento acerca das instituições que regulam em Portugal o funcionamento da lei, pois como é sabido, pelo menos no nosso País quando alguém ROUBA, e nessa sequência cometeu um crime, seja quem fôr, tem de pagar por tal crime.
Não pode haver perdão para com pessoas que se aproveitam de determinada posição para utilizar de forma irracional os dinheiros públicos -> de todos nós!
Logo, penso mesmo que os Pontessorenses devem ser alertados e esclarecidos sobre o modo como a nossa justiça funciona!... a justiça do Povo!!!
Se FEZ OBRA... ainda bem pois foi para isso que os Pontessorenses noutras alturas votaram nele.
É obrigação de todo o Autarca eleito, que deixe obra feita. Não fez nada mais do que deveria!!!
Se ROUBOU... bem o caso aí muda de figura pois, todos sabemos os que nos acontece se roubar-mos o estado isto é TODOS NÓS!!! Simplesmente se não formos parar à cadeia (dependendo da gravidade!) pelo menos não nos safamos da coima e da triste figuraça. E é aqui que entra de novo a idéia que o Francisco aqui mostrou de forma tão evidente: que a nossa justiça está mesmo por baixo!
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