terça-feira, 11 de outubro de 2005

OPINIÃO

Dilema do Prisioneiro

- Princípio da teoria dos jogos, de John Nash

Imagine que você e uma outra pessoa cometeram dois crimes, um pequeno e um grande. Vocês estão na cadeia. A polícia prendeu-os pelo pequeno crime e suspeitam pelo segundo, e de repente o polícia pede-vos para testemunharem sobre o crime grande. Sem que, para o efeito, exista algum contrato entre vocês no interior da cadeia.

O Dilema é saber se você entrega o seu companheiro? Uma vez que não será lógico que se entregue a si próprio.. Salvo por altruísmo.

Se vc entrega a outra pessoa e ela não o denuncia a si, vc sai da prisão e ela fica 20 anos. Se ela o entregar a si e você nada fizer, é você que fica esses 20 anos na prisão e o outro preso sai em liberdade. Se ninguém se entregar cada um fica 1 ano cada, pagando pelo pequeno crime, e se os dois se entregarem, cada um fica 8 anos.

O que é que você faria? O que acha que deveria ser feito?


obs: olhando para esta estrutura matemática - até parece um diálogo entre o PM Sócrates e o povo português. Ou cooperamos com o nosso comparsa, mantendo-nos em silêncio; ou desertamos, fazendo uma confissão, apesar do outro também poder fazer essa confissão para nos entalar a nós (povo).


• Aqui vemos o povo e o Primeiro-Ministro. A ordem é arbitrária. Pois como sabemos é usual o povo servir de tapete aos titulares de cargos políticos - para depois lhes cortarem a cabeça. Por seu turno, os PM fazem do povo seres inertes para melhor governarem. Por isso, a consideração é recíproca. O momento do assassinato político é que é diferente, ou melhor, difere no tempo. Por exemplo, neste momento o povo está a preparar-se para dar cabo de vez do velhinho Soares - que, como dissemos, já está senil há uma década. E, ao mesmo tempo, erguer Cavaco em ombros - depois de o ter postergado em 1996 - quando esse mesmo povo elegeu o omisso Sampaio - que parece que é, ou tem sido, o Presidente da República Portuguesa. Será que foi? É que muita gente hoje ainda afirma que ele é vereador da C.M. de Lisboa. E alguns asseveram que é o edil da capital. Para mim nunca foi uma coisa nem outra.

Se o PM desertar - como fez Guterres - o povo é enforcado vivo, e Sócrates deserta, ié, é solto e pode ir para a Europa - como o Durão - ou fazer como o Guterres e zarpar para o ACNUR e tratar dos refugiados no âmbito da ONU.

Se o povo e o PM - ambos confessarem os crimes de forma obstinadamente realista, confessam e são ambos condenados a passar 10 anos na pildra.


Pedro Manuel

9 Comments:

At 11 de outubro de 2005 às 13:50, Anonymous Anónimo said...

Segundo o Jornal de Notícias, José Sócrates foi assistir ao jogo da selecção portuguesa, contra o Liechtenstein, fazendo-se transportar até Aveiro...de Falcon! O jornal esclarece, à guisa de explicação oficial, que o avião privativo dos altos membros do Estado português, precisava de cumprir horas de voo...

O nosso bravo primeiro-ministro que se tem mostrado um denodado combatente do desperdício e dos privilégios no Estado que- como sempre tem o cuidado de dizer- começaram em primeiro lugar, pelos titulares de cargos políticos, resolveu assim prestar uma ajuda ao plano de voo dos Falcon. Para cumprir horário. E a bem da saúde do défice...ou... será o contrário?!

Em 10.1.2005 ( há cerca de 10 meses atrás...) outro bravo do PS, José Magalhães escrevia assim no DN, a propósito do cumprimento dos planos de voo dos Falcons do Estado:

"Um sinal dos tempos repare-se(sic) a humilhação enorme, para alguém que teve as responsabilidades que o PSD teve no Governo e na história política, ver que o mais alto responsável pela campanha eleitoral não quer contactos de rua, porque sabe que na rua é apupado, e verificar que considera que inaugurar a futura utilização, quiçá em 2006, de um aeroporto militar [Monte Real] para fins civis é um facto que justifica a presença do primeiro-ministro, viajando em Falcon, num acto ridículo e ilegal, num dia em que ele dizia que não faria campanha eleitoral. Depois, no dia seguinte, aproveitando a ocasião do Carnaval, vê-se o primeiro-ministro chamar as crianças a S. Bento, só faltou o cão e a zebra, francamente, isto é descer infinitamente baixo"


"Ridiculamente baixo"- foi o que disse?! No, sir! Muito lá no alto! Yes, minister- perdão, prime-minister!

 
At 11 de outubro de 2005 às 13:52, Anonymous Anónimo said...

Quando for divulgada a proposta de Orçamento de Estado para 2006 vai-se perceber porque é que as autárquicas foram marcadas a semana passada e não na próxima, por exemplo, o que foi uma ajudinha objectiva, ainda que não premeditada, do Sr. Presidente da República ao PS, não que tenha servido de alguma coisa, mas pronto.

E vai-se perceber outra coisa: as medidas tomadas até agora foram só uns paliativos.

 
At 11 de outubro de 2005 às 13:58, Anonymous Anónimo said...

O CAVAQUISMO E OS GOVERNOS DO PARTIDO SOCIALISTA

Nas últimas duas vezes que o PS chegou ao governo contou com a ajuda de Cavaco Silva, e pode-se mesmo dizer que esse foi um custo (ou talvez não) por ele assumido. Em ambos os casos Cavaco Silva pôs o seu interesse (o seu próprio interesse e não do país, a não ser que ele próprio os confunda) acima dos do PSD; Guterres e mais recentemente Sócrates contaram com a "ajuda" de Cavaco Silva.

Aquando da sua primeira candidatura dominava a teoria do cesto de ovos, era convicção dos analistas do PSD que os portugueses não viam com bons olhos a entrega do governo e da presidência ao mesmo partido; Cavaco lançou a confusão no PSD com o seu famoso tabu, e atirou Fernando Nogueira aos bichos, deixando-o entregue a uma disputa eleitoral em que Cavaco nunca mostrou grande alegria em assistir a uma vitória do PSD.

Desta vez o empecilho para a ambição pessoal de Cavaco Silva foi Santana Lopes, com a agravante deste sustentar a intenção de se candidatar também a Belém; Cavaco não podia permitir que as anedotas do governo do PSD o pudessem prejudicar, para além de precisar de destruir politicamente Santana Lopes.
Lançou a teoria da “má moeda” e toda a esquerda sentiu uma grande felicidade ao ter ao seu lado as hostes cavaquistas no esforço de derrubar Santana Lopes.

Até onde irá a ambição pessoal e o cinismo das estratégias políticas de Cavaco Silva?
Qual será a sua hierarquia de valores e princípios?

 
At 11 de outubro de 2005 às 14:41, Anonymous Anónimo said...

Ao contrário de 2001, em 2005, com uma vitória ainda mais retumbante, o líder do PSD não convidou o líder do PS a tirar as devidas conclusões dos resultados das autárquicas, não apontou os seus próprios ganhos como uma expectativa “de mudança” no País e não se apresentou perante os portugueses como alternativa ao Governo.

Isso foi em 2001:
- a odisseia no pântano.
Em 2005 há um passadiço para atravessar o pântano, a maioria absoluta do PS no Parlamento. E o PSD aprendeu algumas lições, a de não precipitar a tomada do poder e de não retirar ao PS o ónus de seguir s mesmas drásticas políticas impopulares que o próprio PSD seguiria, como aliás seguiu quando passou há bem pouco pelo governo.

De maneira que, no seio do imenso “centralão” que domina a política portuguesa, o discurso foi unânime, recusando tirar dos resultados das eleições autárquicas qualquer outra leitura que não seja a relativa à escolha dos eleitos locais. E sendo assim, desiludam-se os milhões de portugueses que no domingo votaram para sancionar o poder. Nem o PS vai mudar de políticas, porque sim, nem o PSD vai reclamar ao PS que mude, porque não.

Antes das eleições, a oposição bem pediu aos portugueses que mostrassem ao partido do Governo um “cartão amarelo”.
O cartão foi mostrado mas, a partir de agora, os árbitros vão passar a fazer vista grossa.
Embora continuem a apitar
em relação a questões de pormenor, particularmente as que dizem respeito à partilha do bolo.

 
At 11 de outubro de 2005 às 14:43, Anonymous Anónimo said...

"Dos fracos...
...não reza a história", diz o ditado e é verdade.

É tanto mais verdade quanto os tempos eleitorais estão perto – uns ainda frescos e os outros aí a rebentar. Isto de eleições faz-se, como tudo na vida, de vencedores e de vencidos. Faz-se de gente que gravita à volta de quem concorre, aumentando essa gente, em número, consoante as sondagens ou o pendor dos acontecimentos vai deixando no ar um sabor de vitória. Faz-se de pequena intriga, jogo sujo, traição, mesmo.

Já não se aplica, ao contrário do ditado com que este texto abre, a velha máxima de que Roma não paga a traidores. Há gente que a meio deserta, porque sente que as coisas não estão bem, porque sente que se pode perder, mas que, no fim, no momento do champagne lá está, na primeira linha, indefectível, assumindo paternidades de slogans, cartazes, estratégias de comunicação, orientações políticas, etc.

Disse que havia gente. Mas não. Há gente que nem chuva é. A única coisa que faz é bater levemente, para ver se entra passando despercebido e ocupa, género cuco, os ninhos que tanto suor custaram a terceiros com os seus ovos inquinados.

Há, ainda, nestas coisas de eleições, os aparelhistas dos partidos, sempre prontos a mostrar serviço ao chefe. Ele é a toalha da mesa que não está direita, é o microfone que não funciona no tom certo, são os cabos das estações televisivas que atrapalham, enfim, tudo estes capatazes de carregar pela boca, normalmente vestidos a rigor e sempre prontos a abrir portas e levar copos de água – entre outras funções nobres – , fazem para apoucar os mais fracos e mostrar a sua pequena autoridade. É a insegurança, a flacidez dos seus pequenos cérebros que os põe assim. Por vezes, até nem são mal formados. Só por vezes.

Mas também há os vencedores clássicos, sonsos, hipócritas, que se vangloriam do que não fazem e assumem para si vitórias que pertencem, em primeiro lugar, aos candidatos, em segundo, a toda uma equipa de trabalho, que começa nos técnicos de informática, nos designers gráficos, nos estrategas da comunicação, nos serviços de apoio, como a mobilização, o secretariado e é sempre dirigida por alguém que deve coordenar o trabalho colectivo.

É destes vários tipos de gente que se tem de cuidar. E as coisas já começaram a mudar. Os candidatos já perceberam que contam, que a situação, o enquadramento em que a campanha decorre é muito importante e que ninguém, nem mesmo nenhum ‘spin doctor’ em boa maré é o vencedor por si mesmo do que quer que seja.

Por último, mas porque penso que é importante, gostaria de falar dos que perdem. Dos que perdem porque os eleitores não captaram a sua mensagem. Mas que a tinham. Sólida, concreta, pronta para executar no dia seguinte caso eleitos fossem. Perdem porque a situação não lhes era favorável, porque o partido pelo qual concorrem é mais fraco, porque não têm meios para grandes sedes de campanha, vários tipos de outdoors, com ou sem imagens trocadas e candidatos com baton nos lábios, perdem porque qualquer populista barato pode, bem medidas as coisas ganhar eleições, ou melhor, a elas concorrer. Mas estes merecem a honra que os militares dedicam aos vencidos.

Já outra espécie é aquela dos que perdem porque merecem perder. Porque recorrem a todos os métodos e mais alguns para ganhar, porque jogam sujo e estão sempre a insinuar que outros o fazem, porque não pensam senão na sua vã vaidade, porque devem julgar que o povo ainda é estúpido e vota no senhor dr. e na madame, apenas porque têm umas roupitas e cuidados de pele diferentes dos seus.

Infelizes, zangados com o mundo que não compreende que eles nasceram em berço de oiro quando todos nós nascemos à beira-mar, chegam a casa e batem nas paredes, zangam-se com os espelhos, atiram os cremes de noite para o chão, enfim, comportam-se quais irmãs da gata borralheira, com um senão: não se transformam em abóboras depois da meia-noite.

A estes, aos infelizes que logo no dia seguinte ao da derrota são abandonados outros da mesma laia que lhes lambiam as botas na esperança do tacho anunciado só resta recomendar uma sessão de cinema português, que é como quem diz, dizer-lhes um apetecido “Adeus, … ó vai-t’embora. E, já agora, quando lá chegares, manda saudades, que é coisa que cá não deixas.”

 
At 11 de outubro de 2005 às 14:46, Anonymous Anónimo said...

As eleições autárquicas não deixaram de constituir uma tremenda derrota para o PS e uma contundente vitória para o PSD.

Apesar de não terem provocado o vendaval político de há 4 anos atrás, as eleições autárquicas não deixaram de constituir uma tremenda derrota para o Partido Socialista e uma contundente vitória para o PSD.
No essencial, os resultados confirmaram o que já era esperado e, talvez a maior surpresa tenha sido, mesmo não ter havido qualquer surpresa.

Numa noite em que já se sabia que as lideranças dos partidos dificilmente estariam em causa e que as consequências políticas ao nível nacional não iriam além das leituras, os protagonistas de serviço não quiseram deixar de nos proporcionar alguns momentos próprios destas alturas.

Para além dos vencedores nas duas principais câmaras do País, os grandes protagonistas da noite foram, como já o haviam sido durante toda a campanha, os candidatos “independentes” e em particular a já famosa quadra Avelino Ferreira Torres, Fátima Felgueiras, Isaltino Morais e Valentim Loureiro.
Deste quarteto, apenas Ferreira Torres não ganhou a eleição, o que não impediu que o ex-presidente da câmara de Marco de Canaveses continuasse a revelar o seu enorme talento como entertainer, aliás já testado num concurso televisivo. Instado sobre a sua derrota, Avelino dispara contra a comunicação social e afiança veementemente que esta só se deve à acção caluniosa dos jornalistas e ao trabalho de uma empresa de construção civil. Não terá passado pela cabeça deste senhor que os cidadãos de Amarante tenham pura e simplesmente rejeitado o populismo, o estilo caceteiro e o que mais já foi provado em tribunal?
Esperemos que Ferreira Torres cumpra a sua promessa e que se reforme rapidamente da vida política, o que sendo uma perda para o mundo do espectáculo é com certeza um ganho para a democracia.

Na mesma esteira, Fátima Felgueiras não quis perder a oportunidade de no seu discurso de vitória criticar a comunicação social e a utilização política, muitas vezes abusiva, que é feita a partir das televisões.
Muito bem.
Até aos vencedores fica bem um gesto magnânimo de humildade e autocrítica. Ou já nos esquecemos das entrevistas e conferências de imprensa dadas a partir do Brasil ou da saída de tribunal à hora de abertura dos noticiários?
Quanto a Valentim Loureiro, para além de ter voltado a lembrar que em Gondomar mandam os gondomarenses, descobriu que a vitória da sua lista de independentes é um record digno do Guiness Book, o que à falta de sucessos desportivos do Boavista sempre é uma alegria para o Manuel do Laço e outros destacados adeptos boavisteiros.

Mas, não foram apenas os independentes que contribuíram para mais um animado rescaldo eleitoral.
Segundo o Portugal Diário, confrontado com a maioria absoluta conquistada por Rui Rio, o vereador da CDU Rui Sá terá declarado: “As sondagens publicadas procuraram transformar o eleitorado do Porto”.
Curioso.
Resta apenas recordar que as últimas sondagens efectuadas no Porto deram resultados para todos os gostos, desde uma esmagadora vitória de Rui Rio a uma vitória tangencial de Francisco Assis.

Mas as declarações do dia foram proferidas ainda o sol ia alto e os resultados eram ainda uma incógnita.
Vendo bem, tratando-se de uma reincidência, qualquer dia já nem é notícia.
Eu não sei que superior desígnio levará um ex-presidente da República e candidato presidencial a violar a lei e a apelar a determinado voto no dia das eleições, mas se fosse a Mário Soares teria alguma cautela. Coincidência, ou talvez não, o malabarismo não só não resultou em Sintra, como entretanto a TVI divulgou uma sondagem que dá Soares atrás de Manuel Alegre nas eleições presidenciais. Há coisas que nem no dia das eleições se podem dizer.

 
At 11 de outubro de 2005 às 17:03, Anonymous Anónimo said...

AINDA O VOO DO FALCON
Além do Futebol tambem serve para ir à Covilhã votar
Ou
OS XUXALISTAS E AS VIAGENS DE AVIÃO

A imprensa quis fazer do uso do falcon por parte de José Sócrates um caso de polícia. Nada disso, afinal o nosso primeiro-ministro teve um dia de trabalho esgotante, e á noite, e porque o jogo entre o finalista do último campeonato da europa contra a equipa do principado mais pequeno da Europa não era um jogo qualquer, e porque reparem só nas coincidências havia horas mínimas de vôo programadas, por isso o Falcon ir até Ovar e levar Sócrates para agitar o cachecol.
O problema é que o caso não ficou por aqui. Senão vejamos.
Sabado dia 08 de Outubro. O Jogo terminou perto das 23 horas, pelo que José Sócrates que por acaso no dia seguinte tinha que exercer o dever cívico de votar na Covilhã, tinha um dia ainda mais complicado que o de sábado. Regressar a Lisboa e logo de manhã arrancar de carro até á covilhã e voltar para estar presente a meio da tarde na sede do PS, seria extenuante.
Pois. Talvez as horas programadas tenham sido mais alargadas do que a imprensa noticiou, e afinal talvez José Sócrates tenha usado o Falcon para votar, usando o Falcon na seguinte rota Lisboa-Ovar-Covilhã-Lisboa.
Nada de grave. O sábado foi complicado, aquilo não era um jogo qualquer, e o voto de domingo não era um voto qualquer.

 
At 11 de outubro de 2005 às 17:15, Anonymous Anónimo said...

DESESPERADOS:

Chega a ser comovente o calibre das críticas feitas, por alguns, a Cavaco Silva.
Guterres só ganhou por causa dele, tivesse concorrido ele a terceiro mandato e não teriamos Guterres. Sócrates só teve a maioria absoluta porque Cavaco, mais uma vez, se recusou a aparecer numa foto ao lado do Dr. Lopes, tivesse aparecido, e já tudo seria diferente.
Esqueçam o confronto político, esqueçam o debate de ideias, são argumentos destes o melhor que "eles" arranjam, é disto que eles "sabem" discutir.
Com efeito, é díficil para os acólitos de Mário Soares, e da esquerda em geral, conceber alguém com um sentido de Estado, e de missão, tais, que lhe permita abandonar, o poder, simplesmente, quando sentiu que o seu tempo, naquela função, tinha terminado.
É-lhes díficil perceber que há quem tenha uma visão tal da política, e da maturidade dos eleitores, que implica deixar o seu partido de sempre entregue a si próprio, sem quaisquer tipo de interferências ou telecomandos, é-lhes de todo impossível perceber que o sentido de dever, à Pátria, pode ser superior à lealdade partidária, quando o que esteve em jogo foi a apresentação, pelo PSD nas últimas legislativas, de um inconsequente irresponsável chamado Pedro Santana Lopes como candidato a Primeiro-Ministro, que - pelos vistos - preferiam a Sócrates.
À responsabilidade, ao desapego pelo poder, ao sentido de estado, chamam cinismo.
Falam de valores, falam de princípios, mas não passam de gentinha desesperada capaz de tudo para alcançar os seus fins.
De tudo, até de suspirarem, da extrema-esquerda ao Dr. Mário Soares, himself, por uma candidatura do Dr. Portas.

 
At 13 de outubro de 2005 às 14:29, Anonymous Anónimo said...

O MURO DAS LAMENTAÇÕES É EM JERUSALÉM!

 

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