POR AQUI É IGUAL...
Crónicas de uma normalidade anunciada
(a área da adjudicação de obras públicas e da aquisição de bens e serviços pela administração central e autárquica, que, observa, ) constitui, como em muitos outros países, a grande (mas não exclusiva) fonte de financiamento dos partidos políticos e das respectivas actividades, (concretamente de campanha eleitoral.)
não raras vezes, os orçamentos iniciais são subvalorizados, adoptando-se a estratégia de engrossar os réditos (rendimentos) à custa de “trabalhos a mais” de duvidoso fundamento. É corrente», disse, «a ideia de que as empreitadas de obras públicas atingem valores entre 30% e 50% superiores aos da adjudicação.
(No que toca à área da fiscalização das obras públicas) em benefício de funcionários corruptos, são desprezadas as exigências dos cadernos de encargos, obtendo-se, com preocupante frequência, obras deficientes, sujeitas a rápida degradação e acrescidas despesas de conservação.
a quantidade e, sobretudo, a qualidade dos materiais empregues são objecto de traficância entre o fiscalizador e o adjudicatário da obra. a má qualidade do piso das estradas (onde se chegou já a apurar o custo de “poupança” por cada centímetro a menos de betuminoso por quilómetro) e a rápida degradação de muitos edifícios públicos são exemplos dessa matéria.
Outra das fontes primordiais de financiamento partidário e de enriquecimento ilegítimo de políticos e funcionários é a área de licenciamento de obras particulares por parte de órgãos da administração central e autárquica. Faz curso a ideia de que os promotores imobiliários e os empreiteiros são os maiores financiadores das campanhas e dos partidos. Justamente, para obterem, no momento próprio, as almejadas contrapartidas estará aqui a razão principal do alto preço do imobiliário em Portugal e do caos urbanístico e desconcerto ambiental.
(a área da adjudicação de obras públicas e da aquisição de bens e serviços pela administração central e autárquica, que, observa, ) constitui, como em muitos outros países, a grande (mas não exclusiva) fonte de financiamento dos partidos políticos e das respectivas actividades, (concretamente de campanha eleitoral.)
não raras vezes, os orçamentos iniciais são subvalorizados, adoptando-se a estratégia de engrossar os réditos (rendimentos) à custa de “trabalhos a mais” de duvidoso fundamento. É corrente», disse, «a ideia de que as empreitadas de obras públicas atingem valores entre 30% e 50% superiores aos da adjudicação.
(No que toca à área da fiscalização das obras públicas) em benefício de funcionários corruptos, são desprezadas as exigências dos cadernos de encargos, obtendo-se, com preocupante frequência, obras deficientes, sujeitas a rápida degradação e acrescidas despesas de conservação.
a quantidade e, sobretudo, a qualidade dos materiais empregues são objecto de traficância entre o fiscalizador e o adjudicatário da obra. a má qualidade do piso das estradas (onde se chegou já a apurar o custo de “poupança” por cada centímetro a menos de betuminoso por quilómetro) e a rápida degradação de muitos edifícios públicos são exemplos dessa matéria.
Outra das fontes primordiais de financiamento partidário e de enriquecimento ilegítimo de políticos e funcionários é a área de licenciamento de obras particulares por parte de órgãos da administração central e autárquica. Faz curso a ideia de que os promotores imobiliários e os empreiteiros são os maiores financiadores das campanhas e dos partidos. Justamente, para obterem, no momento próprio, as almejadas contrapartidas estará aqui a razão principal do alto preço do imobiliário em Portugal e do caos urbanístico e desconcerto ambiental.
se é verdade que a escassez de meios humanos e de equipamento informático pode, em parte, explicar as falhas na cobrança de impostos – factor determinante do crónico défice orçamental –, o fenómeno também é devido a actos de corrupção de tráfico de influências.
Fecha-se os olhos a sinais exteriores de riqueza e a ostensivas manifestações de poder económico e de lucro, de tal forma que se chega ao ridículo de um trabalhador por conta de outrem, ou um funcionário público de nível médio, pagar, por ano, imposto sobre o rendimento igual ou até superior a boa parte dos profissionais liberais e dos empresários.
Euclides Dâmaso, director do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra, citado domingo pelo Diário de Coimbra numa prosa sugestivamente entitulada Corrupção em todo o lado
Manuel
4 Comments:
Diz o Público que 383 câmaras e juntas de freguesia estão a ser investigadas por suspeitas de corrupção. Querem ver que os autarcas envolvidos vão começar a protestar cheios de indignação por estarem não só a serem investigados como, eventualmente, estarem sob escuta? Pois é. Como nos dias de hoje a escuta é uma arma fundamental na investigação de muitos crimes, nomeadamente a corrupção, percebe-se a campanha alimentada por muitos membros da classe política e não só contra as escutas, o Ministério Público e a Judiciária? Mas não estejam preocupados. Como de costume, só os carapaus serão apanhados. Se o forem.
Este ainda leva
O responsável do DIAP de Coimbra pôs a boca no trombone e disse umas tantas verdades:
Que a maior corrupção estava na adjudicação de obras públicas, uma fonte de rendimento para muitos empresários e, claro, para os partidos políticos, os tais pilares da democracia.
Que, como se sabe, também são os pilares da corrupção.
Querem ver que o homem vai á vida, que começam a pedir a sua demissão, que ainda o acusam de ulguma malfeitoria?
Neste sítio é assim, como diz Coelho:
quem dá leva a matar.
Que o digam os seis jovens do processo Casa Pia que ainda vão parar a tribunal por difamarem o senhor Paulo Pedroso.
Isto sim é a justiça que eles, os corruptos e os seus imensos amigos, na política, nos negócios, na comunicação social e na magistratura sempre quiseram.
Aí a têm.
Coitado do Sr. Dr?
Vive só da reforma?
Vive à custa da mulher?
Vive à custa dos dinheiros do imobiliário?
Vive à custa das negociatas?
Enfim está pobre?
Quem não se sente não é filho de boa gente, mas, quem se sente em demasia também o não pode ser.
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