quinta-feira, 5 de janeiro de 2006

CAVACO SILVA EM PONTE DE SÔR

Mais atenção aos concelhos do interior do País

“É altura de entrarmos na tranquilidade política. Espero que, tão rapidamente quanto possível, o País entre na tranquilidade política”, afirmou Cavaco Silva na inauguração da sede de candidatura em Ponte de Sôr.

Nos últimos dez meses, lembrou Cavaco Silva, tivemos duas eleições, para o Parlamento e para as autarquias e vamos ter as terceiras no próximo dia 22 de Janeiro. Por isso, num momento tão importante para Portugal, é necessário que todos os portugueses façam ouvir a sua voz nas próximas eleições presidenciais.Num concelho do interior do País, Cavaco Silva lembrou que os políticos devem dar mais atenção a estas regiões: “O que estes concelhos precisam é uma atenção especial dos poderes políticos”“Precisam de políticas adequadas para que as suas potencialidades possam ser transformadas em realidades. Isto é fundamental para o que chamamos a coesão nacional”, disse.




12 Comments:

At 5 de janeiro de 2006 às 11:22, Anonymous Anónimo said...

Será que o Professor Dr. José Roquette já recebeu o dinheiro que emprestou ao Professor Dr. Cavaco Silva para comprar a dúzia das castanhas?

 
At 6 de janeiro de 2006 às 09:01, Anonymous Anónimo said...

Depois da visita à cidade de Ponte de Sôr, o candidato terminou o dia na cidade de Grândola.
O séquito de Cavaco Silva deve ter feito figas atrás das costas enquanto cantava o "Grândola, Vila Morena", ontem numa sessão de propaganda eleitoral naquela cidade alentejana. Para muitos deles, a começar pelo candidato, deve ter sido a primeira vez na vida. Ainda os veremos a cantar a Internacional, no Barreiro.
Não haverá limites para o oportunismo eleitoral?

 
At 6 de janeiro de 2006 às 10:33, Anonymous Anónimo said...

- Cavaco diz que a sua candidatura é para unir os portugueses.
- Eu bem te disse outro dia que a verdade vem sempre ao de cima; um a zero.
- !? Não estou a entender...
- Aí está um dos financiadores.
- !?Quem?!
- A Super Cola 3!

 
At 6 de janeiro de 2006 às 10:35, Anonymous Anónimo said...

CAVACO: Ouviu em Grândola um Grupo Coral Alentejano cantar a Gândola Vila Morena, no jantar a que presidiu.
O cidadão: Contam que um bêbado lhe segredou;"Não se aflija Professor; No jantar do Jerónimo estão a cantar o "Lá Vamos Cantando e Rindo".

 
At 6 de janeiro de 2006 às 11:59, Anonymous Anónimo said...

Como dizem no blogue Filhos da Ponte, "Se o candidato Cavaco Silva afirma não ter qualquer vínculo partidário, porque é que a sua sede de campanha é no mesmo local da Sede de Campanha Autárquica do PSD de Ponte de Sor?"

 
At 6 de janeiro de 2006 às 13:59, Anonymous Anónimo said...

Cavaco Silva afirmou que não conhece a maioria dos seus financiadores. “São centenas de pessoas que vão às sedes de candidatura”, explicou. Cavaco acrescentou que espera que todos os candidatos sejam “tão escrupulosos no financiamento da campanha” como ele próprio.

Esta manhã, o candidato remeteu as explicações para o Tribunal de Contas (TC). Segundo a agência Lusa, o vogal do TC, Jorge Galamba, explicou que a lei obriga apenas este organismo a revelar os orçamentos das campanhas e não os seus financiadores. Galamba acrescenta que os candidatos não são sequer obrigados a comunicar ao TC essa informação.


Primeiro conhecia e tinha passado recibo a todos.
Depois o TC é que ia informar. Afinal Cavaco Silva não conhece assim tão bem a lei.

 
At 6 de janeiro de 2006 às 14:00, Anonymous Anónimo said...

É verdade que quem trouxe à baila a questão do financiamento foi Cavaco Silva, sendo que também é verdade que a abordou de forma manifestamente infeliz. Dito isto a questão é absolutamente estrutural e não merecia nem merece ser tratada ao nível da mera trica de campanha.

 
At 6 de janeiro de 2006 às 14:02, Anonymous Anónimo said...

Afinal

A história não se repete, pois não?

A 26.1.1986 na 1.ª volta das eleições presidenciais Mário Soares obtém 25,43% (1 443 683 votos), face aos 46,31% (2 629 597 votos) de Freitas do Amaral Cavaco Silva (…) Mário Soares é eleito (51,18% - 3 010 756 votos) à 2.ª volta a 16.2.1986, derrotando Freitas do Amaral Cavaco Silva (48,82% - 2 872 064 votos).

 
At 6 de janeiro de 2006 às 14:02, Anonymous Anónimo said...

Vou votar Cavaco Silva porque o considero o menos mau dos candidatos e, porque talvez perceba melhor o universo competitivo em que estamos actualmente neste planeta, possa ter a noção de que a nossa sociedade não tem futuro nos moldes actuais por insustentabilidade financeira.
Por outro lado, a derrota de Cavaco Silva traria algo de bom, em vez de uma demolição controlada do sistema actual - conduzida por Cavaco e Sócrates; assistiriamos a um efeito catalítico acelerando a trajectória para o abismo, gerando a derrocada do sistema, não deixando qualquer hipótese de salvaguardar privilégios de algumas corporações, tudo teria de ir a zero para se poder recomeçar.

 
At 6 de janeiro de 2006 às 14:04, Anonymous Anónimo said...

É verdade, o financiamento do Aníbal é assunto para blogue: em "The Great Portuguese Disaster" já pusémos as principais caras de quem paga...

http://great-portuguese-disaster.blogspot.com

 
At 6 de janeiro de 2006 às 14:29, Anonymous Anónimo said...

A cultura da política

Harry Potter não está disponível para Presidente de Portugal. Por isso, sem mágicos por perto, temos de escolher entre políticos de carne e osso.
Numa altura em que se descobriu que o sol não gira à volta deste país há quem acredite que deveremos exorcizar os demónios que atormentam a pátria de forma cíclica. O problema é escolher: Cavaco fala facilmente de economia mas, fora disso, treme, refugiando-se nos livros de biografias e policiais. Soares divaga sobre política e cultura mas quando soa a palavra economia foge para discursos vagos sobre o tema. Alegre evita falar profundamente de política e economia porque o seu mote é poesia. Louçã e Jerónimo são meras lebres para animar os corredores principais. As forças de bloqueio do país são fundamentalmente essas: a falta de cultura geral da elite. Na imprensa internacional vemos, por vezes, o último governador de Hong Kong, Chris Patten, escrever sobre livros que leu. Em Portugal há, claramente, um défice dos dirigentes quando se fala de algo mais do que a sua preparação específica. Não é por acaso que os dirigentes políticos dizem sempre que o livro que os marcou foi «Os Maias». Ou que o que estão a ler é Dan Brown. Esta falta de massa crítica contamina, depois, o país. Talvez por isso a canção nacional é o Fado.

 
At 6 de janeiro de 2006 às 16:37, Anonymous Anónimo said...

O "debate" sobre o financiamento das campanhas é mais um pretexto para o circo. Tanto é assim que os candidatos tribunícios deixaram Soares a falar sozinho e partiram para outra. Apenas dois ou três esclarecimentos. A lei mudou. Onde dantes cabia tudo, agora só por vias estreitas e burocráticas se pode contribuir para uma campanha. Os cheques - único meio de pagamento admitido - são visados e têm de possuir a claríssima identificação dos doadores. E há limites para a contribuição de cada um. O resto é subsídio estatal e dos partidos. Cavaco, em função dos votos que estima poder obter, é o que prevê maior subvenção estatal e dispensou créditos dos partidos que o apoiam. Terminado o acto eleitoral, um a um, e bem discriminados, conhecer-se-ão todos os apoios financeiros de todos os candidatos. É o que estipula a lei "nova". Ao abrigo da "antiga", os financiamentos eram de tal ordem que até davam para exaurir os cofres dos partidos - por exemplo, Constâncio, em 86, limitou-se a receber armadilhas e um partido falido -, para "sobras" oportunas ou para "falhas" incontroladas (caso de Freitas do Amaral cuja campanha "à americana" lhe valeu um rol de dívidas inesperadas). É por isso que este episódio não passa de mero circo.

 

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