quinta-feira, 29 de dezembro de 2005

MANUEL ALEGRE EM PORTALEGRE


Alegre defende reposicionamento de Portugal no mundo


Manuel Alegre garantiu ontem, em Portalegre, que se for eleito, cumprirá uma magistratura voltada para o bom funcionamento dos órgãos do Estado e para o reposicionamento de Portugal no mundo.
De visita a Portalegre, Alegre fez uma paragem não anunciada no emblemático Café Alentejano. Lá dentro, entre membros do PCP, estava o ex-eurodeputado comunista Joaquim Miranda. Afirmando-se ainda militante, embora com "alguns problemas", Miranda referiu-se ao candidato como "um velho amigo", cuja campanha, disse, tem a particularidade de mobilizar a sociedade civil, "cidadãos que estavam apáticos" e "pessoas desencantadas".

Alegre sublinhou o significado "afectivo" do encontro e aproveitou as afirmações de Joaquim Miranda para proferir que a democracia extravasa os partidos. "Viva a unidade da esquerda", ripostou estridentemente alguém dentro do estabelecimento, já a comitiva de Alegre seguia Rua do Comércio abaixo até à sede de candidatura a inaugurar.
Já na sede, Alegre afirmou que o Presidente terá que ter "uma visão estratégica" e "colocar Portugal no centro da Europa, sem subserviência". E invocou o Portugal dos descobrimentos e o poder da língua portuguesa para a prossecução da que diz ser a nova política externa, "uma diplomacia de paz" e "uma política autónoma da UE", em determinados pontos geográficos.
Como comandante supremo das Forças Armadas prometeu dignificar e modernizar estas estruturas, as quais não irão, sob a sua alçada, "participar em qualquer acção contra direitos internacionais consagrados nem contra as Nações Unidas". Alegre defendeu ainda uma Europa de coesão social, em detrimento do "capitalismo desenfreado" e "federado sob o domínio de três ou quatro grandes Estados". Afirmou não ficar neutro perante o desemprego, a exclusão e as desigualdades sociais e vir a garantir as liberdades formais, o funcionamento e a decência da democracia.
De manhã, em Castelo Branco, falando sobre os fundos comunitários, que vão chegar entre 2007 e 2013, Alegre defendeu, segundo a Lusa, que "é preciso que sejam bem repartidos e sirvam de facto o progresso do interior".
Referindo-se aos 22 mil milhões de euros atribuídos a Portugal, frisou que se tratará de "500 milhões de euros por ano para o desenvolvimento rural e 600 milhões para a agricultura". E fazendo o paralelo com o passado, defendeu que não se pode repetir a receita dos anos 80 e 90: "Em dez anos de Cavaco Silva como primeiro-ministro e Mário Soares como Presidente da República, houve grande desperdício de fundos comunitários. Houve fortunas fáceis. Muito betão, mas pouca qualificação, e isso não pode voltar a repetir-se."


[Antonieta Félix/Público, 29.12.2005]

3 Comments:

At 29 de dezembro de 2005 às 11:08, Anonymous Anónimo said...

Possivelmente Soares deveria desistir em favor de Alegre,apoiá-lo... mas não, nem assim este ganhava, e, perdia-se um bom deputado!

O Liberal

 
At 29 de dezembro de 2005 às 16:00, Anonymous Anónimo said...

Está explicada a razão porque muitos portugueses não tiveram prenda, o Pai Natal está a deslocalizar a sua actividade para Espanha e só teve tempo ara deixar no nosso país algumas ofertas mais leves como, por exemplo, anéis de diamantes, chaves de automóveis de grande cilindradas e outras bugigangas levezinhas.

O primeiro-ministro José Sócrates está tão preocupado com o problema que logo no dia seguinte ao Natal decidiu prendar os seus funcionários com um aumento de 1,5% de aumento do vencimento, aliás, Sócrates já previa este problema e inscreveu e tinha inscrito a verba no Orçamento para 2006.

Entretanto, Cavaco Silva já propôs a criação da secretaria de estado dos Assuntos do Pai Natal, sugerindo um novo secretário de estado para se ocupar da criação de condições para que aquele se instale no país. Eestão em causa, designadamente, a criação de condições de aterragem, zonas de armazenagem, estábulos refrigerados a ar condicionado e serviços de apoio de gereatria e veterinária, de forma a assegurar ao Pai Natal e às suas renas as melhores condições de instalação

Cavaco está tão empenhado neste projecto que até imitou os candidatos a presidentes de clubes de futebol, que fazem pré-contratos com grandes jogadores nas eleições para a direcção dos clubes, e já iniciou contactos privados (como convém a um presidente que quer ajudar o governo), aproveitando a estadia do Pai Natal aqui ao lado, em Espanha.

São esses contactos que justificam o súbito desaparecimento de Dias Loureiro, um dos braços direitos (Cavaco só tem mesmo braços direitos e, como se viu nos debates, nem sabe o que fazer ao esquerdo) do candidato da Nação, ao contrário do que as más-línguas andam a dizer, insinuando que a presença de Dias Loureiro ao lado de Cavaco lhe compurcaria a imagem. Dias Loureiro partiu para Espanha logo no dia seguinte ao almoço de Cavaco com os ex governadores civis, que ele próprio promoveu, e fontes próximas do banqueiro asseguraram que não se vai encontrar com o genro de Aznar. O empenho do homem do BPN é tão grande que Cavaco até já sugeriu ao Pai Natal que o colocasse à frente dos seus Negócios, pois de prendas percebe o ex ministro como poucos no nosso país.

Entretanto, Mário Soares manifestou-se preocupado com a saúde do Pai Natal, sugerindo que ele se estabelecesse definitivamente em Portugal, na Praia do Vau ou mesmo em Nafarros, oferecendo-se para ser ele a assegurar as suas viagens. Manuel Alegre ficou irritado com tal proposta e afirmou aos jornalistas que Mário Soares não só quer fazer de Pai Natal vitalício como ainda por cima quer apanhar a boleia da imortalidade, mesmo sem ter barbas para isso.

Jerónimo de Sousa e Louçã limitaram-se a dizer que se o Pai Natal se quer instalar por cá, que espere mais uns anos e alugue um hangar na OTA.

 
At 30 de dezembro de 2005 às 13:13, Blogger J said...

Boa.

 

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