segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

FRUSTRA FIT PER PLURA QUOD POTEST FIERI PER PAUCIORA

É SÓ A PONTA DO


ICEBERGUE


• Há dias perigosos.
Acordamos e começamos logo a tropeçar em acidentes, acidentes que nos podem matar.
Mas como os acidentes nem sempre são todos mortais, sobrevivemos para talhar mais uma estorieta.
Desta feita, para referir que acordar a ouvir o sr. Taveira Pinto com o microfone na traqueia - com uma ligação directa ao duodeno - filosofando sobre as múltiplas corrupções das autarquias de que é, aliás, autor, e protagonista dos casos, é algo que me repugna comentar.
É uma tremenda loucura.
Loucura pela publicidade que se dá ao sujeito, ao caso e pela inércia da própria Justiça - que parece que está cega e não consegue carrear provas para julgar e condenar ou absolver.



• Toda esta novela sul-americana confirma que Ponte de Sor está reduzido aos coitos interrompidos.


• Mas a filosofia que aqui trago não se prende com o sr. Taveira Pinto, - que parece agora estarem a dar os primeiros passos na aprendizagem da língua de Camões. Eles são apenas o pretexto para introduzir aqui o significado da navalha de Ockham. Que reza assim:


A "Navalha de Ockham", também conhecida como o princípio da parcimónia, é uma máxima que valoriza a simplicidade na construção das teorias.
A formulação mais comum desta máxima é (em Latim): Entia non sunt multiplicanda praeter necessitatem, (As entidades não devem ser multiplicadas sem necessidade).
Esta formulação é frequentemente atribuída a Guilherme de Ockham embora ela não se encontre em nenhum dos seus escritos conhecidos.
A frase de Ockham mais próxima desta máxima é (em Latim): Frustra fit per plura quod potest fieri per pauciora, (É vão fazer com mais o que se pode fazer com menos).
É, no entanto, defensável que Ockham se estava a referir a uma máxima bastante conhecida visto que o princípio da parcimónia pode até ser encontrado em Aristóteles.
Pensa-se assim que esta máxima foi associada a Ockham não por ter sido ele o primeiro a utiliza-la, mas por causa do espírito geral das suas conclusões filosóficas.


• Em suma: Guilherme de Ockham estava convencido que as grandes verdades são normalmente simples, pelo que é tolo dar cobertura noticiosa e publicitária ao sr. Taveira Pinto, que é a vergonha de Ponte de Sor juntamente com outros senhores da mesma espécie. . .
A vergonha de Ponte de Sor e uma frustração de Norte a Sul que pensa e produz e não se identifica com o estilo desses cromos que passam 2/3 da sua vida a incendiar os mentideros da "política do caciquismo" em Ponte de Sor.
O outro terço é passado em tentar aperfeiçoar a compra de poder político através de objectos.


• Ockham entendia, de facto, que era tolo complicar o que é simples, sobretudo quando já se carrearam tantas provas.
É este seu princípio que é conhecido como a "navalha de Ockham" e foi depois altamente influente na ciência, e até na própria filosofia.
Só não foi, infelizmente, na política e dentro deste na corrupção dos mentideros da Política do Caciquismo em Ponte de Sor de que o supra-sujeito é garboso autor.


• Resumindo: prenda-se o homem e acabe-se com a publicidade e os tempos de antena desporporcionados concedidos ao sujeito. No fundo, se virmos bem, é mesmo tolo, e seguindo este pensador do séc. XIV, fazer mais o que pode ser feito com menos. Ou seja, devia tornar-se tudo o mais simples possível, mas não mais simples do que isso.



Pedro Manuel

4 Comments:

At 13 de fevereiro de 2006 às 23:48, Anonymous Anónimo said...

...e os inumeros funcionários com mais de 10 anos de casa da C.M que são subrrecticiamente aterrorizados e calados porque senão sofrem suspensões e transferencias absurdas e imorais?...e a escumalha toda que o edil leva atrás de si, a lamber, a lamber??? isso ainda é mais escandaloso! é vê-los, de fatinho em riste, maos nos bolsos, a dar uma de poços de virtudes e supra-sumos da inteligencia...que tristes...q provincianismo lamentável e ridículo...faça-se alguma coisa!

 
At 14 de fevereiro de 2006 às 01:01, Anonymous Anónimo said...

"faça-se alguma coisa!"???...

em outubro pudemos fazer alguma coisa... e olhem no que deu! a confimação de que assim é que estamos bem.

máfias, negociatas e etc... não me importam. o que eu quero é o meu descanso à frente da Sport TV.
"mas quando me levaram a mim, é que percebí. E já era tarde." BB

 
At 14 de fevereiro de 2006 às 11:50, Anonymous Anónimo said...

Em caso de prova ou suspeita de irregularidades pode-se sempre comunicar ao IGAT (que fiscaliza a actividade das autarquias)à Inspecção Geral do Trabalho no caso de violações em matéria do direito laboral, à Polícia Judiciária, no caso de actividades que consubstanciam abuso de poder, peculato ou participação em negócio ilícito ou indevido. Porque não apresentam queixa, mesmo anónima ou sob pseudónimo?

 
At 14 de fevereiro de 2006 às 12:52, Anonymous Anónimo said...

Já há queixas para dar e vender é necessário é que as investigações sejam rápidas e que os processos a decorrer não se percam.

 

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