segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

NÃO HÁ MACHADO QUE CORTE A RAIZ AO PENSAMENTO...




































COMEÇO A FICAR FARTO DESTES MUÇULMANOS

Depois de uma vida a tomar partido pelos direitos dos palestinianos, admirador da nossa herança árabe tantas vezes esquecida, defensor habitual das causas dos árabes, confesso que começo a ficar farto os excessos dos idiotas dos extremistas muçulmanos. Que queiram impor uma cultura medieval aos seus povos é um problema deles e desses povos, que queiram acreditar que está um rebanho de virgens à sua espera sempre que se fazem em bocados é lá com eles, mas quererem impor-me o medo é demais.

Todos os dias passo junto a uma mesquita pela qual tenho mesmo respeito que me merecem os templos cristãos ou de qualquer outra confissão religiosa, os muçulmanos beneficiam no meu país de uma liberdade que nenhuma outra confissão religiosa tem nos países muçulmanos, salvo algumas honrosas excepções. Defendo que os muçulmanos tenham no meu país a liberdade que muito provavelmente não têm nos deles, bato-me para que aqui encontrem a sua identidade cultural.

E não posso manifestar-me culturalmente no meu país de acordo com os meus valores, os meus princípios e as minhas leis sob pena de uma qualquer condenação, seja por um grupo extremista ou por um qualquer ayatolah? Aí terei que dizer basta ninguém que vive nem sei onde e que se diz defensor do seu deus tem o direito de me impor as suas próprias regras, não o admito ao papa, não o admitirei a nenhum muçulmano, seja fundamentalista ou não.


J. E. R.






3 Comments:

At 6 de fevereiro de 2006 às 13:49, Anonymous Anónimo said...

«O primeiro-ministro Sócrates declarou que "o uso gratuito e irrestrito" da liberdade de imprensa pode conduzir "à lei do mais forte". Nas "sociedades democráticas, segundo Sócrates, a imprensa deve ser "responsável" e "respeitar a dignidade" do próximo. D. António Marta, bispo de Viseu, concorda: nada de "extremos"! E até D. Januário, mimo episcopal da esquerda, vai avisando que "há limites". Tudo isto, como se calcula a propósito dos cartoons dinamarqueses, que para D. António, "acenderam um rastilho difícil de controlar". Que dizer disto? Em primeiro lugar, que a linguagem hipócrita da Ditadura volta sempre à superfície com assombrosa facilidade. Salazar teria aprovado fervorosamente Sócrates, D. Januário e D. António. Passou a vida a pregar o mesmo. Só insistia na censura, e com muita pena, jurava ele, precisamente para evitar "o uso gratuito e irrestrito" da imprensa, garantir a "responsabilidade", estabelecer "limites", proibir "extremos" que "acendessem rastilhos". Afinal, o homem tinha razão. Não se devem deixar à solta os jornalistas. Existem "valores" com que não se brinca e que a autoridade, com a sua superior moral e sapiência, está por natureza obrigada a defender.

Claro que sem liberdade de imprensa, por muito relativa que ela fosse, a Europa seria hoje muito diferente. Sem Erasmo, a Reforma, o iluminismo e o socialismo; e sem a arte, a ciência e a crítica bíblica, a Europa ocidental, para sossego e conforto do seu espírito, seria agora quase oriental e, com sorte, até talvez muçulmana. Uma hipótese que aparentemente agrada a toda a gente que por aí rasteja para não ofender ou amansar a conhecida susceptibilidade do Islão. A tirania do "politicamente correcto" já não permite pensar que a civilização greco-latina e judeo-cristã da Europa e da América é uma civilização superior; e superior, muito em especial, à civilização falhada muçulmana e árabe. Mas, quer se pense quer não, o facto permanece e a subserviência do Ocidente perante a intimidação islâmica, a propósito dos cartoons da Dinamarca ou de qualquer outro pretexto, envergonha e humilha.

Principalmente porque, ao contrário do que Sócrates resolveu explicar, com o seu oportunismo e a sua absoluta inconsciência cultural, a liberdade (no caso, da imprensa) não leva à "lei do mais forte". O que leva à "lei do mais forte" é o petróleo e o dinheiro do petróleo. Quando o Islão berra, a Europa treme. O resto, a baixa retórica do relativismo, não passa da eterna sabujice da dependência.»

Vasco Pulido Valente
Público

 
At 6 de fevereiro de 2006 às 14:08, Anonymous Anónimo said...

Os cartunes publicados na Dinamarca ofenderam alguns muçulmanos, estes protestaram e houve quem tivesse pedido desculpas e mesmo sugerido algum cuidado o que significa auto censura. Podemos criticar os nossos governantes, discutir o sexo dos nossos anjos, brincar com o Papa ou com o Dalai Lama, com Estaline ou Mao, podemos aturar dia sim dia não a vídeos de raptores, podemos ver pessoas ser degoladas, podemos conviver com o receio permanente de que algum doente mental se decida fazer explodir ao nosso lado, mas somos obrigados a respeitar um deus que não é nosso de um forma que não exigimos a ninguém que respeite todos os outros deuses.
Quem viu os cartunes nem entende o porquê de tanta ofensa, foi porque num o profeta dizia que não tinha mais virgens? Mas não é verdade que tal é prometido aos candidatos a mártires? Não é verdade que as hordas de crianças que o Ayatollah Khomeini mandava para a frente de batalha no Shatt-al-Arab transportavam uma chave de plástico que lhes abriria o céu? E os suicidas palestinianos antes de serem enviados para a morte não são filmados a recitar versos do Corão?
Aceita-se que os povos, as suas culturas e religiões devem ser respeitados, mas quem vai estabelecer o limite a respeitar, serão os grupos fundamentalistas islâmicos? Iremos aceitar que na Europa sejam os seguidores de Monsenhor Lefevre os padrões de respeito pelos valores do cristianismo, ou que sejamos liberais em relação aos nossos valores e temer uma inquisição quando se trata da religião islâmica?
Qualquer limitação à liberdade de expressão, mesmo que troco da venda de uns bifes de vitela, é inaceitável, a liberdade de expressão não é negociável, nunca o foi com o Vaticano em o deverá com o fundamentalismo islâmico. Essa seria a maior vitória de uma guerra que a Europa não está a travar, mas em que está cada vez mis envolvida

 
At 6 de fevereiro de 2006 às 14:10, Anonymous Anónimo said...

É bom que quando se fala de fundamentalismo não nos armemos em esquecidos e coloquemos a questão apenas na perspectiva dos extremistas islâmicos. Vale a pena recorda a polémica em torno de um cartune do António Publicado no Expresso e em outros publicados em jornais árabes sobre os judeus.
Pois é são todos a mesma M... as moscas é que mudam...

 

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