quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

SECRETA PARALELA "MADE IN" JOSÉ SÓCRATES



O primeiro-ministro José Sócrates pode ter criado um serviço de informação paralelo, não previsto na lei e sem controlo do Parlamento. De acordo com a revista Visão, José Sócrates tem um núcleo restrito de especialistas a trabalhar na recolha e produção de informação.
Em causa podem estar os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.


De acordo com a edição de hoje da revista Visão, no edifício da Presidência do Conselho de Ministros funcionará uma secreta paralela, que actua à margem da lei e sem controlo da Assembleia da República.

Trata-se de um núcleo restrito que analisa e produz informações e que trabalha para o gabinete de Júlio Pereira, o secretário-geral do Serviço de Informações da República Portuguesa (SIRP). Será, segundo a Visão, uma espécie de serviço privado de José Sócrates, já que responde directamente perante o primeiro-ministro.

O problema é que a actividade deste núcleo é exclusiva do Serviço de Informações de Segurança (SIS) e do SIED, o Serviço de Informações Estratégicas de Defesa, os únicos organismos com competência para tratar informações classificadas como segredo de Estado.

Por isso, mesmo a trabalhar de forma limitada e informal a “secreta de Sócrates”, como lhe chama a Visão, não tem cobertura formal nem jurídica, logo poderá pôr em causa os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.

A revista adianta ainda que esta “secreta paralela” pode ser o ponto de partida para a criação de uma nova estrutura dos serviços de espionagem. A médio prazo, Sócrates quer avançar para a fusão das três secretas portuguesas, duas civis e uma militar. Uma estrutura que funcionará num pólo único de alta segurança possivelmente na zona do Lumiar, em Lisboa. Só que a formalização de um novo serviço de informações tem que passar pela Assembleia da República. Além disso, a lei que regulamenta o funcionamento dos serviços de informação está por aprovar.

4 Comments:

At 2 de fevereiro de 2006 às 11:27, Anonymous Anónimo said...

No artigo «A Secreta oculta de Sócrates», a revista diz que este núcleo «indicia a existência de uma secreta paralela, uma espécie de serviço privado do chefe do Governo, actuando à margem da lei e de qualquer escrutínio do Conselho de Fiscalização, eleito pelo Parlamento».

Já a funcionar no edifício da Presidência do Conselho de Ministros, na Rua Gomes Teixeira, o «embrião da nova secreta faz parte de um plano ambicioso, que tem sido mantido no segredo dos deuses».

Ainda segundo a «Visão», o objectivo final, já delineado, passa, a médio prazo, pela fusão das três actuais secretas, as duas civis, o Serviço de Informação de Segurança (SIS) e o Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), e a militar, a Divisão de Informações Militares (DIMIL).

Para a revista, ainda que a trabalhar de forma limitada e informal, para melhorar a eficácia dos serviços e dar apoio ao responsável do SIRP, a acção deste núcleo contraria a lei.

A actual legislação não prevê que o secretário-geral do SIRP tenha uma estrutura própria de pesquisa e produção de informações.

Esta actividade é exclusiva do SIS e do SIED, únicas entidades com competência para pesquisar a tratar informações ultraconfidenciais, classificadas como segredo de Estado.

 
At 2 de fevereiro de 2006 às 16:35, Anonymous Anónimo said...

O Partido político do Hitler não era o nacional SOCIALISMO??????

 
At 6 de fevereiro de 2006 às 13:47, Anonymous Anónimo said...

E ambos foram eleitos!

 
At 9 de fevereiro de 2006 às 17:01, Anonymous Anónimo said...

De quem sabe...

Estes serviços não foram criados pelo actual PM, mas ainda no tempo de PSL como PM em Dezembro de 2004. E posso apenas dizer que são poucos agentes.

 

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