OS PARECERES SÃO FATOS FEITOS...
O chamados pareceres fazem parte do cardápio da política nacional e local.
São a «fast-food» dos Governos e das Câmaras Municipais.
Encomendam-se por telefone. E sabem, geralmente, ao que se adivinha que vai ser o seu paladar.
Os pareceres, em Portugal, cumprem, com algumas ilustríssimas excepções, a nobre arte de dizerem o que os que os pediram esperam ler.
Um dos mais notáveis exemplos da função dos pareceres em Portugal é o chamado relatório Porter.
Custou uma fortuna.
Apontou as deficiências e as soluções para a economia portuguesa.
Leu-se, debateu-se e, claro, arquivou-se.
Passados uns anos, como se ele nunca tivesse existido, voltou tudo ao início. Começou-se outra vez a gastar neurónios sobre o que poderia salvar a economia e a pátria. E só faltou chamar Porter para fazer uma fotocópia da primeira versão do seu relatório.
O caso dos pareceres é ainda mais requintado.
Não se duvida da necessidade e eficácia deles.
O que se pode pôr em causa é se 75% deles são verdadeiramente merecedores do dinheiro que custam.
Até porque tem-se assistido a momentos humorísticos: quando há conflitos cada parte faz saltar do bolso um conjunto de pareceres de pessoas honestas.
Os pareceres banalizaram-se. E, nalguns casos, suscitam dúvidas sobre o seu interesse.
Os pareceres não são prontos a vestir.
São requintados e, claro, mais caros.
São fatos feitos, por um distinto alfaiate, à vontade do freguês.
É por isso que o dinheiro que a Câmara gastou em pareceres merecia ser explicado.
F.S.
São a «fast-food» dos Governos e das Câmaras Municipais.
Encomendam-se por telefone. E sabem, geralmente, ao que se adivinha que vai ser o seu paladar.
Os pareceres, em Portugal, cumprem, com algumas ilustríssimas excepções, a nobre arte de dizerem o que os que os pediram esperam ler.
Um dos mais notáveis exemplos da função dos pareceres em Portugal é o chamado relatório Porter.
Custou uma fortuna.
Apontou as deficiências e as soluções para a economia portuguesa.
Leu-se, debateu-se e, claro, arquivou-se.
Passados uns anos, como se ele nunca tivesse existido, voltou tudo ao início. Começou-se outra vez a gastar neurónios sobre o que poderia salvar a economia e a pátria. E só faltou chamar Porter para fazer uma fotocópia da primeira versão do seu relatório.
O caso dos pareceres é ainda mais requintado.
Não se duvida da necessidade e eficácia deles.
O que se pode pôr em causa é se 75% deles são verdadeiramente merecedores do dinheiro que custam.
Até porque tem-se assistido a momentos humorísticos: quando há conflitos cada parte faz saltar do bolso um conjunto de pareceres de pessoas honestas.
Os pareceres banalizaram-se. E, nalguns casos, suscitam dúvidas sobre o seu interesse.
Os pareceres não são prontos a vestir.
São requintados e, claro, mais caros.
São fatos feitos, por um distinto alfaiate, à vontade do freguês.
É por isso que o dinheiro que a Câmara gastou em pareceres merecia ser explicado.
F.S.
1 Comments:
O político é como a mulher de César: além de honrada (quem sabe, até não o sendo), é mister que o pareça
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