ESTES SOCIALISTAS SÃO MESMO VIGARISTAS
Rui Pimentel/VISÃO
Trabalhos adjudicados sem concurso
Suspeita nas SCUT
Suspeita nas SCUT
«O estudo técnico que sustentou a decisão política do Governo de José Sócrates de colocar portagens nas SCUT do Norte Litoral (Porto/Viana do Castelo), Grande Porto e da Costa de Prata foi elaborado, por ajuste directo, por uma sociedade fundada por um adjunto de Paulo Campos, secretário de Estado das Obras Públicas.
A empresa chama-se F9 Consulting, trabalha na área da consultadoria e relações públicas, ganhou cerca de 120 mil euros (sem IVA) e foi criada por Vasco Gueifão e mais quatro sócios em 2001.»
In: SOL
15 Comments:
São uma corja de vigaristas.
Eles vão mamando todos á custa do zé-povinho.
O zé-povinho é que é tonto.
As Minhas Dúvidas Em Relação Às Scut
Tenho dúvidas sobre o impacto das Scut no desenvolvimento regional, bem como acerca do critério adoptado para as eliminar ou manter ou ainda sobre a justiça desse critério.
Se o Estado suporta o custo das Scut em nome do desenvolvimento das regiões onde as auto-estradas foram construídas será legítimo que muitos outros concelhos do país questionem que investimentos foram feitos nas suas regiões com o mesmo objectivo. Por exemplo, quanto investiu o Estado em infra-estruturas públicas em concelhos como o de Almodôvar, Alcoutim, Mértola ou Barrancos?
Se o país suporta os custos das Scut em nome do desenvolvimento dessas regiões é legítimo questionar quanto investe par o desenvolvimento de cada região, sob pena de se concluir que o Estado só investe onde passam estradas ou linhas de comboio.
Outra questão que se coloca prende-se com o critério da média dos rendimentos que me transforma num português rico só porque sou vizinho da sede do Millennium ou do BES, e como estes se escapam ao pagamento dos impostos são os meus impostos e os de outros infelizes vizinhos que pagam as Scut que servem quem não teve tanto azar com a vizinhança.
Pessoalmente tenho pouca simpatia por Scuts, duvido muito que as borlas se traduzam em desenvolvimento regional, todos sabemos as causas dos problemas económicos do país e as vias de comunicação não são referidas. São é com caridade orçamental que se promove desenvolvimento regional.
Mais um eficiente coice de teoria económica, pois também nunca vi uma estreita correlação entre uma "borla" nas scuts e um aumento directo da actividade económica num dada região.
Claro que facilita, mas a haver esse "plus" de desenvolvimento ele será sempre de valor marginal.
E não será com marginalidades económicas que se faz a alavancagem da economia nacional.
Nem com isso, nem com a permissão da fuga aos impostos pelos magnates da banca nacional permitida pelo srs. Amaral Tomaz, Paulo Macedo ----- de que o sr. Carrapatoso da Vodafone foi um escandaloso beneficiário.
Só aqui o Estado/máquina fiscal perdeu a possibilidade de arrecadar 140 mil contos...
Isto é nítida de corrupção via cumplicidades antigas de amigalhaços privados que se concertam para usar e abusar das funções e dos cargos do Estado que no momento ocupam para safar amigos e sacar comissões.
Enfim, toda a gente tem as prestações da casa da filha para pagar, o carrito de oferta ao filho que se formou e o diabo a sete...
Sabemos como são essas coisas..
Quantas escolas se fariam com esse capital???
Até daria para um ou dois Centros de Saúde lá na minha terra.
Por isso hoje quando me lembro dos velhos e velhas e das crianças pobres que não dispõem nem duma escola nem dum centro de saúde só me vêm à cabeça esses dois ou três ranhosos que estão em funções neste governa socialista de direita, o que é mais uma especialidade portuguesa no mundo inteiro.
Portugal já tinha os fenómenos do Entroncamento, com muitas linhas cruzadas, agora passou a dispor de mais um: um governo socialista de direita. E que Direita, safa!!!
CARRILHO CANDIDATA-SE AO GUINESS
Como o autarca que mais falta a votações:
«No primeiro ano de mandato na Câmara Municipal de Lisboa, enquanto vereador do PS, Manuel Maria Carrilho apenas participou integralmente em sete das 38 reuniões camarárias realizadas. Segundo apurou o CM, o ex-candidato à presidência da autarquia foi substituído em 13 reuniões de Câmara e faltou à votação de 234 propostas por ter saído mais cedo de 18 encontros. Assim, Carrilho só esteve em sete reuniões, do princípio ao fim.»
In:Correio da Manhã
Pergunte-se a Carrilho se está interessado no patrocínio do Grande Capital neste grande feito que pretende alcançar
Nao percebi se estavamos a falar dum Pais situado na Europa, ou a qualquer pais de Africa.
De facto não se veem diferenças a não ser na localização geografica.
Ministro Estudioso
O nosso ministro da Economia revelou-se um homem estudioso pois está há mais de dois anos e ainda está a estudar a forma de levar os bancos a pagar impostos. Esperemos que o ministro acelere o passo, um dia destes corremos o risco de ver o ministro do Trabalho e da Segurança Social atribuir o rendimento mínimo ao Millennium.
Mas do mal o menos, as finanças do país estão salvas, o ministro não precisou de tanto tmpo para estudar a forma de aumentar os impostos a todos os outros contribuintes.
Secretário de Estado Estudioso
Outro governante marrão parece ser o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais que virou metade dos seus neurónios ao avesso para concluir que os bancos deviam pagar impostos por algumas operações ao mesmo tempo de decidiu que não iam pagar.
Estou a imaginar o secretário de Estado a fazer o pino enquanto assinava o despacho estapafúrdio que teve direito a entrada directa para o catálogo das melhores santanices deste governo, o que não é admirar, Amaral Tomaz foi uma transferência a custo zero que Sócrates foi buscar ao PSD, e se quando anava por aquelas banda nunca passou do banco da equipa B, com o PS de Sócrates é um titular indiscutível.
Nós pagamos tudo, claro... e caro
A manchete do semanário Sol sobre a abjudicação, por ajuste directo, de dois estudos sobre as auto-estradas sem portagem à antiga empresa de um adjunto do secretário de Estado das Obras Públicas não é apenas grave pelo eventual tráfico de influências.
Na verdade, mesmo que tudo tivesse sido feito por total transparência, dever-se-ia questionar as razões de se encomendar os estudos a uma empresa externa, quando a Estradas de Portugal - empresa pública - tem certamente técnicos qualificados ou suficientes para essa tarefa.
Pode o Governo alegar que um estudo feito por uma entidade exterior garante uma maior independência.
Mentira!
Não é o hábito que faz o monge.
Um estudo mostra a sua independência no conteúdo e no rigor. E mais ainda: se um estudo é encomendado por ajuste directo (sabe-se lá as razões...) é legítimo pensar que «condiciona» à partida as conclusões finais; neste caso, a manifesta intenção do Governo em acabar com a maioria das SCUT.
Por fim, chocam-me os montantes que estão em causa.
Os dois estudos atingiram valores de 275 mil euros, o que é um perfeito exagero.
Fui dar uma vista de olhos aos relatórios sobre os tempos de percurso entre as SCUT e as alternativas, e basicamente a esmagadora maioria da informação foi prestada pela Estradas de Portugal, a que se somaram uns «passeios» de automóvel em quatro dias da semana, mais umas quantas contas simples, uns factores de correcção e ponto final.
Na parte que diz respeito ao poder de compra, não me parece também se se demore muito tempo em contas e a informação é detida pelo INE.
Ou seja, muito dinheiro e não havia necessidade de os contribuintes estarem a pagar um estudo que deveria ter sido feito por entidades públicas. E sem ligações perigosas...
Pelo titulo da vossa brilhante intrevenção vê-se logo que são comunas e que só gostam é de criticar e dizer mal... Ganhem juizo...
A grande surpresa da semana é, sem sombra de dúvida, a eleição, por 97% dos votos dos militantes "mesmo militantes" do PS, do seu secretário-geral, o honorável camarada José Sócrates.
Nem no tempo em que o partido era vivo se alcançou tamanha proeza.
A última vez que um líder foi reconduzido neste registo albano-coreano aconteceu em 2001, com o camarada António Guterres.
Depois seguiu-se uma entronização patética no Pavilhão Atlântico que culminou, em Dezembro do mesmo ano, com a fuga envergonhada do líder depois de uma estrondosa derrota na urna que conta, o país.
Não sou socialista, mas teria vergonha de ver o partido de Soares, Zenha, Soromenho ou Medeiros Ferreira transformado neste imenso e branco deserto "ideológico", dirigido por um bando de jovens turcos tecnologicamente "musculados".
Ironia a deste PS que nos ensinou a "amar" a democracia e que, agora, está nas mãos de uma pequeníssima nomenclatura de aprendizes de democratas. E maus, ainda por cima.
Paz à sua alma socialista.
A grande surpresa da semana é, sem sombra de dúvida, a eleição, por 97% dos votos dos militantes "mesmo militantes" do PS, do seu secretário-geral, o honorável camarada José Sócrates.
Nem no tempo em que o partido era vivo se alcançou tamanha proeza.
A última vez que um líder foi reconduzido neste registo albano-coreano aconteceu em 2001, com o camarada António Guterres.
Depois seguiu-se uma entronização patética no Pavilhão Atlântico que culminou, em Dezembro do mesmo ano, com a fuga envergonhada do líder depois de uma estrondosa derrota na urna que conta, o país.
Não sou socialista, mas teria vergonha de ver o partido de Soares, Zenha, Soromenho ou Medeiros Ferreira transformado neste imenso e branco deserto "ideológico", dirigido por um bando de jovens turcos tecnologicamente "musculados".
Ironia a deste PS que nos ensinou a "amar" a democracia e que, agora, está nas mãos de uma pequeníssima nomenclatura de aprendizes de democratas. E maus, ainda por cima.
Paz à sua alma socialista.
A Anatomia do Monstro e o Impacto das Scuts
Publicado no Diário de Notícias em 15 de Agosto de 2005
Sobre as Scut a sociedade portuguesa apenas conhece o seu efeito visível, que se reflecte no não pagamento pela utilização de auto-estradas. Discutir de uma forma coerente as Scut passa não só por relativizar sobre os seus custos, como pela colocação de questões relacionadas com a eficiência de uma política de investimento público, sem qualquer sentido estratégico.
O que na altura, e ainda hoje, os criadores da ideia têm dificuldade em explicar traduz-se em dois pontos-chave O Estado português, devido às restrições orçamentais, não possuía nem possui recursos financeiros para erguer a obra segundo o modelo tradicional. E na escolha pelas Scut muito dificilmente se poderá ter olhado para os cronogramas financeiros de cash-flows necessários ao pagamento do encargo assumido.
Hoje, e sem uma política monetária e cambial descentralizada, o retorno que se obtém do investimento público é algo que se vem apresentando como mais difuso, dadas as externalidades que lhe estão associadas. É ponto assente que a economia portuguesa precisa de melhor investimento público e não de mais investimento público.
O problema das Scut começa exactamente em 2005, atingindo o pico de despesa no quadriénio 2011--2015, altura em que a decisão, tomada em 1996, obrigará o Estado a arrecadar extraordinariamente 750 milhões de euros em impostos ou financiar-se através da emissão de títulos da dívida pública. O verdadeiro problema das Scut ainda mal começou.
Parece-me evidente que a aceitação pública do dever de pagar impostos, apesar de depender em elevado grau da demonstração da qualidade das despesas que o esforço dos contribuintes permite ao Estado realizar, não pode servir como argumento para que se realizem obras desta envergadura e com este impacto financeiro futuro, sem pelo menos acautelar os riscos que lhes estão associados.
A decisão de agora, em 2005, se optar por permanecer com as Scut, mesmo que balizada pelo Governo até às autárquicas, tendo como contraponto o aumento de impostos sobre o combustível para o seu financiamento, remete de forma indirecta para a generalidade dos contribuintes o pagamento das vias. Sendo verdade que a reposição de portagens poderá ter um custo elevado - cerca de 300 milhões de euros -, não é menos verdade, que a teimosia em manter uma promessa custará a toda a economia uma repercussão nos custos, e logo no consumo privado que estava a ser o motor - ainda que pelos piores motivos - do seu fraco crescimento nos últimos 12 meses.
Numa altura em que Portugal enfrenta uma grave crise de finanças públicas, o Governo teima em não compreender que o problema não é o défice, mas sim a forma de conseguir reabilitar a economia portuguesa. As Scut não só oneram em termos de despesa pública, como induzem nas empresas um problema de competitividade ao nível do acréscimo dos custos com combustível.
Se ao aumento do ISP associarmos o aumento do IVA para financiar o problema que a Caixa Geral de Aposentações apresenta, percebemos que as soluções deste Governo são ilusórias e acima de tudo transitórias. É discutível que a solução não pudesse passar por uma redução da carga fiscal para dinamizar a economia, em que o mesmo Governo implementava reformas sectoriais dignas desse nome.
Ora o país que, em 1996, assumiu uma decisão de fundo, como hoje se sabe, sem que a sustentação da mesma estivesse demonstrada não pode tolerar, uma vez mais, que o Governo resista a publicar estudos coerentes que sustentem a decisão de avançar com a Ota e o TGV. Projectos que, salvo demonstração em contrário, são meras fantasias.
Na sua luta titânica para evitar ter menos sobras que na semana anterior o SoL desta semana tinha uma capa que motivou algum surúrú - uma das empresas encarregues de estudar/justificar o fim de certas SCUTs tem, ou teve, como sócio um dos ajudantes de um dos secretários de estado da tutela. Lá vieram as virgens ofendidas do costume rasgar as túnicas, exigir esclarecimentos e clamar por esclarecimentos. Palha, pura palha. Por duas razões, em primeiro lugar, porque o modelo, o do recurso a estudos e pareceres externos, não é novo, muito menos exclusivo deste Governo PS, e em segundo lugar porque as irregularidades a existirem o são, antes como agora, muito mais profundas e sérias, do que as alegadas pela notícia do semanário fundado pelo ex-futuro prémio Nobel da literatura, José António Saraiva. O facto é que - extravasado o limite da mera banalidade - poucos tem coragem de assumir o que quer que seja como opção verdadeiramente política, daí o recurso a torto, e a direito, a estudos e mais estudos, e a carradas de pareceres. Analisassem-se os mesmos, nos últimos anos e descobrir-se-iam estranhos ecossistemas e curiosas interligações. Mas disso não se fala. Pessoalmente eu não estranho (da legalidade não comento) que um secretário de estado peça a uma empresa que é ou já foi de um seu ajudante que faça isto ou aquilo, o que eu estranho - mas devo ser só eu - é a necessidade de no caso concreto das SCUTs - uma opção iminentemente política, ser preciso um estudo, e logo pelos valores de que se fala. Particularmente porque o que vem nesse estudo é ululantemente óbvio e manifestamente nada original. Bastava por exemplo consultar os arquivos deste blog, ler algumas prosas do António Duarte (publicadas cá e no DN) e estava lá tudo. O drama não é sequer a alegada pequena ou média vigarice - o grande drama é que aquela gente se demite de pensar. Nem sequer o absolutamente óbvio tem coragem de assumir. Precisaram de estudos. Demitem-se eles, e demite-se o Estado. Demitimo-nos muitos de nós. É a negação da política.
P.S. Já agora - e a propósito de estudos - as universidades em Portugal servem para quê ?
Ao que parece José Sócrates vê a esmagadora votação na sua pessoa, nas eleições internas que decorreram no PS, como um voto de confiança na sua pessoa e nas suas políticas.
Pois sim, só que o arrazoado de razões que levou à votaçáo esmagadora em Sócrates não é diferente daquele que num passado recente levou dr. Lopes a ser eleito - sem oposição - num certo Congresso, de má memória, do PSD em Braga.
Sócrates está em cima na
exacta medida em que parecer que tem poder para dar e distribuir, só e apenas.
É que a política em Portugal não se discute - obdece-se, porque ou se está (com) ou se é do contra.
O resto é fólclore.
Os argumentos em defesa das Scut são dois: a inexistência de estradas alternativas e o desenvolvimento económico das regiões servidas pelas Scut. Não me parece que o argumento da falta de alternativa seja válido e que o do desenvolvimento regional seja consistente.
O argumento da inexistência de alternativa
Se a ausência de alternativas constitui um argumento aceitável para as Scut, porque motivo as viagens de avião para as regiões autónomas são cobradas? Que se saiba alguém que se queira deslocar à Madeira ou aos Açores não tem outra hipótese senão ir de avião e nem sequer pode beneficiar de voos de baixo custo, e nem a TAP u a ANA se preocupam muito com o facto.
Poderiam ser dados dezenas de exemplos em que a inexistência de uma alternativa não determina a gratuitidade de um serviço público, e a utilização de uma auto-estrada não é outra coisa senão um serviço prestado aos cidadãos.
Se numa localidade houver uma universidade privada o Estado deve suportar os seus custos das propinas se na mesma localidade não houver uma universidade pública? Não se entende porque o princípio da alternativa serve para alguém que vai fazer turismo e já não é aplicável para um jovem que queira estudar.
O argumento da alternativa não só não é lógico como é injusto, há centenas de situações em que os cidadãos suportam custos adicionais porque são confrontados com situações em que não têm alternativas e o Estado não lhes pode inventar uma “borla”. Estas “borlas” só existem onde o Estado investe em auto-estradas ou noutras infra-estruturas, havendo muitas regiões do país que não beneficiam de quaisquer investimentos significativos. Compare-se, por exemplo, quanto custa um quilómetro de auto-estrada com o investimento que o Estado fez em infra-estruturas públicas em concelhos com São Brás de Alportel, Barrancos, Alcoutim e muitos outros.
E como se não bastasse há situações em que havendo alternativa se questiona a sua funcionalidade, como sucede com a Via do Infante, isto é, em limite o argumento da alternativa só vai deixar de colocar quando esta for tão boa como a Scut, ou seja, para que algumas Scut fossem eliminadas ter-se-ia que construir uma auto-estrada alternativa. No Algarve teríamos a EN 125 transformada em via rápida com quatro faixas e sem custos para o utilizador e então poderia ser instaladas portagens na Via do Infante que ficaria às moscas e a receita nem daria para pagar o seu funcionamento
O argumento do desenvolvimento regional
Associar o desenvolvimento regional aos custos de utilização das auto-estradas é a melhor das ilusões económicas criadas para justificar as Scut. Só não se entende porque motivo o mesmo critério não se aplica, por exemplo, ao TGV ou a todos os meios de transporte.
Não é com borlas nas auto-estradas que se promove o desenvolvimento económico das regiões, são muitos os exemplos que o demonstram, são muitas as regiões desenvolvidas servidas por auto-estradas pagas e nunca alguém se lembrou de referir as portagens como um factor de desenvolvimento.
Se o problema é a pobreza a solução para a eliminar é a concessão de ajudas directas ao rendimento, seja sob a forma de medidas sociais, como o rendimento mínimo, ou sob a forma de medidas de política agrícola para sustentar produções e fixar populações numa actividade que apesar de imprescindível não é economicamente viável. Se o problema é a competitividade da região que se invista no ensino e na formação profissional que se aposte também noutras infra-estruturas como, por exemplo, telecomunicações ou parques industriais, que se combata a burocracia e a corrupção, ou criem-se vantagens fiscais que permitam às empresas apostar nessas regiões.
A maior parte das borlas das Scut são ajudas ao rendimento de cidadãos que estão de passagem, ou mesmo às elites locais, são benefícios para empresas que não investem nessas regiões ou mesmo de empresas que pouco ganham em competitividade com esses benefícios, nada assegurando que invistam estes ganhos em competitividade.
Proposta
Portugal carece de medidas activas de desenvolvimento regional, precisa mesmo de investir fortemente nesse vector, sob pena de daqui a algumas décadas vivermos todos em três ou quatro cidades e com graves problemas ambientais resultante do abandono do interior.
Por isso há que questionar se os muitos milhões de euros que as Scut custam ao país são um bom investimento tendo em vista o desenvolvimento das regiões. Não só não o é, como cria uma situação injusta, para manter estes custos quase não sobra um tostão para investir nas outras regiões. Além disso agrava as assimetrias pois concentra todos os investimentos junto às regiões servidas pró essas auto-estradas.
Façam-se as contas a quanto custam as Scuts e compare-se com que o Estado investe noutras regiões não servidas por borlas. Se a aposta é mesmo ao desenvolvimento dessas regiões, então seria bem mais vantajoso que o equivalente às borlas fosse investido nessas regiões.
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