segunda-feira, 2 de outubro de 2006

FINANCIAMENTOS...

O caso que envolve financiamento partidário ilegal por agentes políticos e empresários sem escrúpulos, falsificação, fraude e enriquecimento pessoal não é só na distrital de Lisboa do PSD, atinge também outros partidos, mesmo que tais factos nunca se conheçam.
A democracia tem a suas zonas cinzentas onde nem a fiscalização nem a transparência chegam. Mas todos nós sabemos o que são os partidos políticos e para servem, e segundo uma formulação clássica eles são assim delimitados num quadro de concorrência no mercado político eleitoral:

1. Uma organização com continuidade a nível local cuja esperança de vida seja superior à dos seus dirigentes

2. Dotada de comunicações regulares no plano nacional

3. Vontade deliberada dos dirigentes locais e nacionais para tomar e exercer o poder, a sós ou em coligação com outros e não influir apenas sobre ele.

4. E procurar o apoio popular através de eleições ou de qualquer outra forma.

Na prática os partidos contribuem para criar ou manter a consciência política, garantindo a informação e a formação da opinião. Assegurando o enquadramento temático, doutrinal ou ideológico dos eleitores e dos candidatos. Teoricamente, graças aos candidatos o eleitor saberá melhor quais as ideias e quais os programas dos candidatos e, portanto, do seu programa de acção.


O problema é que os partidos, como explicou Robert Michels, que muitos caciques hoje entalados por fortes suspeitas e indícios de práticas fraudulentas, nem sequer sabem ou leram - porque, no fundo, além da sua esperteza salóia para se tornarem deputados sempre foram mal nutridos dos neurónios, são organizações pouco democráticas.
Em rigor são organizações que dão origem à dominação dos eleitos sobre os eleitores, dos mandatários sobre os mandantes, dos delegados sobre os delegantes.
Quem diz organização diz oligarquia, segundo a velhinha expressão de R. Michels.

Mas doravante e para contemplar certas práticas corruptas e fraudulentas que envolvem financiamento Partidário Ilegal, nepotismo no aparelho partidário e de Estado, pagamento de quotas com dinheiros (de empresários) duvidosos sabe-se lá se a troco de compra de poder (ou decisões que levem a isso), favores vários, contrapartidas financeiras, económicas ou outras - aquela fórmula de Robert Michels terá de sofrer um alargamento do seu campo teórico para, assim, contemplar as práticas que envolvem a realidade partidária portuguesa, e incluir na formulação uma nuance:

Onde se diz - Quem diz organização diz oligarquia - acrescente-se enriquecimento pessoal, nepotismo e outras corruptelas.

Talvez isto ajude a explicar por que razão os eleitores e os cidadãos em geral cada vez se afastam mais da política formal, cunhando o grosso dessa classe como um bando de gente que se quer privilegiar e procurar vantagens no Estado sendo escassos aqueles que verdadeiramente procuram um ponto de convergência e de coesão entre todos os interesses a partir duma hierarquização dos membros e de certos projectos de coesão social diferenciados.

Em suma, também neste mercado (político) e eleitoral a política partidária se faz como na economia, i.é, por recurso à concorrência imperfeita. E aqui, consabidamente, há sempre quem ganhe fraudulentamente e quem perca injustamente.

Quando se corrigirem esses dispositivos talvez a democracia se renove, a cidadania ganhe chama e muitos dos melhores que hoje estão afastados se possam reaproximar às estruturas partidárias. Até lá esperemos que a sociedade e a Justiça (em particular, que tem um mandato da sociedade) varra da história certos caciques corruptos que foram para a política para se governarem a si próprios servindo-se precisamente do estatuto do poder que alcançaram para engrandecer ainda mais o seu património, o seu tráfico de influências e, assim, puderem mais e melhor esbulhar o Estado para enriquecimento (ilícito) em causa própria, comprarem porder, etc, etc, etc...

Infelizmente, conheci alguns desses chicos-espertos, sei o que valem: nunca valeram nada e mais tarde ou mais serão apanhados nas malhas da Justiça depois de já terem sido julgados pelo tribunal da Opinião pública - por vezes bem mais justo, celere e eficaz.

Infelizmente, a imagem infra deveria representar a regra em boas democracias pluralistas, mas em certos casos o que se encontra por entre aquelas mãozinhas sabujas são notas senhor!!!
Notas musicais - perguntará o leitor?
Não, notas das outras...
Das que seguem em sacos de plástico, de sarrapilheira e também, segundo, consta, em malas, malas pretas - mas parece que também as há doutras cores na paleta corruptiva em que hoje se transformou o financiamento partidário geral.
Creio que a blogosfera mais consciente os deve denunciar e, se possível, explicando porquê.

Pedro Manuel

12 Comments:

At 2 de outubro de 2006 às 19:29, Anonymous Anónimo said...

este pedro manuel ja mete nojo...discorta..bah..

 
At 2 de outubro de 2006 às 20:30, Anonymous Anónimo said...

A noticia deste post é tudo verdade e temos em Taveira Pinto e nos socialista o grande exemplo do nosso concelho, fora com eles, fora com a corrupçao.

 
At 2 de outubro de 2006 às 20:37, Anonymous Anónimo said...

A noticia deste post é tudo verdade e temos em Taveira Pinto e nos socialistas o grande exemplo do nosso concelho, fora com eles, fora com a corrupçao.

 
At 2 de outubro de 2006 às 20:51, Anonymous Anónimo said...

Bin Laden não precisa de atacar Portugal, por cá temos uma imensa organização que provoca mais prejuízos ao país do que duas ou três bombas.
Os dinheiros desviados do Estado permitiriam melhorar os cuidados médicos de forma a poupar muito mais vidas do que as que se perderiam com um dos seus atentados.
A rede de padrinhos corruptos prejudicam muito mais a nossa economia ao asfixiar a concorrência e ao estimular os mais fracos do que o impacto negativo duma explosão. Bin Laden não precisa de atacar Portugal, nós já cá temos a nossa Al-Qaeda.

Bin-Laden não inventou nada com a sua Al-Qaeda, os nossos corruptos há muito que criaram uma estrutura assente no mesmo modelo orgânico da organização do terrorista saudita.
A estrutura em células, o recurso privilegiado às comunicações informais, a multiplicação de células em torno dos mesmos princípios do Rizoma (de que o gengibre é um exemplo - de raízes horizontais e de solidariedades biológicas transversais), o silêncio dos seus membros, qual omerta siciliana, a transferência de dinheiro sem recurso ao sistema bancário, são as regras de funcionamento de uma imensa organização cujas estruturas se dissemina por toda a sociedade.

É uma organização que cresce graças ao que poderia designar como “efeito Taveira Pinto”, uma cadeia de relações humanas estruturadas a partir de trocas de favores, que cresce segundo o princípio de que o “amigo do nosso amigo, nosso amigo é”.
Lembro-me de ter tido um colega que pertencia ao círculo de amigos de Taveira Pinto, tinha tantas agendas de telefone que lhe sugeria que em vez de anotar os números seria mais fácil sublinhá-los na lista telefónica. Esse meu colega fazia todos os favores que podia, os que estavam ao seu alcance e os que poderia conseguir recorrendo às suas agendas.

Se na Al-Qaeda de Bin Laden os terroristas têm nos laços religosos, o elemento de identificação onde o íman desempenha um papel central, na nossa Al-Qaeda o íman é sustituído pelo amigo mais poderoso.
Existem muitos no Fisco, no Futebol, nas Autarquias, nos Partidos, na Construção Civil e no Pato-Bravismo em geral.
Todos sabemos quem são os ímans da corrupção nessa grande "esfera armilar" que aqui até poderemos designar por "futebolítica".
Não podemos provar nada, a sociedade tem medo deles, mas toda a gente sabe quem são e onde estão.

Desempenham um papel mais parecido ao do íman fundamentalista do que ao dos padrinhos da máfia siciliana, estes não se matam, não tentam dominar o negócio, são antes amigos, partilham a mesma “religião”, são solidários, os seus seguidores optam pela partilha e pelo entendimento em vez do conflito (que deitaria tudo a perder).

E enquanto a Al-Qaeda é visada por todos os meios de investigação, por todas as polícias, das conhecidas às secretas, a nossa Al-Qaeda beneficia de total impunidade.

 
At 3 de outubro de 2006 às 22:31, Anonymous Anónimo said...

Brilhante, Pedro Manuel, mas sugiro que seja mais sintéctico.

 
At 4 de outubro de 2006 às 07:04, Anonymous Anónimo said...

pedro manuel dou t um conselho... deixa d ser parva, e s krx ir pra algum lugar CMMPS deixa d ser estudido..ganda trol..va ó bakano continua natua estupidez vais longe...ganda palhaço..ja n digo mais..

 
At 4 de outubro de 2006 às 07:06, Anonymous Anónimo said...

TODA A GENT SAB K TU TENS A MANIA K SCREVES ALGUMA COISA..GANHA TATO..TACTO...

 
At 4 de outubro de 2006 às 07:13, Anonymous Anónimo said...

LE OS ARTIGOS DA PONT DESE DETE MES VAI..AXIM VES UM CRITERIO EDITORIAL K DEFENDI E K AQGORA CAGO..O AKBUQUERQUE É MERDA E AINDA N S APERCEBEU DISSO..É MM ESTUPIDO..ENKANANTO A GENT VAI S GRIZANDO À PALA DO K ELE PENSA SER JORNALISMO.... TRAQUETE PRO ENTERRO...CARDOSO PA PONT O MIUDO FODE TUDO! PRA VCS MERDA..KERO O CARDOSO A DZER MAL DOMPINTO COMO ELE DIZ NO PX!KRL! GODA CURTOTE MIUDO EU SEI KEM ÉS E SO POR IXO T LEIOU

 
At 4 de outubro de 2006 às 16:20, Anonymous Anónimo said...

O Presidente estava preocupado.
Começaram a caçar os corruptos.
O Presidente não era nada honesto.
Preciso fazer alguma coisa. Tomar precauções.
Resolveu marcar uma reunião. Com políticos do seu partido.
Era uma noite de sexta-feira. Na mansão do presidente ali na encosta
Estavam todos reunidos. O presidente, os vereadores, o director.
E a belíssima Assessora.
O uísque corria solto. Os ânimos exaltavam.
Serviam-se charutos e empadinhas.
O vereador não tirava os olhos da assessora do presidente.
O director também estava interessado.
Foi quando o presidente percebeu. E gritou com voz arrastada.
- esta assessora é minha. Ninguém toca nela.
Completamente bêbado, agarrou o vereador pelos colarinhos.
A assessora sorriu .
- Eu sou de todos vocês. A corrupção deixa-me toda excitadinha.
Vamos para a cama. Um de cada vez.
Todos alinharam.

A política é promíscua.

 
At 4 de outubro de 2006 às 16:26, Anonymous Anónimo said...

Adelaide era de uma família muito rica.

Casou-se com o António.

Um Pobre.

No princípio era amor.

Depois, não.

António desprezo -te.

Por ser pobre não é?

É. Pobre. Desventurado. Sem um euro.

António sentia-se. Humilhado.

Um dia serei rico.

Teve uma ideia.

Pôs um anúncio no jornal.

Vendo o próprio corpo.

Prostituto para homens.

Másculo. Peludo.

Ganhou uma fortuna.

Hoje é ele que humilha a mulher.

Estou rico e ponho-te os cornos.

Adelaide sorri.

Amo-te António.



Como é difícil entender o coração de uma mulher

 
At 4 de outubro de 2006 às 16:32, Anonymous Anónimo said...

Para aqueles que tem a memória curta:
MAIS UMA DO TAVEIRA PINTO [ QUERIA UM TACHO PARA O IRMÃO ]

O Centro de Emprego e Formação Profissional de Ponte de Sôr, tem nova directora, a licenciada Sandra Cardoso, técnica superior do IEFP de Portalegre.
O Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Sor, João José Taveira Pinto, ficou mais uma vez, muito irritado com esta nomeação, pois estava a contar com o lugar para o seu irmão João Manuel de Carvalho Taveira Pinto.

A nomeação de Sandra Cardoso provocou mais um ataque ao Taveira Pinto, o qual telefonou de imediato para as estruturas regionais do IEFP (conversa telefónica que o blog teve acesso):

- Tá, fala Taveira Pinto, presidente da Câmara de Ponte de Sor... que merda é esta de nomearem esta gaja aqui para o Centro de Emprego e Formação Profissional de Ponte de Sôr, em vez do meu irmão...

Delegad... Regional - Diga Senhor Presidente...

- Nomearam esta gaja e não o meu irmão... vão estar fodidos... não contem mais comigo...


Como daquí levou sopa...

Telefonou de seguida à nomeada Sandra Cardoso:


- Tá, tá, fala Taveira Pinto, sua p..., então és a nomeada, tá bem... é para dizer que não contes com a Câmara Municipal de Ponte de Sor, para apoiar o Centro de Emprego e Formação Profissional de Ponte de Sôr.

O TAVEIRA PINTO NO SEU MELHOR

 
At 20 de outubro de 2006 às 22:21, Anonymous Anónimo said...

loll... Agora também tem acesso ás chamadas telefónicas... vosses são mesmo ridiculos... Daqui nada temos o caso do evelope9 em ponte de sor... lol.. vosses so dizem é porcaria e falam de tudo o que não sabem... taxos deu o Zé Amante enquanto foi presidente, que fez da camara o centro de emprego... tenham vergonha meus senhores... cobardes!!!

 

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