segunda-feira, 25 de setembro de 2006

ONDE É QUE ISTO VAI PARAR?




Mais que perder tempo com uns senhores há dias reunidos no "Compromisso do Capital" - o qual, por ausência de rigor e completa falta de vergonha, apareceu com a última palavra trocada por Portugal -, parece bem mais importante para o nosso futuro estar atento às últimas notícias do Ministério da Saúde.

A verdade é que a rapaziada destas reuniões do Beato vai dizendo e propondo o que já se percebeu que não é novidade e que está - ou será - incorporado por este executivo (dito) socialista. Por isso, por razões de sanidade mental e para fazer jus à máxima de que "enquanto o pau vai e vem, folgam as costas", será preferível concentrar atenções no pau de marmeleiro com que o Dr. Correia de Campos está de novo a agredir os portugueses e de forma especial os mais desfavorecidos.

Já não basta ao Ministro querer fechar serviços de atendimento permanente, maternidades, centros de saúde, tudo com base em critérios tecnocráticos que são sobretudo consequências do desinvestimento público e/ou de políticas que provocam a desertificação e litoralização do País.
Esta semana, o Dr. Campos foi ainda mais longe e anunciou também o encerramento de urgências hospitalares!

Será mais meio milhão de portugueses sem urgências hospitalares públicas mas que em breve terão - obviamente pagando, muito e bem - urgências abertas em unidades hospitalares de grupos privados de saúde geridas por alguns dos mentores do tal "Compromisso do Capital".
Quem não puder pagar passará a ir ao "endireita ou ao curioso", forma supletiva com que o Governo PS parece estar a encarar o Serviço Nacional de Saúde universal e tendencialmente gratuito de que fala a Constituição!

A fúria do Dr. Campos não se esgotou nos encerramentos, aumentou de novo as taxas moderadoras e alargou-as a novos serviços, desta vez aos internamentos e às cirurgias.
Há muito que nos tentam convencer que as taxas moderadoras servem para impedir que os utentes utilizem sem razão serviços de saúde e urgências.
O Dr Campos quer agora meter-nos na cabeça que, quando somos internados ou levados para a sala de operações, tudo é também uma espécie de passatempo e não uma evidente e inadiável necessidade de saúde.
A continuar assim, o Dr Campos ainda decide pôr os médicos a pagar taxas moderadoras para impedir que nos internem ou nos operem tanto, procurando desta forma libertar mais enfermarias e poupar no pessoal...
Assim teríamos - objectivo supremo do Governo - controlados os gastos na saúde! O que não teríamos certamente era Serviço Nacional de Saúde.


H.N.

1 Comments:

At 27 de setembro de 2006 às 19:17, Anonymous Anónimo said...

TUDO VAI BEM NESTE PORTUGAL ENTREGUE A TAL GENTE:

«O ministro da Saúde, António Correia de Campos, confirmou esta quarta-feira na Comissão Parlamentar de Saúde a intenção do Governo em aumentar as taxas moderadoras nos casos de internamento hospitalar ou de cirurgias em ambulatório.
Uma alteração que deverá entrar em vigor no próximo ano.

O governante justificou a medida como uma forma de “valorizar os serviços” prestados para que o doente possa ser “mais exigente” junto daqueles que o tratam. Correia de Campos alegou também que esta medida já é aplicada noutros países europeus, mas não quis avançar valores para as novas “taxas de utilização”, limitando-se apenas a dizer que serão simbólicos. Apesar de tudo, referiu o caso da Alemanha, onde uma diária hospitalar custa 10 euros.

“Se o cidadão estiver a pagar uma pequena taxa de internamento por dia, ele próprio incentiva o hospital, aqueles que o tratam, a se não houver necessidade, a libertarem-no para ir para casa”, comentou o ministro, sublinhando que a “valorização dos serviços” é também importante "para que o doente possa ser mais exigente e para que se gere maior responsabilidade daqueles que o tratem”.

Durante a sua intervenção na Comissão Parlamentar de Saúde, Correia de Campos acabou por admitir que a medida tem também uma justificação económica, já que vai ajudar o ministério que tutela a pagar aos fornecedores contribuindo, assim, para o orçamento da Saúde. “Não se pense que o ministro toma medidas de criação de novas taxas com ânimo leve ou sequer sem pena. Eu tenho uma enorme mágoa de ter de entrar neste tipo de medidas, mas tenho de cumprir um orçamento”, disse, acrescentando que “se não cumprisse teria toda a gente a morder-me às canelas”, nomeadamente os fornecedores do Serviço Nacional de Saúde.»

DEPOIS NÃO SE QUEIXEM!

 

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