Parece que os defensores do não recorreram à inseminação artificial e os movimentos defensores do aborto clandestino conseguiram triplicar os movimentos, de forma a dominar os tempos de antena. Muito espertos estes "niet".
E o Cardeal Patriarca de Lisboa parece ter defendido a contracepção e aborto químico
Depois de se ter esquecido das propostas para a defesa da vida, que foram feitas na campanha do primeiro referendo, os mais fundamentalistas do "não" e a própria Igreja Católica socorre-se de tudo o que lhes vem à cabeça para justificarem a sua posição. Chega-se ao cúmulo de o próprio Cardeal Patriarca justificar que, com a contracepção e os medicamentos (leia-se aborto químico), não faz sentido alterar a lei. Outros com menos pruridos defendem que se não há registo de mulheres mortas ou presas a legalização não faz sentido, isto é, mandaram a defesa da vida à fava.
Pelas declarações do Vaticano parece que a defesa da vida se joga no Lisboa-Dakar.
Declarações de D. António Moreira Bispo de Bragança-Miranda compara aborto à pena de morte O bispo da diocese de Bragança-Miranda e vice-presidente da Conferência Episcopal, D. António Moreira Montes, comparou hoje o aborto à pena de morte, usando como termo de comparação o enforcamento do ex-Presidente iraquiano Saddam Hussein, noticiou a agência Lusa. "Todos ficaram horrorizados com a execução de Saddam. O aborto é apenas uma variante da pena de morte", disse D. António Moreira Montes, durante uma reunião da diocese de Bragança-Miranda sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, o tema que será submetido a referendo no próximo dia 11 de Fevereiro. (...)
É por estas e por outras que a Igreja está como está: desqualificada, deserta, fundamentalista, retrógrada, desprestigiada, bafienta e esquizofrénica dado ter-se afastado dos problemas sociais que era suposto saber proteger sem ser por recurso a dogma e ao fanatismo religioso. Dito desta maneira até dá vontade de ser tão fundamentalista quanto este tal prelado Moreira - e perguntar-lhe o que é que ele sentiu ao ter representado o papel de carrasco da razão ao ter manipulado este seu execrável argumento equiparando a IVG ao enforcamento do ditador de Bagdad.. Que exagero, credo!!! Estes padrecos, padrelhos, de história só leram a Bíblia atravessada - porque os tempos dos seminários eram sempre muito intensos e perversos e luxuriantes, e de lá formataram a sua cosmovisão do mundo, por vezes profundamente deformada. Se calhar é por estas razões que as igrejas só se enchem aos domingos - que é quando os lares de 3ª Idade empurram as pessoas para o interior das igrejas, mas sem nenhuma espiritualidade. Enquanto a Igreja tiver um comportamento tipo rolo-compressor em relação a quem pensa diferente estará condenada ao fracasso. Ela até pode evocar a sua mileniaridade, mas não deixa de servir só a alguns, e é pena. É pena porque desejaria ver esta padralhada - muitos dos quais pederastas e com baixa cultura religiosa e histórica - preocuparem-se com as crianças que morrem de HIV e hepatite por esse mundo fora, e para com esses nem Uma palavrinha. Porra! O Eça bem razão tinha...
Se o aborto é comparável à pena de morte porque motivo nunca via a Igreja Católica tão esganiçada contra a pena de morte como está contra o aborto? Que fez a IC dos EUA contra as execuções na naquele país ou contra a execução de Saddam, usada agora pela IC portuguesa para estabelecer a comparação?
Há muito tempo que não visito o Abrupto do Pacheco Pereira, podem dizer-me se ele ainda dedica muitos posts ao que se passa no Iraque?
D. José Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa, prometeu que a Igreja não participaria na campanha do referendo o que não esta a cumprir, todos os dias há um alto responsável da Igreja, incluindo o próprio cardeal, a intervir. Será que D. José mudou de ideias ou recebeu algum recado do Vaticano?
«Entre todos os movimentos do «não», o maior orçamento é o da «campanha milionária» da «Plataforma Não Obrigada», que inscreveu 427.735 euros de despesas, segundo o Bloco de Esquerda. Desses, 363 mil já foram gastos desde Dezembro em outdoors e panfletos distribuídos pelas caixas de correio, ainda de acordo com números fornecidos pelo Bloco de Esquerda à Lusa. » [Portugal Diário]
Pergunte-se a Paulo Teixeira Pinto qual foi o montante do contributo do Millennium/Opus Dei.
D. JOSÉ ASSEGUROU QUE A IGREJA NÃO IRIA FAZER CAMPANHA
E agora não se cala:
«O cardeal-patriarca de Lisboa, D.José Policarpo , defendeu hoje que uma lei que permita o aborto é um atropelo à civilização, vai contra os valores chave e é um sinal de desvio preocupante. O texto é o segundo de um conjunto de cinco a respeito do Referendo sobre o aborto que o cardeal-patriarca pretende divulgar semanalmente.
"Uma lei que permita a destruição da vida humana é um atropelo de civilização, sinal de desvio preocupante no conjunto de valores éticos que são a base das sociedades humanistas, tão arduamente construídas ao longo de séculos", escreve D. José Policarpo num documento intitulado "Referendo: Sim ou Não".» [Público]
Pergunte-se a D. José Policarpo que ordens recebeu do Vaticano, para que esteja a fazer o contrário do que tinha prometido.
5 Comments:
Parece que os defensores do não recorreram à inseminação artificial e os movimentos defensores do aborto clandestino conseguiram triplicar os movimentos, de forma a dominar os tempos de antena. Muito espertos estes "niet".
E o Cardeal Patriarca de Lisboa parece ter defendido a contracepção e aborto químico
Depois de se ter esquecido das propostas para a defesa da vida, que foram feitas na campanha do primeiro referendo, os mais fundamentalistas do "não" e a própria Igreja Católica socorre-se de tudo o que lhes vem à cabeça para justificarem a sua posição. Chega-se ao cúmulo de o próprio Cardeal Patriarca justificar que, com a contracepção e os medicamentos (leia-se aborto químico), não faz sentido alterar a lei. Outros com menos pruridos defendem que se não há registo de mulheres mortas ou presas a legalização não faz sentido, isto é, mandaram a defesa da vida à fava.
Pelas declarações do Vaticano parece que a defesa da vida se joga no Lisboa-Dakar.
Declarações de D. António Moreira Bispo de Bragança-Miranda compara aborto à pena de morte O bispo da diocese de Bragança-Miranda e vice-presidente da Conferência Episcopal, D. António Moreira Montes, comparou hoje o aborto à pena de morte, usando como termo de comparação o enforcamento do ex-Presidente iraquiano Saddam Hussein, noticiou a agência Lusa. "Todos ficaram horrorizados com a execução de Saddam. O aborto é apenas uma variante da pena de morte", disse D. António Moreira Montes, durante uma reunião da diocese de Bragança-Miranda sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, o tema que será submetido a referendo no próximo dia 11 de Fevereiro. (...)
É por estas e por outras que a Igreja está como está: desqualificada, deserta, fundamentalista, retrógrada, desprestigiada, bafienta e esquizofrénica dado ter-se afastado dos problemas sociais que era suposto saber proteger sem ser por recurso a dogma e ao fanatismo religioso.
Dito desta maneira até dá vontade de ser tão fundamentalista quanto este tal prelado Moreira - e perguntar-lhe o que é que ele sentiu ao ter representado o papel de carrasco da razão ao ter manipulado este seu execrável argumento equiparando a IVG ao enforcamento do ditador de Bagdad..
Que exagero, credo!!!
Estes padrecos, padrelhos, de história só leram a Bíblia atravessada - porque os tempos dos seminários eram sempre muito intensos e perversos e luxuriantes, e de lá formataram a sua cosmovisão do mundo, por vezes profundamente deformada. Se calhar é por estas razões que as igrejas só se enchem aos domingos - que é quando os lares de 3ª Idade empurram as pessoas para o interior das igrejas, mas sem nenhuma espiritualidade.
Enquanto a Igreja tiver um comportamento tipo rolo-compressor em relação a quem pensa diferente estará condenada ao fracasso.
Ela até pode evocar a sua mileniaridade, mas não deixa de servir só a alguns, e é pena.
É pena porque desejaria ver esta padralhada - muitos dos quais pederastas e com baixa cultura religiosa e histórica - preocuparem-se com as crianças que morrem de HIV e hepatite por esse mundo fora, e para com esses nem Uma palavrinha. Porra!
O Eça bem razão tinha...
3 DÚVIDAS:
Se o aborto é comparável à pena de morte porque motivo nunca via a Igreja Católica tão esganiçada contra a pena de morte como está contra o aborto? Que fez a IC dos EUA contra as execuções na naquele país ou contra a execução de Saddam, usada agora pela IC portuguesa para estabelecer a comparação?
Há muito tempo que não visito o Abrupto do Pacheco Pereira, podem dizer-me se ele ainda dedica muitos posts ao que se passa no Iraque?
D. José Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa, prometeu que a Igreja não participaria na campanha do referendo o que não esta a cumprir, todos os dias há um alto responsável da Igreja, incluindo o próprio cardeal, a intervir. Será que D. José mudou de ideias ou recebeu algum recado do Vaticano?
O NÃO NADA EM DINHEIRO
Diz o BE:
«Entre todos os movimentos do «não», o maior orçamento é o da «campanha milionária» da «Plataforma Não Obrigada», que inscreveu 427.735 euros de despesas, segundo o Bloco de Esquerda. Desses, 363 mil já foram gastos desde Dezembro em outdoors e panfletos distribuídos pelas caixas de correio, ainda de acordo com números fornecidos pelo Bloco de Esquerda à Lusa. » [Portugal Diário]
Pergunte-se a Paulo Teixeira Pinto qual foi o montante do contributo do Millennium/Opus Dei.
D. JOSÉ ASSEGUROU QUE A IGREJA NÃO IRIA FAZER CAMPANHA
E agora não se cala:
«O cardeal-patriarca de Lisboa, D.José Policarpo , defendeu hoje que uma lei que permita o aborto é um atropelo à civilização, vai contra os valores chave e é um sinal de desvio preocupante. O texto é o segundo de um conjunto de cinco a respeito do Referendo sobre o aborto que o cardeal-patriarca pretende divulgar semanalmente.
"Uma lei que permita a destruição da vida humana é um atropelo de civilização, sinal de desvio preocupante no conjunto de valores éticos que são a base das sociedades humanistas, tão arduamente construídas ao longo de séculos", escreve D. José Policarpo num documento intitulado "Referendo: Sim ou Não".»
[Público]
Pergunte-se a D. José Policarpo que ordens recebeu do Vaticano, para que esteja a fazer o contrário do que tinha prometido.
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