terça-feira, 10 de abril de 2007

QUANTO MAIS SE MEXE NA M..., MAIS MAL CHEIRA

Não é que acrescente muita coisa ao que já se sabe, mas parece incontroverso que o Primeiro-ministro usou indevidamente não só o título de engenheiro, como a informação falsa de que tinha uma licenciatura em engenharia muito antes de efectivamente a ter, a julgar pela versão que dá do seu currículo. Por mero acaso, quando verificava umas datas biográficas, consultei a edição de 1994 de Classe Política Portuguesa de Cândido de Azevedo, feita em parte com base nas informações fornecidas pelos próprios e é assim que José Sócrates é apresentado:


José Pacheco Pereira

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6 Comments:

At 10 de abril de 2007 às 23:13, Anonymous Anónimo said...

Na TVI, Miguel Sousa Tavares largou uma interessante ponderação. O procurador-geral da República, quando a D. Carolina escreveu aquele livro sobre a flatulência do sr. Pinto da Costa, disse publicamente que o mandou ler e até nomeou uma equipa para tirar as devidas ilações das memórias azuis da senhora. Agora, o mesmo PGR acha que o tema UnI/diplomas é irrelevante para os mesmos efeitos. O "pacto" sobre a justiça frutifica.

 
At 10 de abril de 2007 às 23:14, Anonymous Anónimo said...

NÃO HAVIA NEXEXIDADE DISTO...
Pinto Monteiro dixit: “Até ao momento não há qualquer motivo para investigar nenhum diploma" da Universidade Independente (UnI), incluindo o de José Sócrates”.


Pois, parece que o senhor ou é surdo ou não lê jornais ou vê T.V.
É que ler blogues já sabemos que não o faz, mandando a “empregada” não o lembrar que existem.


Mas o que estará ele realmente á espera, que o outro assuma os erros? Que alguém faça uma queixa-crime contra usurpação de títulos académicos ou falsificação de documentos?


Ou estará a acreditar piamente nas palavras do ministro que já sabemos que não é gago, pois ontem não gaguejou ao fazer a apologia do Sócrates?

 
At 10 de abril de 2007 às 23:19, Anonymous Anónimo said...

Em nome do " purismo", conviria que José Sócrates, amanhã, na entrevista à televisão, explicasse a reazão concreta pela qual, em 1993, se intitulava já "licenciado em engenharia", sem o ser verdadeiramente e por isso mesmo, mentindo descaradamente ( se esta notícia for verdadeira).
Não se trata de confundir os termos, fazendo-se passar, no trato comum, por engenheiro quando era apenas mero bacharel ou engenheiro técnico.
Trata-se exactamente de fazer constar num currículo oficial, a categoria de "licenciado em engenharia" quando efectivamente ainda o não era e eventualmente só o viria a ser três anos depois.
Agora, é muito simpes, Vital Moreira: não se trata de um purismo mesquinho, vir para aqui com estas coisas. Trata-se apenas de mera fraude, se esta notícia se confirmar. Fraude mesmo, percebe?!
Aditamento, às 17h e 20:
Afinal, segundo o sempre prestável Gabinete do Primeiro Ministro ( os gabinetes ministeriais fizeram-se tamém para isto, pelos vistos) foi "lapso" . De quem? Ora... "atribuível apenas aos serviços do grupo parlamentar ou aos serviços da Assembleia da República"
Acontece que estes serviços parlamentares não querem apanhar com a água sacudida do capote alheio, certamente no seguimento da sugestão para "sacudir a pressão".
Por isso, "estes serviços parlamentares de apoio lembram que se limitam a transcrever os dados que são preenchidos pelos deputados num impresso que existe para esse efeito. "
Pelos vistos, José Sócrates ou alguém por ele ( o Gabinete é do Primeiro Ministro, não é bem do senhor José Sócrates...) acham que somos todos uma cambada de parvos. "Os serviços parlamentares do PS" parecem não querer fazer a figura de urso e por isso temos mais matéria para investigar.
E que tal um inquérito parlamentar, esforçadíssimo Ricardo Rodrigues? E que tal mais um inqueritozinho, Fernando Rosas?!
Vamos má a isso. Façam o esforço do costume..

 
At 10 de abril de 2007 às 23:21, Anonymous Anónimo said...

Se há dois anos que alguns andavam a tentar suscitar dúvidas em torno da licenciatura de José Sócrates e nada de novo saiu durante esse tempo, porque motivo só agora o Público e o Expresso se interessaram sobre o tema? Se Sócrates não fez nenhuma cadeira durante este período o que mudou naqueles jornais para abordarem o tema?

Se a decisão e a escolha da localização do novo aeroporto foram decisões de um governo em que Marques Mendes era ministro e nunca se lhe conheceu qualquer opinião divergente em relação aos chefes que teve e entretanto não houve nenhum cataclismo que alterasse a morfologia dos terrenos da Ota o que levou o líder do PSD a tomar agora a iniciativa de lançar as dúvidas sobre a Ota, começando por envolver o Presidente da República nesta manobra?

Sobre a licenciatura de Sócrates já aqui opinei duas vezes, na primeira leve pancada dos seus admiradores, na segunda apanhei dos que o detestam, estamos quites. É evidente que a licenciatura de Sócrates não lhe daria acesso a um doutoramento no MIT que ele tanto admira mas daí a pensar que o primeiro-ministro copiou no exame ou pediu a alguém que assinasse o livro de termos vai uma grande distância, mesmo nas universidades tidas por mais sérias o difícil é entrar, sair com o canudo é uma questão de tempo. Não sei porque motivo Sócrates optou pela Independente, imagino quais possam ser os motivos mas não me parecem relevantes, mas depois de ver tanto burro com canudo não me parece que Sócrates fosse idiota ao ponto de fazer uma falcatrua só por uma ou duas cadeiras.

Quanto ao novo aeroporto não tenho dúvidas de que é necessário, de que terá que ser construído em qualquer lado, que não vai ficar à borla, que não há nenhum terreno vocacionado para a construção de aeroportos, que onde quer que fique vai ficar longe da casa de alguém, eu quaisquer que seja o local onde seja construído vão haver beneficiados e que não faltarão engenheiros doutorados nas melhores escolas para chumbar qualquer localização.
Então porque razão o país quase içou de pernas para o ar?

Coincidência ou não o jornal Público pertence a Belmiro de Azevedo, um empresário que ficou zangado com o Governo porque este não lhe estendeu o tapete na PT, coincidência ou não Belmiro de Azevedo, assim como Ricardo Salgado, teria muito a ganhar com uma localização do aeroporto a sul do TJ pois é nessa região que se localizam os seus investimentos políticos. Coincidência ou não o mesmo Marques Mendes que tentou relançar o debate da Ota foi o mesmo que poucos dias depois falou da privatização da RTP, coincidência ou não o número um do PSD é o dono do grupo empresarial que mais ganharia com a privatização da RTP, coincidência ou não pinto Balsemão é o dono do Expresso, o jornal que dias depois do Público lançou achas na fogueira da licenciatura de Sócrates com a SIC e a SIC Notícias da atribuir um destaque permanente ao assunto.

É evidente que são apenas coincidências, quem tem protagonizado os debates são jornalistas e engenheiros, só que muitos dos jornalistas que ouço por aí, para além de serem empregados exemplares de Pinto Balsemão ou de Belmiro de Azevedo, estão muito longe do meu conceito de jornalista sério e independente, da mesma forma que são raros os professores de engenharia que se limitam a dar aulas e não trabalham ou não desejem trabalhar para grandes grupos empresariais da construção.

Há qualquer coisa que não bate certo no meio disto tudo. Acho que as questões da localização da Ota ou a licenciatura de Sócrates devem ser discutida, mas seria uma grnade ingenuidade pensarmos que é apenas isso que está em causa. Esperemos para ver quem serão os "otários" no meio de todo este nevoeiro.

 
At 10 de abril de 2007 às 23:32, Anonymous Anónimo said...

Noticia hoje o Rádio Clube Português que em 1993, as biografias oficiais da Assembleia da República, mencionam uma «licenciatura em Engenharia Civil» no curriculum do deputado José Sócrates. Diz o RCP que também em Outubro de 1995, quando tomou posse como secretário de Estado adjunto do Ministério do Ambiente, José Sócrates assumiu, no decreto de nomeação para o governo de António Guterres publicado em Diário da República, o título académico de «engenheiro», ainda que a data da licenciatura na Universidade Independente seja apenas de Setembro de 2006.

O gabinete do primeiro-ministro apressou-se a vir esclarecer que foi um lapso "atribuível apenas aos serviços do grupo parlamentar ou aos serviços da Assembleia da República", logo desmentido pelos serviços, o que tornou a emenda pior que o soneto.

E assim, se vão avolumando as trapalhadas em torno da licenciatura de José Sócrates, cujas proporções ameaçam destroçar a credibilidade e a carreira do primeiro-ministro.

 
At 11 de abril de 2007 às 13:18, Anonymous Anónimo said...

O Santa Ingenuidade, ainda acreditam nestas coisas?
Da-sse mais valor a uma digna strip porque interessa deixar o pessoal adormecido.
Foi resolvido alguma coisa no caso Camarate??
Foi resolvido alguma coisa na ponte de Entre Rios????
Foi resolvido alguma coisa no comboi que caiu ao Douro??
Foi resolvido alguma coisa em qualquer coisa??
NUNCA
Agora mexer na Independente?? e nas outras que por ai proliferam??
SE fosse em Espanha ja estavam a ser averiguadas todass as privadas, mas aqui nao e sabem porque??
HA muitos "licenciados" no Governo.
Porque sera que o tal dito reitos da ind trabalha na CGD sob as ordens d eoutro licenciado tipo fast food (vara) este por Tras os Montes.

 

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