quarta-feira, 27 de junho de 2007

GEORGE ORWELL

Em época de

mentiras universais,

dizer a verdade é

um acto revolucionário
.

Etiquetas: , , , ,

7 Comments:

At 28 de junho de 2007 às 13:48, Anonymous Anónimo said...

É óbvio que, ao contrário do que tem vindo nos jornais, Berardo não insultou nem humilhou Mega Ferreira. Humilhante, para alguém com a estatura intelectual de Mega Ferreira, teria sido ser elogiado por alguém como Berardo. Para comprar arte basta ter dinheiro; não é, como se prova pela figura junta, preciso ter educação ou bom gosto. Parece que Berardo tem dinheiro, e é natural que a facilidade com que "comprou" ao Governo o Centro Cultural de Belém (com a singularíssima particularidade de o Governo ainda lhe pagar para ele o comprar) o tenha convencido de que tudo está à venda. E pelo menos muita coisa está, ou o Governo não assistiria de cócoras ao achincalhamento público de um seu delegado (na SIC, Berardo chegou, entre mais mimos "à la Jardim", a chamar doente mental a Mega Ferreira). O CCB é apenas um episódio da crescente "berardização" do país. E o deslumbramento venerador e obrigado da luzida representação governamental na inauguração do museu apenas outro. O que fez o pé de Berardo escorregar de novo para a chinela foi o facto de a "sua" bandeira não ter sido hasteada ao lado da do CCB. Ainda há-de chegar o tempo em que a bandeira de Berardo terá que ser hasteada ao lado da bandeira nacional ou em vez dela, ou Berardo demite o Governo.

 
At 29 de junho de 2007 às 00:19, Anonymous Anónimo said...

E para aquilo que vocês, esquerdalhada atrasada, ligam à bandeira portuguesa, não vos vai fazer diferença.

 
At 29 de junho de 2007 às 17:00, Anonymous Anónimo said...

Muitas vezes o Governo de José Sócrates é um espantalho: assusta-se a si próprio. Dizendo-se de esquerda (moderada ou pragmática, tanto faz) pratica uma política que causa vergonha a pessoas como Bagão Félix, como é o caso de célebre Livro Branco das Relações Laborais. No fundo, este Governo não é de esquerda ou liberal. Este é um Governo "jota".
Este é um Governo "jota". A sua ideologia é cinematográfica. Uma mistura de "Matrix" com "Crash". Tudo pelo poder (deles), nada contra o poder (deles). A sua política é de terra queimada em nome da renovação tecnológica e do reformismo. O seu sonho de mudança é algo que não passa de acne militante. É assim que, em nome da política jovem, tudo fica à beira do abismo: a saúde, a sociedade, a segurança e a própria economia. Quem acreditava na bondade das suas propostas começa a sentir na pele as feridas. Um Governo "jota" promete o rock dos Arctic Monkeys e oferece o dos Rolling Stones. Nele não há prudência, há pura obstinação. Não há reforma, há "lifting". Um Governo "jota" é um executivo sem sensibilidade e cujo único objectivo é ocupar o poder. E mantê-lo. A sua única ideologia é simples: planeamento leninista, centralismo político, destruição cruel do equilíbrio social, cegueira face a quem não faz parte do seu círculo de apoio eleitoral e imagem sexy. Um Governo "Jota" não liberaliza a sociedade civil: asfixia-a. Não escuta a memória da sociedade. Impo-lhe o que julga ser verdade. E é isso que está a acontecer.

 
At 29 de junho de 2007 às 17:01, Anonymous Anónimo said...

Não foi uma OPA. Joe Berardo simplesmente engoliu o CCB. Não foi preciso fritá-lo ou grelhá-lo. O CCB foi servido a Berardo como peixe cru. Em forma de sushi. Pela aprendiz de Maria de Lurdes Modesto de serviço à culinária cultural local, Isabel Pires de Lima. E sob o alto patrocínio do "chef" José Sócrates. Como sobremesa o prato foi António Mega Ferreira.
Como se fosse um pastelinho de Belém em versão "pop tarte". Ou a culinário em estilo "pop art". Não foi uma surpresa. Há muito que o destino de Mega Ferreira estava traçado. Ele era o último da cadeira alimentar definida para a política cultural indígena. Por isso a única coisa que surpreende é Mega Ferreira não se ter demitido do seu cargo de presidente da Fundação do CCB (e não de presidente da Fundação da Colecção Berardo) aquando do acordo com o Estado. O CCB, desde que foi estabelecido o acordo com Berardo, passou a ser um equívoco. Porque o seu objecto está esquelético. Só não entendia quem estava distraído. E se há coisa que Mega não costuma ser é uma personalidade que olha para um lado enquanto as coisas importantes acontecem do outro. Mas, entre as opiniões importantes neste processo, as de Berardo, Sócrates e as do assessor cultural deste, Mega é a sobremesa sem espinhas. Porque, convenhamos, neste processo, se Mega perde, Isabel Pires de Lima mostra a sua importância na definição da estratégia cultural deste Governo: é o molho de soja do sushi cozinhado por outros. Que já passou do prazo.

 
At 29 de junho de 2007 às 17:02, Anonymous Anónimo said...

O que resta do Estado Social está a ser rudemente aniquilado pelo Executivo Sócrates. Tudo o que de melhor possuía a sociedade portuguesa, em atenção e apoio aos mais desfavorecidos, é todos os dias ameaçado ou implacavelmente destruído. Este extraordinário agrupamento de predadores reclama-se de "Esquerda moderna" e de "socialismo actualizado", ...

Este extraordinário agrupamento de predadores reclama-se de "Esquerda moderna" e de "socialismo actualizado", expressões muito aplaudidas pela Direita mais troglodita. Até Marques Mendes, espavorido com a ofensiva, proclamou que o "PS está à direita do PSD". Nunca é de mais repetir que esta gente só nos quer mal, e cuja prática desmorona, por completo, a própria ideia de socialismo.

É longa a lista (e, ao que tudo indica, ainda não está exausta) de malfeitorias cometidas pelo Governo. No sector da Saúde, então, o sinistro Correia de Campos leva a palma. Porém, a responsabilidade não é individual. Como não consta que, nas reuniões ministeriais, haja o mais ténue protesto, a mais ligeira reticência, o mais breve sinal de desacordo – todos eles são culpados. Pergunto-me: que anda ali a fazer um homem como Mariano Gago, cujo capital de respeitabilidade está seriamente comprometido?

Quando os portugueses abrem os jornais da manhã fazem-no sempre em sobressalto. Todos os dias são dias de más notícias. Todos os dias desesperam com avançadas letais contra o que devia ser a normalidade do viver. É o desemprego, é a nova e avassaladora onda de emigrantes, é a perplexidade sem solução de milhares e milhares de licenciados perante um mercado de trabalho inexistente. Inclementes, os "socialistas" prosseguem na rota devastadora. Os despedimentos vão ser facilitados, as férias encurtadas, os subsídios reduzidos. O Correia estuda, afanosamente, o fim dos benefícios fiscais de saúde. Quer isto dizer: quem sofrer de doenças crónicas, que impõem, permanentemente, o uso de fármacos, fraldas, pensos, pomadas, já sabe – o Estado nada tem a ver com isso e o Fisco ainda menos. Entretanto, a carga fiscal sobre as famílias portuguesas atingiu os 42 por cento.

Estes "socialistas" levam-nos até ao desgosto de viver em Portugal. Conseguem acabar com esquemas de saúde de há quase cinquenta anos, sob a falaciosa alegação de que são acções destinadas à "sustentabilidade do sistema nacional de saúde". Que sistema?, que saúde? O Governo, que nos desrespeita e nos desconsidera, não merece nenhum respeito nem o mínimo resquício de consideração.

Insisto neste tema porque outro não há que corresponda às urgências e às necessidades actuais. Eles encerram escolas, hospitais, maternidades, serviços intermédios de assistência; acabam com consulados, manifestando o mais solene dos desprezos pelos nossos emigrantes; cercam a Imprensa, perseguem quem os contradiz (sei muito bem do que falo, Dilectos); não explicam, não esclarecem, nada dizem, fazem o que lhes dá na veneta, respaldados na maioria absoluta e num grupo de deputados "sim, senhores ministros", cujo servilismo atinge as fronteiras da bajulação.

Na última segunda-feira, na SIC-Notícias, Luís Filipe Meneses criticou a loucura falsamente reformista do Governo. Dir-se-á: mas ele é do PSD! Direi: cumpre o seu papel de opositor, não se limita a ser incómodo para Marques Mendes, cuja inexistência se torna cada vez mais notória, e assume-se como o veemente comentador dos despautérios governamentais. Esta posição de Meneses traz consequências. E agita as águas palustres da sociedade portuguesa, que mais parece disposta a desertar dos seus deveres morais e cívicos do que a lutar pelos direitos que lhe pertencem e estão a ser-lhe roubados.

No que diz respeito à defesa do subsistema de saúde dos jornalistas, conquistado desde 1947, e pulverizado pelo Executivo Sócrates, Luís Filipe Meneses foi, até agora, o único político que se colocou, claramente, ao lado dos delapidados. E esclareceu, com minúcia, a verdade dos factos: os escassos vencimentos dos profissionais de Imprensa; as doenças raras que os atingem; a angústia dos reformados com pensões ultrajantes; o desespero das viúvas.

O autarca de Gaia tem consciência da sua qualidade e da falta de qualidade de Marques Mendes. A ausência de uma construção teórica, antagonista da prática governamental, deixa de fora qualquer hipótese de alternativa credível. Meneses tem demonstrado os limites dramáticos da oposição ao Governo, sem deixar de aludir que a exclusividade do mercado reduz a influência que a política deve ter na vida dos cidadãos. Ele tem a noção das dificuldades do itinerário, mas não deixa de raciocinar no quadro social que se lhe depara. O discurso utilizado, nas intervenções televisivas, sobretudo na SIC-Notícias, incide, amiúde, em questões de natureza social, contra a ofensiva densa e excessiva que se tornou característica do PS e assunto de esquecimento deliberado do PSD.

Não há dúvida de que, politicamente, Luís Filipe Meneses evoluiu, e conseguiu afastar-se do léxico conhecido do PSD. Também removeu, com o cuidado imposto pela amizade, a futilidade folclórica tornada marca d’água do consulado de Santana Lopes, uma atmosfera azul que inebriou tolos audazes e ignorantes persistentes. Estou em crer que serão bem vivos os próximos tempos, após a "silly season".

APOSTILA – Parece haver um zelo persecutório que está a generalizar-se. Não é de estranhar. Este Governo desenvolveu um dispositivo de medo que ameaça tornar Portugal num território de espanto. Mais um caso: Luísa Moniz é professora, coordenadora da Escola EB 1 - N.º117, Lisboa. Sobreviveu a duas doenças terríveis, pelo que resolveu regressar às suas tarefas habituais. Porém, foi impedida. Segundo um ofício que lhe endereçou a presidente do Conselho Executivo, retomaria as funções após ser submetida a avaliação psiquiátrica, por uma junta médica. Luísa Moniz não sofre de nenhuma perturbação mental. Curou-se das doenças. Está perfeitamente preparada. É considerada muito competente, abnegada e assídua. Desejava assim continuar. Não pode. Está em casa há oito meses, recebe o vencimento, espera. Espera, quê? Regressar à escola. Impossibilitam-na.

 
At 29 de junho de 2007 às 23:47, Anonymous Anónimo said...

Um relatório do "observatório da saúde" é tremendo para Correia de Campos e para a sua demagogia sem limites. "Esperas" para doentes com cancro na orla dos três meses, redução das condições de acesso ao SNS, desertificação do "parque" do SNS no interior e, sobretudo, o desenvolvimento de um programa "não escrito" nem anunciado pelo PS em campanha. Correia de Campos trabalha sem rede, como um trapezista, uma vez que a sua "política" não foi objectivamente sufragada. Só lhe interessa poupar. Actua de surpresa e ele próprio é uma surpresa. Desagradável. Campos, que devia ser ministro da saúde, acaba por ser um ministro fatal.

 
At 30 de junho de 2007 às 00:28, Anonymous Anónimo said...

Com a directora da DREN ficámos a saber que os bufos tinham volta, mais modernos pois agora informam por sms. Com o caso de Vieira do Minho registamos a reimplantação da Legião Portuguesa, constituída, tal como a antiga legião, pelos simpatizantes do partido de Estado dispostos a defender o poder.

O militante que tirou a fotografia à fotocópia afixada no SAP de Vieira do Minho actuou como militante partidário ou como cidadão? Se o tivesse feito como cidadão nunca a sua condição de militante partidário teria sido referida nem o ministro teria sido tão expedito a "resolver" o problema, os livros amarelos estão cheios de queixas sem qualquer continuidade.

Isto significa que os militantes do PS deixaram de restringir as suas actividades à política partidária, agora são vigilantes políticos que andam pelos serviços públicos para verificar se os funcionários ou as chefias estão a comportar-se com lealdade ao Governo. Mussolini tinha as camisas negras, Salazar a Legião e Sócrates reduziu o PS a força de repressão política.

Qualquer funcionário tem que ter mas cuidado, o médico pode estar a mandar aguardar pela vez um militante do PS e o funcionário das Finanças deverá pensar duas vezes antes de aplicar a coima ao cidadão que não entregou a declaração de IRS. Se em vez de um cidadão comum arrisca-se a ver o seu nome no livro amarelo e não se escapará de um processo disciplinar ou, na pior das hipóteses, de uma má classificação que a repetir-se pode custar-lhe o emprego.

Temos uma nova tropa de choque do regime só que muito mais activa do que a Legião Portuguesa nas últimas décadas do Regime. Nem a ANP foi tão longe, os senhores de então não queriam sujar as mãos.

 

Enviar um comentário

<< Home