quinta-feira, 27 de setembro de 2007

AINDA A "LICENCIATURA" DO ZÉ ... [II]

A Licenciatura de José Sócrates



O Processo Penal

neste momento é público.

Não está ,por esta razão, coberto pelo segredo de justiça o processo relativo à licitude da obtenção da licenciatura em engenharia civil por parte do cidadão José Sócrates e a sua , eventual ,envolvente penal.

Na data em que assegura ter completado a licenciatura não era Primeiro Ministro.Mas era membro do Governo de António Guterres.

Os portugueses devem ter acesso ao processo. Tem interesse político.


Esse processo deveria ser publicado na internet.

Hoje as novas tecnologias - as "novas oportunidades " do ser humano, para comunicar - permitem publicar TODO O PROCESSO para os cidadãos formularem os seus juízos de valor.


Os Primeiro-Ministros não estão acima da crítica, da lei.

Há uns dias a PGR, de Israel , noticiou que abriu um processo contra o Primeiro Ministro Israelita.Já é o segundo processo, relativo a factos quando era ministro e não Primeiro Ministro.

Bill Clinton foi processado; Nixon foi processado; Collor de Melo foi processado; Tony Blair foi inquirido pela polícia.

A forma como o cidadão José Sócrates obteve a licenciatura, a legalidade da obtenção, o uso do título de engenheiro, o facto de constar no "curriculum vitae" de José Sócrates - junto no processo -que exerceu entre 1981 e 1987 a profissão de engenheiro civil na Câmara Municipal da Covilhã (!!!???!!!), o uso do título de engenheiro civil no site oficial do Governo Português, entre tantas outras coisas , são motivos mais que suficientes para ser publicado na integra o processo na Internet.

Até no Peru, no dia em que Alberto Fujimori chegou lá preso, ido do Chile, foi logo publicado pelo jornal República o acórdão de extradição.

Nada me move contra Sua Excelência o Primeiro Ministro de Portugal. Só tenho de respeitar o cargo.

Mas como cidadão que vota tenho o direito de ver esclarecida toda a envolvente da obtenção da licenciatura.

Porque ao contrário do que o Senhor Primeiro Ministro disse na entrevista à RTP 1, em 11 de Abril de 2007, a Universidade Independente não observava a legislação em vigor, , agia para além da lei, não tinha qualquer prestígio na comunidade universitária portuguesa, não tinha qualquer organização adequada e muito menos era tida por "com reconhecida capacidade" , e muito menos "tinha um funcionamento absolutamente impecável", como O Senhor Primeiro Ministro disse à RTP1.

O processo revela a anarquia, a balda, a desorganização na UNI.

Para não falar do caso "sui generis" de um aluno da UNI ter sido conduzido às instalações do Ministério da Administração Interna para ali fazer um exame, porque o Prof. Morais estava lá numa reunião de trabalho!!! Foi-lhe dada uma folha A4 para fazer o exame, nas instalações do MAI, o que aluno declinou, se negou a fazer.

O aluno da UNI, José Sócrates, não podia desconhecer a gritante violação da lei, a ausência de rigor cientifico , pedagógico, a falta do cumprimento da lei , a forma como os alunos do seu ano eram avaliados, incluindo ele.A falta de um órgão constituído de harmonia com a lei aplicável, para lhe atribuir as equivalências.

Creio que Sua Excelência o Primeiro Ministro de Portugal deve dar uma conferência de imprensa e submeter-se às perguntas dos jornalistas , de todos os órgãos. Depois dos jornalistas analisarem o processo e saberem , em concreto, o que lhe devem perguntar!

Depois de analisar o processo, creio que Sua Excelência o Senhor Primeiro Ministro de Portugal procurou fugir às perguntas dos jornalistas, quis proteger-se, mas num Estado da União Europeia não se pode fugir.

Face ao que analisei no processo entendi que deveria requerer a abertura da instrução, pelos motivos que aleguei e que aqui não vou revelar. Mas a situação que encontrei deixou-me ficar triste.

Se o sistema educativo que se pretende para Portugal fosse o que vigorava naquele curso de engenharia que frequentou o aluno José Sócrates, Portugal estava perdido.

Desconheço porque motivo José Sócrates indicava no "curriculum vitae" que exercera as funções de engenheiro civil, na Câmara Municipal da Covilhã, de 1981 a 1987!!!!

Terá assinado como "engenheiro civil" algum projecto, bem sabendo que não era engenheiro civil e que nem sequer podia usar o título e muito menos exercer as funções?

O Processo terá de ser aprofundado para que se investigue tudo isto, que é muito grave, gravíssimo.


José Maria Martins

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4 Comments:

At 28 de setembro de 2007 às 01:07, Anonymous Anónimo said...

Sócrates é como Scolari. Quem gosta dele tudo lhe perdoa... Como queriam que fosse num país onde, pelos vistos, imperam os corruptos? Num país assim os nossos líderes não podem ser outros.

 
At 28 de setembro de 2007 às 13:06, Anonymous Anónimo said...

Alibi
Carlos Gião Gomes Pereira e Maria Cármen Antunes, indicados pela Procuradoria-Geral da República (Expresso de 4-8-2007) como a prova do alegado não favorecimento do aluno José Sócrates na licenciatura em Engenharia Civil na Universidade Independente (UnI), são respectivamente, Director do Departamento de Segurança Rodoviária e Tráfego e Chefe de Divisão de Formação e Segurança Rodoviária da Câmara Municipal de Lisboa (CML). A eng. Maria Cármen Antunes é subordinada directa do Eng. Carlos Gião Gomes Pereira na CML (consulta hoje, 28-9-2007). Alegadamente, Carlos Gião Gomes Pereira é socialista - e esta informação não é nova e não podia deixar de ser conhecida.

Carlos Gião Gomes Pereira e Maria Cármen Antunes terão dito no inquérito sobre a licenciatura de Sócrates, numa assunção de responsabilidade própria que lhes poderia trazer gravíssimas consequências profissionais e sociais, que a cadeira de Inglês Técnico lhe foi oferecida na UnI sem a necessidade de fazerem qualquer prova. Apesar disso, garantiram-no. E também terão afirmado que fizeram a cadeira final de Projecto num trabalho de grupo (!!) com José Sócrates?...

Carlos Gião Gomes Pereira apareceu imediatamente a dar uma entrevista ao CM em 24-3-2007, realizada no dia seguinte (e publicada um dia depois) à difusão das notícias do Público de 22-3-2007 sobre a licenciatura José Sócrates - na sequência da investigação deste blogue Do Portugal Profundo de Fevereiro de 2005 e novamente a partir de Fevereiro de 2007 -, afirmando que o curso do actual primeiro-ministro foi "obtido por mérito próprio". Carlos Gião Gomes Pereira não consta da listagem de alunos da "turma especial" (além das turmas normais do 1.º e 2.º ano do curso, o curso começara na UnI no ano anterior) da licenciatura em Engenharia Civil alegadamente fornecida ao jornal Expresso pela UnI e publicada por esse jornal (p. 12) em 11-4-2007 - nem Maria Cármen Antunes.

Carlos Gião Gomes Pereira e Maria Cármen Antunes terão sido dois dos alunos que atestaram ter concluído a licenciatura em Engenharia Civil da UnI em 1995/1996, o mesmo ano em que José Sócrates conseguiu o diploma - uma revelação que, segundo o Público de 25-9-2007, terá surpreendido colegas que supunham ter sido eles os primeiros a terminar o curso de licenciatura da UnI em 1996/97.

 
At 28 de setembro de 2007 às 21:35, Anonymous Anónimo said...

Sócrates esteve com Bush. Perdi o número mas, pelo que percebi, o texano agradeceu o apoio nacional à guerra do Iraque como se Sócrates fosse um clone de Durão Barroso. Parece que Sócrates não tugiu nem mugiu. Para além disso, e segundo o "site" da Casa Branca, prestou umas breves declarações em inglês que o recomendam urgentemente para o 1º grau do Instituto Britânico. Sócrates é a antítese do cosmopolita. Como bom militante partidário em exclusivo, Sócrates sempre viu o mundo da janela de uma sala de reuniões do PS. De repente, e graças a desgraças alheias, esse mundo que ele ignorava veio cair-lhe aos pés. Alguém me disse que o presidente em exercício já partiu uma boa meia dúzia de telemóveis com as suas "raivas". O mundo, complexo e contraditório, não estava nos planos deste "animal feroz".
Dói não dói?
Habitue-se.

 
At 30 de setembro de 2007 às 11:56, Anonymous Anónimo said...

A forma transparente de aferir o cumprimento dos objectivos do Governo, em termos de contas públicas, seria a apresentação dos valores da execução orçamental comparativamente aos valores orçamentados. Todavia, os valores continuam a ser apresentados comparativamente com o ano anterior. Assim, custa mais a perceber se os objectivos estão a ser ou não cumpridos, e onde se situam os principais desvios. Um analista exterior tem dificuldades em fazê-lo, tanto mais que não é total a correspondência entre os mapas do orçamento e os da execução orçamental. Com os elementos ao dispor, e ressalvando alguns ajustamentos derivados da distinção entre contabilidade pública e nacional, em relação ao mês de Agosto e ao Sub-Sector Estado(não inclui Administração Regional e Local, Segurança Social e Fundos e Serviços Autónomos), a situação é a seguinte:
1. Era previsto que as despesas com o pessoal aumentassem 0,25%. Estão a aumentar 3,4%.
2. Era previsto que as aquisições de bens e serviços correntes aumentassem 3,5%. Estão a aumentar 10,2%.
3. Era previsto que as despesas correntes aumentassem 1,2%. Estão a aumentar 4,5%.
4. Era previsto que as despesas de capital aumentassem 2,1%. Estão a diminuir 2,9%.
5. Era previsto que a despesa total aumentasse 1,2%. Está a aumentar 3,9%.
6. Era previsto que a receita dos impostos aumentasse 4,9%. Está a aumentar 8,6%.
7. Era previsto que as receitas correntes aumentassem 1,6%. Estão a aumentar 10,4%.
8. Era previsto que as Receitas totais aumentassem 1,6%. Estão a aumentar 10,1%.
A situação explicita a enorme mistificação que o governo tem vindo a fazer, afirmando o controle das finanças públicas e do défice, pela compressão da despesa. Não é verdade. O governo não está a controlar nada. Quem tem acudido ao défice é o contribuinte, através do aumento dos impostos. No caso, para o dobro do previsto!.

 

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