PONTE DE SOR - DELPHI [II]
Devido
a nova encomenda
adia
encerramento
para 2009
A Delphi adiou o encerramento da fábrica em Ponte de Sor para o próximo ano, depois de ter recebido uma nova encomenda.
O fecho da unidade estava previsto para 31 de Dezembro, mas ficou assim adiado para o final do primeiro semestre de 2009.
Apesar do adiamento, a empresa e os representantes dos trabalhadores já chegaram a acordo quanto ao valor das indemnizações, depois de vários meses de negociações.
A fábrica de Ponte de Sor emprega 439 operários efectivos e 80 a contrato.
Etiquetas: Delphi, Desemprego, Fecho da Delphi, Ponte de Sor
16 Comments:
Lamento, hoje em conversa de café alguém relacionado com a DELPHI (trabalhador) dizia! já me estão a lixar, tinha tudo preparado para quando recebe-se a idminização, ficava com o meu problema resolvido, agora estou a ver andar tudo para trás, estou orientado com a minha vida lá fora e agora tenho que continuar até que eles queiram. (Fazia os biscates e recebia do desemprego, onesto!).
Então o problema da maiora dos dos abalhadores DELPHI, querem é mesmo fechar a fábrica.
Os que estão em maus lençois que se lixem, é um bom exemplo, não é, não há dignidade e respeito, é o salve-se quem puder, que vergonha.
Andam estes Snres contra o Presidente da Câmara, tenham vergonham, trabalhem, deixem-se de greves, ganhem o seu pão, com dignigade, porque são só alguns é que estão a estragar o emprego que têm e querem é ver a fabrica fechar, pelos interesses que os rodeiam.
Deixo uma pergunta a esses Snrs, com esta palhaçada que alguns trabalhadores estão a fazer, haverá fábrica que no futuro os queira admitir, ou haverá alguém que queira ajudar este tipo de gente?
Olhe, amigo e eu faço-lhe outra pergunta: Acha que por uns pagam todos? Os trabalhadores da Delphi têm sido enxuvalhados por toda a gente. Não digo que alguns não o mereçam pelas suas atitudes, mas não devem de mete-los todos no mesmo saco! Falar da vida alheia e dos problemas de cada um que voces nem conhecem ou sabem parece ser o prato do dia dos invejosos populares da nossa cidade. Solidadriedade que devia de haver para trabalhadores que deram uma vida inteira ( pois a maioria deu lá o litro durante mais de 20 anos) e que vão receber uma indemnização ( grande coisa)mas que tâm filhos a estudar, casa e carro para pagar como a maioria dos portugueses! Mas a diferença é que vão estar desempregados e sem perspectivas de trabalho provavelmente para o resto da vida. É você e o resto desta má lingua terrinha que se calhar os vão sustentar??
Será que a fábrica vai mesmo fechar? ou andam a brincar com as pessoas para conseguirem apoios financeiros e desta forma arranjarem mais capital para distribuir pelos gestores?
Alguém sabe qual é o negócio novo que vai para a Delphi?
Alguém sabe quais as empresas que vão ficar com os actuais produtos que se fazem na Delphi?
Alguém sabe quando fecha a Delphi?
Se alguém responder que sim, está a mentir! Porque eu, devido ás funções que desempenho posso dizer que ainda nada disto está decidido.
Não especulem meus senhores, não acreditem em tudo o que vos diz a direcção da Delphi.
Sim o que diz é verdade, mas devido ás suas funções pode explicar a pressa do acordo ?o porque das atitudes pouco éticas de certos colegas seus?já agora qual o negocio novo?claro não sabe, nem ninguem sabe é fantasma.
Pode ser que não seja fantasma, alguém sabia da encomenda? Sempre é melhor ter mais uns meses de trabalho, também não é preciso ser tudo tão mais que mau. Para quem é sacana é ser sacana e meio há gente que não presta não passam de uns m...
Efeitos Secundários
Agora acho que sei o que sente um condenado à morte quando está a olhar para o leito de morte onde vai levar a injecção letal, toca o telefone a dizer que já não é hoje mas sim amanhã.
Eutanasia, concordam??? vamos a isso porque os efeitos secundarios da morte lenta anunciada já se fazem sentir. Onde estava a cabeça do coitado do Mezaros para deixar a mão na maquina?? Ainda tenho na cabeça o (gemido que ele soltou). Acham que esta situação faz bem a alguem??? já todos estavamos mentalizados e preparados para dar corda aos sapatos e fazermo-nos à vida. No maximo 6 meses. Fixe 6 meses de desafogo para dar comer aos putos. Mas... e os efeitos secundários??? uma vida de trabalho em 3 turnos a perder noites e agora durante sei lá quanto tempo turno geral. Ninguém da administração pensou nisso pois não?? os seis meses para mim é uma forma de perder dinheiro, dinheiro esse que descontei e não vou uzufruir porque ninguém pensa (ou se estão plenamente "cagando") para efeitos secundários das decisóes de ultima hora (pensamos nós)se trabalhar os 6 meses em turno geral basta fazer contas e ver que durante 3 anos perco metade de 25% (12.5%)do subsidio a que tenho direito, acham isto justo??? a troco de quê??? de seis meses de stress, receios, incertezas e sei lá mais o quê. Por isso para mim (existem bastantes que não os prejudica em nada muito pelo contrário)a empresa se fosse decente poderia eventualmente talvez por milagre de Fátima analizar as situações iguais à minha e salvaguardar os nossos interesses. Esta situação que eu saiba passa-se principalmente nos airbags pois passaram grande parte dos trabalhadores para turno geral quando nos ultimos anos estiveram sempre em 2 e 3 turnos. É por estas razões e muitas mais (tipo insolvência total da Delphi)que preferia mil vezes que a Delphi morresse e fosse enterrada no final do ano do que andar feita zombie a atazanar a alma das pessoas que já a choraram e fizeram o seu luto.Não venham com treta de que não queremos é trabalhar porque sabem perfeitamente que isso é a mais pura das mentiras. Se por acaso isto for um volte-face (nunca tinha ouvido falar em novas encomendas)mesmo que seja só por uns anitos, e a delphi realmente não falecer só tenho de agradecer e até vou a Fátima por uma vélinha. Mas como iniciei a minha dicertação a falar dos efeitos secundários alerto e peço encarecidamente se quiserem de joelhos (DE JOELHOS NÃO. Vale mais morrer de pé que viver toda a vida de joelhos) para que os senhores administradores da defunta delphi possam ter em conta as situações como a minha e não me lixarem ainda mais. Fikem!!!
Então o pavarote já arranjou lugar para todos afilhadinhos dele em turnos para isso lixou outros , olha eu penso que a nossa colega ainda tem os badalos e ela decerteza que os aluga .
Esta direcção de Delphi deixa muito a desejar, uma reportagem da RTP esteve no dia 31 de Outubro a gravar en frente á fábrica, tentou obter uma declaração ou explicação aos responsáveis da Delphi, mas ninguém assume nada. É uma vergonha a Delphi recusar sistemáticamente assumir uma posição publica, é uma falta de respeito pelos trabalhadores e pela população de Ponte de Sor.
Afinal o que tém a esconder?
Link da reportagém: http://www.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=370800&tema=29
Por isso os trabalhadores estão muito desconfiádos ,eu pessoalmente nunca confiei ,pois alguns anos atrás este mesmo senhor teve a coragem de me por um papel á frente para eu baixar o meu salário ,e o que é mais vergonhoso ele proprio ganhava dez vezes não o fazia .
Pois é Rose assim se vê quem tem coragem e ombridade para dar a cara publicamente, mas é chato vir para a TV dizer coisas que não se podem desmentir.
Um Exemplo, eu assinei um papel (desculpem mas erradamente acreditei) agora onde estão os meus dois meses??? Se fechasse já eram, e o ano civil??? onde está?? se fechar 1 dia antes da data do meu contrato lá se vai 2009 (acho que não estou errado) fala-se de uma adenda ao acordo...??? Alguns colegas de airbags tem uma adenda assinada pelo EXº Srº Director de Recursos Humanos da Delphi para trabalharem em turno fixo que (felizmente)foi posto de parte mas está assinada e de nada valeu (mais uma vez felizmente)todos foram para turnos rotativos e ninguem perguntou nada a ninguém só:
-Pá tu pá semana vens à meia noite.
Assim se pode ver a validade das assinaturas (ZERO) não falando nas assinadas com sangue. Fikem
É so bla ....bla .....mas na hora da verdade béu ..béu...campo de ourique.
DELPHI VAI TRAMAR OS TRABALHADORES DE TURNOS.
Como é sabido a maioria dos trabalhadores da Delphi trabalham em regime de turnos, e fizeram-no durante toda a sua vida na empresa. Tal trabalho é remunerado com um subsídio extra de 15% para os 2 turnos e 25% para 3 turnos. Esse subsídio tem permitido ás pessoas receberem um ordenado minimamente aceitável e representa uma compensação pelo desgaste, penosidade e transtorno físico e de vida familiar, que é trabalhar em turnos. Tal percentagem extra não faz parte do valor de referência para efeitos de indemnização, mas, faz parte do conceito de retribuição para o cálculo do subsídio de desemprego, caso venha a ser necessitado.
O que a Direcção da Delphi se prepara para fazer é colocar o máximo de trabalhadores em turno geral, sem qualquer subsídio, durante o resto dos meses,de forma a prejudica-los no valor de calculo para o subsídio de desemprego. Actualmente um trabalhador de 3 turnos iria receber um sub. de desemprego na ordem do 634,00€. Com a passagem a turno geral durante 6 meses, depois de uma vida inteira a perder noites esse mesmo trabalhador irá receber cerca de 496,00€ (menos 138,00€ - contas feitas pelo programa do IEFP), se esse mesmo trabalhador estiver em turno geral mais tempo então o valor será ainda menor.
Agora é caso para pensar, que com estas tramóias, é natural e justo que os trabalhadores desejem que a fábrica encerre as portas quanto antes, pois quanto mais tempo passa sobre o adiamento do funeral menos dinheiro irão receber do desemprego e já foi dada a certidão de óbito á empresa o luto já foi feito.
Para já parece que o encerramento da Delphi se prevê triste e atribulado, vamos lá a vêr em relação ás indemnizações quais as surpresas que ainda estão para vir.
ESTES TRABALHADORES NÃO MERECEM ISTO! E ESTES TRABALHADORES TERÃO QUE SE MANTER UNIDOS PARA CONTRARIAREM OS ATAQUES QUE ESTÃO A SER ALVOS E OS QUE AINDA ESTARÃO PARA VIR!
TALVEZ SEJA HORA DESTE ILUSTRE POVO LUSITANO, DESTE ILUSTRE POVO ALENTEJANO, ACORDAR E COMO DIZ O NOSSO HINO NACIONAL "CONTRA OS CANHÕES, MARCHAR, MARCHAR"
Isto ainda vai ... ...
Nova encomenda - Adia encerramento da Delphi de Ponte de Sor
A multinacional norte-americana Delphi adiou o encerramento da fábrica para o primeiro semestre do próximo ano, quando estava previsto que tal acontecesse no final de 2008. Uma data que "poderá prolongar-se até ao segundo semestre do próximo ano", adianta José Simões, acrescentando que "a administração informou a comissão negociadora sindical de que já não era possível encerrar a 30 de Dezembro". Considerando que o adiamento é "visto com bons olhos" por parte do SIMA, na medida em que "tudo quanto seja prolongar os postos de trabalho é sempre de apoiar", José Simões revela que uma parte dos trabalhadores "aceitou e está contente" com esta decisão, no entanto, há outros que "ficaram um pouco aborrecidos". E isto porque alguns dos operários da Delphi de Ponte de Sor já tinham pro-curado outras alternativas que não se tornam compatíveis com o prolongamento da actividade da unidade fabril.
Para o dia 10 de Novembro, está agendada uma reunião na fábrica de Ponte de Sor, às 10h30, entre a Comissão Negociadora e um representante do Ministério do Trabalho que, segundo o secretário-geral do SIMA, "irá servir para ver como é que a empresa pensa resolver o problema dos trabalhadores que já tinham assumido outros compromissos e que podem, se não for agora, perder a oportunidade". José Simões salienta ainda a importância da realização desta reunião, pois se tal não ocorrer "o despedimento colectivo ficaria já sem efeito e depois tinham de promover outro na altura, e esta reunião pode evitar de facto isso". Avança ainda que neste encontro poderão ocorrer novas propostas ao nível do aumento salarial, na medida em que já está a ser negociado o contrato do sector químico. Quanto ao valor da indemnização, José Simões acredita que não irá sofrer alterações, embora realce que "a administração da empresa é sempre uma caixinha de surpresas e sempre para o lado negativo". Recorde-se que, a 17 de Outubro, a administração e os representantes dos operários acordaram que a indemnização a atribuir aos operários seria de dois salários por cada ano de trabalho, além de outras compensações, na sequência de um processo negocial que se prolongou ao longo de vários meses.
Catarina Lopes
JORNAL FONTE NOVA
4-11-08
O que está assinado é para cumprir .A empresa não pense que vai gozar com as pessoas porque lá dentro é bom que todos o saibam está de cortar a faca .Não se aguenta muito mais
O Drama e a Farsa
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Por J.L. Saldanha Sanches
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TELEJORNAL, 5ª FEIRA 30. Um trabalhador da Delphi, ar pouco feliz, manifesta o seu cepticismo perante notícias sobre a continuação da empresa. Com o estado em que está a General Motors, a vender cada vez menos, tinha razões para estar pouco animado. Temos todos: recordemos o sector dos componentes automóveis, quarenta mil trabalhadores, um dos sectores que exportam e que têm aguentado a economia. Um sector inteiramente dependente da conjuntura internacional e um pilar (oculto) do país.
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O mesmo telejornal, a seguir: um grupo de oficiais do exército, reformados e no activo, de copo na mão, num bar de restaurante, toma os seus aperitivos antes do jantar. Um jantar de luta. Quando chegam as câmaras põem um ar sério e iniciam variações do velho fado “agarrem-me, senão desgraço-me!”. Se alguns dos seus problemas não forem resolvidos, eles têm armas. Também têm armas. Na Fonte da Moura deve haver mais, e actos incontroláveis não faltam por esses lados.
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Portugal está mesmo na Europa? Não haverá por aqui uma indelével marca ibero-americana, sempre pronta surgir sob o verniz frágil do crescimento económico por debaixo de uma frágil superstrutura moderna e actualizada? Aquele grupo de gente que cria pequenas estruturas de excelência na investigação ou certas empresas que conseguem vender para o mundo inteiro - aquela que circula entre Portugal e o mundo, será mesmo de cá ou aconteceu apenas ter nascido aqui?
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Olhamos para o telejornal e, de repente, vemos, vindo do fundo de nós próprios, as tão tradicionais formas do quartelazo, do pronunciamento. Afinal não estamos assim tão longe do tempo em que Salazar fazia com que os nomes dos novos ministros passassem pelos quartéis antes de tomarem posse e ainda todos nos recordamos de ver um general com imensas estrelas (no cânone militar ibero-americano as estrelas compensam a falta das divisões) em Belém.
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Pensando pragmaticamente nas consequências, não é para tomar a sério. Se alguma coisa nos pode tirar o sono não serão os arranques avinhados de qualquer grupo de militares atingidos pela depressão das casernas. O que no deve preocupar é a crise da indústria de componentes automóveis. Mas é profundamente sério, pelo que revela de um arcaísmo profundo, persistente, de uma cultura que temos debaixo da pele e que nenhum euro, nem nenhuma integração europeia consegue remover.
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A actual escassez de recursos que faz com que o Estado trate mal todos os seus servidores (um mau tratamento que parece uma carícia quando o comparamos com a brutalidade com que o mercado trata os que dele dependem) traz à superfície aquelas coisas velhas e repulsivas que julgávamos sepultadas. Afinal estão vivas.
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Militares vociferando para as câmaras, ministros preocupados, comentadores servis a explicar quanto lhes devemos.
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Uma comemoração ao vivo da proclamação da República com os seus golpes militares e os seus militares (talassas ou maçónicos) sobre cujos ombros repousava a tarefa de restabelecer a honra da Pátria, degradada pelos políticos.
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O euro, a integração europeia, a tutela de Bruxelas podem evitar as derrocadas financeiras e manter-nos longe da Argentina: mas não conseguem evitar que sejamos nós próprios.
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Ainda andávamos entretidos com uma guerra colonial quando já toda a Europa se tinha esquecido das colónias. Pouco depois, nós e a Líbia tínhamos um Conselho da Revolução. Agora, ainda temos ameaças de movimentações militares. A que distância está a Europa?
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«Expresso» de 8 de Novembro de 2008
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