QUANTOS SOMOS?
Era práticamente a aldeia em peso, inteira.
Fui até lá.
Não me ligaram importância nenhuma como de costume, mas ouviu-os com atenção.
E um deles pegou nos dedos da mão e contou "Quantos somos?
E um deles pegou nos dedos da mão e contou "Quantos somos?
Digam lá!
Quantos somos?"
E sem esperar a resposta, disse-lhes "Somos mais de duzentos".
"Agora façam as contas - peçam ao Ministro das Finanças que vos dê os números do que vamos perder pelos anos que nos tiraram e comparem com a reforma dele, a dos 6 anos no Banco de Portugal!
E todos se puseram a fazer contas. Também pelos dedos.
Não chegava.
"Agora façam as contas - peçam ao Ministro das Finanças que vos dê os números do que vamos perder pelos anos que nos tiraram e comparem com a reforma dele, a dos 6 anos no Banco de Portugal!
E todos se puseram a fazer contas. Também pelos dedos.
Não chegava.
Ou seja a pensão do Ministro era superior às reformas de todos eles juntos!
Mas a coisa não ficou por ali.
Mas a coisa não ficou por ali.
De repente vi-os sair e avançar para a aldeia mais próxima. Soube depois que tinham andado naquilo, de quilómetro em quilómetro, a comparar o incomparável, de aldeia em aldeia até chegarem à cidade mais próxima. Pelo caminho foram cantarolando e comendo tremoços.
Ao fim do dia voltaram para casa.
Ao fim do dia voltaram para casa.
Soube por um deles que a pensão do Ministro ainda ia na dianteira. Todos juntos não ganhavam isso...
Tó da Avenida
Tó da Avenida
5 Comments:
Não há debate orçamental na Assembleia da República em que o governo de serviço não prometa um combate sério à evasão fiscal e em que o Bloco de Esquerda não aparca como porta-estandarte desta luta (um pouco como sucedia no passado em que tal papel era reservado aos putos); só que esta discussão assenta em dois equívocos: o combate à evasão fiscal não é solução de todos os problemas, e o seu sucesso não depende de promessas e medidas políticas.
A Administração Fiscal tem mais do que suficientes para que o fenómeno da evasão fiscal não atingisse as proporções que se conhecem, tem mais de 12.000 funcionários com um elevado nível de especialização, conta com uma rede informática das mais poderosas do país e mais moderna do que a de muitas administrações fiscais e dispõe de instalações razoavelmente modernas.
Então o que falta à DGCI para pôr fim a esta realidade vergonhosa? A resposta é a do costume: organização e gestão. É verdade que algumas medidas significam maior eficácia no combate à evasão fiscal, mas servirão de muito? É como pensar em dotar um exército com mísseis porque os seus generais são incapazes de pôr os soldados a fazer pontaria com metralhadoras.
Uma organização assente num municipalismo herdado de uma época em que não existiam telecomunicações e um modelo de gestão quase inalterado desde o tempo de Salazar, uma gestão de recursos humanos própria de uma mercearia, uma rede informática mal gerida e deficientemente utilizada, chefias a mais de competência duvidosa, dirigentes escolhido por critérios políticos e, não raras vezes, para servirem grupos de interesses, promiscuidade entre funcionários e escritórios de contabilidades, de advogados e de consultoria e corrupção são as verdadeiras causa da ineficácia da Administração Fiscal.
É ridículo estar a exigir do Governo medidas contra a evasão fiscal, a medida mais eficaz seria promover uma boa gestão da Administração Fiscal e isso é uma obrigação. É por aqui que começa o combate à evasão fiscal e por aquilo a que tenho assistido nestes cem dias do Governo de Sócrates começo a desconfiar que nada se vai fazer. Está tudo como Manuela Ferreira Leite & Friends deixaram!
Conclusão: mais tarde ou mais cedo vamos pagar com aumentos de impostos ou com perda de direitos a gestão incompetente da Administração Fiscal; é uma sina dos portugueses, para que uns possa enriquecer à custa da corrupção, do oportunismo e da evasão fiscal, todos os outros pagam com língua de palmo. Será Sócrates diferente?
PROMESSAS!
Sócrates assegura que não vai aumentar os impostos, promessa que vale tanto como aquela que já fez pois não tem garantias de que o aumento da taxa máxima do IVA vai ter os resultados esperados; vai daí e diz que vai mexer nos benefícios fiscais que pode ser uma forma muita prática e segura de aumentar a receita fiscal sem tocar nas taxas. E como o primeiro-ministro não disse qual o imposto em cujos benefícios vai mexer não é difícil de adivinhar estaria a pensar no IRS.
Uma história de 2 aeroportos:
Áreas: Aeroporto de Málaga: 320 hectares, Aeroporto de Lisboa: 520 hectares.
Pistas: Aeroporto de Málaga: 1 pista, Aeroporto de Lisboa: 2 pistas.
Tráfego (2004): Aeroporto de Málaga: 12 milhões de passageiros, taxa de crescimento, 7% a 8%ao ano. Aeroporto de Lisboa: 10,7 milhões de passageiros, taxa de crescimento 4,5% ao ano.
Soluções para o aumento de capacidade:
Málaga: 1 novo terminal, investimento de 191 milhões de euros, capacidade 20 milhões de passageiros/ano. O aeroporto continua a 8 Km da cidade e continua a ter uma só pista.
Lisboa: 1 novo aeroporto, 3.000 a 5.000 milhões de euros, solução faraónica a 40Km da cidade. É o que dá sermos ricos com o dinheiro dos outros e pobres com o próprio espírito.
Bem pode uma alma dizer-se defensora da estabilidade mas, com esta tropa que nos governa é díficil, mesmo muito díficil. Bastou uma manifzita das forças de segurança muito glosada onde os políticos em geral foram sumariamente maltratados para este Governo, e logo o Ministro de Estado e da Administração metem o rabinho entre as pernas.
Hoje fica-se a saber que...
A nova proposta do governo para as forças policiais já não acaba com os subsistemas de saúde da PSP e da GNR, os serviços vão continuar autónomos, mas convergem para o modelo da ADSE.
Ora, sendo bem verdade que os membros das forças de segurança são (péssimamente) mal pagos, também é verdade que o presente modelo se por um lado mitiga esse facto por outro lado dá azo a (grandes) excessos que lezam sobremaneira as contas públicas.
Sensato seria pôr os membros das forças de segurança com salários condignos e adequados à função (e não o são, sejamos justos) e acabar de vez com estes regimes excepcionais, sendo que não seria difícil de demonstrar que a prazo esta última solução seria até mais vantajosa economicamente para o Estado. Nem uma coisa, nem outra, no fundo, com mais ou menos cosmética, vai ficar tudo na mesma, adiado.
Bem pode António Costa puxar dos galões e dizer que é número dois do Governo, bem pode José Sócrates dizer que resiste a (todas) pressões e que fará o que tem e deve ser feito.
Neste, como noutros casos, vê-se! Assim, é díficil.
E por falar em dificuldades se alguém conseguir encontrar uma explicação lógica, sensata e racional para explicar o que fazem neste Governo ao menos Alberto Costa, Ministro da Justiça, Manuel Pinho, Ministro da Economia, Mario Lino, Ministro das Obras Públicas, e, voilá, Isabel Pires de Lima, Ministra da Cultura, o país agradece. É que se o Dr. Lopes era inimputável o Eng. Sócrates já não o será, ou não ?
Tenho conhecimento que [Alberto João Jardim] mandou uma pessoa à feira de Cantão para comprar coisas e poder ganhar as eleições.
Y Ping Chow, presidente da Liga dos Chineses em Portugal
Não os quer na Madeira, mas faz compras na China, o "pagode" paga...
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