segunda-feira, 24 de julho de 2006

O ELEITO

Do varandim saúda a multidão
Que em baixo rejubila coa vitória.
Quantas mentiras! Quanta falsa história!
O preço pra vencer a eleição.

Povo infeliz não vota em quem é são
E o voto da vitória vem da escória.
Povo infeliz de tão fraca memória
De que o poder reflecte a podridão.

No poder, como é fácil esquecer
Tuas promessas cínicas de esquerda
Com que salvaste o coiro de perder.

Mas não estranhes, também, que quem não herda
O prometido te venha dizer:
Raios te partam, mentiroso de merda!



BOCAGE, MEU IRMÃO
poesia satírica

Santana-Maia Leonardo
Carlos Barradas (capa e cartunes a cores)
Edição e Distribuição - Encomendas:
Editorial Minerva
Rua da Alegria, nº 30 - 1250-007 Lisboa
Tel. 213224950 - Fax 213224952
Data - 1ª Edição: Junho de 2006
Coordenação literária: Ângelo Rodrigues
Capa e cartunes: Carlos Barradas
ISBN: 972-591-669-7
Depósito Legal: nº 238227/06
Formato: 21 x 14,5 cm
Páginas: 48
Preço de capa: 10 € (IVA incluído)

21 Comments:

At 24 de julho de 2006 às 22:34, Anonymous Anónimo said...

Quando sairá a segunda edição?
A primeira parece estar esgotada, tal o sucesso que alcançou. Viu-se logo na apresentação do livro que ele iria esgotar, dado o grande número de ávidos leitores presentes. Outra coisa não seria de esperar de um autor tão querido dos Pontessorenses, que cativa todos com a sua simpatia, basta ver na rua os cumprimentos que dirige a todos com quem se cruza.

 
At 25 de julho de 2006 às 02:36, Anonymous Anónimo said...

O que é que interessa se ele nos cumprimenta ou não na rua? Isso é assim tão importante? Ou será que uma pessoa só pode ler os livros das pessoas que nos cumprimentam na rua?

 
At 25 de julho de 2006 às 10:08, Anonymous Anónimo said...

Manuel Azinhal, administrador do blogue mais antigo do Alentejo « Sexo do Anjos» escreve assim sobre o livro do Dr.António Santana-Maia Leonardo:

Chuchalistas

Do livro recentemente lançado "Bocage meu irmão", da autoria do Dr. Santana-Maia Leonardo, advogado em Ponte de Sor, recolhemos um soneto dedicado a um espécime cada vez mais conhecido de todos os portugueses.


O CHUCHALISTA

Não são carne, nem peixe, os chuchalistas,
São vírus parasita do sistema
Que tem no compadrio único lema
E se propaga célere nas listas

São mestres do disfarce e vigaristas,
De todas as campanhas são o tema,
Poluem um partido, entram no esquema,
Conhecem do poder todas as pistas.

Exímio defensor do capital,
Tem um perfil e pose democrata
Quando prega o amor ao social.

Ó chuchalista fino e de gravata,
Pra pregares aos pobres a moral,
Precisas de ter mesmo muita lata!

 
At 25 de julho de 2006 às 11:15, Anonymous Anónimo said...

MAIS UM ELEITO:

Depois de eleito deputado pelo PS, Alegre abandonou cargo
Manuel Alegre reformado com três mil euros por três meses na RDP
25.07.2006 - 10h37 PUBLICO.PT



O deputado do PS Manuel Alegre foi reformado este mês com 3219,95 euros mensais por ter desempenhado, segundo o próprio, durante “pouco tempo”, funções de “coordenador de programas de texto” da RDP (Rádio Difusão de Portugal), segundo a lista dos aposentados e reformados divulgada pela Caixa Geral de Aposentações (CGA). O “Correio da Manhã” de hoje avança que o vice-presidente da Assembleia da República esteve apenas três meses como director dos Serviços Criativo e Culturais da RDP.

Apesar de garantir ao “Correio da Manhã” que sempre descontou por esse cargo na RDP, Manuel Alegre confessa que “se não fossem eles [CGA] a escrever” uma carta a informá-lo da reforma “nem teria dado por isso”.

O candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais afirma que vai optar por receber o ordenado como deputado e um terço da reforma que agora lhe foi concedida.

Manuel Alegre entrou para a RDP logo depois de ter regressado do exílio em Argel, pouco depois do 25 de Abril. Mas assim que foi eleito deputado do PS, nas primeiras eleições democráticas para a Assembleia Constituinte, em Abril de 1975, nunca mais desempenhou trabalho efectivo no cargo para o qual fora designado. Alegre revela, no entanto que, caso alguma vez não tivesse sido eleito, “teria regressado para a RDP”.

Quando questionado pelo “Correio da Manhã” sobre o tempo de trabalho efectivo na RDP e o valor da reforma agora divulgado, Manuel Alegre fez questão de sublinhar que tudo “é legal”.

Sobre o facto de este cargo não ser referido na sua biografia do Parlamento, o deputado do PS confessa que houve “uma lacuna” que não é da sua responsabilidade.

 
At 25 de julho de 2006 às 13:39, Anonymous Anónimo said...

o livro tem o seu mérito..mas cada vez que vou andando para a frente o toque literário piora. Nota-se falta de imaginação. O que é natural.

 
At 25 de julho de 2006 às 15:32, Anonymous Anónimo said...

MAIS UM ELEITO:

Decisão de secretário de estado abre precedente na aposentação antes dos 65

Todo e qualquer cidadão cansado de trabalhar e desesperado pelo recém prolongamento da vida activa, ao dirigir-se a um órgão de soberania sem o decoro e a dignidade devidos - por exemplo acusando publicamente um político de num despacho dar largas à sua veia estalinista -, terá a garantia constitucional de ser compulsivamente aposentado, sem discriminação de sexo, idade, raça, etnia, religião ou profissão?

 
At 25 de julho de 2006 às 16:00, Anonymous Anónimo said...

Ao dono deste blogue:

Penso que o soneto tem um erro no terceiro verso do primeiro terceto. Deve ser «Com que salvaste...» e não «como que salvaste...», caso contrário o verso fica sem sentido e com uma sílaba a mais.

 
At 25 de julho de 2006 às 16:53, Anonymous Anónimo said...

Manuel Alegre: «é uma infâmia»

Deputado desmente que vá receber três mil euros de reforma por uns meses de trabalho na rádio pública, em 1974. E diz que a notícia visa atingir «um homem impoluto»

O deputado e vice-presidente da Assembleia da República, Manuel Alegre, desmentiu esta terça-feira que a reforma que passará a receber, na ordem dos três mil euros mensais, se refira a meses de trabalho na rádio pública.

Em declarações à RTP, o ex-candidato presidencial diz que a notícia é «uma infâmia», porque a reforma em causa «diz respeito a 30 anos de descontos, dos quais apenas uma parte mínima se refere a esse trabalho na rádio».

Para Alegre, a notícia visa «atingir um homem impoluto».

 
At 25 de julho de 2006 às 16:55, Blogger Zé da Ponte said...

Obrigado, pela sua chamada de atenção para a gralha

 
At 26 de julho de 2006 às 09:41, Anonymous Anónimo said...

É CASO PARA DIZER:

«AS PUTAS DEFENDEM-SE TODAS UMAS ÀS OUTRAS»

Sócrates manda PS sair em defesa de Alegre


No primeiro dia de férias, que ontem começou a gozar nos Açores, Manuel Alegre foi surpreendido com a notícia sobre a inclusão do seu nome na lista mensal de aposentados e reformados da Caixa Geral de Aposentações (CGA) para o mês de Agosto. E reage com a maior das indignações em declarações ao DN: "É a coisa mais miserável que me fizeram na vida. Nem no tempo do Salazar..." Helena Roseta, uma das suas maiores apoiantes, reage no mesmo tom: "É uma tentativa de assassinato político". Também ao DN, a ex-deputada e membro da comissão nacional do PS, considerou "muito estranho que num dia se conheçam as faltas dos deputados na Assembleia da República e falem dele no dia seguinte se saiba da reforma", acrescentando: "É terrível e difícil acreditar que isto é inocente".

Quem acredita na inocência de Alegre é o PS, que ontem se mobilizou em defesa do seu militante histórico, parecendo enterrar de vez as feridas que ficaram abertas na recente eleição presidencial. O próprio José Sócrates telefonou ao poeta, transmitindo-lhe a sua solidariedade e a indignação pela notícia ontem divulgada. Alegre, segundo a referida lista, tem direito a receber 3219,15 euros de reforma da CGA como coordenador de programas de texto da Radio Difusão Portuguesa, cargo que desempenhou durante alguns meses a seguir ao 25 de Abril.

Ao DN, Alegre garantiu que não recebe "nenhuma reforma da rádio" e explica: "Como trabalhei alguns meses na rádio e sempre mantive esse vínculo, no meu regime contributivo, ao longo destes 30 anos, está uma parte da rádio. Mas isso é muito pouco, é quase uma insignificância naqueles três mil euros e tal que é a reforma a que tenho direito pelos descontos que entretanto efectuei".

O também vice-presidente da Assembleia da República insurge-se contra as notícias sobre a reforma e diz que tudo não passa de "uma mentira e infâmia que visa atingir uma pessoa impoluta", reagindo com indignação: "Nunca enriqueci com a política. Nunca ninguém me comprou nem comprará. Sempre me bati por valores éticos e morais."

Helena Roseta corrobora estas afirmações, lembrando que Alegre se limitou a manter o vínculo à RDP e que os descontos dizem respeito "a trinta e tal anos de trabalho como deputado. É completamente abusivo o que se disse".

Vítor Ramalho, deputado do PS e um elemento muito próximo de Mário Soares, sai em defesa do rival nas últimas presidenciais e adianta que a polémica "nada tem a ver com Manuel Alegre, mas com a circunstância de ele ser político e de se viver hoje numa altura em que a reforma da Segurança Social afecta as expectativas de muitos e é socialmente quente". Ramalho garante que Alegre se limitou a "manter o vínculo à RDP" e que depois, quando transitou para o Governo em 1975 (com a tutela da Comunicação Social), ficou com o vínculo suspenso, mas com as garantias sociais intactas". Segundo este deputado, "ninguém pode ser prejudicado por exercer funções governativas ou parlamentares".

Também ao DN, o dirigente nacional do PS José Lello assegura que Alegre "não cometeu nenhuma ilegalidade". Uma declaração significativa, vinda de um adversário do poeta nas fileiras socialistas.

No passado dia 16 de Maio, Alegre completou 70 anos. Sendo funcionário público, a CGA notificou-o directamente: o poeta nega ter desencadeado qualquer mecanismo para esse efeito: "É um procedimento automático. Eu nem me lembrava disso, tal como não me lembrei quando fiz 65 anos e podia tê-lo feito, como fez, por exemplo, o Jorge Sampaio."

O economista Eugénio Rosa, especialista na matéria, diz o mesmo: "Como nunca se desligou da RDP, chegou aos 70 anos e foi reformado 'compulsivamente'. A pensão não diz respeito só à RDP, mas sobretudo às funções de deputado. Aliás, os valores até são equivalentes ao ordenado médio de um deputado".

Eugénio Rosa acrescenta até que Alegre terá direito "a outra reforma, para a qual nem descontou, que é a subvenção mensal vitalícia como deputado".

Alegre reagiu ainda com indignação às declarações do líder do PSD, Marques Mendes, que aproveitou a notícia para exigir esclarecimentos públicos. "Em política não vale tudo", subinha o poeta, desbafando: "Isto está a ficar tão difícil que dá vontade de emigrar outra vez!"

Francisco Almeida Leite e Pedro Correia
IN: Diário de Notícias de 26.Jul.06

 
At 26 de julho de 2006 às 10:16, Anonymous Anónimo said...

Coitado do Manuel Alegre

Concordarão comigo Manuel Alegre tinha uma das vozes mais bonitas da rádio, poderosa, forte. Ainda hoje ouvi-lo dizer um poema é um momento significativo, graças à voz que mantém e sabe projectar. Ouvi-o algumas vezes na Rádio Argel e só ontem soube, pelo "Correio da Manhã", que também trabalhara na antiga Emissora Nacional, quando regressou do exílio. Não era locutor, mas sim coordenador de programas de texto. Não sabia eu que ele lá trabalhara, não saberia a maioria dos portugueses e - suprema ironia - ele próprio já se tinha esquecido, até que a Caixa de Aposentações o contactou para lhe dar a reforma a que tem direito: 3219,25 Euros, de que ele vai receber um terço que acumulará com o vencimento de deputado. Alegre trabalhou na rádio três meses. Entretanto foi eleito deputado. Sempre, até hoje. Nunca precisou de se apresentar na rádio. Agora, vem a reforma.

A pergunta que Alegre fez quando soube que tinha direito à reforma terá sido quanto vou receber? Uma vez que é deputado, a resposta foi um terço de 3219,95 Euros, qualquer coisa acima dos mil euros. Mensalmente.

A pergunta que seria normal fazer é a seguinte como é possível num país em crise convivermos com situações destas? Ou então: onde anda a nossa vergonha colectiva para ser legal uma coisa destas ? Quantos casos destes é preciso acontecer para que se mude a lei e se restitua dignidade, decoro e bom senso à coisa pública, à "res publica"?

Manuel Alegre não se terá posto nenhuma destas perguntas. Bastou-lhe saber que a situação era legal. Acrescenta que sempre descontou na Assembleia e que só uma parcela da sua reforma vem da rádio. A consciência, no entanto, ainda o mandou dizer que o presidente da República "recebe duas ou três reformas" do Estado.

Coitado do Manuel Alegre, coitado deste pobre país. Nem num país que vivesse desafogadamente isto deveria ser possível. Por uma questão de higiene.

 
At 26 de julho de 2006 às 11:13, Anonymous Anónimo said...

PERGUNTE-SE AO MANUEL ALEGRE SE NÃO SERIA TEMPO DE APROVEITAR A MERECIDA REFORMA?

 
At 26 de julho de 2006 às 12:36, Anonymous Anónimo said...

Mais um bom poema do livro do Tonho.
Mais um retrato fiel dos nossos eleitos, o Pinto Bugalheira e "cambada de acólitos" fica mesmo bem nesta fotografia do poema do Tonho.

 
At 26 de julho de 2006 às 12:44, Anonymous Anónimo said...

Descobri ontem o blogue da nossa cidade, fiquei encantada com a prosa aqui postada, ainda ontem fui à FNAC, comprar o livro do António.
Após ler o mesmo, constatei o facto de o mesmo ser uma fotografia real da cidade de Ponte de Sôr e dos seus habitantes.
O António está de parabéns pelo seu livro, isto é a Ponte de Sôr, de hoje e de ontem.
Parabéns a quem tem o trabalho (equipa) de fazer este blogue.
Fiquei leitora.

 
At 26 de julho de 2006 às 16:09, Anonymous Anónimo said...

Estou enganado, ou o Tonho que escreveu este livro é o mesmo Tonho que alinhou com os chuchas, fazendo-lhes todos os fretes necessários, quando foi vereador do PSD?
Lá diz o Povo, zangam-se as comadres...
Será que o Tonho vereador não sabia dos defeitos de que agora acusa os chuchas ou será apenas inveja de não ser ele a fazer o mesmo?

 
At 26 de julho de 2006 às 16:25, Anonymous Anónimo said...

Num país onde tudo chumba por tudo quanto é canto não deixa de ser curiosa a indignação colectiva que por aí vai, só porque os nossos meninos são burrinhos, até apetece dizer que quem não chumbou, dos políticos aos empresários, dos gestores aos trabalhadores, dos governos à oposição, que atire a primeira pedra. Num país que se tem vindo a desfazer por uma infinidades de males, da corrupção à incompetência, exigimos que a juventude se apresente como símbolo das virtudes que não temos. E não falta por aí quem diga que a culpa é do ensino, porque no outro tempo sabíamos de tudo, das estações e apeadeiros da CP, desde o Tua ao comboio correio entre Boliqueime e o Barreiro, até às províncias de Angola.

Ao longo de todos os anos a economia chumbou, os seus resultados só não são mais desastrosos devido às ajudas comunitárias, que têm funcionado como cábulas, têm ajudado a mudar os números mas não tornaram a nossa economia nem mais forte nem mais inteligente.

O Orçamento do Estado é o que se tem visto e ainda por cima nem os ministros conseguem saber qual e o défice, ano sim, ano não temos que pedir ao Constâncio para vir fazer as contas.

A maioria dos nossos empresários chumbaria se fossem sujeitos a um exame elementar de gestão e se os nossos comandantes dos bombeiros fossem avaliados teríamos que ir todos a Fátima agradecer a protecção da Virgem, e nem vale a pena voltar a falar da palhaçada em que se transformou este ano a cobrança do imposto municipal sobre veículos.

Veja-se, por exemplo, o caso do eng. Carmona, da Câmara Municipal de Lisboa, que se candidatou porque era engenheiro e agora só lhe falta contratar um assessor para o ensinar a abotoar os sapatos. Ou o caso do dr. Marcelo que dá negas e positivas a torto e a direito mas que como líder do PSD foi ultrapassado pelo primeiro cábula que apareceu.

O mínimo que se pode dizer dos alunos portugueses é que quase são um caso único de sucesso, afinal de contas, com taxas de aprovação entre os 20 e os 40% estão bem acima da média nacional.

 
At 26 de julho de 2006 às 18:47, Anonymous Anónimo said...

Tao mas por este andar ja ninguem compra o livro desta anedota da Ponte de Sor. Va nao metam mais poemas desta ilustre vergonha da terra. Esta a estragar o negocio. Alguem me diz quantas pessoas estiveram no Parque Eduardo VII, Escola Secundaria e Evora para a apresentaçao deste sucesso literario? Oh Tonho!!! Vai pa merda

 
At 26 de julho de 2006 às 19:37, Anonymous Anónimo said...

Como diz o santana maia no prefácio do seu livro, os versos «não são para ninguém em especial/Só para quem enfiar a carapuça». Mas, pelos vistos, o que há mais nesta terra são pessoas a enfiar a carapuça. Só, por isso, o livro já valeu a pena. É um espectáculo ler os comentários aos sonetos do santana maia e ver os chuchalistas a espernearem. Pelos vistos, não gostam de se ver ao espelho.

 
At 27 de julho de 2006 às 01:46, Anonymous Anónimo said...

O livro é bom, está bem escrito mas só pode ser analisado e apreciado por quem sabe ler e tem capacidade e sensibilidade para interpretar.

 
At 27 de julho de 2006 às 20:58, Anonymous Anónimo said...

este ultimo comment parte tudo..cala te...certamente não sabes nem ler nem escrever como eu e não sabes o que falas. abre os olhos e passa a ter umas tardes de leitura mais assíduas

 
At 7 de agosto de 2006 às 11:21, Anonymous Anónimo said...

Será que a direita existe mesmo? Começo a pensar que não.

O PSD desorienta-se só porque o governo do PS adoptou meia dúzia de medidas que os dirigentes daquele partido acham ser sua propriedade intelectual, ainda que nunca as tenham posto em prática. Quando o PSD está no governo sonha conquistar o eleitorado à sua esquerda e para isso passa o tempo a tentar governar da forma que imagina ser que os eleitores de esquerda, o resultado são desastrosos. Não consegue agradar nem à direita nem à esquerda. Agora que é oposição já sabe o que quer, mas queixa-se que o PS lhes roubou as ideias que nunca sugeriram.

No PP a situação é ainda pior com um Ribeiro e Castro a fazer de barriga de aluguer, e pior do que isso, sem saber qual vai ser o período de gestação. Todos sabemos que vai parir um menino, que o menino se chama Paulo Portas, que não faltam discípulos a olhar para o céu em busca de um cometa que lhes diga quando vai nascer o menino. Todos sabem que não faltam malformações ao feto mas insistem na esperança de que será este o menino que lhes abrirá novamente o reino do poder.

Esta direita não só justifica a derrota eleitoral que sofreu, como ajuda a compreender o pedido de adopção que Cavaco está fazendo aos eleitores que não o escolheram. Ainda bem que não está no governo e é lamentável que nem consiga apresentar-se como uma alternativa que mereça ser levada a sério

 

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