terça-feira, 22 de agosto de 2006

O "DOWNLOAD"...

Blair criou a «terceira via».
Guterres tornou-a um sorriso electrónico sem conteúdo.
Sócrates vai ficar na história.
Criou a política iPod. O «download» distribuído a cada contratado pela Administração Pública passa a ser secreto.

Sócrates substituiu a geração «baby boomer» pela geração «PIN».
Só números secretos dão acesso à chave do Multibanco dos lugares públicos.
Na sua fúria de transparência Sócrates tornou o território das contratações mais opaco.
Paulo Pinto de Carvalho Freitas do Amaral

Se o «Diário da República» era um «resort» do turismo contratual de massas, disponível à classe média, agora tudo mudou.

Vera Ritta Branco de Sampaio

A nova política do Governo torna as contratações o turismo elitista de St. Tropez dos seus melhores tempos.

Susana Isabel Costa



É certo que o executivo tem liberdade para contratar assessores de confiança para certos cargos e pode haver nomeações de forte pendor político.
Mas a essência da democracia é que uma sociedade seja informada do que se passa.
Se Portugal não souber quem foi contratado para certos cargos na Administração Pública, São Bento torna-se o Kremlin e a Gomes Teixeira uma espécie de Cidade Proibida.
Portugal não pode ser governada por uma geração «PIN» que tem direito a códigos exclusivos de acesso a lugares da administração.
Até porque a geração «baby boomer» tinha sentido de humor, necessidade de descoberta e tanto cantava The Who como lia Jack Kerouac.
A geração «PIN» portuguesa é diferente: veste fatos cinzentos e nem sequer lê os ensinamentos de John Le Carré.

F.S.

15 Comments:

At 22 de agosto de 2006 às 15:44, Anonymous Anónimo said...

Tal e qual a Câmara Municipal de Ponte de Sôr, governada pelo chuchalista Taveira Pinto:
-É o Primo Nuno Jorge;

-É o Irmão João Manuel;

- Qualquer dia são os filhinhos e a mulher?

 
At 22 de agosto de 2006 às 15:49, Anonymous Anónimo said...

Venha o Santana Lopes, pelo menos era mais honesto que estes e por isso foi demitido pelo tal Sampaio, para o socrates tomar o governo, por isso e que a tal filha Sampaio esta onde esta.
O tal Sampaio era aquele que ate condecorou o individua que fazia sapatos para a mulher lembran-se?

 
At 22 de agosto de 2006 às 21:23, Anonymous Anónimo said...

eh pa voces sao tao tapadinhos...eu nunca vi pessoas tao atrasadas como voces. Este Mendes e um parvalhao. fala fala fala. Ha hora que ele publica os seus tristes comentarios, esta mais que visto que è mais um velho comuna reformado sem nada para fazer. Estao a ver o tipico velho que fala so por falar e se deixa enganar por todos os que lhe batem a porta. O tipico comuna que acredita na bondade, igualdade e no mundo perfeito. Outro atrasado que diz que o santana lopes e melhor. este nao tem qualquer tipo de comentario. Santana Lopes em numero de barracas na politica so se compara ao Pina Moura do governo do guitarras e ao Ze Amante quando era presidente da camara. estes senhores sao grandes adeptos da honestidade. Paz e amor

 
At 22 de agosto de 2006 às 22:09, Anonymous Anónimo said...

realmente vossemecê só pode ser um iluminado. Como é que ninguem nunca deu por si?

 
At 23 de agosto de 2006 às 00:55, Anonymous Anónimo said...

Terça-feira, Agosto 22, 2006 9:23:51 PM
Este anonimo e mesmo BURRO o que e que o Socrates fez e bom ate agora?
E depois tem de falar sempre no ze Amante e nos comunistas, sera que ele saeb o que e o conunisno ou sera so uma gravação em MP3 que lhe implementaram no corpo quql chip canino? Ou sera daqueles que receberam varios electrodomesticos desta camara?

 
At 23 de agosto de 2006 às 00:55, Anonymous Anónimo said...

Terça-feira, Agosto 22, 2006 9:23:51 PM
Este anonimo e mesmo BURRO o que e que o Socrates fez e bom ate agora?
E depois tem de falar sempre no ze Amante e nos comunistas, sera que ele saeb o que e o conunisno ou sera so uma gravação em MP3 que lhe implementaram no corpo quql chip canino? Ou sera daqueles que receberam varios electrodomesticos desta camara?

 
At 23 de agosto de 2006 às 11:33, Anonymous Anónimo said...

Por curiosidade, entreti-me por estes dias a ler os estatutos da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea – Colecção Berardo e a confrontá-los com a nota da Presidência da República que acompanhou a promulgação. A Fundação resulta de uma operação em que simultaneamente está em causa o interesse público e o interesse privado, não necessariamente incompatíveis entre si, em minha opinião. Se por um lado ganha o privado – o comendador deixa de utilizar de um cêntimo seu com a manutenção, preservação e promoção da sua colecção e praticamente garante um comprador que a adquirirá por atacado e ao mesmo tempo assegura que o seu espólio, parte dele pouco ou nunca exposto, seja valorizado, inclusive aquele que fica fora do âmbito da aquisição pelo Estado – ganha também o interesse público – ficam à disposição do Estado um conjunto importante de obras (únicas) de arte contemporânea que poderão contribuir significativamente para a atractividade de Lisboa e do País. Pessoalmente, valorizo também o investimento num produto cultural contemporâneo exportável tanto como matéria-prima, como produto acabado, que ajudará a vender a imagem de um País moderno que não a transmitida por via do folclore, do fado, de Fátima e do vinho barato. Por último poder-se-ia também dizer que se ganha a possibilidade de adquirir num ápice o que levaria anos a constituir se o fizesse peça a peça, com os custos inerentes, embora como adiante se demonstrará poderá não ser bem assim.

Pode este ser um processo considerado isento de críticas? A minha resposta é não! Têm razão de ser os reparos da presidência? Também não! Entendo que é perfeitamente aceitável que, mesmo que depois de adquirida a colecção pelo Estado através do exercício de um direito de opção consagrado no decreto-lei, o comendador mantenha o cargo de presidente honorário da fundação com a prerrogativa de propor a nomeação e a destituição do director do museu, pela simples razão porque tanto fundação como o museu continuarão, mesmo depois da aquisição, a ter incorporada na sua designação o nome “Berardo”, constituindo por essa razão um direito absoluto do próprio zelar para que hoje ou amanhã um governante inconsequente não o vá arrastar pela lama, escolhendo para o cargo alguém sem vocação ou perfil para o cargo.

Li também a declaração sobre o assunto da deputada Zita Seabra "meio milhão de euros dos nossos impostos, na situação difícil em que o País vive, sejam destinados a adquirir novas peças para uma colecção que daqui a dez anos pode sair do País" esta, para além de ser um argumento de uma enorme pobreza franciscana, é algo que, em primeiro lugar, não é verdadeiro – as obras a adquirir serão propriedade da fundação (o comendador contribuirá com igual importância para o mesmo fim) e, em segundo lugar, porque se trate de um valor quase que irrisório se, comparado por exemplo com os 15 milhões ou mais que o MC transfere anualmente para o Teatro Nacional S. Carlos e que são dispendidos sem praticamente qualquer contrapartida patrimonial – que poderia existir caso o teatro fosse gerido com essa finalidade, o que também não acontece nos outros teatros nacionais e na Casa da Música, lamentavelmente.

Ao dizer acima que o processo não está isento de críticas, pensava em três aspectos que considero não terem sido devidamente acautelados. O primeiro em relação ao financiamento anual pelo MC das despesas de funcionamento e actividades da fundação. Pese embora um projecto desta natureza não possa prescindir do apoio financeiro do Estado para pagamento de despesas correntes, pensa-se que a operação ganharia em transparência se o montante a transferir anualmente fosse previamente determinado por um estudo de viabilidade económica e financeira e que o seu valor constasse já dos próprios estatutos, à semelhança do que se verifica nos da Fundação Casa da Música. O segundo prende-se com o exercício do direito de opção de aquisição da Colecção Berardo que o Estado, por decreto-lei (artigo 11º) atribui a si próprio quando na realidade não tem direito nenhum, pois só compra se o comendador Joe Berardo estiver interessado em vender ou dar-lhe preferência, o que em nenhum dos casos está garantido. O Terceiro relaciona-se com a redacção deveras estranha do artigo 30º , este na alínea d) afirma que em caso de dissolução da fundação as obras adquiridas através do fundo de aquisições revertem a favor do Estado, dizendo logo a seguir – no nº 3 - que as mesmas obras podem ser adquiridas por José Manuel Rodrigues Berardo ou por quem ele venha a indicar, pelo respectivo preço de aquisição. Independentemente da aparente contradição entre si, considero que nenhuma das soluções é boa, por um lado porque é abusivo que um conjunto de obras possam reverter a favor do Estado sem se considerar sequer a indemnização dos restantes fundadores que contribuíram para a sua aquisição ou a sua devolução aos doadores ou legadores que actuaram em nome de uma missão. Também não se compreende a prerrogativa de o comendador adquirir ou indicar comprador para as obras ao preço da respectiva aquisição, quando é por demais certo que essas mesmas se irão valorizar exponencialmente a partir do momento que passem a ser parte da colecção do museu. Uma outra crítica que pode ser feita à construção do artigo é que o facto de o destino das obras em caso de dissolução da fundação ser qualquer um dos descritos tal será um desincentivo para que outros possíveis fundadores venham a subscrever uma participação ou mesmo a contribuir para o fundo de aquisições, o mesmo se aplicando aos eventuais doadores ou legadores do museu. Tudo isto não me parece que seja um bom princípio, sobretudo quando o que se visa com a parceria pública e privada é o interesse público e não somente o das partes envolvidas.

 
At 23 de agosto de 2006 às 15:56, Anonymous Anónimo said...

O secretário de Estado João Figueiredo deve ser o governante com mais malapata deste executivo. Ou então não mede bem o alcance das suas decisões.
Na semana passada validou uma decisão da Direcção-geral da Administração Pública que dispensava a divulgação, no Diário da República, dos funcionários contratados a prazo pelo Estado (em regime de contrato individual de trabalho). Explicação: o Governo (só) estava a aplicar uma lei do tempo de Durão Barroso. Depois de um coro de protestos, alguns vincadamente demagógicos, João Figueiredo recuou: os contratados vão ter o seu nome no jornal oficial.

Toda esta história merece dois comentários (para além do aplauso às qualidades «contorcionistas» do governante). A primeira é a demagogia: o Governo não é obrigado a aplicar uma lei com a qual não concorde. Se a lei é má, muda-se (coisa em que Sócrates tem sido useiro e vezeiro nos últimos 15 meses). A segunda é uma questão de bom senso: se o Estado português já é pouco transparente (a raiar o terceiro-mundismo), para quê torná-lo ainda menos? João Figueiredo já se esqueceu que, há um mês, precisou de uma semana para dizer se, afinal, o Estado tinha contratado mais funcionários... do que os que tinham saído? Ou será que a medida vinha mesmo a jeito para esconder alguma coisa?

 
At 23 de agosto de 2006 às 15:57, Anonymous Anónimo said...

O estalinismo do PCP em Setúbal

«Reconheço que fui apanhado de surpresa pela decisão do meu partido, não estava à espera», comentou Carlos de Sousa, após ler um comunicado em que confirmou ter apresentado «a renúncia» ao cargo de presidente da Câmara Municipal de Setúbal, uma decisão fundamentada na opção do PCP de «renovar energias» e «reforçar a equipa» na autarquia».

- O cessante autarca de Setúbal, Carlos Sousa, foi compulsivamente industriado a resignar ao cargo de presidente de câmara, de forma indigna, imoral, não-democrática fazendo lembrar os velhos estalinistas ao tempo da Guerra Fria em todo o leste Europeu controlado por Moscovo... Outros tempos, tempos actuais impostos pelo sr. torneiro-mecânico, também conhecido por ser mui bailarino nas festarolas saloias. Referimo-nos ao actual secretário-geral do PCP, o "camarada" Jerónimo de sousa... que gosta dos Beattles e não abdica do seu pésinho de dança...
- Parece que a decisão foi despoletada por causa de actos ilícitos ao abrigo dos quais a autarquia aposentava compulsivamente alguns excedentários. O PCP insatisfeito com tais - alegadas - irregularidades - chama o sr. autarca a um gabinete escuro alí na Soeiro Pereira Gomes - como fazia com Zita Seabra sempre que esta queria fazer "xi-xi" fora do penico - e comunica-lhe que ele tem de se demitir imediatamente, dado que o seu partido, o velhinho e (estalinista) pcp, defende que é necessário fazer uma renovação na autarquia... Então a renovação faz-se por via da demissão, espezinhando a legitimidade eleitoral do mandato do autarca demissionário... Prova de que este pcp é muito pequenino mas ainda grandemente estalinista... Está fora da história e parece que desconhece os efeitos sociais devastadores de 70 anos de ditadura de esquerda nos países do Leste europeu.
- Isto passa-se no III milénio. Com o PS, por seu turno, a querer facilitar a vida ao PCP; o PSD aqui parece dispôr de mais bom senso e pede a queda da autarquia e a consequente convocação de novas eleições, que é o mais natural e defensável. Enfim, se o PCP nunca teve fama de ser um partido recomendável, democrático, pluralista e transparente - agora então confirma-se a natureza vil e antidemocrática dos seus métodos, as suas motivações dolosas e manipuladoras, a sua ideologia canalha - ad homine - e todo um arsenal e uma herança intelectual que faz deste pcp um dos partidos mais retrógrados do mundo.
- E ainda se pensava que o pcp era um partido do poder local, próximo e respeitador das bases/populações que elegem os seus autarcas democráticamente e respeitam os seus mandatos até ao seu termo!!! E vai-se a ver - demite-se um autarca com legitimidade democrática sem auditar a Assembleia Municipal, sem explicitar as razões que estão na base dessa demissão. Ora em democracia seria suposto que o rule of law fosse observado, e não apenas no funcionamento do Estado, mas também no seio das suas organizações partidárias - entre as quais se inscreve o não-democrático e ainda estalinista pcp do sr. Jerónimo.
Se amanhã um qualquer outro deputado ou autarca do pcp fizer xi-xi fora do penico - lá está o camarade Josef Stalin Jerónimo impondo, zelosamente, a ortodoxia do aparelho e, quiça, despachando o burguês que teve conduta desviante para algum campo de concentração para aí fazer um regime de trabalhos forçados. Há, contudo, um problema que aqui o sr. jerónimo estalinista terá de enfrentar: como em Portugal já não há casas de encarceramento (que infelizmente também muitos homens de esquerda sofreram às mãos do sabujos da Pide que então funcionavam sob salazar) ou campos de concentração - muito provavelmente terá de despachar tais autarcas para algum Mcdonald obrigando-os aí a comerem hamburgers durante um ano...
Quando, para o ano, por ocasião dia de Camões a 10 de Junho, o PR Cavaco Silva - atribuir as condecorações e as medalhas de mérito às personalidades que anualmente se destacaram nas suas mais diversas actividades, sugerimos aqui a Cavaco que ofereça o colar-Josef Stalin, directamente importado dos armazéns da Albânia-via-Cuba e Luanda - como distinção da conduta mais antidemocrática e canalha própria duma ditadura comunista e peça ao talhante do talho mais próximo do Palácio Rosa - para a implantar no pescoço do camarada jerónimo stalin.. Pois assenta-lhe que nem uma luva.Se for cravada de espinhos, ainda é melhor...Trinta e um anos após o 25 de Abril e isto ainda sucede...

 
At 23 de agosto de 2006 às 15:58, Anonymous Anónimo said...

Alguém informe o camarada Jerónimo Stalin...

que o Muro de Berlim já caíu em 1989... E apesar de jerónimo "stalin" não estar alí na foto, garbosamente, ao lado de Leonidas Bresnieve - autor da velhinha teoria da soberania limitada que encarcerou todo o Centro e Leste europeu do post-II Guerra Mundial - aconselha-se o dito "camarada" jerónimo stalin a reler a história e a reconhecer que o solo que pisa não é Moscovo, nem a Albânia, nem Angola (que hoje é mais capitalista por causa dos petro-dóllares, e com estes os EUA, cínicamente, não se preocupam se são ou não uma democracia...), nem sequer a Coreia do Norte ou a coutada de Cuba do velho lagarto de língua bifurcada á aguardar vez num cemitério de Havana. Estamos em Portugal sr. jerónimo. Compenetre-se desse dado geográfico, finga que é estúpido e não sabe geografia, finga que se enganou e confundiu Setúbal por uma província do ex-Império dos sovietes, arranje um ticket só de ida para Tirana (capital da Albânia) e faça por lá uma especialização em mecânica assistida por computador. Faça qualquer coisa, desde que desapareça!!! Desapareça depressa, nem que seja por uns tempos, na companhia do barbudo que está no hospital de Havana; faça uma escala no Corno d'África, emigre para Pyongyang - conquiste a amizade do energúmeno Kim Jong-il - ditador da Coreia do Norte - ou melhor da República Democrática Popular da Coreia do Norte (assim é que é - e em relação à qual o sr. Bernardino - rapaz feio e gordo e presidente do grupo parlamentar do pcp diz ser uma democracia...)!!! Enriqueça - dessa forma, o seu "magnífico" CV, faça algo e urgentemente... Eis as suas referências. E eu digo-lhe: enganou-se, certamente, no país...

Hó sr. jerónimo - peço-lhe que invente um gulag de lego, meta-se lá dentro com um fósforo e eclipse-se. O que não tem direito é de brincar com a democracia portuguesa que, ainda por cima e de forma cínica e hipócrita, volvidos 31 anos depois de Abril - diz defender. Dantes os comunistas ainda sabiam mentir, mas este nem para fazer brocas na Lisnave ou calaftar os cascos dos navios da extinta setNave servirá... Quem sabe, com um pouco de jeito, o camarada jerónimo stalin ainda termina como presidente da Câmara Municipal de Setúbal... Barroso, ex-moista, fez trabalho análogo quando confeccionou a sua cama política em Bruxelas... Algo os une nesta escola intelectual, algo os faz convergir na praxis política, apesar das doutrinas (maoista e marxista) se dividirem..., mas só nos detalhes!!! Mas giro-giro era que um dia, o camarada jerónimo ascendesse às altitudes da presidência da Comissão Europeia, e o barroso, por seu turno, pudesse preencher a vacatura da autarquiaa sadina. Tudo sob os olhos complacentes e tristes de Cavaco... Em política tudo é possível: sampaio foi PR durante uma década, Zita seabra é hoje do psd e, pelos vistos, o camarada jerónimo mete-e-tira presidentes de câmara como quem muda de camisa...
Que eu saiba Portugal ainda não é Cuba nem o antro do Comité Central do PcP.
Ou é?!

 
At 24 de agosto de 2006 às 10:38, Anonymous Anónimo said...

PCP faz cair autarca renovador em Setúbal


Surpreendido com a decisão do seu partido, com interesse em "renovar" o executivo municipal em Setúbal, Carlos de Sousa renunciou ontem à presidência da câmara sadina que, há dez meses, reconquistara para o PCP. Sousa sai magoado mas, como afirmou aos jornalistas, em coerência com os ideais que defende de não se deixar tentar pela manutenção do poder.

A renúncia de Sousa, com uma experiência de 26 anos em Almada, Palmela e Setúbal, apontado como um autarca-modelo e conotado com a ala renovadora do PCP, surge dois dias depois de o DN ter divulgado um relatório da Inspecção-Geral da Administração do Território (IGAT), concluído há dois meses, no qual o organismo fiscalizador da legalidade nas autarquias recomendava a dissolução da câmara de Setúbal e a perda de mandato dos eleitos. Em causa, alegadas irregularidades encontradas pelos inspectores nos processos disciplinares que culminaram, em 2005, com a aposentação compulsiva de mais de 60 funcionários. As eventuais responsabilidades criminais estão também a ser investigadas pelo Ministério Público de Setúbal.

Apesar de o relatório da IGAT abrir a possibilidade de dissolução da câmara - só possível através de uma decisão de um tribunal administrativo, que demoraria vários anos -, tanto o PCP como Carlos de Sousa garantem que a renúncia se deve à avaliação do trabalho autárquico feita pelas estruturas comunistas locais.

Responsabilizando o Governo pelas "fugas" de informação, "uma das especialidades do PS", o autarca afirmou que a câmara não conhece ainda o relatório da IGAT e acentuou que pela segunda vez foi "surpreendido por notícias de que não tínhamos conhecimento". Carlos de Sousa referia-se à primeira notícia do DN, a 31 de Outubro de 2005, sobre o elevado número de processos disciplinares em Setúbal, visando penas de aposentação compulsiva. Nessa data, o autarca garantia ao DN nada saber sobre esses processos, mas dois dias depois retirava da sessão de câmara 17 processos, os quais viriam a ser aprovados pela maioria CDU. No momento da votação, Catarino Costa, um dos vereadores do PS saiu da sala, assim viabilizando a aprovação dos processos.

Ao fim da tarde de ontem, a Secretaria de Estado da Administração Interna, que tutela a IGAT, confirmou que o relatório final foi entregue ao Governo a 12 de Junho. A decisão de o divulgar, de acordo com o Governo, foi ponderada e condicionada pelas investigações do Ministério Público ainda em curso. O secretário de Estado Eduardo Cabrita (ele próprio antigo dirigente do PS de Setúbal) lembrou que Carlos de Sousa sabia que a autarquia estava a ser investigada e afiançou que "qualquer iniciativa" no âmbito da tutela administrativa do Governo será sempre precedida de audição à câmara.
PCP faz cair autarca renovador em Setúbal

Foi a avaliação das estruturas comunistas que apanhou de surpresa o autarca. Salientando não interessar a sua opinião sobre se está ou não de acordo com o partido e escusando comentar se foi usado para reconquistar a câmara para a CDU, Carlos de Sousa lembrou que encontrou a autarquia numa situação financeira muito difícil, com uma gestão complexa, e que só em 2009 se poderá atingir algum equilíbrio financeiro.

Sobre o alegado mau relacionamento com o vereador comunista Aranha de Figueiredo, que também renunciou ao mandato por solicitação do PCP, o ainda presidente da câmara (até 7 de Setembro) negou qualquer desavença com os elementos da vereação, embora admitindo que "em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão". Parco nas palavras, o autarca garantiu que pautou a sua relação de igual para igual com todos os vereadores.

Quatro anos e dez meses depois de ter "tirado" aos socialistas a gestão da câmara de Setúbal - uma herança pesada, devido ao elevado passivo - Carlos de Sousa abandona a autarquia a pedido do seu partido. Quando deixar o seu gabinete pela última vez já terá direito a receber uma pensão de 2564 euros, aprovada pela Caixa Geral de Aposentações. A partir de 1 de Setembro, estará oficialmente reformado.

Paula Sanchez
No: DN - 24-08-06

 
At 24 de agosto de 2006 às 10:39, Anonymous Anónimo said...

Golpe em Setúbal


O PCP demitiu ontem o presidente da Câmara de Setúbal. Meticulosamente, no último fim-de-semana, os comunistas fizeram constar que estavam a avaliar o mandato de Carlos de Sousa. O secretário-geral veio depois a público dizer que o autarca é um homem sério, mas que o partido estava a ponderar o trabalho realizado. Alguns dias passaram e o fim anunciado de Carlos de Sousa confirmou-se. E o PCP nem sequer deu oportunidade ao sentenciado de ser ele a anunciar o seu sacrifício em primeira mão. O edil tinha marcado uma conferência de imprensa, mas o seu partido antecipou-se. De madrugada, emitiu um comunicado para divulgar a saída do presidente e de um vereador. Obediente à disciplina partidária, Carlos de Sousa não disfarçou porém a surpresa. Foi demitido pelo partido em nome da necessidade de "renovação". O mesmo partido que apenas há 10 meses o apresentou ao eleitorado pela segunda vez...

Carlos de Sousa e o PCP sabem há muito que a Inspecção-Geral da Administração do Território (IGAT) detectou graves irregularidades na autarquia. O DN divulgou-as em 31 de Outubro do ano passado. De pouco vale agora procurarem conspirações atabalhoadas. Até porque se não foi por causa das consequências da auditoria da IGAT, que apontavam para a possibilidade de perda de mandato do presidente da Câmara de Setúbal e a dissolução do executivo camarário, que outra razão grave levou o PCP a afastar o autarca?

Nas ruas de Setúbal reinam a estupefacção e a ignorância. Sabe-se que a herança do socialista Mata Cáceres foi catastrófica. A situação financeira era muito difícil no primeiro mandato de Carlos de Sousa e assim continua no segundo. Sabe-se da importância estratégica de Setúbal para o PCP e de algum terreno eleitoral perdido na última eleição. Sabe-se que as alternativas devem ser preparadas com tempo. Mas que sabem os eleitores? Sabem que o PCP se considera o detentor dos mandatos populares, que demite os autarcas que deram a cara perante os eleitores sem sequer justificar devidamente as suas sentenças.

Os eleitores de Setúbal ficaram a saber que os autarcas do PCP estão ao serviço do partido, que o partido interfere na gestão do município, que não interessa se os autarcas do PCP estão, ou não, de acordo com o partido. É verdade que nas autárquicas votamos em partidos, mas também em cabeças-de--lista. Setúbal deu a vitória ao PCP. Mas não apenas ao PCP. Quem deu a cara pelo PCP, quem o PCP apresentou como o seu rosto para presidente foi Carlos de Sousa e apenas Carlos de Sousa. Se a lei permite substituições é por motivos de força maior. Democraticamente, não é legítimo invocar a "renovação" como motivo. Renovação 10 meses depois da posse? Ou preocupação pelo destino da câmara perante acusações graves? Ou dificuldade na articulação do PCP com os autarcas, aqueles que considera "seus" autarcas? E nós que, às vezes, ingenuamente, pensamos que os autarcas são dos concelhos, dos cidadãos...

António José Teixeira
Editorial de Hoje do Diário de Notícias 24 de Agosto de 2006

 
At 24 de agosto de 2006 às 17:13, Anonymous Anónimo said...

Militante exemplar

É o que se pode dizer do até aqui presidente da CM de Setúbal que foi alvo de um saneamento político e que vem atribuir culpa ao governo, insinuando que a divulgação das conclusões do relatório do IGAT teve por objectivo a sua demissão. Tem sorte pois vive numa democracia, se vivesse no paraíso de outros tempos por estas horas já estava a bordo de um vagão do transiberiano.

 
At 24 de agosto de 2006 às 17:14, Anonymous Anónimo said...

Não tencionava retomar o tema da CM de Setúbal mas depois de ler as declarações de Jerónimo de Sousa no Portugal Diário não o podia deixar de fazer, de repente senti-me transportado para um mundo que já não existe, a não ser nesta "aldeia gaulesa" onde velhas mentalidades persistem.

Jerónimo de Sousa, que não é eleitor em Setúbal nem pertence a qualquer um dos seus órgãos autárquicos decide mudar um presidente de câmara argumentando que são necessárias «novas energias e dinâmicas, tendo em conta a difícil situação na Câmara de Setúbal face à pesada herança que a CDU recebeu». O líder do PCP acha normal que os órgãos eleitos da M de Setúbal podem ser substituídos numa qualquer reunião secreta e entende que é a CDU e não esses órgãos que tem todos os poderes sobre a gestão camarária. E como acha que os portugueses e, em particular, os setubalenses, são idiotas ainda tenta iludir-nos dizendo que o saneamento «não teve nada a ver com isso. Face à situação financeira da câmara, foi necessário encontrar energias e dinâmicas próprias».

Numa semana em que o presidente da CM de Coimbra decidiu declarar as suas estradas livres de resíduos perigosos e em que em Setúbal um presidente de câmara é retirado da fotografia temos que questionar se não é tempo de discutir o que se passa nas nossas autarquias que, tal como as autonomias, ainda há quem se lhes refira como uma grande conquista do regime democrático.

Há autarquias falidas, outras onde o orçamento é gasto numa política de "sempre em festa", dezenas estão sob suspeita de corrupção e muitas outras deveriam estar por aquilo que vemos em matéria de construção civil, outras empregam assessores em barda (a maioria fá-lo em menor escala do que a de Lisboa), o que se passa em muitas das nossas nas autarquias e na Região Autónoma da Madeira é um regabofe à custa dos dinheiros públicos a algum dia ter-se-á que pôr termo.

 
At 24 de agosto de 2006 às 17:27, Anonymous Anónimo said...

Jerónimo de Ssousa, devido ao rosseiro episódio político que graça em Setúbal, em que o secretário-geral do PCP destituiu o legítimo mandatário e autarca cessante por razões e critérios de política interna altamente discutíveis.
No PCP de Jerónimo de Sousa existe, quanto a nós, um padrão global de desrespeito e violação dos direitos dos outros, das regras e procedimentos que fazem da democracia um sistema vigiado, transparente e controlado pelos cidadãos, coisa que não sucede com as organizações e o modus operandi do PcP.
Desde sempre.
Aliás, trata-se de um partido que soube fugir (e até ludibriar) a ditadura mole de Salazar - com todas aqueles tipografias clandestinas dispersas pelo país, mas depois não soube criar no seu seio um espirito saudável de democracia interna e de renovação democrática que, por exemplo, Luís de Sá tinha antes de ser ceifado em tão tenra idade...
Por isso, esta reflexão é inteiramente dedicada à sua memória de homem bom e inteligente.
Sei que trabalhou com o actual catedrático José Adelino Maltez, que é quem actualmente mais produz ciência política em Portugal, tentou entrar como docente no ISCSP - mas o caminho foi-lhe barrado pelos velhos do Restelo, animados pelo espírito salazarengo que a queda do império também não soube apagar daquela instituição e da maldade e da memória dos homens mesquinhos.
Mas que padrão psico-político é esse que faz com que, por exemplo, aquele desrespeito espelhado por Jerónimo de Sousa se desenvolva como se se tratase dum processo normal em democracia???
Ou seja, que patologia atacou Jerónimo de Sousa e o PCP em geral na delicada e surpreendente questão autárquica de Setúbal?
Há, em nosso entender, um conjunto de razões que o justificam. A saber:
1. Uma incapacidade genética em conformar-se às normas sociais, às leis e processos verdadeiramente democráticos.
Ao que o PCP se defende dizendo que pratica uma democracia interna, só que o seu conceito de democracia é a democracia popular à moscovita, sem pluralismo nem diversidade de opiniões, o que equivale a dizer que estamos diante uma questão semântica, mas a prisão está lá na forma de "centralismo democrático";
2. Depois o PCP, como faz Fidel, dos Santos em Angola, Kim Jong-Il na Coreia do Norte - que o Sr. Bernardino diz ser uma democracia (e eu pergunto-lhe se ele já tirou a 4ª classe, está contando anedotas de portugueses no Brasil ou se ensadeceu...) - recorre sistemáticamente à falsidade, à mentira, à intriga, às falsas identidades, aos enganos deliberados - tudo para proveito próprio e com o fito de enfraquecer o adversário, ainda que ele seja um membro do interior do partido - embora com um pendor renovador e pouco conforme ao estilo da liderança do Sr. J.Sousa;
3. À incapacidade estrutural em fazer projectos e a uma certa impulsividade na tomada de decisão que, por ser arbitrária, assume tiques de prepotência;
4. Depois da impulsividade, típica das ditaduras, sobrevém a irritabilidade e agressividade e o ataque em matilha, se necessário com lutas físicas ou assaltos até às identidades da intimidade das pessoas.
Aqui o Pacheco Pereira, titular do blogue-célebre mais desinteressante da blogosfera, poderá desenvolver este tema, já que é um grande especialista em comunismo, especialmente naquele que se desenvolveu na grande cintura industrial de Lisboa. Resta saber se o que tem publicado sobre o assunto já está ainda mais desactualizado do que o próprio pcp, o seu actual líder e o partido no seu conjunto;
5. Depois o PCP revela um desprezo e uma negligência pelos valores autenticamente pluralistas e democraticos que até chateia, embora nunca o assuma - a fim de dar a entender ao povo que são os pioneiros dela e estão sempre na vanguarda politico-ideológica na luta pelos ideais e dos interesses das classes sociais mais desfavorecidas.
É, pois, o partido mais falso e ronceiro da democracia portuguesa, tiques que lhe ficaram de 40 anos de ditadura, em que as fugas, as falsas identidades, as máscaras, os vested interests, eram o pão-nosso de cada dia, sem os quais não se garantiria a própria sobrevivência;
6. Além deste desprezo emerge aqui um novo factor, já que não era comum ver-se essa faceta do PCP ao nível do poder local - onde, aliás, tinha fama de organização muito responsável, ou seja, no caso de Setúbal - que deve esconder muitas outras coisas, aflora uma irresponsabilidade gritante decorrente pela incapacidade de manter um trabalho consistente ou honrar compromissos políticos previamente assumidos com as populações em sede de eleições.
Basta-nos o Barroso para quebrar os vínculos democráticos, agora temos também o PCP, prova provada que são ambos farinha do mesmo saco...
7. Por último, há uma característica gritante que avulta no PCP, que é a sua congénita falta de remorsos, incapacidade para reconhecer erros no passado, e, desse modo, revelar-se indiferente não só aos maus tratos infligindos pelo sistema comunista no decurso do séc. XX, como também admitir os erros craços que cometeram com o destrambulhado gonçalvismo, em que esses ditadorzecos de esquerda expropriaram, sacaram, queimaram, sanearam e o mais deixando completamente extropiada e exangue a economia e a sociedade portuguesas, alguma dela consegui refazer-se no Brasil.
- É, portanto, este conjunto de factores ou características que colam bem ao PCP, e explicam a sua atitude no caso da demissão do autarca Carlos Sousa - um caso histriónico e de psicopatia política - a que os psiquiatras vulgarmente denominam de personalidade anti-social (e anti-democrática).
- Será que Jerónimo de Sousa é um desses psicopatas - que anda aborrecido por a comunicação social não lhe ligar nenhuma - e encontra aqui agora um fait-diver para mais um take (adiado ou retardado) de queda do muro de Berlim à potuguesa???
- Será que o camarada Jerónimo "Stalin" - pretende ingressar em algum filme pensando, dessa forma, que com as velhas narrativas comunistas verdadeiramente antidemocráticas - se tornará uma celebridade?
Talvez o torneiro-mecânico que há muito perdeu os calos das mãos saiba que para se ser um psicopata político tem que se procurar as chamadas experiência out of area, i.é, buscar experiências fora de controlo, que ninguém espera, (nem os próprios, como Carlos Sousa reconheceu) a fim de baralhar a identidade pessoal e política dos visados, da sociedade, do Estado e até da organização da própria memória colectiva - que pretende recriar em função também dos objectivos políticos ou dos reforços de liderança.
- Não o sabemos!!
O que sabemos, contudo, é que se trata de uma sintomatologia verdadeiramente estranha, vinda dum partido estranho, conduzido por um homem estranho...
Tudo coisas demasiado estranhas para serem toleradas em democracia.


Comentário dedicado a Luís de Sá e a todos os verdadeiros comunistas que um dia identificaram esse regime e sistema de governo do Estado e da sociedade com o bem comum, e não com os métodos e os processos de concentracionarismo partidário para reforço de lideranças estranhas com fitos igualmente estranhos aquele interesse comum.

 

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