quarta-feira, 11 de outubro de 2006

ESTÓRIA NOVA, COM FIGURÕES VELHOS...

A RTP anda desencantar a História em busca de grandes portugueses.
Salazar, para mal dos nossos pecados, figurará nessa lista.
Com muitos prós & contras, naturalmente, com muita emoção, lágrimas e raiva e alguma razão, bem entendido.
Percorrer o séc. XX é entrar na intimidade de Salazar, o velho botas.

Mas segundo sei, Salazar não andou pra aí a julgar os seus ministros, nem a conjecturar o que, em seu entender, poderiam ter sido os pensamentos daqueles no wishefull-thinking tenebroso que coloca em revisão a estória de Portugal.
Salazar era só sujeito dum tempo e duma representação política que modulou Portugal, com vantagens e desvantagens.

Mas agora andam pra aí uns revisionistas do costume que se transformam em investigadores e metamorfoseiam-se simultaneamente em sujeitos e objectos de luxo duma estória sem h. E não é do teatral historiador José Hermanao Saraiva que falamos, que dizia que Salazar fora um grande democrata.

Alguns, poucos, sabem que a história da humanidade nasceu de múltiplos projectos, mas sem projecto, e a história de Portugal também nasceu de múltiplas finalidades, mas sem finalidade.

Ontem ao ouver parte do programa monologado pelo sr. Doutor Adriano Moreira fiquei com a sensação de que estava alí, na realidade, o Presidente do Conselho falando dos seus ministros, e não um seu ex-ministro debitando caractéres sobre o ditador.
Há qualquer coisa de estranho que ficou recalcado nesses homens que tiveram algumas responsabilidades, mas a dada altura queriam, desejavam, ambicionavam ter (tido) a máxima responsabilidade e a máxima potência e, por não a terem tido, perfilam-se hoje na história para nos doutrinar o que ela seria se Salazar não tivesse existido. Um raciocínio ardiloso, portanto.

Onde quero chegar?
Confesso que me preocupa ver alguns agentes do Estado Novo que fizeram a transição para a democracia, fingir que nunca tiveram um passado, dando a ideia que já nasceram democratas e pluralistas. E porque razão isto sucede?
Além da ambição recalcada de não terem sido o que desejaram ser (ou seja, sucedâneos do velho Botas - talvez já sem atacadores) o que os novos-velhos historiadores andam pra aí a fazer mais não é do que exteriorizar a sua própria interioridade, i.é., não olhando para a substância da história, mas vendo nela um campo relacional, povoada de configurações de relações entre actores individuais e colectivos, os de primeiro e segundo grau, os filhos e os enteados, os que beijavam a mão da Maria (a governanta) e os que não passavam do portão, os que viam Salazar ajoelhado na missa e os que só o viam de longe a acenar com o chapéu.

Esta história relacional, que sobrevive só na medida em que há poucos sobreviventes dessa velhíssima geração para (re)contar essa estória - é uma estória que não interesse nem ao menino jesus, porque ela é profundamente auto-justificativa, e incorre naquele erro da exteriorização da interioridade, i.é, do branqueamento dos desejos que não chegaram a realizar-se e agora são vertidos em factos mais ou menos estabilizados.
Ora, não são.

Essa estória, apesar de bem contada, com floreados de carochina para adolescentes e muito esfregar de mãos, com inúmeros tiques papais que escondem, na realidade, sinais ditatoriais e condutas vingativas, é uma estória de superfície, espumosa feita por agentes que nunca agiram livremente e sempre estiveram comprometidos dos dois tempos, com os dois senhores, cosm os dois quadros de mentalidades: o antes e o depois. E é óbvio que esta dualidade só pode conduzir a uma esquizofrenia analítica, semântica, conceptual que distorce inevitavelmente os fluxos da própria história cujo diagnóstico só se revela correcto no campo das relações internacionais, mas errado e autojustificador no quadro das relações domésticas e no campo de forças que aí se inscreviam, especialmente após a queda da cadeira por Salazar.

É aqui os narradores de serviço da nova-velha estória espelham as consequências não intencionais da sua acção, denunciando como o seu inconsciente funcionou (e funciona), e se hoje história fazem (com h) é a da sua própria intimidade, fornecendo quadros e sintomas daquilo que sempre ocultaram.


Ontem quando via a new version de Hermano Saraiva on tv by the river reformatando a história à medida, tipo alfaite do Conde Barão, e com muita pobreza à mistura (só faltou falar das sopas de cavalo cansado e da sopa dos pobres aos Anjos...), lembrei-me de um outro perigo ao colocarmos os "enteados" dos juízes a julgarem o majistrado-mor da aldeia. E do que me ficou foi uma des-naturalização da história como novo método (ensaiado) para apreender o velho processo socio-histórico da sua naturalização.


Por fim, subsiste ainda um outro perigo nestas abordagens pseudo-históricas que consiste no seguinte: quando se pretende reescrever a história, ainda que de modo suave, incorre-se no risco de o caso particular contagiar o interesse geral, o singular abranger o colectivo, e é esta dinâmica personalista, por vezes egocêntrica (embora ocultada, dissimulada) que conduziu no passado à fragmentação de grupos.
Franco Nogueira sofreu essa erosão, após ter beneficiado da protecção do Botas, until certain extent...


E qual o objectivo destas jogadas intelectuais de des-singularização da história de molde a que os narradores de serviço (conhecidos em Benfica e em Carnaxide como os "restolhos") voltem a recontá-la já reconstruída a seu belo modo?
A resposta parece-me óbvia e cristalina: tal decorre porque certas pessoas, por disporem de alguns recursos narrativos e expositos, além de bons contactos com a rede de informação do serviço dito público da rtp úm, pretendem ser objectivadas pela história duma certa maneira, de forma a religar certas personalidades às grandes dinâmicas colectivas da história política contemporânea.

De tudo decorre uma coisinha: não desgosto de ver esses programas encenados e coreografados junto ao rio Tejo donde partiram as Caravelas que fizeram os Descobrimentos e as globalizações, até me divertem (pelas sms que envio a alguns amigos antevendo logo as suas reacções...), mas coloco sérias reservas a essas leituras nitidamente autojustificativas que visam, tão somente, accionar mecanismos (mentais) visando religar certas pessoas aos grandes feitos da história.
Formando-se assim como equivalências funcionais para harmonizar aquilo que uma personalidade pensou, disse ou fez com o interesse comum que acabou por se realizar no seio da nação.


É lamentável que em Portugal algumas personalidades pretendam reescrever a história como quem muda de camisa ou de universidade, ou de patrão, engendrando toda uma sociologia da justificação - meio cínica, meio canalha e oportunista que visa servir ao zé povinho alienado um novo prato de lentilhas confeccionado com umas alfaces ferrugentas e esburacadas, com grilo e bicho da seda à mistura e tudo...

É essa sociologia da justificação que visa nuns casos branquear erros macacos, noutros empolar ou transmutar factos e comportamentos já estabilizados e que agora sofrem de novos inputs no espaço público. Isto porque há pra aí uns restolhos que não se resignam a passear a surdez pelos corredores das universidades que ajudaram a destruir, antes querem ser, a todo o custo, indivíduos plurais.
Mas confesso que para este peditório não dou nem um cêntimo, aliás, esta reflexão é uma desmontagem transparente desses intuitos, e de indivíduos plurais a mim basta-me a assembleia de heterónimos do genial Fernando Pessoa.

Deste, Salazar até queria confiscar a inteligência criativa acompanhada da respectiva genialidade.
Estou convencido que se Salazar cá regressasse os Nogueiras, os Veigas, os Adrinos, os Cunhas e conexos eram relegados para quarto plano comparativamente a Fernando Pessoa, apesar do Salazar ter uma biblioteca modesta, quiça do tamanho da de Cavaco Silva.

Pedro Manuel

6 Comments:

At 12 de outubro de 2006 às 13:16, Anonymous Anónimo said...

pelo menos agora e pela primeira salazar vai a votos.

 
At 13 de outubro de 2006 às 10:55, Anonymous Anónimo said...

O José Pacheco Pereira está preocupado porque a RTP se esqueceu de Salazar:

«Para ajudar os "portugueses" na sua escolha a RTP preparou uma "lista de sugestões" que incluía nomes que só com absoluta surpresa e estupor poderiam passar por personalidades centrais da nossa história milenária: Adriano Correia de Oliveira, Ana de Castro Osório, Catarina Eufémia, Durão Barroso, Gageiro, Fernando Nobre, Joaquim de Almeida, para além do lote na moda de futebolistas e treinadores. Não sei bem o que passa pela cabeça de alguém que possa achar que o português mais importante de sempre seja o actor Joaquim de Almeida, suspeito aliás que nem sequer o próprio Joaquim de Almeida o achará.

Mas a lista de sugestões é muito interessante também nas suas omissões, sendo uma gritante de significado. Na versão original da lista não vem António de Oliveira Salazar, o que imediatamente suscitou protestos nessa parte muito viva e atenta da comunicação, que são os blogues. A lista foi entretanto corrigida, com a inclusão de Salazar, mas a ausência inicial só pode ter sido de natureza censória e não um lapso. Alguém achou que colocar lá o nome de Salazar ou podia gerar polémica, ou podia levar a uma votação incómoda na personagem, o que se entendeu que colocaria o programa em apuros. Quer num caso quer noutro, os malefícios do politicamente correcto são evidentes, porque uma lista deste tipo sem Salazar não tem pés nem cabeça.

É interessante de ver que, mais de 30 anos após o fim do regime ditatorial do Estado Novo, a democracia ainda lida mal com a figura de Salazar, uma espécie de questão não resolvida. Para quase todos os "democratas" de antes de 25 de Abril, a maioria dos quais não eram democratas mas comunistas, não há nenhuma ambiguidade com Salazar, mas para os democratas de depois do 25 de Abril subsiste uma lembrança, uma nostalgia, uma memória, com a qual lidam mal, ou não lidam à vontade. Para os primeiros, o salazarismo, o regime e o seu mentor, foi uma experiência de "vida", eles "viveram" Salazar e sabem o que isso significava: polícia política, violência, censura, ausência de liberdades públicas, atraso e miséria do país e, por último, guerra. Sabem também sem ambiguidades que, protegidas pelas instituições do regime como a censura, existia corrupção, nepotismo, muita pobreza, ignorância e isolamento arrogante, e por isso não são sensíveis a qualquer forma de saudades de Salazar. Mas a verdade é que não conseguiram com eficácia transmitir esse sentimento, tornando-o num adquirido que facilmente se normalizasse com o tempo.»
No: Público

Pergunte-se a José Pacheco Pereira se antes do 25 de Abril era um democrata ou u firme defensor da ditadura do proletariado na versão albanesa e chinesa, porque a do PCP era revisionista porque tinha abandonado o estalinismo.

 
At 13 de outubro de 2006 às 11:01, Anonymous Anónimo said...

Salazar entre os grandes

A RTP decidiu fazer uma lista de "grandes portugueses" e não pôr lá Oliveira Salazar. Houve quem se agitasse, acusando a censura histórica, a má consciência nacional, uma qualquer manipulação, ou talvez uma conspiração "democrática". Um pouco ao lado, reconheçamos: o programa não é de história (embora passe por lá), mas um programa de divertimento e exaltação nacionalista dos concidadãos.

Se fosse a história que estivesse em causa, também seria imperdoável que os alemães - quando produziram o mesmo programa, copiado de um formato da BBC, The Great Britons - tivessem riscado Erich Honecker e deixado a Claudia Schiffer. Já não falo de Hitler, obviamente riscado dos Unsere Besten ["Os Nossos Melhores"], o nome que o formato agora importado pela RTP tinha na Alemanha. É disso que se trata naquele programa: escolher os "grandes portugueses", os "melhores de nós", o orgulho nacional.

Eu percebo que a RTP não tenha incluído Salazar - discutir o homem e a obra dá horas e horas de boa televisão, mas longe da paródia e da exaltação nacionalista, já agora. Os Grandes Portugueses não eram propriamente o espaço indicado. Se isso estava na intenção inicial dos produtores do programa, soçobrou à primeira acusação de censura. Lá entrou Salazar, de supetão, na lista dos Grandes Portugueses postos à escolha popular.

Vai ser um fenómeno interessante ver Salazar entre os grandes. O fenómeno começa, desde já, na inclusão: pode falar-se em alguma estranha "reconciliação" entre os portugueses e o ditador, uma "reconciliação" que a distância temporal provavelmente cria.

Sejamos óbvios: seria impensável, há meia dúzia de anos, que o canal público de televisão decidisse incluir Oliveira Salazar numa lista de "grandes portugueses" e a resposta do todo nacional fosse o silêncio. Mas foi exactamente isso que aconteceu: Salazar está numa lista dos "nossos maiores" e não se ouviu um ai dos partidos de esquerda, dos antifascistas de ontem e dos "antifascis- tas" de hoje. Posso ter andado distraída, mas não dei por nada: aparentemente, nin- guém se opôs à inclusão desse "grande português" que foi Oliveira Salazar, na lista que inclui Afonso de Albuquerque e Joaquim Almeida.

Para já, este é o fenómeno que O Grandes Portugueses veio mostrar. O resto, se Salazar "ganha", pode ter menos importância.

Ana Sá Lopes
In: D.N

 
At 13 de outubro de 2006 às 11:08, Anonymous Anónimo said...

salazar grande? só se for entre os grandes cabrões que povoaram e povoam a nossa história

 
At 16 de outubro de 2006 às 19:10, Anonymous Anónimo said...

Anda por aí uma grande celeuma em torno das escolhas dos “candidatos” a maior português, parece que se esqueceram de incluir Salazar na lista oficial. E ainda falta ouvir a voz grossa do poeta Manuel Alegre que ganhou as eleições ao político Soares e que ao contrário do seu opositor não consta da lista, nem como político, nem como poeta. E pela mesmo critério os três pastorinhos, beatificados e a caminho da santidade, se poderão queixar de esquecimento, já que na lista constam prelados sem tal bênção, aliás, não entendo porque motivo os que se lembraram de Salazar não repararam que estando a Amália e o Eusébio a lista ficaria incompleta sem o Cardeal Cerejeira e os três pastorinhos.

Mas não participo nesta coisa das escolhas, senão proporia o Zé da Galinha, o homem que vendia os jornais na minha terra, e pelo qual sempre tenho mais consideração do que por Salazar.

O que me levou a visitar a página do concurso da RTP foi tentar conhecer melhor este país, e olhando para aqueles que a Estação do Estado considera ser os melhores entre todos os portugueses cheguei à conclusão de que fica muita coisa explicada.

Classificando os "candidatos" pelo domínio em que se destacaram temos:

*105 homens e mulheres da cultura.
*57 políticos.
*22 cientistas.
*12 exploradores.
*8 desportista.
*7 arquitectos.
*6 Economistas.
*6 religiosos.
*4 Filósofos.

Desde logo ficamos a perceber que porque motivo alguns cursos universitários estão a abarrotar, enquanto outros, os que dão emprego, ficam às moscas, somos um país de poetas e políticos, e quanto a cientistas ficamo-nos pelos médicos e, talvez isto tenha alguma explicação, o nosso forte é a neurologia.

Há qualquer coisa de errado num país onde são muitos os que pedem ajuda ao vizinho para ler as instruções da máquina de lavar, e se não fossem os livros escolares já não existiram livrarias, e o maior volume de candidatos a maior português pertencem ao mundo da cultura, com destaque para poetas e escritores.

Da mesma forma não se percebe como num país que quase sempre foi mal governado os políticos seja precisamente o segundo maior lote de "candidatos".
Temos mais políticos que todas as categorias da ciência e do pensamento juntas, os cientistas, exploradores, arquitectos, e filósofos, e economistas totalizam cinquenta e um, contra a longa lista dos cinquenta e sete políticos. E quando o nosso D. Duarte tiver tempo para ler a lista a situação vai agravar-se, uma boa parte dos nossos monarcas foram excluídos, ainda que se constate o regresso do D. Sebastião.
Mesmo sem ter havido nevoeiro.

O que nos sobra em políticos falta-nos em exploradores, cientistas, economistas, arquitectos ou filósofos.
A situação é ainda mais grave se considerarmos que os exploradores são quase todos de outros tempos, exceptuando Gago Coutinho e Sacadura Cabral (que não exploraram nada), Roberto Ivens ou Serpa Pinto.
Já quanto a empresários a situação é ainda pior, são quase todos da primeira metade do Século XX e do grupo escolhido apenas um está vivo e, ainda por cima, nenhum dos falecido deixou herdeiro na lista.

Frustrante deve se a situação dos homens e mulheres da cultura que estão condenados a viver dos políticos, por aquilo que se vê serão estes os únicos que podem comprar cultura, fica-lhes bem dizer que livros vão ler nas férias e as obras de arte são uma boa alternativa aos sacos de plástico com notas de quinhentos euros.

Do mal, o menos, com estas elites resta-nos contar com seis religiosos, se não temos cientistas e empresários resta-nos entregar a alma ao cuidado de santos e prelado, ao menos temos quem reze por nós e quem nos proteja depois de mortos já que em vida a esperança é pouca, nem as infantilidades do ministro Manuel Pinho nos animam.

A conclusão é simples, em Portugal discute-se muito, pensa-se pouco, trabalha-se ainda menos e reza-se quanto baste.

 
At 19 de outubro de 2006 às 13:50, Anonymous Anónimo said...

A CALDEIRADA


Joaquim Fidalgo goza com o programa da RTP 1 que está a fazer renascer a esperança da direita portuguesa:

«Ora vamos lá a ver, então, qual seria o prato mais tipicamente português de todos os que conhecemos e apreciamos. Cá para mim, era capaz de votar no cozido à portuguesa, tão característico que até o nome ajuda. É... talvez esse... Por outro lado, também gosto muito de peixe, e se há coisa típica da gastronomia portuguesa (que o digam os estrangeiros...), é o peixe fresquinho e bem tratado. Exacto: umas sardinhas assadas na brasa, como aquelas que comemos nas festas populares, essas é que são o prato português mais típico. Ou então uns carapauzinhos fritos, acompanhados com um arroz de tomate malandrinho, mmmh! Em que outro sítio do mundo encontramos tal petisco? É... talvez peixe... Por outro lado, uma enorme parte de Portugal está bem mais virada para a carne: vamos lá acima e é aquela posta mirandesa mais típica do que sei lá o quê, desviamos para o Minho e damos de boca com um insuperável sarrabulho a acompanhar os rojões, descemos um bocadinho e embatemos numas tripas à moda do Porto únicas como nenhum outro pitéu, baixamos ao Alentejo e lá vem o ensopado de borrego - isto para já não falar do singelo bife com batatas fritas e ovo a cavalo, que a maioria dos jovens portugueses é muito capaz de escolher como o prato da sua preferência. É... não está fácil... Pelo caminho deixamos uma estupenda caldeirada de peixe em Peniche, aportamos a Sesimbra ou a Setúbal e sai um besugo grelhado, acabamos no Algarve à volta de uma cataplana e estamos tão satisfeitos de sabores como perdidos quanto à escolha do mais típico prato português. País tão pequeno e tanta variedade de gostos, valha-nos Deus!, não seremos nós capazes de escolher o "nosso" prato?»
In:O Público

Dê-se conhecimento a JPP, para o caso de Joaquim Fidalgo ter esquecido algum prato salazarista como, por exemplo, as sopas de cavalo cansado

 

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