DEMOCRACIA, OPUS DEI E PUBLICIDADE
Toda a gente sabe que a Opus Dei é a Obra de Deus, mas de que Deus?
E interpretada por quem?
Com que objectivos, métodos e propósitos?
Eis as questões mais delicadas que a maior parte das pessoas desconhece.
A Opus Dei é, assim, representada pela Prelatura pessoal da Igreja Católica, uma espécie de igreja dentro da própria igreja (tal como a Direcção Geral dos Impostos ante o ministério das Finanças/Estado) mas composta por leigos comuns e padres seculares, que podem ter filhos e ter uma vida profana.
Ou seja, que fazem negócios, metem-se nos copos, têm mulheres, filhos, amantes, uns são hetero outros são homosexuais que se congregam em torno da tal prelatura de livre vontade.
A filosofia que preside a esta reside no trabalho, deve ser por essa razão que o líder do bcp, Paulo Teixeira Pinto só trabalha (e antes dele Jorge Jardim Gonçalves - que só consome Opus Dei, como em tempos um familiar seu me dizia).
E é com base na tanga desta filosofia geral, agiornada com alguns rituais sem avental, que não mulheres foram discriminadas no bcp em matéria de relações de trabalho no bcp, os homens trabalham mais do que o devido e se cometem um conjunto de arbitrariedades quotidianas ao abrigo desta filosofia geral - supostamente superior à Ética calvinista do trabalho - teorizada no final do séc. XIX pelo maior sociólogo da modernidade que foi, indiscutivelmente, Max Weber.
É evidente que as pessoas da Opus Dei não leram Weber, nem interessa lê-lo para assim terem a seiva para continuar a alimentar aquela doutrina cega que manieta as pessoas e prende os espíritos mais fracos às hierarquias de que dependem. Infelizmente, é seguindo essa doutrina da santificação do trabalho que a Prelatura da Opus Dei controla as pessoas nas coisas terrenas.
Mas como se trata duma organização que aprisiona mais do que liberta, as pessoas mais esclarecidas vêem nela um polvo, um universo de fantasmas, uma instituição que evoca mistérios e comportamentos estranhos, uma confraria secreta que adestra a mente das pessoas para depois as intrumentalizar como bem entende e seguindo os propósitos da Opus Dei, apenas substituindo o avental da maçonaria pela cruz...
Em síntese, o que aqui dizemos é que a Opus Dei cheira a enxofre, um cheiro que foi amplificado com duas circunstância de natureza, timing, localização e âmbito diferentes: o êxito mundial do livro O Código Da Vinci - cujo livro e filme valem a pena ser vistos (sempre é preferível aos programas e concursos manhosos das tvs que andam por aí); e ao estranho e insólito caso dum Director Geral encomendar uma missa de acção de graças para santificar o valor do trabalho na colecta dos impostos em Portugal.
É óbvio que o sr. Paulo Macedo apenas quis gerar o efeito de jogada de marketing para dar uma projecção e amplitude nacionais à sua modesta pessoa, e para o efeito serviu-se e instrumentalizou a Igreja, a religião, os orçamentos do bcp e a influência da Opus Dei, além da manipulação das crenças e tudo o mais que ela representa em Portugal.
Foi lamentável a todos os títulos.
Mais recentemente emergiram novas interpretações acerca da Opus Dei - cujos experts
É óbvio que nestas leituras há sempre um quantum de ficção, senão mesmo de loucura e obsessão por partes deses especialistas, alguns dos quais dissidentes da própria Opus Dei - que saem com as suas vidas completamente destruídas na sequência de se terem submetido aos métodos e ao controlo espiritual sobre eles exercidos pela Obra.
Mas há sempre um fundo de verdade em muitas dessas histórias narradas pela realidade manipulada por este ramo oficial especial da Igreja que dá pelo nome de Obra de Deus.
Quanto a esta imagem, à publicidade subjacente e ao facto de o bcp/millenium ter dado uma avultada verba em dinheiro para suportar o Não ao Aborto no referendo de Fevereiro, só temos de lamentar essa forma de manipular vontades e votos à americana, posto que sabemos como o dinheiro corrompe as almas, e mais corrompe se essas almas forem fracas.
A democracia pluralista e o Estado de direito também não saem fortalecidos com isto...
Depois o nível de publicidade feita por aquele rapaz é das coisas mais estúpidas jamais feita em publicidade em todo o mundo.
Essa seria uma campanha cujo nível deveria pagar para não ir para o ar, mas foi, o que revela bem o bom gosto da direcção de Marketing e da administração do banco em questão.
O texto e a narrativa são péssimos, é longo, imperceptível, incongruente, não é assimilável.
Uma trapalhada pegada.
Tudo aquilo é mau.
Com a agravante do rapaz da imagem não ter sido avisado que o banco que o contratou agora também financia o Não ao Aborto.
Enfim, é muita coisa má ao mesmo tempo...
E interpretada por quem?
Com que objectivos, métodos e propósitos?
Eis as questões mais delicadas que a maior parte das pessoas desconhece.
A Opus Dei é, assim, representada pela Prelatura pessoal da Igreja Católica, uma espécie de igreja dentro da própria igreja (tal como a Direcção Geral dos Impostos ante o ministério das Finanças/Estado) mas composta por leigos comuns e padres seculares, que podem ter filhos e ter uma vida profana.
Ou seja, que fazem negócios, metem-se nos copos, têm mulheres, filhos, amantes, uns são hetero outros são homosexuais que se congregam em torno da tal prelatura de livre vontade.
A filosofia que preside a esta reside no trabalho, deve ser por essa razão que o líder do bcp, Paulo Teixeira Pinto só trabalha (e antes dele Jorge Jardim Gonçalves - que só consome Opus Dei, como em tempos um familiar seu me dizia).
E é com base na tanga desta filosofia geral, agiornada com alguns rituais sem avental, que não mulheres foram discriminadas no bcp em matéria de relações de trabalho no bcp, os homens trabalham mais do que o devido e se cometem um conjunto de arbitrariedades quotidianas ao abrigo desta filosofia geral - supostamente superior à Ética calvinista do trabalho - teorizada no final do séc. XIX pelo maior sociólogo da modernidade que foi, indiscutivelmente, Max Weber.
É evidente que as pessoas da Opus Dei não leram Weber, nem interessa lê-lo para assim terem a seiva para continuar a alimentar aquela doutrina cega que manieta as pessoas e prende os espíritos mais fracos às hierarquias de que dependem. Infelizmente, é seguindo essa doutrina da santificação do trabalho que a Prelatura da Opus Dei controla as pessoas nas coisas terrenas.
Mas como se trata duma organização que aprisiona mais do que liberta, as pessoas mais esclarecidas vêem nela um polvo, um universo de fantasmas, uma instituição que evoca mistérios e comportamentos estranhos, uma confraria secreta que adestra a mente das pessoas para depois as intrumentalizar como bem entende e seguindo os propósitos da Opus Dei, apenas substituindo o avental da maçonaria pela cruz...
Em síntese, o que aqui dizemos é que a Opus Dei cheira a enxofre, um cheiro que foi amplificado com duas circunstância de natureza, timing, localização e âmbito diferentes: o êxito mundial do livro O Código Da Vinci - cujo livro e filme valem a pena ser vistos (sempre é preferível aos programas e concursos manhosos das tvs que andam por aí); e ao estranho e insólito caso dum Director Geral encomendar uma missa de acção de graças para santificar o valor do trabalho na colecta dos impostos em Portugal.
É óbvio que o sr. Paulo Macedo apenas quis gerar o efeito de jogada de marketing para dar uma projecção e amplitude nacionais à sua modesta pessoa, e para o efeito serviu-se e instrumentalizou a Igreja, a religião, os orçamentos do bcp e a influência da Opus Dei, além da manipulação das crenças e tudo o mais que ela representa em Portugal.
Foi lamentável a todos os títulos.
Mais recentemente emergiram novas interpretações acerca da Opus Dei - cujos experts
É óbvio que nestas leituras há sempre um quantum de ficção, senão mesmo de loucura e obsessão por partes deses especialistas, alguns dos quais dissidentes da própria Opus Dei - que saem com as suas vidas completamente destruídas na sequência de se terem submetido aos métodos e ao controlo espiritual sobre eles exercidos pela Obra.
Mas há sempre um fundo de verdade em muitas dessas histórias narradas pela realidade manipulada por este ramo oficial especial da Igreja que dá pelo nome de Obra de Deus.
A democracia pluralista e o Estado de direito também não saem fortalecidos com isto...
Depois o nível de publicidade feita por aquele rapaz é das coisas mais estúpidas jamais feita em publicidade em todo o mundo.
Essa seria uma campanha cujo nível deveria pagar para não ir para o ar, mas foi, o que revela bem o bom gosto da direcção de Marketing e da administração do banco em questão.
O texto e a narrativa são péssimos, é longo, imperceptível, incongruente, não é assimilável.
Uma trapalhada pegada.
Tudo aquilo é mau.
Com a agravante do rapaz da imagem não ter sido avisado que o banco que o contratou agora também financia o Não ao Aborto.
Enfim, é muita coisa má ao mesmo tempo...
Pedro Manuel
6 Comments:
Que faalta faz o Marques de Pombal pra correr com a padralhada e acolitos sejam Opus Dei ou a Santa Inquisicao e tuddo a mesma raca.
Volta Marques outra vez
O vendedor da banha da cobra
O vendedor da banha da cobra não é uma personagem de histórias de ficção. O vendedor de banha da cobra existe, evoluiu, continua por aí e é muito hábil e astuto.
Todos sabemos que a banha da cobra não serve para nada mas a convicção que esse vendedor transmite, através duma oratória bem estudada e estruturada, convence muita gente sobre as capacidades infinitas do milagroso medicamento. Impigens, mau-olhado, torcicolos, urticária, febre dos fenos, dentes, nervos, escleroses, artroses, entorses, diarreias, sarampo, escarlatina, espinhela caída, dores das cruzes, doenças do miolo, treçolho, verrugas, cravos e desmanchos são alguns dos males que a banha da cobra afastava a quem a quisesse comprar.
Ainda tenho no ouvido partes dessa oratória "Não custa nem 20, nem 15, nem dez! Custa apenas cinco, e quem levar dois leva um totalmente de graça. Um para aquele senhor, outro para aquela menina... e enquanto eu vou lá à frente receber o dinheiro, a minha mulher vai lá atrás distribuir o pacote..."
E o povo lá ia comprando e o vendedor da banha da cobra lá se ia governando.
Este era o autêntico vendedor da banha da cobra que até seria capaz, se não de pagar impostos, pelo menos de pagar a licença municipal para utilização do espaço das feiras, onde afirmava que trabalhava honestamente porque não estava ali para enganar ninguém.
Porventura, o vendedor da banha da cobra existe há séculos e, se é seguramente certo que a banha da cobra não cura, também não consta que daí tenha saído algum mal para a saúde pública e para o Mundo.
Se calhar, também por causa da globalização e das mudanças que por todo o lado vêm acontecendo a um ritmo colossal, alguém pode pensar que o vendedor da banha da cobra desapareceu. Ora, isso não é verdade. O que sucedeu foi que o vendedor da banha da cobra sofreu uma transformação e adaptou-se aos novos tempos. Digamos que não desapareceu, antes evoluiu para um estádio mais sofisticado.
Trata-se assim de mais um caso típico onde de uma estratégia assente na base de mão-de-obra barata e pouco qualificada, se passa para outra, onde o conhecimento e a inovação permitem alcançar níveis de competitividade mais elevados e o que é certo é que o nosso vendedor da banha da cobra continua a sua actividade de sempre, mas agora, em vez da banha da cobra, vende outro tipo de ilusões.
Abandonou a linguagem vernácula para passar a utilizar formas mais subtis e sofisticadas de comunicação, muitas graças às novas tecnologias e modernas técnicas de marketing, tudo no sentido de estar mais bem apetrechado para convencer os potenciais compradores das novas ilusões.
Veste agora de forma muito mais elegante e usa um corte de cabelo moderno. Exibe uma grande autoconfiança que, por vezes, roça a altivez própria dos fracos. Dá mostra de intransigência perante grupos isolados, prévia e cuidadosamente seleccionados, para mostrar ao mercado que veio para ficar. Cria expectativas muito tentadoras que, a serem concretizadas, só o serão lá para as calendas. É capaz de prometer a prosperidade para amanhã, quando a realidade é a dívida crescer dia a dia. É um verdadeiro mestre a prometer hoje uma coisa para fazer o oposto amanhã, com toda a tranquilidade e impunidade. Facilmente cria a ilusão de que o mal está a ser fortemente atacado, quando os sintomas se agravam de forma persistente. Aparenta uma simpatia face aos clientes para, nas costas, desdenhar da sua ingenuidade. É exímio em levar os clientes a acreditar que vão ganhar o euromilhões.
Perante a descoberta da trapaça feita, não dá sinais de atrapalhação e chega ao ponto de pedir à vítima um pedido de desculpas. Fala muito de rigor e jura tratar todos por igual mas, às escondidas, faz descontos aos mais poderosos. Com um passo de mágica, convence muitos clientes que a felicidade se atinge sem qualquer tipo de esforço.
Quando surpreendido por uma observação de um cliente mais lúcido, é notável a forma como atribui sempre a culpa aos fornecedores do passado. Exibe um poder que não é capaz de exercer porque, no fundo, tem medo de perder os clientes.
Virá o tempo, e mais rapidamente do que se pensa, em que o vendedor da banha da cobra ficará fora do prazo e terá de mudar de vida.
Quanto aos clientes, para já, parecem satisfeitos. Tal como no tempo da banha da cobra, compram sem pensar e sem precisar. Tal como no tempo da banha da cobra, acham graça e simpatizam com o estilo do vendedor de ilusões. Tal como no tempo da banha da cobra, estão contentes, porque estão iludidos.
Os clientes andam por aí. Até pode ser o povo de um país...
José Silva Peneda
in Jornal de Notícias
...Ou de um concelho, dizemos nós.
PAULA TEIXEIRA DA CRUZ É PELO SIM
Lá vai o Paulo Teixeira Pinto que rezar mais uns terços:
«"A resposta que a sociedade tem que dar a uma mulher nesta situação não é a prisão. Portanto, sou claramente pelo "sim" à despenalização. Acresce ainda que mesmo para quem entende que é crime, então haverá que entender que é sempre um crime que comporta uma auto-sanção porque a própria prática do acto implica uma sanção e isso, na minha opinião, já seria castigo suficiente. Por outro lado, só assim se porá um travão naquilo que considero ser a liberalização do aborto. Fala-se na liberalização do aborto mas liberalizado está ele agora porque não há regras, há um mercado clandestino e paralelo. Portanto, há razões filosóficas, razões de filosofia penal, sociais, e entendo ainda que há razões de profundíssimo respeito por quem se vê numa situação dessas. Essas mulheres merecem-me muito respeito." » [Diário de Notícias Link]
Dê-se conhecimento à prelatura da Obra de Deus.
Para um cabal conhecimento da realidade nojenta que é o opus dei, visitem e divulguem o sítio www.opuslibros.org
Nunca fui do Opus Dei, não sou do Opus Deis, nunca serei do Opus Dei... MAS, como católico, não gosto que digam mal de uma instituição da Igreja. Para além disso, conheço gente do Opus Dei e posso assegurar que nada do que está acima escrito é verdade.
Terça-feira, Janeiro 23, 2007 7:43:43 PM
O anonimo e tudo mentira aInquisicao nao aconteceu, Torquemada nao existiu, Nunca houve cristaos novos em Portugal, nunca se matou nen escravizou na America Latina sao contra a despenalizacao do aborto, mas nao condenam a pedofilia, de facto aigreja ao correr dos seculos tem sido um eqivoco
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