sábado, 20 de janeiro de 2007

PARA OS DEFENSORES DA EXCOMUNHÃO

Na sequência da afirmação do deputado do CDS, João Morgado, em Abril de 1982, de que o acto sexual é para fazer filhos.

A poetisa/deputada Natália Correia repondeu-lhe com o seguinte poema:


Já que o coito – diz Morgado –
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou – parca ração! –
uma vez. E se a função
faz o orgão – diz o ditado –
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.

O Morgado, ofendido com a dedicatória, rispostou que tinha dois filhos.
Ao que Natália Correia respondeu que bastava substituir truca-truca por truca-truca truca-truca.

Xico C.

3 Comments:

At 21 de janeiro de 2007 às 00:08, Anonymous Anónimo said...

Guterres não foi responsável pela derrota do "sim" no anterior referendo

Esta afirmação de António Vitorino não passa de uma declaração despropositada e desnecessária, todos sabem que no referendo anterior o maior partido português quase nada fez pela vitoria do sim porque tinha na sua liderança um partidário do "não", um companheiro de sacristia do então líder do PSD.

António Guterres pode não ter tido responsabilidades pela derrota do "sim", mas que teve grandes responsabilidades na vitória do "não", lá isso teve si senhor, não vale a pena vir branqueá-lo nove anos mais tarde.

 
At 21 de janeiro de 2007 às 00:14, Anonymous Anónimo said...

GUTERRES NÃO FOI RESPONSÁVEL PELA DERROTA DO SIM

Diz António Vitorino:

«O dirigente socialista António Vitorino recusou hoje que António Guterres tenha sido responsável pela derrota no «sim» no referendo ao aborto de 1998, contrapondo que a culpa foi das correntes radicais a favor da despenalização, noticia a Lusa. »
[Portugal Diário]

António Vitorino tem toda a razão, Guterres limitou-se a dar uma grande ajuda à vitória do Não.

 
At 21 de janeiro de 2007 às 19:17, Anonymous Anónimo said...

O referendo de 1998
Fica bem a António Vitorino tenta ilibar António Guterres e o PS da derrota no referendo sobre a despenalização do aborto de 1998.
Mas as coisas foram como foram. E quem andou por lá sabe muito bem como a posição do então secretário-geral do PS provocou a desmobilização do PS -- que, com algumas excepções, desertou literalmente da campanha, acreditando porventura que a despenalização venceria mesmo sem o seu empenhamento --, deixando o terreno livre para o radicalismo da extrema-esquerda, que por sua vez alienou muitos possíveis apoiantes do "sim".
Houve vários factores no resultado de 1998, mas não vale a pena negar a quota parte de responsabilidade própria.

 

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