A GENTE
A gente
Da minha cidade
É feita de barro encarnado
Mole, lasso, aderente
À sola de senhor presidente
A gente
Da minha cidade
Mente
Naturalmente
Traindo com o mesmo à vontade
Com que adula de frente
A gente da minha cidade
Arrasta o rosto p’lo chão
Vergada pela vaidade
Da sua estreita ambição
A gente da minha cidade
Não há-de
Morrer na guerra
Nem p’la Pátria, nem p’la terra
À gente da minha terra
Falta-lhe o granito da serra
In: Rexistir
4 Comments:
Mais um retrato fiel da cidade da ponte.
Parabéns ao autor do poema, é Ponte de Sor sem tirar nem por.
Até parece escrito por algum que conhece bem o nosso concelho, se bem que, em boa verdade, seja também um retrato do nosso país. Nós somos mesmo assim... mloes, sabujos e subservientes.
O autor do Poema "GENTE", podem ficar descansados que é de Ponte de Sor, conhece como ninguem a realidade da cidade.
Claro que é de ponte sor...e é um dos piores pontessorenses em termos políticos: fez muitas promessas, mas passou-se sempre para o lado do inimigo...ou já estão esquecidos?
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