POR ONDE VAI ESTE P.S.?
Ferro Rodrigues escolheu Paris para o exílio forçado.
Paulo Pedroso rumou à Roménia.
Jorge Coelho afastou-se para dar espaço a uma nova geração.
João Cravinho não resistiu ao estatuto de banqueiro.
António José Seguro aceitou reformar o Parlamento.
João Soares passou de crítico a apoiante incondicional.
Manuel Maria Carrilho implodiu.
Augusto Santos Silva acordou ideólogo.
Manuel Alegre continua aturdido.
Mário Soares está grato.
Correia de Campos é ministro.
Vieira da Silva é importante. E Jaime Gama já tem direito à sua bandeira.
O Partido Socialista de José Sócrates e António Costa está na paz dos anjos. Dorme o sono dos justos e dos vencedores. Tornou-se uma linha contínua, imparável, sem curvas nem encruzilhadas.
Helena Roseta e Ana Gomes são a excepção que confirma a regra. Sem tropas, sem palco, sem eco.
O Partido Socialista é José e António.
Uma linha determinada, tensa, sem intermitências.
A política seguirá quando acontecer um imponderável. Que, com o tempo, vai naturalmente surgir. Para o futuro fica a recente confissão de António Costa a Maria João Avillez, relatada pela jornalista na Sábado: Quando ambos estávamos no Governo Guterres, decidimos, o Sócrates e eu, que quando chegasse a hora da mudança geracional no PS não deveríamos permitir que ela demorasse dez anos, enredada em desentendimentos e lutas permanentes, como ocorreram com Sampaio, Gama, Constâncio e Guterres. A história faz lembrar uma outra, a do Zé Manel (Durão Barroso) e do Pedro (Santana Lopes). Com uma diferença: o José e o António são ambos profissionais. E que mais terão acordado?
É o que falta saber.
R.V.
Paulo Pedroso rumou à Roménia.
Jorge Coelho afastou-se para dar espaço a uma nova geração.
João Cravinho não resistiu ao estatuto de banqueiro.
António José Seguro aceitou reformar o Parlamento.
João Soares passou de crítico a apoiante incondicional.
Manuel Maria Carrilho implodiu.
Augusto Santos Silva acordou ideólogo.
Manuel Alegre continua aturdido.
Mário Soares está grato.
Correia de Campos é ministro.
Vieira da Silva é importante. E Jaime Gama já tem direito à sua bandeira.
Helena Roseta e Ana Gomes são a excepção que confirma a regra. Sem tropas, sem palco, sem eco.
O Partido Socialista é José e António.
Uma linha determinada, tensa, sem intermitências.
A política seguirá quando acontecer um imponderável. Que, com o tempo, vai naturalmente surgir. Para o futuro fica a recente confissão de António Costa a Maria João Avillez, relatada pela jornalista na Sábado: Quando ambos estávamos no Governo Guterres, decidimos, o Sócrates e eu, que quando chegasse a hora da mudança geracional no PS não deveríamos permitir que ela demorasse dez anos, enredada em desentendimentos e lutas permanentes, como ocorreram com Sampaio, Gama, Constâncio e Guterres. A história faz lembrar uma outra, a do Zé Manel (Durão Barroso) e do Pedro (Santana Lopes). Com uma diferença: o José e o António são ambos profissionais. E que mais terão acordado?
É o que falta saber.
R.V.
8 Comments:
Os taxos e as mordomias, e pior que o Tratado de tordesilhas, so que mudaram os protagonistas.
Toma la taxo da ca taxo
QUE VERGONHA
Os taxos e as mordomias, e pior que o Tratado de tordesilhas, so que mudaram os protagonistas.
Toma la taxo da ca taxo
QUE VERGONHA
exes comunas queriam era taxo. Mas como sao tao inuteis (mais inuteis que os socialistas)ninguem se arrisca a dar taxos a estes palhaços. Eles bem queriam mamar da teta, mas nem para isso teriam jeito
PORTUGAL É VIÁVEL?
Pergunta José Miguel Júdice:
«Mais uma vez o digo: basta ler jornais para se perceber que Portugal tem de mudar, muito, a fundo, depressa e bem. Alguns exemplos desta semana: a Yazaki Saltano despede 533 trabalhadores e diz que o custo de mão-de-obra é 50 por cento mais baixo na Eslováquia e 80 por cento mais baixo na Roménia e Bulgária, todos países da União Europeia, do que em Portugal; um em cada seis funcionários públicos reformou-se desde 2001, mas o DN afirma que foram substituídos por igual número de novos; Portugal continuará a crescer menos do que a União Europeia até 2009 (ou seja, por sete anos consecutivos!), afastando-se gradual e acumuladamente dos nossos parceiros; o Jornal de Negócios diz-nos que, segundo o Banco de Portugal, o nosso país perdeu mercados de exportações durante seis anos consecutivos até 2005, o crescimento das exportações de 2006 não é sustentável e o seu contributo para o PIB não crescerá nada em 2008, sendo a exportação sobretudo de produtos de baixa qualidade; o PÚBLICO, em editorial de Paulo Ferreira, revela que no Metro de Lisboa (prejuízos anuais de 160 milhões de euros!) se fazem greves para manter até 36,5 dias de férias por ano, trabalho diário de apenas cinco horas a conduzir, e prémios de produtividade automáticos, mesmo sobre os subsídios de férias e de Natal!» [Público]
Sugira-se a JMJ que reduza os seus honorários ao nível dos praticados pelos seu colegas romenos, seria um gesto muito pedagógico.
O ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, concedeu ao seu colega de Governo do Ministério dos Negócios Estrangeiros um subsídio de alojamento, solicitado pelo próprio. Luís Amado recebe mais 44,14 euros por dia como ajuda de custo para viver em Lisboa, o que dá por mês mais 1324 euros no rendimento. (link) O governante tem direito, por lei, a este subsídio desde que resida a mais de 100 quilómetros da capital. O ministro declarou residência permanente no Funchal, Madeira. Contudo, segundo a declaração de rendimentos de 2005, Amado também tem uma fracção de um prédio urbano na Avenida Marquês de Tomar. E, não estando arrendada, o CM questionou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, uma vez que o ministro tem casa própria na capital. (...)
No:C.M.
P.S.:pesar de tipificado na lei aquele subsídio - quer-me parecer que começou o início do descrédito deste ministro.
Oxalá me engane, mas há certas coisas que quando esmiuçadas podem dar para o torto, mesmo que a lei - em certos casos - funcione mais como biombo do que como vidro.
Este deixa ver o que está do outro lado; o biombo oculta.
Um caso a acompanhar, portanto.
Como diria a minha avózinha Raquel "que Deus tem": Seria uma pena que ele se estragasse, é tão bom rapaz...
O PS no seu pior ou a enciclopédia e o filme do DGCI.
A semana passou depressa, não percebi bem porquê...
Pois é sabido que o mês de Janeiro é, por natura, um mês longo: no frio, no trabalho (não há feriados), na falta de grana, no... sei lá. Assim sendo, como resolver esta contradição dos termos: a semana passou rápido mas o tempo afigura-se mais longo.
A resposta está no Sr. Macedo - Dgci, pois prometeu comprar uma enciclopédia depois de ter feito um filme, na Igreja - o o que enterneceu e até divertiu as hostes.
Este Macedo ainda será contratado pelo realizador Manoel de Oliveira para fazer um filme ainda sem título. Mas -« Venham a mim que eu esfolo-Vos vivos »- é uma séria possibilidade.
A dúvida de Oliveira é saber se Macedo entra como figurante ou actor secundário
AVISO MUITO IMPORTANTE
A partir de ontem todos os cidadãos, condutores e apanhados a conduzir com taxa até 1,44g/litro, se presentes ao juiz, podem optar por trabalho comunitário.
Se o juíz não seguir a jurisprudência do Caso Luisão, basta recorrer ao Supremo, e alegar que é uma figura pública lá no seu bairro
Desvergonha
São José Almeida
Será que Amado está à espera da votação em plenário para se demitir com guia de marcha
do Parlamento Europeu?
O país aguarda a demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros, na sequência e em coerência com as suas próprias garantias de que o faria, se fossem apresentadas provas do envolvimento do Estado português nos voos da CIA que transportaram alegados presos ilegais e eventuais vítimas de tortura. Quando as provas desse envolvimento estão já integradas nas emendas ao relatório provisório, que deverá ser votado dia 23, pela comissão de inquérito a este caso constituída no seio do Parlamento Europeu - e que irá a plenário, em Estrasburgo, a 15 de Fevereiro -, não há muito mais espaço para Luís Amado explicar o que quer que seja antes de, primeiro, se demitir.
Para mais, quando Amado foi ministro da Defesa antes de ser ministro dos Negócios Estrangeiros e durante um período que, segundo as próprias emendas ao relatório, se realizaram voos com passagem em território português. Será que Amado está à espera da votação em plenário para se demitir com guia de marcha do Parlamento Europeu? Até porque, se a pressão política dos partidos pode fazer com que as emendas fiquem de fora do texto final, a verdade é que elas existem já oficialmente como emendas.
As mesmas emendas tratam de criticar o Governo português pela falta de colaboração com as investigações do PE e criticam também Durão Barroso, afirmando que o então primeiro-ministro de Portugal estava a par. Resta saber que consequências dos seus actos vão ser exigidas ao actual presidente da Comissão Europeia e anterior mordomo da Cimeira das Lajes.
Este relatório - as suas alegações, as suas emendas e as suas conclusões - é uma vergonha para a democracia portuguesa a vários níveis. Pela conivência e participação do Governo Barroso-Portas (é bom não esquecermos que o ministro da Defesa era Paulo Portas) neste horroroso atentado aos direitos humanos e ao Estado de direito democrático. Mas também pela forma reles e mentirosa como o actual Governo lidou com a situação. A mentira acerca do conhecimento de provas - numa altura em que a lista da NAV, com o registo de quase uma centena de voos da CIA em Portugal, era do domínio público, estava no Parlamento Europeu e só o Governo insistia em dizer que não existia - é indecorosa.
A convergência e a conivência entre o Governo e as direcções do PS, do PSD e do CDS, evidenciada, mais uma vez, esta semana, a propósito do chumbo da comissão de inquérito no Parlamento português, proposta pelo PCP, é um sinal claro da promiscuidade e da corrupção ética que assola a democracia portuguesa.
A tentativa de branqueamento das responsabilidades políticas dos seus correligionários chega a ser uma demonstração saloia de burrice. Não sei se as direcções de alguns partidos acham que os portugueses são parvos ou se estão eles mesmo reduzidos à debilidade mental daqueles a quem o poder sobe à cabeça e tolda o raciocínio. Mas é difícil, senão impossível, de compreender como é possível o PS, o PSD e o CDS dizerem que não há provas de nada, quando estas estão já na posse de uma instituição como o Parlamento Europeu.
Isto para não falar da pérola de machismo cavernícola (se Ana Gomes não fosse uma mulher, o tom seria seguramente diferente), misturado com boçalidade ignorante e arrogância antidemocrática, que transparece das declarações do dirigente do PS José Lello sobre o papel de Ana Gomes na investigação. Como José Lello muito bem sabe, mas a sua devoção aparelhística e a sua atitude de defensor dos interesses do Bloco Central não lhe permitem assumir, Ana Gomes não é nenhuma louca, não é nenhuma "mulherzinha histérica" que anda a difamar governantes. Ana Gomes é uma deputada do PE, eleita democraticamente, que legitimamente actuou com o mandato em que está investida e no âmbito de uma comissão de inquérito do PE, que integra. Mais precisamente: Ana Gomes não fez mais do que a sua obrigação. Foi deputada em nome do povo que a elegeu e dos ideais democráticos de defesa dos direitos humanos, de justiça e de transparência que são constitutivos da União Europeia.
Aliás, o tom idiota com que, em Portugal, alguns dirigentes políticos quiseram reduzir este problema a "maluquices" da deputada Ana Gomes, quando se trata de uma investigação do Parlamento Europeu sobre a eventual violação das bases da democracia no espaço da própria União Europeia, demonstra como os políticos portugueses se acham donos do país e tomam os cidadãos por um bando de tolos. E logo numa questão que, mais tarde ou mais cedo, iria cair em cima dos governos portugueses, nem que seja quando os EUA começassem a soltar informação e a abrir os arquivos.
Salva-se a inteligência de Vera Jardim que, no meio da desvergonha generalizada, lá disse que cabe ao Ministério Público investigar as provas que estão já na posse do Parlamento Europeu. Espera-se que Pinto Monteiro aja em conformidade democrática com o papel em que está investido como procurador.
2. As decisões da ministra da Educação declaradas ilegais ou anuladas pelos tribunais parecem ser como as cerejas: o problema é começar... O seu mandato começa a assemelhar-se a uma cascata de actos ilegais e arbitrariedades a que os tribunais têm de pôr cobro. Desde a repetição de exames até ao pagamento como horas extraordinárias das aulas de substituição, passando pela implosão da ordem de regresso às escolas de origem dada a meio do ano lectivo aos professores destacados por razões de saúde, não há medida, no voluntarismo da ministra, que não esbarre ou não exceda as fronteiras da legalidade.
É evidente que no Ministério da Educação há um gabinete jurídico que tem obrigação de assessorar a ministra e de lhe dizer quando as suas vontades não são compagináveis com a lei, em vez de fazerem pareceres martelados em que manipulam a legalidade para agradar as chefias e ao poder. Mas a responsabilidade política é da ministra e dos seus secretários de Estado. E a ideia que transparece do Ministério da Educação, neste momento, é de que é ocupado por uma equipa que age fora da lei.
3. A credibilidade dos eleitos perante os cidadãos é um factor vital da legitimidade das democracias e da sua saúde e bom funcionamento. E, para que as democracias sejam credíveis, os agentes políticos têm de actuar dentro das regras democráticas e da legalidade e não mentirem aos eleitores. Ora, na última semana, o Governo português apareceu publicamente como tendo faltado à verdade e à lei.
P.S. - Luís Monterroso foi condenado a pena suspensa depois de 17 anos de processo em tribunal. Querem melhor retrato do combate à corrupção em Portugal?
In:Jornal Público
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