MAIS DEPRESSA SE APANHA UM MENTIROSO...
“Tinha a certeza de que a engenharia não era o meu destino. É o mundo dos pormenores e eu tenho uma inteligência direccionada para o abstracto” – José Sócrates, na revista Tabu.
O primeiro-ministro do Governo de Portugal, José Sócrates, referindo-se às notícias sobre o seu percurso académico, lamenta hoje, no Público que se dê espavento a “este tipo de insinuações” que “assume uma dimensão difamatória e caluniosa” e “são veiculadas pelos mesmos meios, sob o anonimato dos blogs ou por jornais de referência no sensacionalismo e no crime. E usam também o mesmo método, limitando-se a levantar suspeitas insidiosas com base em dados falsos”.
O Público, em nota editorial, escreve que não dá à estampa boatos, mas não deve ignorar que eles existem e que a melhor forma de acabar com eles é confirmá-los ou desmenti-los.
O percurso académico de José Sócrates, antes de ser primeiro-ministro, suscita ou não, dúvidas sérias quanto à sua correcção e verdade? Apontar essas dúvidas e questionar directamente o visado ( que exerce o mais alto cargo público, em Portugal, a seguir ao PR), sobre as mesmas, será logo difamação e calúnia?
O Público a escreve, preto no branco: “Há falhas no dossier da licenciatura de Sócrates na Universidade Independente”. Portanto, o que o primeiro-ministro escreve, tem de se contextualizar como um modo de atacar directamente e de modo soez, quem coloca em dúvida aquilo que merece dúvida e por isso faz perguntas. Um primeiro-ministro terá o direito de se eximir a esclarecimentos desse teor? Dito de outro modo, o cidadão comum, está inibido de fazer perguntas sobre o percurso académico de um primeiro-ministro, sob pena de o difamar?
O primeiro conhecido a levantar essas dúvidas e também a procurar esclarecê-las, junto das entidades que o poderiam ter feito, foi o autor do blog Do Portugal Profundo, António Balbino Caldeira, já em 2005.
Ninguém ligou publicamente ao assunto que entretanto passou o prazo de validade blogsoférica.
A retoma do interesse, deu-se com a crise na Universidade Independente e com o perfil académico, encomiástico qb, entregue pelo reitor que afinal já não é mas pode voltar a ser, daquela universidade. Luís Arouca, no mínimo, levantou as suspeitas, ao referir a licenciatura do primeiro-ministro naquela universidade privada, com datas equívocas, e suscitou de novo a curiosidade, no perfil da revista Tabu, do semanário Sol.
Esse perfil, aliás, foi antecedido de intensa actividade de publicidade positiva sobre o primeiro-ministro, na imprensa escrita e na tv, o qual se desdobrou em declarações sobre a sua infência, o seu modo de pensar e até o seu modo de agir com primeiro-ministro. Tudo edulcorado com os mais finos encómios, panegíricos e laudações. Até Vasco Pulido Valente falou em "hagiografia" do primeiro-ministro.
Não deveria ser de estranhar, por isso mesmo, que venham agora a público os pormenores sobre a vida do primeiro ministro, embora do lado que menos lhe agrade. É compreensível mas quem se dá ao trabalho de mostrar a lua da sua vida particular, para óbvias vantagens pessoais, não pode estranhar que a curiosidade vá um pouco mais além do que o visado desejaria.
Assim,quanto às “difamações e calúnias” de que se queixa o primeiro-ministro, seria bom que tivesse um pouco mais de senso comum e se lembrasse dos panegíricos anteriores.
Como remédio para o culto da personalidade em vias de desenvolvimentom, seria bom que aproveitasse para ler alguns postais colocados no blog causa-nossa, da autoria de Vital Moreira, um indefectível do seu governo. Poderia ler, particularmente, um com o título de “diz que é uma espécie de universidade” e ainda outro, com um sumarento conteúdo a propósito da contratação de Santana Lopes, como professor doutor, com convite expresso à intervenção dos serviços inspectivos do Estado, aompanhado de uma ridicularização que José Sócrates nunca experimentou...
Para rematar o estado das insinuações e suspeitas, aliás, nada melhor que repescar um outro postal do mesmo Vital Moreira, sobre a dita universidade:
“Por que é que certas universidades privadas procuram a colaboração de jornalistas, incluindo directores de jornais (mesmo fora das áreas de ensino de jornalismo e comunicação)?” E para reforçar o ambiente saudável dos boatos e afins:
“Por que é que várias universidades privadas têm entre o seu corpo docente um número tão grande de deputados, ex-deputados e outras personalidades da esfera política? “, perguntava o núncio do governo, em 8.3.2007, sem se dar conta do tiro no pé...
As dúvidas agora amplificadas no artigo do Público, não se resumem, para quem quiser ler e tem acompanhado o assunto das universidades privadas, particularmente a Independente, a meras suspeitas, boatos, calúnias ou difamações. Concentram em si mesmas, todo um caldo de cultura devidamente denunciado por Vital Moreira, num artigo publicado no Público de 13 de Março de 2007.
Aí, de modo bem mais grave e sentido do que todos os artigos em blogs “anónimos”, apodados pelo primeiro-ministro de Portugal como difamadores e caluniadores, dá-se conta do descalabro do ensino superior privado, da sua génese inquinada e lançam-se objectivamente as mais graves suspeitas sobre o modo de funcionamento dessas universidades.
Sobre a U.Independente, conhecendo-se o que já se conhece, alguém duvida disso, ou continuará a achar que são tudo boatos, insinuações e calúnias?
O artigo do Público, aliás, permite só por si, deixar as maiores suspeitas sobre o modo como outros indivíduos aí tiraram as suas licenciaturas.
Em nome da verdade e da transparência, quem é que está disposto a fazer um inquérito, daqueles "rigorosos", sobre esses assuntos?
Quem fez um inquérito parlamentar sobre um assunto tão sério e retumbante como foi o do "envelope 9", deverá estar neste momento, já preparado para o próximo, sobre os cursos superiores na universidade independente. Aposto que teria todo o apoio de Vital Moreira.
Vamos a isso, senhor deputado Ricardo Rodrigues?! Não será mesmo assim, senhor deputado Fernando Rosas?
Ou será que o inquérito ainda acaba em cima dos blogs, seguindo a sugestão em tempos lançada, como quem não quer a coisa, pela senhora deputada Catarina?
Isto da democracia e da liberdade de expressão, é uma chatice, às vezes..
O Público, em nota editorial, escreve que não dá à estampa boatos, mas não deve ignorar que eles existem e que a melhor forma de acabar com eles é confirmá-los ou desmenti-los.
O percurso académico de José Sócrates, antes de ser primeiro-ministro, suscita ou não, dúvidas sérias quanto à sua correcção e verdade? Apontar essas dúvidas e questionar directamente o visado ( que exerce o mais alto cargo público, em Portugal, a seguir ao PR), sobre as mesmas, será logo difamação e calúnia?
O Público a escreve, preto no branco: “Há falhas no dossier da licenciatura de Sócrates na Universidade Independente”. Portanto, o que o primeiro-ministro escreve, tem de se contextualizar como um modo de atacar directamente e de modo soez, quem coloca em dúvida aquilo que merece dúvida e por isso faz perguntas. Um primeiro-ministro terá o direito de se eximir a esclarecimentos desse teor? Dito de outro modo, o cidadão comum, está inibido de fazer perguntas sobre o percurso académico de um primeiro-ministro, sob pena de o difamar?
O primeiro conhecido a levantar essas dúvidas e também a procurar esclarecê-las, junto das entidades que o poderiam ter feito, foi o autor do blog Do Portugal Profundo, António Balbino Caldeira, já em 2005.
Ninguém ligou publicamente ao assunto que entretanto passou o prazo de validade blogsoférica.
A retoma do interesse, deu-se com a crise na Universidade Independente e com o perfil académico, encomiástico qb, entregue pelo reitor que afinal já não é mas pode voltar a ser, daquela universidade. Luís Arouca, no mínimo, levantou as suspeitas, ao referir a licenciatura do primeiro-ministro naquela universidade privada, com datas equívocas, e suscitou de novo a curiosidade, no perfil da revista Tabu, do semanário Sol.
Esse perfil, aliás, foi antecedido de intensa actividade de publicidade positiva sobre o primeiro-ministro, na imprensa escrita e na tv, o qual se desdobrou em declarações sobre a sua infência, o seu modo de pensar e até o seu modo de agir com primeiro-ministro. Tudo edulcorado com os mais finos encómios, panegíricos e laudações. Até Vasco Pulido Valente falou em "hagiografia" do primeiro-ministro.
Não deveria ser de estranhar, por isso mesmo, que venham agora a público os pormenores sobre a vida do primeiro ministro, embora do lado que menos lhe agrade. É compreensível mas quem se dá ao trabalho de mostrar a lua da sua vida particular, para óbvias vantagens pessoais, não pode estranhar que a curiosidade vá um pouco mais além do que o visado desejaria.
Assim,quanto às “difamações e calúnias” de que se queixa o primeiro-ministro, seria bom que tivesse um pouco mais de senso comum e se lembrasse dos panegíricos anteriores.
Como remédio para o culto da personalidade em vias de desenvolvimentom, seria bom que aproveitasse para ler alguns postais colocados no blog causa-nossa, da autoria de Vital Moreira, um indefectível do seu governo. Poderia ler, particularmente, um com o título de “diz que é uma espécie de universidade” e ainda outro, com um sumarento conteúdo a propósito da contratação de Santana Lopes, como professor doutor, com convite expresso à intervenção dos serviços inspectivos do Estado, aompanhado de uma ridicularização que José Sócrates nunca experimentou...
Para rematar o estado das insinuações e suspeitas, aliás, nada melhor que repescar um outro postal do mesmo Vital Moreira, sobre a dita universidade:
“Por que é que certas universidades privadas procuram a colaboração de jornalistas, incluindo directores de jornais (mesmo fora das áreas de ensino de jornalismo e comunicação)?” E para reforçar o ambiente saudável dos boatos e afins:
“Por que é que várias universidades privadas têm entre o seu corpo docente um número tão grande de deputados, ex-deputados e outras personalidades da esfera política? “, perguntava o núncio do governo, em 8.3.2007, sem se dar conta do tiro no pé...
Aí, de modo bem mais grave e sentido do que todos os artigos em blogs “anónimos”, apodados pelo primeiro-ministro de Portugal como difamadores e caluniadores, dá-se conta do descalabro do ensino superior privado, da sua génese inquinada e lançam-se objectivamente as mais graves suspeitas sobre o modo de funcionamento dessas universidades.
Sobre a U.Independente, conhecendo-se o que já se conhece, alguém duvida disso, ou continuará a achar que são tudo boatos, insinuações e calúnias?
O artigo do Público, aliás, permite só por si, deixar as maiores suspeitas sobre o modo como outros indivíduos aí tiraram as suas licenciaturas.
Em nome da verdade e da transparência, quem é que está disposto a fazer um inquérito, daqueles "rigorosos", sobre esses assuntos?
Quem fez um inquérito parlamentar sobre um assunto tão sério e retumbante como foi o do "envelope 9", deverá estar neste momento, já preparado para o próximo, sobre os cursos superiores na universidade independente. Aposto que teria todo o apoio de Vital Moreira.
Vamos a isso, senhor deputado Ricardo Rodrigues?! Não será mesmo assim, senhor deputado Fernando Rosas?
Ou será que o inquérito ainda acaba em cima dos blogs, seguindo a sugestão em tempos lançada, como quem não quer a coisa, pela senhora deputada Catarina?
Isto da democracia e da liberdade de expressão, é uma chatice, às vezes..
José
Etiquetas: José Sócrates
12 Comments:
Se houvesse uma réstia de normalidade na vida política portuguesa, que não há, o actual Primeiro Ministro, hoje, depois do 'destaque' do Público sobre a sua carreira académica, só tinha uma, e uma só coisa, a fazer - fazer uma comunicação ao País a explicar o que há para explicar, até para que não fique a pairar a dúvida de que o Primeiro-Ministro de um país está - pura e simplesmente - refém dos interesses obtusos que, de presente, se movem à volta da Universidade Independente.
A explicação, porventura penosa, seria fácil e os portugueses compreenderiam. De seguida era perdir ao Presidente da República, que convocasse eleições legislativas antecipadas.
Sócrates voltava a ganhar, quase de certeza com maioria absoluta, e ficava tudo muito infinitamente mais claro, e o ar ficaria mais respirável. Mais, dava um exemplo raro.
Obviamente, que as hipóteses de isto acontecer são mínimas, para não dizer nulas, até porque não 'convém' à Oposição, sob o manto diáfono de um conceito difuso a que se dão nomes como 'estabilidade', tacticismo ou conveniência.
Mas por cá prefere-se a fachada e a aparência, sempre, o que resulta muitas vezes em fugas (bem intencionadas, até) infelizes para a 'frente', com os resultados que se conhecem e que resultam invariavelmente num ainda maior descrédito da classe política indígena, descrédito esse, que, por estes dias, não deriva apenas do triste 'reality-show' que decorre - diariamente - no seio do PP.
P.S. - A investigação do Público é legítima e pertinente; o que já não é legítimo nem pertinente, e atenta contra todas as regras da deontologia, e da transparência jornalistica, é não ter havido uma linha, um parágrafo, uma caixa, para relevar devidamente o trabalho do António Balbino Caldeira, que há mais de uma ano puxa pelo tema, quanto mais quando se reconhece explicitamente que foi esse o pretexto e o mote que levou à investigação...
É assim no caso so José Sócrates.
Vai ser assim no caso das chamadas eróticas do Taveira Pinto.
Anda para aí grande celeuma com a notícia do Público sobre o grau académico do Primeiro-ministro José Sócrates. Esta questão está longe de ser nova: aqui no Abrupto uma vez que escrevi "engenheiro Sócrates" uma série de engenheiros escreveram a protestar. Nos blogues e em blogues assinados havia já muita informação factual há muito tempo sobre esta questão e só estranho que ela tenha levado tanto tempo a ser tratada na imprensa.
Por isto se percebe que acho completamente legítimo que o Público o tenha feito e só discordo que sinta necessidade de o justificar. É exactamente isto que os jornais devem fazer para exercerem a sua função: uma investigação própria, com uma agenda própria. Não há qualquer intromissão em questões privadas e nenhum preconceito contra o facto do Primeiro-ministro ter ou não ter um "dr." ou "eng." antes do nome. Isto só se estranha por ser raro.
O que acontece é que em qualquer democracia, a contradição entre a biografia oficial do primeiro-ministro e os factos, é matéria noticiosa. Ora, se tudo estivesse bem, essa biografia não teria sido mudada há poucos dias, exactamente quando a controvérsia ameaçava passar dos blogues para os jornais.
JOSÉ PACHECO PEREIRA
No:http://abrupto.blogspot.com
Estive a ver a noticia do Publico e devo dizer que fiquei de boca aberta.
Então não é que a Direcção confirma que "pedimos ao 1º ministro para consultar seu processo na U. independente". Ao que isto chegou. O Público rastejantemente solicitou ao Sr ex- engenheiro se podia verificar, já agora por favor, se podia ver algo que o pudesse comprometer!
Porque é que só fazem isto com ele. Porque é que não fizeram com outros? Olha se o Dr Santana Lopes (que por acaso até é, comprovadamente, professor, foi meu professor), tivesse afirmado ser doutor sem ser. Tenho a certeza que o Público também lhe ia pedir àmen para consultar os dados, então não!
É que ao contrário do que o director do jornal afirma, saber se o 1º ministro mente, quanto ás suas qualificações não é uma questão menor!
Então o homem exige transparência, rigor, lealdade, achincalha professores, magistrados, advogados e no fim nem sequer é engenheiro e anda a dizer que é?
E já agora, que raio de equivalências são aquelas, dão-lhe mais do que pede. Coincidências de estar no governo na altura concerteza. Das duas uma, ou não fazia nada no governo ou não fazia nada na Universidade, quem é que, estando a trablhar num emprego normal, faz dez cadeiras universitárias?
Estamos a enganar quem?
Por muito menos outros demitiram-se ou foram demitidos.
O Ex-engenheiro não, porque esse agora controla tudo, a começar pela imprensa como se vê.
Graças a Deus que ainda não controla a blogosfera. Por enquanto..
Não me parece que um primeiro-ministro deva ser escolhido em função do currículo académico, se assim fosse quase nenhum dos líderes partidários portugueses sobreviveria à primeira avaliação curricular, salvo o Francisco Louça qualquer um deles teria grandes dificuldades em conseguir o seu primeiro emprego. Ninguém votou em Sócrates por ser engenheiro, em Cavaco por ser economista ou em Sampaio por ser jurista, o único que chegou a primeiro-ministro ou, para ser mais preciso, a presidente do conselho em consequência das suas habilitações foi Salazar, mas nesse ninguém votou.
Por isso não me incomoda que licenciatura em engenharia seja uma manta de retalhos feita com tecidos de má qualidade e, ao que parece, com buracos mal preenchidos.
Mas é um facto que Sócrates considerou importantes ter um canudo, não é por acaso que raramente alguém se refere, por exemplo, a Sampaio como o dr. Jorge Sampaio, enquanto em relação ao primeiro-ministro é raro ouvir alguém referir-se a ele como o José Sócrates, o eng. vem sempre atrás. Pelos vistos teremos que passar a tratá-lo por lic. José Sócrates já que a Ordem dos Engenheiros não lhe reconhece o canudo.
A democracia tem destas coisas, ao mesmo tempo que um funcionário público que se candidate ao mais baixo cargo de chefia tem que ser avaliado por um júri que integra um professor universitário, o primeiro-ministro que adoptou esta regra tem um canudo que pouco mais vale do que um diploma de um curso de formação profissional financiado pelo Fundo Social Europeu.
O problema não está nas habilitações do primeiro-ministro, a não ser que tenha que remendar alguma canalização na residência oficial de São Bento o desempenho das suas funções não lhe vai exigir grandes conhecimentos de engenharia.
Também não foi para ser engenheiro que Sócrates fez as cadeiras em várias “carpintarias” baratas, e quanto a inteligência é a qb.
O que se questiona é a fórmula de sucesso que levou Sócrates dos devaneios na companhia de Armando Vara ao cargo de primeiro-ministro, fórmula tão eficaz que também serviu para o amigo chegar a administrador da Caixa Geral de Depósitos.
O problema é que nem o cargo de primeiro-ministro escapa à fórmula de sucesso assente na vida fácil.
Que vou dizer a um filho?
Aproveita a vida, namora e gasta as mesadas nos casinos que depois vais num instante à Univeridade Independente, sais dali engenheiro e ainda te arriscas a ser primeiro-ministro?
No centro de Emprego de Ponte de Sôr:
- Lamentamos, mas de momento só dispomos de uma vaga e os senhores são dois. Gostaria de saber onde concluíram as vossas licenciaturas.
- Eu tirei o meu curso na Universidade Independente.
- E o senhor?
- Eu recebi o curso já completo, acrescido de uma viagem para duas pessoas a Paris, como brinde da farinha Amparo.
- Ah, muito bem. Então o emprego é seu. Quanto ao senhor da Universidade Independente, tenha paciência. Volte em 2009: só nessa altura haverá vaga para primeiro-ministro
Se o Sr. Pinto de Sousa não for Engenheiro de verdade.
Mesmo que de tão prestigiada universidade.
O importante é o empenho e a qualidade da pessoa em si, e sobre isso mantenho que, eng.º ou não, as minhas expectativas são muito baixas. Mas acho que convém que a malta não cometa a indelicadeza de o começar a tratar por Sô Zé…
Muito "Pinto" há neste pequeno Portugal, a cantarem de galo. Muito pinto que não chegará a galo e descontente com a sua condição de "cocó" ou "coquicho" tenta debicar tudo e todos. Não são pacíficos, os "Coquichos", nem as aves com penas nem as aves depenadas. "Raios parta não os sapos, mas sim os pintos".
Anda para aí uma grande azáfama para descobrir se o fulano que manda neste quintal é ou não engenheiro.
O mais engraçado disto tudo é os jornais, os de referência, terem ido a reboque dos blogs que resolveram descobrir a careca ao homem.
Claro que também se sopra que o dito jornal, cumpriu as superiores instruções do patrão aborrecido por ter perdido milhões, quando bastava uma palavrinha daquele de que se fala.
Ora, eu pessoalmente, estou-me borrifando para o pormenor de o homem ter ou não canudo.
Até o Saramago agora é “doutor” portanto daqui não viria mal ao Mundo.
Afinal quem é que ia encomendar uma obra de engenharia ao fulano?
Claro que com tanto barulho fizeram com que Ele deixasse de ser engenheiro e passasse a ser licenciado.
Vale o mesmo.
Consultado o seu curriculum verifico que nunca trabalhou em sítio nenhum.
Foi sempre um político profissional.
O mais perto que esteve de alguma vez ter um emprego decente, onde pudesse fazer alguma coisa pela economia deste País produzindo, foi quando lhe arranjaram um lugar de “consultor” lá na Câmara.
Preocupante é a pegada que ele vai deixar no rodapé da História.
Como neurótico que fica todo aos tremeliques quando o contrariam.
Como casmurro que quando uma ideia se lhe mete na mona não a larga.
Como intelectual do Reader’s Digest.
Como uma espécie de ditador.
Chega de obscurantismo, chega de mentiras, chega de assessores; Eu quero isto no prós-e-contras
Tema: Os blogues e a Política: Um exercício de democracia e cidadania ou um meio fácil de propagação de boatos?
Painel:
António Balbino Caldeira, autor do polémico blogue "Do Portugal Profundo", no qual assina devidamente identificado, e onde surgiu a investigação acerca do percurso académico do primeiro-ministro;
José Manuel Fernandes, director do Público, e/ou Ricardo Dias Felner, autor da Investigação do Público baseada nesse mesmo blogue;
Pacheco Pereira, como autor reconhecidíssimo do blogue "Abrupto";
António Costa, autor do blogue "A Nossa Opinião";
José Sócrates, "o visado", o prejudicado, aquele a quem querem prejudicar a sua imagem pessoal.
Um especialista em comunicação e espaço público, atrevo-me a aconselhar o Professor Doutor João Pissarra Esteves, da FCSH-UNL, autor de vários livros sobre Comunicação Política e Espaço Público;
E então? Quer-se transparência ou não?
Ah, pois, bem me parecia que a "guerra" ia ser feita de outra maneira. Nicolau Santos, e Diário de Notícias, e por aí, não é? Opinion Makers, Opinion Leaders, Comunicação Uni-Lateral; o que seria de nós sem ela... E deus nos livre de ver tal assunto na televisão!! Aí é que estava o caldo entornado..
Na Universidade Independente, o reitor que já não é, mas pode ainda vir a ser, de seu nome Arouca, disse ao Público, referindo-se aos documentos que suportam as classificações académicas dos alunos que “as fichas de cada aluno já ninguém sabe delas. Nos primeiros anos, a nota final é acompanhada com fundamento, depois é deitada fora. Ao fim de cinco anos, vai tudo para o maneta”.
Ao Expresso de hoje, o Professor Arouca, assegurou que “ a licenciatura é correcta, impecável”, apesar de não mostrar os documentos que atestam a afirmação. Tudo indica, aliás que estejam nas mãos do misterioso…Maneta. Será o do Fugitivo, de boa memória?
Vital Moreira, depois de ter glosado o tema da Universidade Independente, do modo que se conhece, no blog e nos jornais, lançando a lama mais pútrida sobre a honorabilidade curricular das universidades privadas e respectivos corpos docentes, entende agora que , “o Primeiro-Ministro mudou a forma da sua apresentação pessoal, de "engenheiro civil" para "licenciado em engenharia civil", para pôr fim a acusações mesquinhas.”
E para que não fiquem dúvidas sobre a mesquinhez do propósito dos maledicentes, apresenta os seus argumentos constitucionais:
Engenheiros, há muitos! Arquitectos e doutores, idem! E pergunta, destemido, se querem que diga nomes!
Queremos, senhor Professor Doutor, Vital Moreira, honoris causa em muitas causas!
Queremos o nome do Primeiro- Ministro de Portugal ( e até da Europa) que não sendo aquilo que dizia ser, foi obrigado a alterar a designação académica com que se apresentava em documentos, encontros e comunicações e oficiais. Queremos saber se houve vergonha igual por essa Europa fora!
Queremos que nos diga quem foram os Primeiros-Ministros de Portugal que viram a sua vida académica em vias de ser escrutinada, por se levantarem dúvidas e suspeitas sobre a sua correcção e verdade.
Se não houver nomes, espera-se que em nome do purismo, vá reler o que escreveu, nas suas causas avulsas e recolha a penates.
Podem ser vários escritos, todos eles de purismo exemplar. Por mim, escolheria aqueles com que brindou Santana Lopes, ao logo dos últimos meses de governo; pode ser o artiguito purista sobre ”a Nobre casa de Guedes”, ao mesmo tempo que poderia compará-los com os grandes e magníficos encómios ao engenheiro que agora se descobre nunca ter sido verdadeiramente, facto descoberto num acaso mesquinho.
Sinto vergonha de ter feito parte do vinte e cinco de Abril
Sinto vergonha de mim,por ter sido educador de parte desse povo,
Por ter batalhado sempre pela juswtiça,porcompactuar com a honestidade,
Por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enverredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim,por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia,
Pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos,simples e abominavelmente,
A derrota das virtudes pelos vícios,a ausância da sencadez a negligência com a família,
Célula-Mater da sociedade,a demasiada preocupação com o eu feliz a qualquer custo,
Buscando a tal felicidade em caminho eivados de desrespeito para com o seu próximo.
Ttenho vergonha de mim pela passivildade em ouvir,sem despejar meu verbo,a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade,a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido,a tantos floreios para justificar actos criminosos,a tanta relutância em
Esquecer a antiga posição de sempre contestar,voltar atrás e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim,pois faço parte de um povo que não reconheço,enveredando
Por caminhos que não quero percorrer…
Tenho vergonha da mimha impotência, das minhas desilusões e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir pois amo este meu chão,vibro ao ouvir meu hino e jamais
Usei a minha bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar o meu corpo na pecaminosa
Manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,tenho tanta pena de ti,povo deste mundo!
De tanto ver triunfar as nulidades,de tanto ver properar a desonra,
De tanto ver crescer a injustiça,de tanto ver agigantarem-se os poderes.
Disse todo espero voa vontade para corirjir os eros da má governação
Do nosso país que se chama Portugal.
Lamentação de um Portugues desigenado pela situação do País
Abílio Mesqita Brandão
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