quarta-feira, 11 de abril de 2007

QUANTO MAIS SE MEXE NA M..., MAIS MAL CHEIRA


O que ficou por esclarecer na entrevista de José Sócrates à RTP-1
(em actualização)

Além de outras questões que o Público de 10-4-2007, ficaram algumas questões por esclarecer na entrevista do primeiro-ministro José Sócrates à RTP-1:
  • a questão da sua utilização do título de "engenheiro"
  • a questão das equivalências concedidas na Universidade Independente
  • a questão da leccionação do Inglês Técnico
  • a questão da "pós-graduação em Engenharia Sanitária"
O primeiro-ministro interpretou, ao que me parece pela primeira vez porque antes falava sempre na parte curricular do mestrado, o diploma que obteve no ISCTE como MBA, eu mantenho a minha interpretação de que Sócrates fez apenas a parte curricular do MBA e que lhe falta a dissertação para obter o grau de - Master (Mestre). Sobre a transferência de José Sócrates para a Universidade Independente e a sua conclusão da licenciatura nessa universidade leia-se o Prof. Luís Botelho Ribeiro do blog CidadaniaPT.


Antonio Balbino Caldeira

Do Portugal Profundo


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5 Comments:

At 12 de abril de 2007 às 00:10, Blogger Pedro Manuel said...

Sócrates levou 20 dias para dizer aquilo que poderia ter dito em 3 min. a meio do mês passado. O José alberto carvalho é um chato do caraças, como sempre, naquela idade também já não muda; a Maria Flôr Pedroso estava muito bonita, bem penteada e pintada. Deve terminar a noite na Kapital. Mas quanto à essência das suas perguntas gostei de a ver, sempre esteve mais activa do que quando prepara a missa ao marcelo onde só diz: sim, hum, oo, ui, uau, hummm. Será que... Até pensei que preparou o seu lote de questões com marcelo.

Mais coisas...: não as vi. A Ota será um desastre porque já vem de trás e não quer desfazer consensos de há 30 anos. Temos, pois, o pântano, com a agravante de os aviões passarem a aterrar nele. Aí os passageiros devem descer de pára-quedas... no meio dos sapos, das cobras e do arrosal. Será bom para o turismo...

Quanto à sua relação com os jornalistas e os media em geral disse aquilo que os jornalistas já sabem: é "antipático", sic.

De Portugal.. nada.
Não se falou.
Afinal, para que interessa Portugal?!
Mas aqui os jornalistas, once again, também são muito responsáveis.

PS: Esteve mal quando criticou em bloco a blogosfera, muito mal.
Como em tudo na vida nem tudo o que parece é.
Lá por a blogosfera albergar uns "cromos" que vivem atrás do sangue e fazem disso um modo de vida, foi injusta a generalização socratina. Se ele vir bem alguns blogues fizeram já mais pela avaliação desta escandaleira, de forma séria e completamente desinteressada, do que todos os seus assessores juntos.
Mas isto deve-se, claro está, à ignorância do José Sócrates e apaniguados sobre "alguma" blogosfera.

Parece que Marques Mendes vai falar, veremos se se faz ouvir..

 
At 12 de abril de 2007 às 00:14, Anonymous Anónimo said...

"Restam muitas dúvidas"


Marques Mendes sugere investigação sobre todo o processo que envolve Sócrates

LUSA




O líder do PSD considerou hoje que as explicações do primeiro-ministro acerca do seu percurso académico foram "muito pouco esclarecedoras" e sugeriu a José Sócrates que peça uma investigação sobre todo o processo a uma entidade independente.








"A legitimidade de um primeiro-ministro vem dos votos, não dos títulos académicos. Mas, utilizar um título que não se tem, fazer passar-se por aquilo que não é revela uma falha de carácter, mina a credibilidade e afecta sua a autoridade", afirmou o líder do PSD, Luís Marques Mendes, numa conferência de imprensa na sede do partido, cerca de meia hora depois do fim da entrevista a José Sócrates.

A entrevista que o primeiro-ministro deu hoje à RTP e à RDP, que se prolongou por cerca de 90 minutos, centrou-se nos esclarecimentos sobre as dúvidas levantadas ao longo das três semanas sobre o seu percurso académico. Esclarecimentos que Marques Mendes considerou terem sido insuficientes.

"Restam muitas dúvidas, o que é muito prejudicial no plano interno e no plano internacional", sustentou Marques Mendes

 
At 12 de abril de 2007 às 00:45, Anonymous Anónimo said...

Tanto trabalho para nao dizedr nada
desisti ao fim de 5 minutos e fui ver a novela. ai nao s mentia tanto e nao s egozava com o ZE POVINHO er os actores bem melhorse do que aquele despejado da SIC que quase se deitava no chao para o 1º passar, Defender o tacho qa quanto obrigas.

 
At 12 de abril de 2007 às 00:48, Anonymous Anónimo said...

Ficamos a saber que o Zé Sócrates não gosta dos blogues, como o seu apaniguado Taveira Pinto.
Mas até o Luís Paixão Martins (sim, o responsável pelas campanhas de José Sócrates e de Cavaco Silva, entre outras, já tem um blogue, já para não falar no blogue do António Costa/José Magalhães, aqueles do governo do Zé Sócrates da pasta das Policias.

 
At 12 de abril de 2007 às 00:57, Anonymous Anónimo said...

Quase um ano depois da data estabelecida legalmente
Processo de candidatura de Sócrates à UnI foi concluído fora de prazo

O certificado do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, incluído no dossier de José Sócrates na Universidade Independente (UnI), que atesta as cadeiras até à altura concluídas pelo primeiro-ministro naquele estabelecimento de ensino, foi passado quase um ano depois de terminar o prazo fixado por lei para a instrução do processo de transferência para a UnI.

Segundo a portaria número 96/95, de 1 de Fevereiro de 1995, os estabelecimentos de ensino superior particular e cooperativo passaram a estar abrangidos, nesse ano, pelo regulamento dos regimes de reingresso, mudança de curso e transferência do Ensino superior.

Este regulamento, aprovado pela portaria 612/93 é muito claro em matéria de prazos: a informação do processo de candidatura deve ser entregue até 31 de Agosto, antes do início do ano lectivo, sob pena de desta ser indeferida.

José Sócrates, que frequentou o ano lectivo de 1995/96 na UnI, só entregou o seu certificado do ISEL – indispensável para atestar as cadeiras concluídas e decidir sobre as disciplinas a que teria equivalência – após 8 de Julho de 1996, data que consta do certificado do ISEL, assinado pelo chefe de secção da secretaria.

Como o PÚBLICO noticiou no primeiro trabalho sobre o dossier de licenciatura de José Sócrates, o então secretário de Estado Adjunto do Ambiente enviou por fax, com timbre do Ministério do Ambiente, uma folha de rosto em que se lia: “Caro Professor: Aqui lhe mando os dois decretos (o de 95 fundamentalmente) responsáveis pelo meu actual desconsolo”.

A data deste fax surge sumida na fotocópia. Até agora não foi dada qualquer explicação para o surgimento deste documento no dossier de licenciatura nem sobre a que decretos se referia José Sócrates.

O artigo 19 do diploma número 612/93 refere que devem fazer parte da instrução do processo de candidatura os “documento(s) comprovativo(s) das situações pessoais e habilitacionais com a totalidade dos elementos necessários ao processo de candidatura, de acordo com o fixado pelo estabelecimento de ensino”. E também a lei que regula o regime de equivalências no ensino superior (decreto-lei 316/83) estabelece que o processo seja “instruído com documento comprovativo da aprovação nas habilitações de que se requer equivalência”.

A lei esclarece que “serão liminarmente indeferidos os pedidos dos estudantes que, reunindo as condições necessárias à candidatura”, “sejam realizados fora dos prazos” ou não sejam “acompanhados da documentação necessária à completa instrução do processo”.

Presidente da APESP confirma

Ressalvando que não conhece em concreto o caso de José Sócrates, o presidente da Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado, João Redondo, confirma que para a concretização de um processo de equivalência é necessário apresentar um certificado de habilitações, acompanhado de um documento que defina o conteúdo das disciplinas já concretizadas. “Não vejo como é que se pode definir um plano de estudos e equivalências sem verificar qual o histórico escolar do estudante”, diz João Redondo.

A partir daí as instituições são “mais ou menos exigentes” nas peças processuais que pedem, explica João Redondo, dando o exemplo do que “sempre foi e continua a ser feito” na Universidade Lusíada, detida pela Fundação Minerva, da qual é vice-presidente.

“Só com o certificado de habilitações, a identificação do corpo docente, carga horária e o programa das disciplinas acompanhado com as matérias sumariadas é que tratamos dos pedidos de equivalência”.

Do dossier de José Sócrates a que o PÚBLICO teve acesso consta uma folha, não datada, dirigida ao reitor Luís Arouca, em que José Sócrates afirma ser seu “desejo terminar os estudos de licenciatura em Engenharia Civil” na UnI e solicita um plano de estudos com essa finalidade.

Acrescenta ainda que junta em anexo o certificado de habilitações do bacharelato tirado no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) e também “a relação das cadeiras” que havia feito no curso Vias de Comunicação e Transportes do ISEL.

Relativamente a estas, contudo, ressalva que, “pelo facto de algumas notas não estarem ainda lançadas”, só o poderia entregar em Setembro. Do dossier consta o certificado do ISEC, mas não consta nenhuma relação das cadeiras do ISEL, nem qualquer certificado com data de Setembro.

A resposta ao requerimento de Sócrates tem data de 12 de Setembro de 1995. O reitor Luís Arouca adianta nessa carta que a Comissão Científica da Faculdade de Tecnologias “deliberou propor-lhe a frequência e conclusão das seguintes disciplinas do Plano de Estudos de Engenharia Civil: Análise de Estruturas, Betão Armado e Pré-Esforçado, Estruturas Especiais, Projecto e Dissertação”.

Segundo disse ao PÚBLICO Luís Arouca, a disciplina de Inglês Técnico ficou de fora por lapso.

O Boletim de Matrícula, por sua vez, data de 14 de Setembro de 1995. Dos documentos entregues juntamente com a matrícula consta apenas uma fotocópia do Bilhete de Identidade.

Ricardo Dias Felner, Isabel Leiria
In: Público

 

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