sexta-feira, 20 de abril de 2007

QUANTO MAIS SE MEXE NA M..., MAIS MAL CHEIRA

À medida que as averiguações jornalísticas avançam, no caso Sócrates, a imprensa começa a falar em nomes e a Visão de ontem, sob o título Unigate, fala de O canto do Morais, para esboçar um retrato de António José Morais, o misterioso professor das quatro cadeiras de fim de curso de José Sócrates, na UnI.

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Na sua entrevista na RTP, José Sócrates assegurou que só conhecia o professor Morais como seu professor. Antes, não o conhecia. Depois, nem isso. Não explicitou muito bem e ficou a impressão que o conhecimento advinha da prelecção, na Uni, das quatro cadeiras e dos exames efectuados que assegurou ter realizado muito tempo antes do mês de Agosto de 1996.

No dia seguinte, o Público manchava a primeira página com a revelação de que afinal o professor Morais, já tinha sido professor de Sócrates no ISEL.
Ninguém se deu por achado, porque o primeiro ministro não tinha sido explícito acerca do local exacto onde o conhecera.


Continuamos por isso a aguardar que se possa publicamente saber, como se deu esse conhecimento particular.

Por enquanto, fica a imagem do artigo da Visão e a pergunta que os mistérios tornam legítima:
Quem é e de onde vem este docente ubíquo?
Aditamento: Entretanto, o semanário Sol online, revela que o original da ficha biográfica preenchida por José Sócrates já não existe, tendo sido destruída pelos serviços da Assembleia da República. Esta foi a conclusão do inquérito de Jaime Gama, aberto na sequência da divulgação de duas versões daquele documento, contendo dados discrepantes sobre as habilitações académicas e a profissão do então deputado Sócrates.
Se este caso não justificar a realização de um Inquérito Parlamentar, teremos certamente muito a lamentar.

José

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4 Comments:

At 20 de abril de 2007 às 12:25, Anonymous Anónimo said...

Estes senhores sao uma vergonha,dao ma fma a este Pais, prostituen se para terem um dioloma que nao pretsa para nada, numPais a serio nem para arrumadores d ecarros serviam(sem ofensa aos arrumadores)
Depois so se safam com dilomas de UNI da treta nas Camaras do Partido, e como em Ponte Sor a financeira, o advogado, os eng. e so diplomas da treta

 
At 20 de abril de 2007 às 12:44, Anonymous Anónimo said...

QUANTO MAIS SE MEXE NA MERDA...

Hoje no Jornal PÚBLICO Página 4:

Morais, GEPI e construtora da Covilhã fizeram moradia de Vara



Ex-professor de Sócrates, técnicos do GEPI e empresa à qual o MAI adjudicava obras fizeram casa, em 1999, do então secretário de Estado

Armando Vara, quando era secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna, recorreu ao director-geral do GEPI (Gabinete de Estudos e Planeamento de Instalações do MAI) e a engenheiros que dele dependiam para projectar a moradia que construiu perto de Montemor-o--Novo. Para fazer as obras serviu-se de uma empresa e de um grupo ao qual o GEPI adjudicava muitos dos seus concursos públicos.
Com 3500 contos (17.500 euros) o actual administrador da Caixa Geral de Depósitos e licenciado pela Universidade Independente tornou-se dono, em 1998, de 13.700 m2 situados junto a Fazendas de Cortiços, a três quilómetros de Montemor-o-Novo. Em Março de 1999 requereu à câmara o licenciamento da ampliação e alteração da velha casa ali existente.
Tratava-se de fazer uma casa nova, com 335 m2, a partir de uma quase ruína de 171 m2. O alvará foi emitido em 2000 e a moradia, que nunca teve grande uso e se encontra praticamente abandonada, ficou pronta meses depois. Já em 2005, Vara celebrou um contrato para a vender a um particular por 240 mil euros, mas o negócio acabou por não se concretizar.
Onde a história perde a banalidade é quando se vê quem projectou e construiu a moradia. O projecto de arquitectura tem o nome de Ana Morais. Os projectos de estabilidade e das redes de esgotos e águas foram subscritos por Rui Brás. Já as instalações eléctricas são da responsabilidade de João Morais. O alvará da empresa que fez a casa diz que a mesma dá pelo nome de Constrope.
A arquitecta Ana Morais era à época casada com António José Morais, o então director do GEPI, que fora assessor de Armando Vara entre Novembro de 1995 e Março de 1996. Nessa altura, recorde-se, foi nomeado director do GEPI por Armando Vara - cargo em que se manteve até Junho de 2002 - e era professor de quatro das cinco disciplinas que deram a José Sócrates o título de licenciado em Engenharia pela UnI.
Quanto a Rui Brás e a João Morais, trata-se de dois engenheiros que trabalhavam (e continuam a trabalhar) no GEPI, o gabinete então dirigido por Morais e tutelado por Armando Vara nos ministérios sucessivamente dirigidos por Alberto Costa e Jorge Coelho. Por esse gabinete passavam as adjudicações de todas as empreitadas e aquisições de equipamentos destinados às forças de segurança e a todos os serviços dependentes do MAI, no valor de muitas dezenas de milhões de euros por ano.
A Constrope era uma firma de construção civil sediada em Belmonte, que também trabalhava para o GEPI e tinha entre os seus responsáveis um empresário da Covilhã, Carlos Manuel Santos Silva, então administrador da Conegil - uma empresa do grupo HLC que veio a falir e à qual o GEPI adjudicou dezenas de obras no tempo de Morais. Santos Silva está também ligado a outras empresas, entre as quais a Proengel, um gabinete de projecto com o qual António Morais mantém relações profissionais através de uma das suas empresas, a Geasm.
O processo de licenciamento da moradia de Armando Vara foi coordenado pelo então director do GEPI, existindo na Câmara de Montemor-o--Novo um fax que o prova, em papel timbrado do gabinete do secretário de Estado adjunto do MAI, dirigido a António Morais para o fax 213147060, precisamente o número do seu gabinete. Nesse fax, de 17/2/1999, a secretária de Vara escreve: "Conforme combinado com sua excelência o secretário de Estado adjunto do MAI, junto envio documentos referentes a Montemor-o-Novo." Os documentos são as quatro folhas do registo predial da propriedade de Vara, necessárias para pedir o licenciamento.
Contactados telefonicamente para o GEPI, Rui Brás e João Morais começaram por negar qualquer ligação ao caso e acabaram a dizer que não falavam sobre o assunto. "Isso é com o director", disse João Morais. António Morais, Ana Morais, Armando Vara, Santos Silva e os actuais administradores da Constrope não responderam aos recados ontem deixados pelo PÚBLICO.

20.04.2007, José António Cerejo

 
At 20 de abril de 2007 às 17:26, Anonymous Anónimo said...

ESTA CAMBATA ESTÁ A ARRUINAR O PAÍS.

É PRECISO POR FIM A ISTO.

 
At 22 de abril de 2007 às 12:23, Anonymous Anónimo said...

O Diário de Notícias de João Marcelino e do sr. Oliveira dá hoje "voz" ao famoso engº António José Morais que "completou", com quatro cadeiras na UnI, o curso ao actual primeiro-ministro. Os jornalistas Licínio Lima e João Pedro Henriques foram os "perguntadores de serviço" e percebe-se que só perguntaram ao engº Morais o que ele quis que lhe perguntassem e que ele só respondeu ao que quis responder. Por dever profissional, ouvi-o dois dias seguidos, em 2001, e fiquei definitivamente esclarecido. É claro que o artigo tem momentos maravilhosos como este diálogo surrealista e que diz muito acerca do tipo de gente que nos pastoreia. Vale a pena comentar?

"P: E aí onde é que entra Armando Vara?

R: Eu era uma referência do PS em Lisboa. Tínhamos acabado de ganhar a concelhia. Foi no Altis que fui apresentado a Armando Vara. Ele já estava no Governo.

P:Como é que se torna assessor dele e depois director do GEPI, nomeado por ele?

R: Em 1995 eu tinha uma carreira política. Toda a gente falava de mim. Eu era a estrela emergente do PS em Lisboa. Um putativo candidato a ministro e não a director-geral. É natural que Armando Vara, quando precisou de um engenheiro, se tenha lembrado de mim."

 

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