terça-feira, 23 de outubro de 2007

O TRATADO DE LISBOA?

Foram umas míseras 125 mil pistolas Glock que os norte-americanos perderam no Iraque, após as entregarem os novos polícias locais.
O português comum deve pensar: que jeito elas davam aos polícias na luta contra o crime.
Mas que é isso comparado com o fogo-de-artifício do Tratado de Lisboa?
É um tema perfeitamente insignificante.

Se perguntarmos aos portugueses o que acham das Glock e do Tratado, muito provavelmente terão uma ideia mais concreta sobre as primeiras do que sobre o segundo.
A classe política diz que o Tratado de Lisboa é histórico.




Os portugueses, além de não perceberem tanta euforia, estão um pouco mais preocupados com o desemprego que vai corroendo o país.
Onde cresce o crime e as Glock são mais importantes que o Tratado.
Compreende-se assim porque é que a elite política europeia recusa os referendos.
A aprovação do Tratado de Lisboa sem haver lugar a referendos mostra que os políticos têm medo dos seus cidadãos.
Até Menezes veio dizer que é dispensável o referendo.
Vai ser convidado para o jantar com políticos que sabem comer com talheres à mesa de Bruxelas.
Mas o Tratado de Lisboa mostra como se esquecem os seus cidadãos. Quando é que a Europa, em vez de ir corroendo o seu modelo social para tentar competir num mercado global (algo que será sempre impossível) não luta, ao invés, para que a Índia e a China tenham de elevar os seus patamares sociais?
A Europa selecta continua a comportar-se como um grupo de galinhas desmioladas: não sabe para onde correr.


F.S.

Etiquetas: , , ,

14 Comments:

At 23 de outubro de 2007 às 15:59, Anonymous Anónimo said...

Uma certa madrugada
Eu por um caminho andava
Não sei bem se estava bêbedo
Ou se tinha a morte n’alma
Não sei também se o caminho
Me perdia ou encaminhava
Só sei que a sede queimava-me
A boca desidratada.
Era uma terra estrangeira
Que me recordava algo
Com sua argila cor de sangue
E seu ar desesperado.
Lembro que havia uma estrela
Morrendo no céu vazio
De uma outra coisa me lembro:...
Un horizonte de perros
Ladra muy lejos del río...

De repente reconheço:
Eram campos de Granada!
Estava em terras de Espanha
Em sua terra ensangüentada
Por que estranha providência
Não sei... não sabia nada...
Só sei da nuvem de pó
Caminhando sobre a estrada
E um duro passo de marcha
Que eu meu sentido avançava.
Como uma mancha de sangue
Abria-se a madrugada
Enquanto a estrela morria
Numa tremura de lágrima
Sobre as colinas vermelhas
Os galhos também choravam
Aumentando a fria angústia
Que de mim transverberava.

Era um grupo de soldados
Que pela estrada marchava
Trazendo fuzis ao ombro
E impiedade na cara
Entre eles andava um moço
De face morena e cálida
Cabelos soltos ao vento
Camisa desabotoada.
Diante de um velho muro
O tenente gritou: Alto!
E à frente conduz o moço
De fisionomia pálida.
Sem ser visto me aproximo
Daquela cena macabra
Ao tempo em que o pelotão
Se punha horizontal.

Súbito um raio de sol
Ao moço ilumina a face
E eu à boca levo as mãos
Para evitar que gritasse.
Era ele, era Federico
O poeta meu muito amado
A um muro de pedra-seca
Colado, como um fantasma.
Chamei-o: Garcia Lorca!
Mas já não ouvia nada
O horror da morte imatura
Sobre a expressão estampada...
Mas que me via, me via
Porque eu seus olhos havia
Uma luz mal-disfarçada.

Com o peito de dor rompido
Me quedei, paralisado
Enquanto os soldados miram
A cabeça delicada.

Assim vi a Federico
Entre dois canos de arma
A fitar-me estranhamente
Como querendo falar-me
Hoje sei que teve medo
Diante do inesperado
E foi maior seu martírio
Do que a tortura da carne.
Hoje sei que teve medo
Mas sei que não foi covarde
Pela curiosa maneira
Com que de longe me olhava
Como quem me diz: a morte
É sempre desagradável
Mas antes morrer ciente
Do que viver enganado.

Atiraram-lhe na cara
Os vendilhões de sua pátria
Nos seus olhos andaluzes
Em sua boca de palavras.
Muerto cayó Federico
Sobre a terra de Granada
La tierra del inocente
No la tierra del culpable.
Nos olhos que tinha abertos
Numa infinita mirada
Em meio a flores de sangue
A expressão se conservava
Como a segredar-me: A morte
É simples, de madrugada...

NÃO ESQUECEREMOS NOSSOS MORTOS!
VINICIUS DE MORAES

 
At 23 de outubro de 2007 às 17:27, Anonymous Anónimo said...

Que há-de ser de nós?

«Já viajámos de ilhas em ilhas
já mordemos fruta ao relento
repartindo esperanças e mágoas
por tudo o que é vento

Já ansiámos corpos ausentes
como um rio anseia pela foz
já fizemos tanto e tão pouco
que há-de ser de nós?

Que há-de ser do mais longo beijo
que nos fez trocar de morada
dissipar-se-á como tudo em nada?

Que há-de ser, só nós o sabemos
pondo o fogo e a chuva na voz
repartindo ao vento pedaços
que hão-de ser de nós

Já avivámos brasas molhadas
no caudal da lágrima vã
e flutuando, a lua nos trouxe
à luz da manhã

Reencontrámos lágrimas e riso
demos tempo ao tempo veloz
já fizemos tanto e tão pouco
que há-de ser de nós?

Que há-de ser da mais longa carta
que se abriu, peito alvoroçado
devolver-se-á: «endereço errado?»

Que há-de ser, só nós o sabemos
pondo o fogo e a chuva na voz
repartindo ao vento pedaços
que hão-de ser de nós

Já enchemos praças e ruas
já invocámos dias mais justos
e as estátuas foram de carne
e de vidro os bustos

Já cantámos tantos presságios
pondo o fogo e a chuva na voz
já fizemos tanto e tão pouco
que há-de ser de nós?

Que há-de ser da longa batalha
que nos fez partir à aventura?
que será, que foi quanto é, quanto dura?

Que há-de ser, só nós o sabemos
pondo o fogo e a chuva na voz
repartindo ao vento pedaços que hão-de ser de nós...»

«Que há-de ser de nós»,
Sérgio Godinho e Ivan Lins

 
At 23 de outubro de 2007 às 17:29, Anonymous Anónimo said...

Vital Moreira, ontem, pergunta assim, sublinhando a veemência: "Não será tempo de deixar de brincar aos referendos?"

O mesmo Vital Moreira, antes de ontem, ( há seis meses atrás), escrevia assim: "Penso que não faz sentido recuar na perspectiva de referendo, a não ser que o "tratado constitucional" venha a ser substituído por um "minitratado" de âmbito puramente institucional".

Que credibilidade merece uma pessoa que assim escreve?

 
At 23 de outubro de 2007 às 17:37, Anonymous Anónimo said...

Como duas crianças a quem ofereceram o tão desejado carrinho da "matchbox", Barroso e Sócrates apareceram de mãos dadas a celebrar o "tratado reformador". "Porreiro, pá". Sócrates, com aquele tique típico do mando provinciano, até instou os jornalistas a evidenciaram a mesma felicidade que exalava do sorriso da dupla. É evidente que nenhum cidadão português vai sentir nada de nada na sua vida que releve da eventual ratificação deste "tratado". Pelo contrário, vai sentir o orçamento de Estado, o desemprego e as velhas-falsas "oportunidades" da propaganda. O país não mudou entre a meia-noite a a uma da manhã. Sócrates, sim, mudou. Mudou quanto à forma como o país deve ratificar o "tratado". Todos os democratas de pacotilha, sejam de que partido for, estão a ser convocados para os "momentos Luís de Matos". Referendo? Não, isso era para a "constituição", como se isto não fosse a "constituição" sem o hino e bandeira. Prometeu-se um referendo e debate? Também não, ainda vamos "estudar" como é que vamos fazer como se não estivesse já decidido como é que se ratifica a coisa. Daqui até Dezembro não são favas contadas. O ar contentinho e imberbe da dupla portuguesa esconde um "tratado" que nos é objectivamente desfavorável e que é ignorado pela opinião pública porque é assim que Bruxelas gosta. Quando o calhamaço nos cair em cima da tola, depois não se queixem.

 
At 23 de outubro de 2007 às 17:41, Anonymous Anónimo said...

Porreiro, mesmo porreiro,
é este nosso Primeiro.
Entre os Grandes colocado
como figura de Estado.

Viu passadas as tormentas
com sua licenciatura.
Devassaram-lhe as sebentas,
foi até à magistratura.

Mas tudo isso é Passado,
nada já isso importa.
Assinado este Tratado
abre-se uma nova porta.

É a porta da Europa. Sim!
Para Portugal o prestígio.
Jorra espumante sem fim,
não há de ressaca vestígio.

É porreiro, mesmo porreiro,
este nosso Primeiro.
Bem pode dizer o contrário
um comentador de aviário.

Que aqui fique bem patente
a vontade de todo um Povo:
Viver tendo bem ciente
a lição que deu de novo.

Quem espera sempre alcança,
água mole em pedra dura.
Seguindo em passinhos de dança
até à próxima legislatura.

 
At 23 de outubro de 2007 às 17:42, Anonymous Anónimo said...

Afinal o que é porreiro, pá?

Portugal, país pequeno e periférico, perde com este tratado assinado em Lisboa. Perde influência nos conselhos europeus, onde a regra da rotatividade de representantes nacionais sofre um sério travão. Perde um lugar permanente no colégio de comissários. Perde terreno na definição das linhas gerais da política externa "europeia". Perde mais um quinhão de legitimidade democrática no plano interno com o mais que previsível arquivamento do referendo, que foi bandeira eleitoral do PS e do PSD - aprofundando-se assim o fosso entre eleitos e eleitores.
Sendo assim, é caso para perguntar: ao beberem as flutes de Murganheira os nossos estimados líderes estavam a comemorar o quê?

 
At 23 de outubro de 2007 às 17:43, Anonymous Anónimo said...

Não deixa de ser curioso que os grandes defensores da ratificação do Tratado de Lisboa pela via parlamentar sejam os mesmíssimos senhores que foram eleitos através da democracia directa aplicada aos seus partidos. Estou a falar de José Sócrates e de Luís Filipe Menezes (de Paulo Portas não tenho ouvido falar, por onde andará?). Dentro dos partidos funciona, fora só quando "as circunstâncias" não se alteram. A democracia representativa, nem que seja só às vezes, pode dar muito jeito. Neste caso até dá, já se viu o que seria o País que foi determinante para resolver o impasse fazer um referendo, atrasando desse modo a ratificação? Não que ache que o resultado da consulta pudesse de alguma forma beliscar o interesse do Presidente da República, do primeiro-ministro e do líder do principal partido da oposição.

 
At 23 de outubro de 2007 às 17:44, Anonymous Anónimo said...

Temos tratado. O Tratado de Lisboa – como passaram a chamar-lhe, com manifesto orgulho, os repórteres televisivos presentes no Parque das Nações, onde na quinta-feira decorreu a cimeira que pôs Portugal nas manchetes políticas. Não é um tratado constitucional, como garantem os exegetas da abracadábrica política bruxelense, mas apenas um tratado “reformador”, que por sinal mantém 96 por cento do texto contido na mini-Constituição “europeia”, chumbada pelos eleitores franceses e holandeses. A reunião de Lisboa serviu para aplicar uns pós de cosmética no texto e tudo seguir em frente, desta vez sem a necessidade de consultar os cidadãos, através de incómodos referendos, que costumam ter resultados imprevisíveis.
O que cai neste tratado? Só uma simbologia formal, relacionada com o hino (que mesmo assim continua a ser tocado, e ainda bem, pois é um prazer ouvir Beethoven), com a bandeira (que continua a ser hasteada em todos os edifícios oficiais) e com a designação do ministro “europeu” dos Negócios Estrangeiros, que passa a chamar-se “alto-representante”. Mantém-se quase tudo o resto. Haverá um presidente “europeu” fixo, que poderá exercer funções durante cinco anos. A regra da maioria qualificada sobrepõe-se à da unanimidade nas decisões tomadas pelo Conselho Europeu. Abandono do princípio de um comissário europeu por cada Estado-membro. Etc, etc. A diferença é só de designação. Mas já não precisaremos de decidir: os crânios da super-estrutura dirigente decidiram e decidirão por nós.

 
At 23 de outubro de 2007 às 18:47, Anonymous Anónimo said...

O Sócrates deve ter andado na mesma escola do Taveira Pinto... Pelo menos, leram pela mesma cartilha e tiveram os mesmos professores. Que grandes aldrabões!

 
At 24 de outubro de 2007 às 13:13, Anonymous Anónimo said...

A RÃ E O BOI

No melhor estilo "português" - agressivamente provinciano - o presidente em exercício da UE respondeu a um eurodeputado que se manifestou no sentido de o "seu" tratado ser colocado a referendo das opiniões públicas europeias. Saiu-lhe um extraordinário "acordem" e "vejam a maravilha que nós aprovámos à beira Tejo que não admite discussão". Depois aproveitou para dar mais uns passinhos atrás na sua promessa eleitoral interna nesta matéria, com o aplauso do gémeo Barroso. Esta arrogância autoritária e teimosa - que o há-de perder cá dentro - foi a mais concludente evidência do artificialismo da "construção" europeia. Não por acaso, o MNE de Putin chamou a atenção da Europa para a circunstância de estar demasiado "inchada" e para o facto de a Rússia ter uma palavrinha a dizer quanto a esta fábula. Oxalá não aconteça à Europa o mesmo que à rã.

 
At 24 de outubro de 2007 às 13:40, Anonymous Anónimo said...

«Este tratado fez-nos progredir. Os outros já o disseram sobre a Europa. Não, não tenham dúvidas, acordem! Nós estamos mais fortes, a Europa está mais confiante depois do acordo de Lisboa», afirmou José Sócrates no Parlamento Europeu.

Fez-nos progredir?
A quem?
Ao liberalismo?
Ao Capitalismo?
Ao mundo novo dos Bilderberg? Realmente temos todos de acordar e escolher outro rumo para este país e para a Europa.
Será que há alguém que olhe para este país, para esta Europa, para este mundo e não veja os conflitos, a fome, a miséria e a pobreza.
Será que há alguém que olhe para este mundo e acredite que amanhã não estaremos pior do que hoje e não se pergunte que raio de mundo vamos nós deixar aos nossos filhos? Temos mesmo de acordar.

Quanto às vozes que se erguem em defesa de referendos, Sócrates apontou que a «ratificação é uma questão que tem a ver com cada um dos países», e por a Europa ser democrática é que é dado o direito de escolha a cada Estado-membro.

Será mesmo?
Será que não foi acordado em segredo que não haverá referendo em lado nenhum? (só a Irlanda está obrigada a faze-lo por imperativos da sua constituição).
Será que esse “direito de escolha a cada Estado-membro” não lhes foi já retirado.
Será que não nos está a dizer mais uma das suas mentiras, Sr. Engenheiro?
Claro que está e deveria ter vergonha de ter medo de falar verdade com o seu próprio povo. Diga a verdade, diga que decidiram que não vai haver referendo porque não querem correr o risco de haver um país onde possa não ser aprovado.
Diga que não quer ver repetido o que aconteceu com a Constituição Europeia.
Mas, deixe-se de retórica e diga a verdade. Ou será que de tanto mentir já não o consegue fazer?

«O que não posso aceitar como democrata é que quem se bate por referendos o faça tentando diminuir a democracia representativa, e a ratificação por via parlamentar», afirmou o primeiro-ministro, que ainda não anunciou de forma será feita a ratificação em Portugal do «Tratado de Lisboa», remetendo uma decisão para depois da assinatura solene, a 13 de Dezembro.

Sr. Engenheiro deixe-se de demagogias baratas que não lhe ficam bem.
Aliás já pouca coisa lhe fica bem, mas todos os dias a democracia representativa funciona neste país. Todos os dias são aprovadas leis pelos deputados eleitos e ninguém anda a pedir um referendo a cada uma delas (se calhar devíamos).
A democracia representativa é muito bonita e muito válida, mas estará sempre um degrau abaixo da vontade expressa pelos eleitores numa consulta eleitoral.
Pedimos um referendo a este tratado porque mexe com a soberania nacional, porque o Engenheiro o prometeu na Campanha eleitoral.
A rectificação por via parlamentar poderia ter sido possível se fosse essa a sua promessa, mas ela foi feita.
Pode escolher todos os argumentos que desejar, pode jurar a Deus e a todos os santinhos, mas eu ouvi-o prometer.
Eu já não tenho em grande conta, já o considero alguém por quem eu nunca poria as mãos no lume, mas se não cumprir com mais esta promessa, ficará para a história, não como um grande estadista, que não é, mas como o maior mentiroso da democracia portuguesa (e olhe que já tivemos alguns bem grandes).

 
At 24 de outubro de 2007 às 20:10, Anonymous Anónimo said...

A manhã vai chegando à cidade. A rua está despertando. Abre o primeiro café. Passam os primeiros apressados. O tempo parece ameno. Vamos ter mais um dia de sol. E lá vou passeando pelos fragmentos do tempo que passa, sobretudo entre sinais que me dão semente de revolta. Por isso, pouco me importam os manifestos da liderança tricéfala do PPD, os barulhos que afectam o meu telemóvel, ou a entrevista que o director da PJ deu a um diário madrileno. Luís Amado já se manifestou contra o referendo.


São assim os noticiários do dia, em dias que não têm notícias. Quase todas as parangonas apenas esperam que as remetam para o armazém dos desperdícios. Porque a hiper-informação gera o vício da super-procura, entre a criação artificial de pretensos factos históricos e o consumismo deste império do efémero que é um império do vazio. Enquanto alguns produtores da informação criam as tais necessidades artificiais, muitos outros preferem ocultar a inside information, desviando as fontes vitais da dita para os rios subterrâneos, cuja rota controlam, ou ocultam, encenando soundbytes, com que se vai deleitando o Estado Espectáculo.


Apenas noto como os donos do europês começam a decretar que os defensores do referendo são uns perigosos anti-europeístas, só porque os engenheiros e arquitectos da super-estrutura institucional do OPNI (objecto político não identificado, na definição de Jacques Delors) querem que as regras processuais do mesmo sejam superiores às manifestações de comunhão dos cidadãos e à própria ideia de Europa como instituição. Por outras palavras: querem tapar com a peneira das cimeiras de chefes de Estado e de governo, precedidas pelas reuniões do PPE e do PSE, o sol das liberdades nacionais e a voz directa dos cidadãos. Querem que os conceitos se transformem em preceitos, nesta super-democracia sem povo que visa remediar as péssimas soluções da defunta convenção.


Desta forma, os grandes eurocratas correm o risco de lançar, para as garras do populismo anti-europeísta e para os manipuladores do descontentamento, segmentos fundamentais do eleitorado. O paradigma bismarckiano vencedor na cimeira do Mar da Palha, intrumentalizando a revolta gaullista do oui par le non, contra a Europa confidencial, gerou esta partidocracia global que corre o risco de levar os intermediários cimeiros das representações nacionais a perderem a legitimidade, embora mantenham a legalidade, nesse palco de abstracções, suceptível de se reduzir a mera teatrocracia de um império oculto.


Qualquer sondagem demonstra que a maioria dos povos europeus gostaria de pôr a funcionar a voz da Europa dos cidadãos, referendando os seus próprios destinos. A maioria dos seus governantes e comissários apenas quer conservar o poder pelo poder e chama a isso pôr a Europa a funcionar segundo o modelo dos Estados em Movimento. Para que os povos não venham a colocar inesperadas areias nas engrenagens, porque assim o murganheira poderia não fluir nas gargantas ao som de um restrito hino da alegria...

 
At 25 de outubro de 2007 às 17:55, Anonymous Anónimo said...

Ò Sr.Anónimo de 23/7 às 6.47 - és parvo ou quê!!!olha que o Taveira Pinto Bugalheira, não andou na mesma escola so Sr Sócrates pá - ele é Dr.Médico de Coimbra....

 
At 25 de outubro de 2007 às 18:05, Anonymous Anónimo said...

Médico de Coimbra???Médico de 25 de Abril...nessa altura qualquer merda podia ir para a Universidade de Medecina...mas s depois fissem médicos enfim...tudo bem...Mas o Pinto Bugalheira é tanto médico como é Presidente de Camara...(não é bnem uma coisa nem outra)como podemos ver é sim : CREMINOSO............

 

Enviar um comentário

<< Home