A FUGA EM FRENTE DA EUROPA
A notícia do tratado é obviamente uma notícia de primeira linha.
Mas a manifestação da CGTP também o deveria ser.
Foi muita gente, muito mais gente do que qualquer previsão anunciaria.
Sob os nossos olhos e os nossos pés, a CGTP reforça-se, o que significa que também o PCP se reforça, Carvalho da Silva cresce como alguém que defronta Sócrates com vigor, a UGT definha e não há desprezo nem arrogância governamental que escondam o facto.
Uma das heranças de Sócrates vai ser esta, revitalizou os sindicatos para o bem e para o mal.
José Pacheco Pereira
No:ABRUPTO
Mas a manifestação da CGTP também o deveria ser.
Foi muita gente, muito mais gente do que qualquer previsão anunciaria.
Sob os nossos olhos e os nossos pés, a CGTP reforça-se, o que significa que também o PCP se reforça, Carvalho da Silva cresce como alguém que defronta Sócrates com vigor, a UGT definha e não há desprezo nem arrogância governamental que escondam o facto.
Uma das heranças de Sócrates vai ser esta, revitalizou os sindicatos para o bem e para o mal.
José Pacheco Pereira
No:ABRUPTO
Etiquetas: Economia, Europa, José Sócrates, Partido Socialista, Portugal, Sindicatos, Trabalho
5 Comments:
Juntaram-se mais de 200 000 almas em Lisboa, mal foi notícia. Fosse em Madrid e haveria reportagem, Prós e Prós, Miguel, Marcelo!
Juntaram-se em Lisboa 200 000 mulheres e homens e a notícia quase não o era. Por uma garraiada em Barrancos, o país inteiro teria que ouvir das boas!
Fazer que não se ouve, fazer que não se vê, fazer que não faz mal, dar ao desprezo: eis a estratégia dos técnicos do homem que tem nome de filósofo.
O homem senhor, pode trocar 200 000 votos por 200 000 empregos, pode trocar os mimos dos belmiros, pelos sacrifícios que pede a quem sempre os fez, pode até ter garantidos 40 anos de poder!
Mas não espere que lhe ofereçam outro Abril, desperdiçou o último!
Estes 200 000 são muitos mais e atrás destes vêm muitos outros que sua excelência vem multiplicando todos os dias.
Por agora, saem à rua ordenados, segundo as regras da sua, vossa democracia.
Mas virá tempo, em que perante a pobreza, a ostentação, o desprezo, a arrogância, a humilhação, perderão as estribeiras e a contenção!
O senhor começa agora o seu caminho rumo ao inevitável império do mercado. No Brasil a Revolução já começou, sem regras, incontrolável e incompreensivelmente com razões!
.
(200 000, senhores jornalistas, 200 000! 200 000 não menos importantes do que um cirurgião com HIV, do que o grupo parlamentar do psd ou do que o crédito imobilário "não sei quê"! 200 000, senhores jornalistas, 200 000!)
«Uma larga maioria dos eleitores dos cinco maiores países da União Europeia - Alemanha, França, Reino Unido, Espanha e Itália - defende um referendo ao novo Tratado europeu, revela uma sondagem divulgada hoje pelo jornal diário “Financial Times”
Com 3 partidos contra o referendo (PS+PSD+PP) + o presidente, uma eventual campanha por parte dos cidadãos não poderia apresentar apenas os 75 mil subscritores que a lei exige. Para ter peso político seria necessário um milhão.
Restará então não votar nas europeias.
Lisboa parecia ontem – e parecerá hoje – uma cidade em estado de sítio, com as sirenas de 80 motos e 38 carros-patrulha da PSP a uivarem pelas ruas, para abrir caminho e escoltar 65 viaturas topo de gama de vidros fumados transportando sombras, atiradores especiais nos telhados, operacionais de prevenção, os espaços aéreo e fluvial interditos, estabelecimentos comerciais encerrados.
Tudo isto, escrevia um jornal de ontem, para “fazer nascer o Tratado de Lisboa”. Que exagero! Em Portugal para se nascer basta uma ambulância e a berma de uma estrada.
Na Cimeira de Lisboa, chefes de Estado ou de governos e ministros dos negócios estrangeiros de 27 países vão tratando do Tratado, que é maneira de impingir aos europeus uma espécie de Constituição que eles não referendaram. Um outro jornal de ontem explicava que a grande diferença é que da Constituição ainda se percebia alguma coisa, ao passo que do Tratado não se percebe nada. E não admira que não se perceba patavina de um Tratado redigido por governantes que vivem num mundo virtual, separados da realidade por barreiras de batedores, de guarda-costas e de ‘yes-men’. Absolutamente incapazes – como se tem visto – de resolver qualquer problema dos respectivos povos e países e até mesmo qualquer problema da União, os governantes, quais tratantes, vão tratando de tratados, que remetem para outros tratados, e que não são mais que uma teia de Penélope: Ulisses nunca mais chega mas os governantes vão-se mantendo entretidos no poder.
Talvez se escondam por temerem os povos ou, mais provavelmente, para que os povos os temam. “Debbe il principe farsi temere perché è molto più sicuro essere temuto che amato”, escreveu Nicolau Maquiavel.
Eh pah espero nao ir para o inferno por causa disto mas... olha que bem que ficava uma bomba mesmo ali no meio. eh eh
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