POBRES MAS FELIZES
O povo anda todo contente porque o Governo conseguiu atingir a meta dos 3% do défice, se bem que não saiba nem o que é o défice nem o que significam os 3%.
Para compreender a situação, transfira o Governo para a administração da sua casa. Imagine o meu amigo que ganha mil euros e gasta todos os meses mil e quinhentos euros. Tal significa que o meu amigo tem um défice porque gasta mais do que o que ganha. E, como andou a gastar mais do que o que ganha durante muito tempo, foi fazendo empréstimos bancários até que os bancos deixaram de lhe emprestar dinheiro.
Agora está com a “corda na garganta” e só há duas maneiras de resolver o problema: ou reduz as suas despesas correntes (deixa de andar de carro e de comer fora, não vai de férias, despede a empregada da limpeza, etc) ou tem de arranjar alguém que lhe cubra a diferença entre o que você ganha e o que você gasta.
Ora, o nosso Governo, em vez de reduzir as despesas, optou por nos sobrecarregar de impostos e de taxas, sugando-nos até ao osso, para poder manter a sua vida faustosa. Foi assim que o Governo conseguiu reduzir o défice para os 3%. Ou seja, não porque tivesse reduzido as despesas (que, nalguns casos, até aumentaram) mas à custa do nosso empobrecimento.
Mas, a fazer fé nas sondagens, temos de dar razão a Salazar: o bom povo português, quanto mais pobre mas feliz!
REXISTIR
Para compreender a situação, transfira o Governo para a administração da sua casa. Imagine o meu amigo que ganha mil euros e gasta todos os meses mil e quinhentos euros. Tal significa que o meu amigo tem um défice porque gasta mais do que o que ganha. E, como andou a gastar mais do que o que ganha durante muito tempo, foi fazendo empréstimos bancários até que os bancos deixaram de lhe emprestar dinheiro.
Agora está com a “corda na garganta” e só há duas maneiras de resolver o problema: ou reduz as suas despesas correntes (deixa de andar de carro e de comer fora, não vai de férias, despede a empregada da limpeza, etc) ou tem de arranjar alguém que lhe cubra a diferença entre o que você ganha e o que você gasta.
Ora, o nosso Governo, em vez de reduzir as despesas, optou por nos sobrecarregar de impostos e de taxas, sugando-nos até ao osso, para poder manter a sua vida faustosa. Foi assim que o Governo conseguiu reduzir o défice para os 3%. Ou seja, não porque tivesse reduzido as despesas (que, nalguns casos, até aumentaram) mas à custa do nosso empobrecimento.
Mas, a fazer fé nas sondagens, temos de dar razão a Salazar: o bom povo português, quanto mais pobre mas feliz!
REXISTIR
Etiquetas: Défice Público, Economia, José Sócrates, Partido Socialista
5 Comments:
Sempre que se rompe o casaco do povo
Aparecem uns doutores que descobrem
Que assim não pode ser
Há que achar remédio
Seja lá como for
Vão então negociar com os senhores
Enquanto cá fora os trabalhadores
Ao frio esperam que eles voltem triunfantes com
Um belo remendo
Remendo sim pois bem mas onde é que ficou
O casaco todo?
Sempre que gritamos "basta temos fome!"
Aparecem uns doutores que descobrem
Que assim não pode ser
Há que achar remédio
Seja lá como for
Vão então negociar com os senhores
Enquanto cá fora os trabalhadores
Cheios de fome até que voltem triunfantes com
Uma bela côdea
Côdea sim pois bem mas onde é que ficou
A carcaça toda?
Nós não precisamos só desses remendos
Precisamos do casaco por inteiro
Nós não queremos ficar só com essa côdea
Precisamos de comer o pão inteiro
Não nos basta que o patrão nos dê trabalho
Precisamos de mandar nas oficinas
Nos campos e nas minas
No poder de Estado
Disso é que precisamos
Mas o que é que essa gente tem para oferecer?
Remendos e Côdeas!
REMENDOS E CÔDEAS
JOSÉ MÁRIO BRANCO
Este é o mesmo país dos "investimentos" milionários, das "plataformas" tecnológicas", das "novas oportunidades", em suma, dos "novos pobres". Pobreza não apenas material - um verdadeiro terrorismo social e cultural - mas pobreza sobretudo espiritual, falta daquela "condição humana" de que falava Malraux. Portugal é uma realidade virtual dirigida, a todos os níveis, por umas elites tagarelas ditas democráticas. Este Portugal não cabe na sua visão solipsista da realidade porque é um Portugal redondo, de pescada de rabo na boca, em que os mesmos - sejam eles de que partido forem - falam apenas e exclusivamente para os mesmos. Estão hoje no governo, amanhã num gabinete, depois numa empresa de capitais públicos, a seguir num jornal ou numa televisão, posteriormente "montam" uma empresa de "consultadoria" que mais não é que um centro de apresentações às pessoas certas pelas quais cobram uma choruda comissão e por aí fora. Reproduzem-se como coelhos porque o bezerro de ouro não tem pátria, não tem filiações, não tem, em suma, uma ética. Cada vez haverá mais "novos pobres" - reais e de espírito - e mais cínicos que dizem andar nisto justamente por causa dos "novos pobres". São todos democratas e, a grande maioria, socialistas democráticos, social-democratas ou democratas cristãos. Os comunistas praticamente não contam, só berram e não mamam na teta do bezerro apenas porque estão excluídos pelos outros. Por natureza. De resto, participam no circo institucional. Tenho pena que o meu país seja dirigido por este bezerro de ouro e que o bezerro de ouro pastoreie, como tanta impunidade e alarvidade, tanto bezerro. Se calhar não temos mais do que aquilo que merecemos.
O SÓCRATES é o novo xerife de nothingam. Fugir aos impostos é o dever dos Robins dos Bosques...
Agostinho da silva recusava-se a pagar impostos. Caso contrário, tinham de lhe dizer onde iam gastar o seu dinheiro...
Já percebi.
Isto aqui é então a célula PSD de Ponte de Sor.
Valha a democracia e a liberdade para se puder dizer o que se entender...
Pela minha parte, lutei arduamente por isso.
Já não sei é se terá valido a pena...
Por vezes já não sei se merecemos aquilo que temos.
A liberdade, por exemplo...
Pedro C.
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